Head Above Water escrita por BiahPad


Capítulo 4
Capitulo 04


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! Estou no final do semestre na faculdade, então a minha vida ta uma loucura, mas a partir de quarta fico livre daquele inferno e posso me dedica aos meus bebês.
Também dei uma desanimada por conta de tudo o que anda acontecendo na série e acabei largando de mão.
Espero que gostem e pelo amor de Deus, COMENTE!
Não tem como eu saber o que estão achando da história se não me falarem a opinião de vocês.
Enfim, beijinhos ♥



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Connor

            Acordei com o sol quente em meu rosto, a luz radiante entrava no quarto através da enorme janela de vidro, já deveria ser fim da manhã, provavelmente passava do meio dia.

            Sarah dormia profundamente em meus braços, sua respiração era calma, a cabeça estava em meu peito, seus cachos se espalhavam por seu rosto lhe dando um ar ainda mais angelical. Nossas pernas se enroscavam umas nas outras.

Não me atrevi a mexer um único músculo, só queria ficar ali, admirando aquela cena e tentando memoriza-la em minha mente. Um sorriso se formou em meus lábios quando me lembrei dos últimos acontecimentos da noite anterior. Sempre considerei Sarah como uma pessoa espetacular, incrível, meiga e linda, mas depois de ontem me sentia completamente encantado e conectado com aquela mulher. Quando ela me falou que ainda era virgem eu não soube como agir e certo nervosismo tomou conta de mim, procurei ser o mais cauteloso o possível, querendo que ela sentisse o mínimo de dor, que fosse o mais prazeroso possível e inesquecível.

Comecei a lembrar de cada detalhe, cada toque, cada beijo, cada gemido. A noite anterior nunca sairia da minha cabeça, o rosto vermelho de Sarah ao me dizer que nunca havia dormido com ninguém, seu jeito tímido e encantador, a forma como seu corpo se arrepiava a cada toque meu, nossas respirações entre cortantes e corações saltitantes. Pela primeira vez eu me senti entregue de corpo e alma a uma pessoa.

Sorrio ao lembrar que nos amamos a noite toda, completamente viciados no corpo um do outro. Confesso que apesar de surpreso, havia gostado de ser seu primeiro homem e, se as coisas continuassem como estavam, queria ser o único.

Deposito um beijo nos emaranhados de seus cabelos, Sarah se remexe um pouco, apertando ainda mais minha cintura e colocando a cabeça na curvatura do meu pescoço, provocando um arrepio que percorrer meu corpo ao sentir sua respiração junto a minha pele.

Que mulher, meu Deus.

 Escuto meu celular vibrando em cima da mesinha de cabeceira, estico o braço com cautela para não acordar Sarah, olho no visor e vejo que se trata de uma ligação de Claire, provavelmente querendo marcar mais um encontro entre mim e meu saudosíssimo pai, rejeito a chamada e largo o aparelho de volta à mesa. Cuidadosamente retiro meu braço do entorno de Sarah, colocando sua cabeça sob o travesseiro, tentando sair da cama sem fazer muito barulho.           Quando finalmente consigo levantar, ela começa a se mexer, murmurando alguma coisa incompreensível, abraçando um travesseiro, inspirando seu cheiro e voltando a dormir. Puxo lençol para cobrir seu corpo nu. Fico a observando, eu contemplaria aquela cena pelo resto da minha vida, sem nunca me cansar de admirar a beleza daquela mulher.

Céus, a quem quero enganar? Eu estou completamente apaixonado por ela.

Vou ao banheiro, tomando um banho rápido e fazendo minha higiene matinal. Caminho até o closet pegando uma cueca box branca e uma calça azul escura moletom. Aproveito e pego uma camisa de algodão minha e uma toalha limpa, deixando tudo em cima da cama para que Sarah soubesse que eram para ela. Volto ao banheiro e pego um relaxante muscular, para que ela tomasse caso sentisse dores.

 Saio do quarto a caminho da cozinha, começando a preparar o café da manhã. Abro a geladeira pegando alguns ovos, bacon, frutas e ingredientes para fazer panquecas, agradecendo mentalmente a Marie, minha empregada, por ter feito as compras. Ligo o som, colocando Nina Simoni para tocar em um volume baixo.

Começo preparando a massa da panqueca, deixando-a em um canto no balcão para que não esfriem. Coloco os pedaços de bacon para fritar, vou até a cafeteira ligando-a e em seguida começo a bater os ovos botando-os para fritar também. Depois pego as frutas, cortando-as e colocando dentro de uma vasilha. Abro o armário e pegando pratos, talheres, copos e as xícaras, organizando tudo em cima da mesa. Volto para o fogão verificando o bacon e os ovos, colocando-os em um prato, mas, quando me viro para coloca-lo na mesa, dou de cara com Sarah, que me observa encostada na coluna da parede comum dos braços cruzados no peito e uma mão na boca.

—Dr. Rhodes— ela diz com uma voz rouca. Estava descalça, os cabelos molhados e minha blusa não cobria nem até a metade de suas coxas.

—Dra. Reese— me aproximo e lhe dou um selinho— Alguém já lhe falou o quão sexy fica usando só uma camiseta como essa? — passo o nariz pelo seu pescoço e deposito um beijo nele— Está tão cheirosa, Dra. Reese— levanto a cabeça e vejo que ela está com os olhos fechados, sorrio— Sua pele é tão macia, tão deliciosa— mordo o lóbulo de sua orelha, ela solta um gemido, emaranhando meus cabelos em suas mãos, puxando-os. Passo meus braços ao seu redor, colando nossos corpos.

Sarah abre os olhos, colocando as mãos em meu peito, mordendo os lábios, o que me faz arquear as sobrancelhas.

— Sério?

—Desculpa— sorri travessa e me dá um selinho.

            Ficamos nos encarando por alguns segundos, mas perco a paciência, selando nos lábios em um beijo lento e apaixonado, que aos poucos vai se tornando urgente e caloroso. Começamos a nos mover até o balcão, onde a imprenso. Minhas mãos descem até a curvatura de sua bunda, indo para debaixo da camisa, apertando-a. Suas unhas cravam nas minhas costas, arranhando bem forte, solto um grunhido e mordo seus lábios.

Connor...— escuto-a dizer, mas a ignoro. Ergo-a, fazendo com que sente no balcão, descendo os beijos para seu pescoço— Connor...—sussurra.

—Hum— murmuro e começo a tirar sua blusa, mas ela puxa meu rosto para encara-la.

—Estou com fome— ela diz com um sorriso brincalhão nos lábios.

—Eu também— respondo e volto a lhe beijar.

—É sério, Connor— ela ri, sem separar nossos lábios— Estou faminta, mas não por isso— ela quebra o beijo, mas me dá mais um selinho— Não agora.

Suspiro, meio frustrado, seguro suas mãos e a ajudo descer.

—Tudo bem— viro de costas— Mas vou lhe cobrar.

            Sarah me abraça por trás, mordiscando minha orelha.

—Com toda certeza vou lhe recompensar, mas eu realmente estou com MUITA fome no momento— fala indo em direção à mesa, se sentando na cadeira.

—Claro, depois de todo o exercício físico que fizemos ontem precisamos repor as energias— digo, colocando a vasilha com as frutas em cima da mesa, voltando para a cozinha, pegando o prato com bacon e os ovos— Panquecas?— ela assente com a cabeça e percebo que está vermelha pelo o quê falei.

Caminho até ela e deposito um beijo casto em seus lábios

— Como você está?

—No momento? Com muita vergonha— ela ri sem jeito e tenta abaixar a cabeça, mas a impeço.

—Sabe que não precisa ter vergonha disso, não sabe?

—Sei, mas não é algo que eu consiga controlar— ela fica ainda mais envergonhada.

—É sério Sarah, você está bem? Eu te machuquei? Tomou o remédio que deixei no quarto? — fico preocupado.

— Você foi perfeito, gentil e respeitou meus limites, Connor— ela me encara com as bochechas vermelhas, não resisto e lhe dou um selinho— Talvez esteja um pouco dolorida, mas é normal, tomei o remédio e logo deve amenizar. Mas estou bem e muito feliz, não me arrependo de ter esperado.

            Seguro as laterais de sua cabeça com as mãos, aproximando nossos rotos.

—Eu também fico feliz por ter sido o seu primeiro— ela fecha os olhos ficando ainda mais vermelha, um sorriso se forma em meus lábios— Amo quando fica assim, toda tímida. A verdade é que eu amo o seu jeito, seu corpo, seu jeito único de ser. Amo você, Dra. Reese.

            Aproximo nos rostos, enquanto ela abre os olhos, nossos narizes se tocam e ficamos nos encarando.

—Eu te amo, Dr.Rhodes— murmura e acaba com o espaço entre nós.

O beijo é calmo, doce e terno, sem nenhuma malícia, apenas aproveitando e se deliciando um com o outro. Quando o ar nos falta, vamos nos separando com pequenos selinhos, cada um abrindo um enorme sorriso para o outro.

— Agora é sério, se eu passar mais um minuto sem alguma coisa no estomago acho que vou desmaiar— ela brinca.

            Rio e volto para a cozinha, pegando uma jarra de suco na geladeira e o café. Sento ao seu lado, ela pega um morango e morde um pedaço, sinto um frio na espinha.

—Você não tem noção das coisas que faz Sarah— digo e ela me encara confusa.

—O quê? —pergunta dando os ombros.

—Nada— dou um sorriso, me servindo de café— Quer?

—Sim, por favor— ela beija minha bochecha— Que horas começa seu turno no hospital?

—Estou de folga esse final de semana— ela me dá um pedaço de panqueca na boca—Na verdade meus planos para esse final de semana era lhe fazer uma surpresa em Minnesota, mas quem foi surpreendido fui eu. Sendo assim, quero passar cada segundo desses dias ao seu lado— lhe dou um selinho.

—Ia para Minnesota nesse final de semana? — me pergunta surpresa e assinto com a cabeça, roubando-lhe um pedaço de panqueca— Ai que amor Connor! — sorri e me dá um beijo na bochecha—Te amo.

—Estou começando a achar que não vamos conseguir sair desse apartamento, durante esses dias— digo quando ela começa a passar seus braços ao redor dos meus ombros, me abraçando de lado.

—Desculpa, prometo me comportar— ela e me solta.

—E quem disse que estou reclamando? Eu ficaria nesse apartamento ou em qualquer lugar pelo resto da minha vida desde que você estivesse ao meu lado—beijo seu pescoço— Então, onde vamos almoçar? Estava pensando em ir a um novo restaurante que abriu no Navy pier, depois podíamos ficar por lá mesmo, vendo os barcos, passeando na praia, ver o por do sol.

—Não sabia que era romântico, Dr. Rhodes.

—Pode apostar que sou, Dra. Reese. A pior espécie de apaixonado, aqueles que gritam no meio da rua que amam a mulher ao seu lado.

—Você não teria essa coragem— ela me encara sorrindo. Apenas dou com os ombros—Se você fizer isso, eu te mato, Connor.

—Ora, muitas pessoas acham isso romântico— defendo-me.

—Pois eu acho uma terrível vergonha, da qual não quero passar— a encaro indignado.

—Que tipo de romântica é a senhora, Dra. Reese?

 —O tipo que enche o namorado de beijinhos— fala e puxa para beijar meu rosto— Que ama morder a pele dele—morde minha bochecha— Dá carinho, abraça e ama passar o dia todo enrolada na cama com ele— nos encaramos.

—E o que estaríamos fazendo na cama o dia todo?—pergunto brincalhão, ela revira os olhos e me solta.

—Agora é serio, precisamos passar no meu hotel para pegar mudas de roupas, não posso andar por aí só com uma blusa sua muito menos com aquele vestido.

—Realmente, as pessoas não iam parar de te olhar na rua, principalmente os homens. E eu não ia gostar nada disso. Até porque ainda não consegui decidir em qual desses dois você fica mais sexy— falo com a mão no queixo.

—CONNOR!— ela exclama e me dá um tapa no braço, acho graça.

—O quê? Só estou falando verdades, se bem que sem roupa é ainda melhor— digo me aproximando dela, mas ela se esquiva e revira os olhos.

—Idiota!

—Seu idiota— respondo e a puxo para um beijo, ela ri sem separar nossos lábios.

—É sério amor, como eu vou sair daqui usando aquele vestido?

—Então, enquanto estava em Minnesota, Claire passou uma temporada aqui, ela deixou algumas roupas, devem servi em você— dou de ombros.

—E você me deixou usar só essa blusa por quê?— Sarah me olha com uma expressão de indignação.

—Não resisti, desculpa— me aproximo do seu rosto e lhe dou um selinho—Mas, é que você fica muito linda vestindo só isso.

—Definitivamente você é um idiota, Dr. Rhodes—ela ri e me dá outro beijo.

—Apenas seu Dra. Reese, seu idiota — respondo e a puxo para um beijo mais longo.

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Sarah

Encaro o enorme closet a minha frente com espanto. Connor havia comentado que a irmã tinha deixado algumas roupas em seu apartamento, mas pelo o que eu via ali, deveria dizer que era um guarda roupa inteiro. Muito provavelmente aquele lugar tinha mais roupas do que eu poderia ter tido em toda minha vida, sendo que maioria era de marca, algumas estrangeiras e muitas ainda estavam com as etiquetas. Haviam lingeries também.

Procuro algo mais simples para vestir, mas paro quando encontro um elegante vestido de festa, lindo, de seda, longo, provavelmente ficaria bem justo no corpo de quem o usasse.

—Jesus!— exclamo ao ver seu preço, o soltando imediatamente.

            Como alguém tem coragem de comprar uma coisa tão cara? Não nego que é um dos vestidos mais lindos que já vi, mas ainda assim, não justifica. Com esse valor eu pagaria três meses de aluguel no meu antigo apartamento e ainda sobraria dinheiro.

            Continuo observando e procurando por roupas quando a voz de Connor ecoa no closet, me assustando:

—Tudo bem por aí? — ele pergunta encostado na porta que dava acesso ao lugar.

—Sim, só estava procurando alguma coisa mais simples para vestir— faço uma careta— Mas acho que vai ser difícil.

            Ele sorrir e começa a caminhar em minha direção. Aquele era o quarto de hóspedes, havíamos combinado de que enquanto escolhia uma roupa, ele iria terminar de arrumar a cozinha, aparentemente eu pedi muito tempo no meio de minhas indecisões, não optando por nada.

            Sou envolvida por seus braços, que recaem ao redor de minha cintura e me puxam para mais perto, depositando um beijo casto em meus lábios.

—Fique à vontade para escolher qualquer uma, se duvidar a Claire nem lembra mais da existência dessas roupas.

—Tem certeza? — pergunto, encarando-o.

            Connor apenas balança a cabeça, em sinal de confirmação. Suas mãos vão para o meu cabelo, ele se aproxima, começando a distribuir beijos e mordiscar meu pescoço.

 —Se continuar assim não vamos sair desse apartamento— sussurro.

—Você é tão cheirosa, Sarah— sinto seu nariz em minha nuca, sua barba roça em minha pele, causando-me arrepios— Eu estou viciado em você— ele mordisca, delicadamente, meu queixo— Sua pele— a língua dele faz um caminho da minha nuca até chegar próximo a minha orelha — Não consigo ficar longe dela— murmura, sinto suas mãos descerem, passando por minha costa, acariciando meus braços, parando em minha cintura, onde pressiona com certa força.

—Amor... —tento dizer, mas sou interrompida por seus lábios que vão de encontro aos meus—Amor— repito, sem interromper o beijo, mas ele me ignora— Connor! — exclamo ao sentir suas mãos apertarem com força minha bunda. Empurro-o delicadamente.

            Ele revira os olhos, suas mãos sobem de volta para meus quadris, ele me encara com um bico nos lábios, como se estivesse fazendo birra. Acabo deixando escapar um riso.             

—Você ri do meu estado, não é? Mas tudo bem, só hoje vou deixar você vencer! Mas só saio daqui se me der mais um beijo— impõe.

            Sorrio e aproximo nossos rostos, depositando um selinho rápido em seus lábios.

—Pronto, agora vai— falo, empurrando-o — Ainda tenho que encontrar uma roupa, no meio desse shopping.

—Eu pedi um beijo, Dra. Reese e isso não chegou nem perto de ser um.

            Antes que eu possa falar ou fazer alguma coisa, nossos lábios, mais uma vez, são selados. Posso sentir a luxuria tomando conta do lugar, o beijo é ardente, cheio de desejo, urgente. Nossas línguas se enroscam uma na outra, em uma sincronia perfeita, de uma hora para outra o quarto parece pegar fogo.

            Connor desce as mãos até minhas coxas, tomo impulso e enrosco minhas pernas em seus quadris, levando meus braços ao seu pescoço. Sem interromper o beijo, ele me carrega até o pequeno sofá que existe no meio do closet, colocando-me sentada no “braço” do móvel. Abro as pernas e o puxo para mais perto, na tentativa de colar nossos corpos ainda mais.

            O ajudo a tirar minha blusa, ficando apenas de sutiã e calcinha, os lábios dele vão de encontra ao meu pescoço, descendo lentamente, até chegar perto dos meus seios. Uma de suas mãos desliza por meu corpo, parando em minha intimidade, começando a me acariciar por cima da calcinha, deixando-me completamente arrepiada.

—E o... — tento falar, mas minha voz falha quando Connor levanta um lado do meu sutiã e começa a sugar meu seio direito ao mesmo tempo que me estimula em baixo— Ah! — gemo, mordendo meus lábios com força.

—Por que é tão teimosa Dra. Reese? — sussurra com a voz rouca, mordendo meu seio.

—Eu não s... — perco o ar, mais uma vez, pois ele afasta o tecido da calcinha para o lado, seus dedos brincam com meu sexo.

            Connor puxa delicadamente meus cabelos para trás, fazendo com que eu o encare.

—Vai negar Dra. Reese? — seus lábios tem um sorriso malicioso e os olhos brilham com em um tom sombrio, dando-lhe um ar extremamente sexy. Engulo um seco ao encarar-lhe por aquele ângulo, como poderia um homem ser tão atraente?

—Não— murmuro e o puxo pela nunca selando nossos lábios novamente. Minha mão desce por seu abdome, contornando e arranhando cada músculo de sua barriga, até chegar a seu membro, onde o pressiono por cima da calça.

—Ah Sarah— ele geme sem parti o beijo.

            Apesar de está um pouco envergonhada, continuo pressionando, dessa vez colocando a mão por dentro da calça e da box, começando a movimenta-lo para cima e para baixo, lentamente. Sinto Connor enrijecer, separando nossos lábios, colocando a cabeça na curvatura do meu pescoço, sua respiração está ofegante. Aumentando a velocidade aos poucos, ele murmura alguma coisa incompreensiva, em seguida geme meu nome. Sorrio ao perceber que aquilo estava lhe dando prazer, fazendo com que eu sinta mais segurança, mas quando penso em aumentar o ritmo um pouco mais, sua mão me impede, retirando a minha de dentro da sua roupa.

            Encaro-o confusa.

—Desculpa— falo envergonhada— Eu estava fazendo errado? É que eu nunca fiz nada assim.

            Connor segura meu rosto e me dá um selinho.

—Você estava fazendo perfeitamente bem, Sarah— ele sorri— Esse é o problema, não queremos acabar com a diversão antes da hora.

            E volta a me beijar, arrepio-me ao sentir o toque suas mãos em minhas costas, parando no fecho do meu sutiã, abrindo rapidamente e jogando a peça de roupa no chão, seus lábios descem até um de meus seios, sugando-o com vontade. Jogo a cabeça para trás, sem conseguir segurar um gemido, puxo com força seus cabelos.

            Começo a sentir a excitação tomar conta de mim, um frio estranho faz com que meu estômago revire, os pelos do meu corpo se arrepiam a cada toque daquele homem, não faço mais nada, a não ser aproveitar aquela sensação fantástica e viciante. Seus lábios vão descendo por minha barriga fazendo-me suspirar, deixo meu corpo ir cair sobre o sofá.

            Connor brinca com a barra da minha calcinha, começando a tirá-la lentamente, ao mesmo tempo em que faz uma trilha da minha coxa até minha virilha, depositando leves mordidas.

Apoio meu corpo nos meus braços, para ter uma melhor visão do que ele faz. Quando sua língua passeia bem no meio de minhas pernas, prendo o ar, jogando a cabeça para trás.

—Connor...— um gemido rouco escapa de meus lábios— Por favor...— imploro e ele finalmente termina de retirar minha calcinha.

            Minhas mãos vão até o cós de sua calça, puxando-a com força, sem nenhuma delicadeza, muito menos paciência.  A roupa escorra até o chão, mas quando vou retirar sua cueca, suas mãos, novamente, me impedem.

—Ainda não, baby— sussurra em meu ouvido.

            Solto um grunhido de reprovação, revirando os olhos, frustrada, Connor ri e sela nossos lábios de novo, caindo em cima de mim. Uma de suas mãos desliza por meu corpo parando em minha intimidade e com apenas um dedo ele começa a massagear meu clitóris. De forma automática, minha barriga se contrai e acabo mordendo seu lábio inferior com força, tentando segurar, em vão, um gemido.

            O movimento de seu dedo é lento e em círculos, como se quisesse me torturar. Sinto-me ainda mais úmida e tonta com toda aquela excitação, é praticamente uma questão de necessidade ter nossos corpos unidos de uma vez por todas. Remexo meus quadris na tentativa de ter mais contato com seu corpo e para que ele entendesse o que eu realmente quero.

            Sua boca vai até um de meus seios sugando e mordendo-o levemente. Me surpreendo quando ele me penetra com dois dedos. Cravo minhas unhas em sua pele e ambos soltamos um gemido alto. Seus dedos se movimentam com força e rapidez, me fazendo perder o ar.

            Com a cabeça para trás, fecho os olhos, minha respiração está irregular fazendo com que meus pulmões clamem por ar, meu corpo queima por dentro e sinto o suor começar a escorrer por minha nuca. Parece que a qualquer momento eu vou explodir.

Como se não pudesse melhorar ainda mais o prazer, Connor começa a estimular, com o polegar, meu clitóris enquanto me penetra com os dedos. Minha barriga se contrai, suspiro, arqueando minhas costas, sinto meu corpo se preparar para o orgasmo, que chega minutos depois acompanhado de um gemido alto. Meu corpo está em êxtase, trêmulo e completamente sem forças, fazendo com que eu me estire no sofá.

Devagar, ele vai retira seus dedos de dentro de mim. Abro os olhos e encontro suas íris azuis me observando, seus lábios tinham um sorriso sarcástico. Connor leva os dedos até a boca lambendo-os, sua língua passa por seus lábios como se quisesse aproveitar todos os resquícios do líquido, a cena é completamente embaraçosa, mas por algum motivo aumenta a tensão sexual do lugar.

Meus olhos dessem por seu corpo, observando cada detalhe do homem parado em minha frente. Noto o enorme volume em sua cueca, fazendo com que eu morda os lábios.

—Definitivamente você faz isso de propósito— ele ri.

Puxo-o pela nunca, trazendo para perto de mim, iniciando um beijo ardente e intenso. Mesmo que fosse que só um pouco, conseguia sentir meu próprio gosto em seus lábios, é excitante.

Onde estaria a Sarah tímida e insegura de ontem à noite? Eu não fazia ideia, mas agradecia por ela está escondida naquele momento.

Cruzo as pernas ao redor de sua cintura, fazendo com que nossas intimidades tenham contato. Soltamos um gemido rouco, sem separar nossos lábios. Sinto suas mãos apertarem com ainda mais foça meu quadril.

—Eu quero você agora— sussurro, mordendo o lóbulo de sua orelha. Seu corpo se arrepiar e percebo que ele também não aguentava mais enrolar.

Descruzo as pernas, Connor rapidamente retira a maldita cueca. Nossas bocas se encontram de novo, de forma desesperada e meio selvagem, sinto minha intimidade pulsar novamente e uma corrente elétrica passar por meu corpo, eu precisava ter nossos corpos conectado de uma forma mais intima de uma vez por todas.

Connor me segura pela cintura, fazendo com que eu me levante um pouco do sofá, ele se posiciona na entrada do meu sexo. Fecho os olhos, jogo a cabeça para trás e forço meu corpo para frente, fazendo-o escorregar sobre o membro dele. Levo minhas pernas de volta aos seus quadris, suspirando quando nossas intimidades se unem.

Nossos corpos começam a se chocar com força e rapidez, os gemidos ecoam por toda a casa, tudo aquilo que eu havia sentido anteriormente apenas com os dedos de Connor voltam, mas dessa vez é infinitamente melhor.

Sinto suas mãos me apertarem mais, lentamente ele vai retirando seu membro de dentro de mim e acabo soltando um grunhido, frustrado. Ele ri.

—Ainda temos muito o que fazer, Dra. Reese. A brincadeira só está começando.

—E isso lá são horas de brincar, Dr. Rhodes? — falo indignada, ele me olha com as sobrancelhas arqueadas e um sorriso brincalhão nos olhos.

Em um movimento rápido, ele me gira, fazendo com que eu fique de costa para ele, apoio minhas mãos no sofá e a única coisa que consigo pensar é:

Puta que pariu.

Posicionada de quatro, sem poder ter uma boa visão dele, mordo os lábios com força, mas um sorriso brinca em meus lábios. Definitivamente não sou, mas que o mundo se exploda, está bom demais para pensar em parar, melhor dizendo, eu não quero que pare.

As mãos de Connor passam a acariciar minhas costas, enquanto ele se posiciona atrás de mim. E sem aviso prévio me penetra de uma única vez, com bastante força, fazendo com que eu solte um grito, de prazer, com aquele movimento, ao mesmo ele puxa meus cabelos.

 Minha boca fica entreaberta, minha respiração descompassada, meu corpo pega fogo. Mexo meus quadris com velocidade, querendo senti-lo mais dentro de mim. Os lábios molhados de Connor distribuem leves beijos em minhas costas, as vezes sua língua trilha um caminho por meu corpo, o que me causa arrepios.

A forma como ele me segura, seus toques firmes e possessivos, toda aquela agressividade, faz com que eu me sinta fraca e tonta, mas extremamente excitada. A adrenalina que percorre meu corpo é viciante e me faz clamar por mais.

 A velocidade dos nossos movimentos aumenta, uma sensação já conhecida começa a tomar conta de mim. Tento mover meus quadris com mais rapidez, uma das mãos de Connor para em minha bunda, apertando-a com força, a outra desce e começa a estimular, com dois dedos, meu clitóris. Prendo a respiração e fecho meus olhos com força, sentindo-me ficar mais quente do que nunca.

Quero que todas essas sensações e emoções fiquem cravadas em minha alma. Quero lembrar de cada gemido, cada toque, cada “eu te amo” sussurrado para o outro. Quero ser dele, assim como quero que ele seja meu.

Só meu.

As mãos dele voltam a minha cintura, apertando-a com mais força causando dor, mas prefiro ignorar. Sinto ele retirar todo o seu membro de dentro de mim, penetrando-me de uma só vez e com bastante vigor e assim, chego ao meu limite, soltando um gemido alto, minhas costas arqueiam para trás, meus olhos estão fechados, meus braços e pernas tremem, uma corrente elétrica me percorre, não tenho forças. Porém, Connor continua se movimentando, segurando firmemente meus quadris, pelo canto dos olhos, vejo que ele está com a cabeça virada para trás e a boca entreaberta.

Como um homem como aquele poderia ser tão sexy?

Em uma última estocada, dura e agressiva, sinto seu líquido me preencher, soltamos um gemido juntos.  Seu corpo relaxa em cima de mim, suas mãos soltam minha cintura, lentamente retira seu membro de dentro da minha intimidade, solto um murmuro baixo, sentindo-me estranha com a nossa falta de contato.

Viro-me, sentando no sofá, encarando-o. Aproximo nossos rostos, juntando nossos lábios, em um beijo não tão urgente, mas também não tão calmo.

Era apenas um beijo.

Nos separamos, ele me puxa para o seu colo, enrosco minhas pernas na sua cintura, voltando a nos beijar. Connor caminha devagar até o quarto, me depositando delicadamente na cama.

—Definitivamente nós não vamos sair desse apartamento hoje, Dra. Reese— ele diz com um sorriso malicioso, se deitando sobre mim.

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Connor

—Eu vou conversar com ela e mais tarde te mando mensagem confirmando— respondo a Will, que havia me ligado.

—Por onde você andou o dia todo? Passei o dia te ligando e mandando mensagem, você simplesmente sumiu, estava fazendo o quê? — pergunta, mas antes que eu possa responder completa— Deixa para lá, não quero saber. Só não esquece de mandar mensagem, Natalie e April passaram o dia enchendo a minha paciência com a do Ethan porque queriam ver a Sarah, juro que se não vierem amanhã, chamo o Jay e descubro onde vocês estão enfiados e trago-os a força.

Nesse momento Sarah sai do banheiro, usando apenas uma toalha, passando creme nos braços. Quando percebe que está sendo observada, me encara, arqueio as sobrancelhas e ela revira os olhos, achando graça e entra no closet.

—Você escutou o que eu falei—exclama Will e percebo que havia o esquecido.

—Tá, tá. Não posso afirmar que vamos, mas por mim tudo bem. Agora tenho que ir, mais tarde te mando mensagem.

—Tá bom— ele responde e encerra chamada.

            Coloco o celular em cima da mesinha de cabeceira e suspiro, esperando pacientemente, sentado na cama, Sarah terminar de se arrumar para que pudéssemos sair. O plano de sair para almoçar fora tinha ido para os ares já que passamos a tarde no apartamento fazendo amor e trocando carícias. Só parando quando ela reclamou de estar com fome e descobrimos que já era quase seis horas da noite.

—Quem era? —Sarah pergunta, voltando para o quarto com uma muda de roupa na mão, colocando as mesmas na cama.

—Will, aparentemente todos no hospital estão com saudades de você e querem marcar um almoço amanhã, na casa do Will e da Nat. Querem saber se você concorda— respondo puxando-a para perto de mim.

—Nós vamos— afirma.

—Vamos? — pergunto.

—Vai me deixar ir sozinha? E o que aconteceu com aqueles planos de passar o final de semana comigo, Dr. Rhodes?

—Na verdade, Dra. Reese. Meus planos ainda incluem passar esses dias ao seu lado—puxo-a fazendo com que caia na cama, me posicionando em cima dela—A diferença é que pretendo fazer outras coisas com a senhora— sussurro e inicio um beijo, que começa calmo, apenas explorando a boca um do outro, mas aos poucos se torna urgente.

            Minhas mãos deslizam da sua cintura até a coxa, subindo de volta, pressionando sua bunda, por dentro da toalha, fazendo com que ela solte um gemido. Desço os beijos para seu pescoço, mordiscando levemente sua pele para não deixar marcas. Quando estou prestes a abrir o tecido que a cobre, Sarah passa as mãos em meu cabelo, puxando-os, suas pernas enlaçam meus quadris e em segundos nossas posições são trocadas, ficando por cima de mim. Ela segura firmemente cada um dos meus braços, prensando-os lado a lado da minha cabeça, aproxima nossos rostos e quando acho que vamos nos beijar dar um sorriso maroto.

 —Você não vale nada, Dr. Rhodes— diz e sai de cima de mim.

A encaro indignado.

—Eu não acredito que fez isso, Dra. Reese.

            Ela ri e começa a se vestir em minha frente, noto suas bochechas ficarem um pouco coradas quando ela ver que a analiso de cima a baixo. Se ela soubesse a beleza que tem, provavelmente não teria um terço de toda essa insegurança e timidez, mas essas coisas só a fazem ficar ainda mais atraente.

—Você é linda— murmuro ao vê-la apenas de sutiã.

—E você é um idiota que adora me deixar sem graça— ela bufa e vira de costa.

—Hey, não precisa ficar assim— levanto e abraço por trás, sussurrando em seu ouvido— apenas estava falando a verdade.

            Vejo sua pele se arrepiar e sorrio, amava isso, a forma como seu corpo reagia a cada toque meu, cada expressão que ela esboçava com alguma coisa que eu falava, cada gemido que soltava que era provocado por mim. Céus, eu amava aquela mulher.

—Anda Connor, eu estou com fome— ela diz, tentando se soltar de meus braços.

—Eu também— rebato, beijando a curvatura de seu pescoço.

            Ela ri, entendendo o duplo sentido da frase. A solto e ela termina de se vestir, sentando na cama calcando o mesmo sapato alto da noite anterior.

—Sabe que vamos para o Navy píer, não é? Praia, areia...

—Claro que sei— ela revira os olhos— Acontece que sua irmã e eu não calçamos o mesmo número de sapato, já é uma grande coincidência vestimos o mesmo tamanho de roupa. Vou ter que ir com esse, a não ser que resolva passar no meu hotel.

—Não, vamos passar lá só na volta. Estou com fome— digo pegando meu celular e a carteira, saindo do quarto.

—Agora você tá com fome? —murmura sarcástica.

—Eu sempre estou com fome Sarah, você só vai precisar saber diferenciar o que eu vou querer comer naquele momento— grito do corredor.

—Idiota—rebate.

            Acho graça, mas não falo mais nada. Pego as chaves do carro em cima do balcão e a espero ao lado da porta do apartamento, minutos depois ela surge devidamente arrumada. Saiamos de casa, chamo e elevador e ficamos ali por alguns instantes, quando ele chega entramos em silêncio, ela me abraça pela cintura, colocando o rosto na curvatura do meu pescoço, colo um de meus braços ao redor de seus ombros e aproximo o nariz de seus cabelos, que exalam um delicioso cheiro de morango.

—Precisamos passar em uma farmácia— murmura.

—Você tá sentindo alguma coisa? — pergunto preocupado, puxo seu rosto para que ela me encare—Eu te machuquei?

—Não e não— ela suspira e dá um selinho— Eu preciso comprar algumas coisas pessoais e desde ontem não usamos nenhum preservativo em nenhuma das vezes que transamos. Eu ainda não tomo nenhum anticoncepcional, preciso comprar pelo menos uma pílula do dia seguinte.

—Ah! — é tudo o que consigo falar, desvio o olhar do seu e abaixo a cabeça—Me desculpe, eu esqueci completamente da camisinha.

—Tudo bem, eu também só lembrei agora— diz me dando um selinho e volta esconder o rosto na curvatura do meu pescoço.

            Ficamos em silêncio, até o elevador chegar na garagem, caminhamos até o carro com as mãos entrelaçadas. Abro a porta para ela, em seguida dou a volta no veículo, entro e dou partida.

            Sarah encara a cidade pela janela do carro, seus olhos tem um brilho diferente, apesar de ter decidido por conta própria, eu tinha consciência de como deveria ser difícil para ela voltar para a cidade, relembrar de tudo o que passou por aqui. Seguro uma de suas mãos, entrelaçando com a minha, depositando um beijo casto nela.

—Sei que hoje eu devo ter dito isso milhares de vezes somente quando estávamos tomando banho juntos, mas eu te amo Sarah. Nunca pensei que fosse possível me sentir assim, mas volto a repetir: com você tudo é diferente, mais puro, mais intenso e eu gosto disso.

            Ela me encara sorrindo, se curva em minha direção e me beija no canto dos meus lábios. Paro o carro no sinal vermelho e a puxo para um beijo, sem qualquer malícia, calmo e carinhoso. Quando nos separamos, a seguro em cada lado de seu rosto com as mãos, ficamos nos encarando ali, por alguns segundos, que pareciam ter se tornar minutos, horas, apenas avaliando a expressão um do outro.

—Eu te amo, Connor— ela diz—Obrigada por estar do meu lado, ser paciente comigo, carinhoso, me escutar. Você não tem noção do quão importante se tornou para mim. Nunca vou me cansar de escutar os seus “eu te amo”, porque é extremamente reciproco, te amo hoje muito mais do que ontem e muito menos do que amanhã. Eu te amo, meu amor.

            A encaro sem conseguir esconder um sorriso nos lábios, ela ficando vermelha e desvia o olhar.

—Onde você se escondeu o tempo todo, Dra. Reese? —pergunto soltando-a e dando partida no carro.

—Eu esta ali o tempo todo, Dr. Rhodes. Acontece que você só conseguia me ver como a estudante desleixada de medicina do quarto ano—ela ri.

—Hey! —digo a olhando pelo canto dos olhos, indignado— Eu não te via assim, tá bom?

—Ah não? —ela me encara divertida— Vai dizer que alguma vez, antes de Minnesota, me viu com outros olhos? Que no meio de tantas mulheres no med, você ainda conseguiu me enxergar?

—Na verdade sim— dou de ombros

—Que mentiroso, Dr. Rhodes— ela ri e me dá um tapa no braço.

—Mas é verdade.

—Vou fingir que acredito, me diz quando, então?

—Promete que não vai ficar chateada? — pergunto cauteloso e vejo o sorriso em seu rosto morrer. Droga, Rhodes, tem coisas que você só tem que ficar calado.

—Quando? —ela repete.

Suspiro profundo, segurando o volante com um pouco mais de força.

—Tudo bem—engulo o seco e prossigo—Quando começou a tratar a Robin, foi ali que te vi de um jeito diferente, você foi sensacional, conseguindo enxergar coisas que o próprio Dr. Charles se negava a ver. Trabalhou tão duro, se mostrou tão focada, tão perseverante, completamente diferente da estudante assustada e insegura do quarto ano de medicina.

            Vejo ela seus ombros se afundarem, enquanto ela começa a se remexer no banco de maneira inconfortável, estava inquieta e visivelmente incomodada.

—Sarah... —começo a falar, mas ela me interrompe.

—Está tudo bem Connor, juro— ela coloca uma das mãos em cima da minha coxa—Fico feliz de ter ajudado a Robin naquele momento, não só ela como o Dr. Charles, foi difícil, mas foi um bom caso, me mostrou novos rumos e abriu novos caminhos na minha vida profissional.

—Se continuar com mão aí, sou capaz de estacionar esse carro na primeira esquina que aparecer e te agarrar agora mesmo— ela ri e tira a mão, voltando a encarar a cidade pela janela.

            O resto do caminho até Navy píer é silencioso, apesar de ser final de semana o local não está muito cheio, estaciono o carro na primeira vaga que encontro e saímos do carro. Seguro a mão de Sarah e começamos a caminhar pela calçada, sentindo o vento da praia em nossos rostos, encarando o mar a nossa frente.

—Quando eu morava aqui, não costumava vir muito a esse lugar. Na verdade, dificilmente saia, sempre focada nos estudos e no trabalho. Se estive aqui umas três vezes durante a faculdade, pode ter certeza que foi muito— ela diz.

—Quando era criança, era quase uma tradição minha mãe trazer eu e Claire até aqui, principalmente no começo das férias de verão. Era um dos nossos programas favoritos, passávamos o dia todo na praia, brincando, tomando banho, depois íamos ao parque e andávamos em quase todos os brinquedos— um suspiro pesado escapa dos meus lábios— Sinto falta disso, de quando as coisas eram mais leves, da companhia da minha irmã, da minha mãe, principalmente, de ter uma família.

            A essa altura já havíamos parado de andar, Sarah estava em minha frente, me encarando triste, suas mãos estavam no meu rosto e ela fazia um carinho delicado com os dedos.

—Nenhum de nós teve sorte com a família ou talvez você tenha tido, mas por um infeliz destino foi por pouco tempo. Por isso, apesar de estamos juntos a pouco tempo, quero que nosso relacionamento funcione— ela diz.

—Quer formar uma família comigo, Dra. Reese?

—Não seu bobo, não agora. Quero ir com calma com você, quero te conhecer aos poucos, descobrir seus gostos, seus medos, suas manias, nossas afinidades. Aproveitar cada momento, cada segundo que estivermos juntos. Te amar a cada dia e sentir esse amor crescendo a cada instante, mas para que isso funcione, precisamos respeitar um ao outro.

—E isso significa? — pergunto sabendo que ela quer chegar em algum lugar com tudo aquilo.

—Significa que apesar de estar extremamente tentada com a proposta, vou ter que negar ir morar com você.

—Sarah... —tento falar, mas ela me interrompe com um selinho.

—Me escuta, tá a bom? — ela pede e ficamos nos encarando, suspiro pesado e balanço a cabeça em sinal de confirmação— Eu sei meu amor, sei que você só quer me ajudar e que seria maravilhoso dormir e acordar todos os dias ao seu lado, mas isso pode ser um problema mais para frente. Nosso relacionamento ainda está no começo, apesar de nos conhecermos há anos, ainda precisamos conhecer e entender as manias e os defeitos de um e do outro. Talvez mais para frente quem sabe? Só não quero dá um passo maior do que a perna— ela termina de falar e me dá um selinho.

            Seguro suas mãos, nossos rostos estão colados e nossos olhos perdidos um no outro. Por fim, suspiro e a puxo para um beijo.

—Tudo bem, Dra. Reese, a senhora está certa— digo, colocando os braços ao redor de sua cintura e voltamos a andar—Vamos com calma, não quero estragar nada, não quando eu sei que posso ter alguns defeitos que vão te deixar extremamente irritada, por exemplo: toalha em cima da cama— falo e acho graça com a careta que ela faz.

—Podemos mudar certos hábitos, Dr. Rhodes — ela ri.

            Passo o braço em seus ombros e ela me segura pela cintura, voltamos a andar, dessa vez em silencio, apenas aproveitando a presença, do outro, roubando um selinho alie e fazendo um carinho aqui. Era bom sentir essa calmaria, esse sentimento de paz e prazer, amar e ser amado reciprocamente. Mas era infinitamente melhor ter aquela mulher ao meu lado. Apesar de está um pouco triste com o fato dela ter negado morarmos juntos, eu conseguia entender seu lado, a maioria dos meus antigos relacionamentos haviam terminado por conta de decisões precipitadas e por não ter tido a oportunidade de conhecer a pessoa mais profundamente. Esse era um defeito meu, sempre que me envolvo com uma pessoa, me jogo de cabeça e por isso acredito que Sarah esteja certa, se formos com calma, quem sabe seja diferente?

—Você prefere ir no parque ou jantar primeiro? — Pergunto.

—Jantar, se eu continuar sem comer por mais meia hora sou capaz de desmaiar.

—Exagerada— reviro os olhos e ela me encara indignada.

—Exagerada? Eu? Tem certeza? Porque ao que me lembre, não foi eu que forcei alguém ficar na cama o dia todo.

—Forcei? — Arqueio as sobrancelhas— Não lembro de escutar nenhuma reclamação sobre isso, ao contrário, lembro de alguns suspiros, puxões de cabelo, meu nome sendo gritado por todo o apartamento, muitos gemidos e com toda a certeza muitos orgasmos... Aí Sarah— resmungo quando ela me dá um beliscão.

—Cala a boca e vamos embora— ela diz, soltando-se de mim, visivelmente vermelha e começa a andar depressa em minha frente.

—Amor...—corro e a abraço por trás— Era brincadeira.

—Você é extremamente idiota quando quer me ver constrangida, Rhodes.

—Rhodes? —Pergunto divertido— Devo me preocupar por ser chamado só pelo sobrenome?

—Talvez— ela diz e dá de ombros— Agora andar, por favor que eu não aguento mais ficar com fome.

            Opto por leva-la a um restaurante que havia inaugurado recentemente, nunca havia ido, porém a maioria das pessoas viviam falando que o local era bastante acolhedor e a comida era deliciosa. Entramos de mãos dadas no estabelecimento e logo um rapaz nos recepciona e peço que nos leve para um lugar mais reservado, ele aponta para uma mesa aos fundos do restaurante, que tinha uma vista esplendorosa para o mar. Caminhamos ao local indicado e não deixo de notar a forma como o cara recebe mais calorosamente Sarah, observando-a por mais tempo que o necessário, o mesmo puxa uma cadeira para que ela sente e ignora completamente a minha presença.

—A senhora está confortável? — ele pergunta.

—Sim, muito obrigada— ela responde educadamente e me encara—Que lugar mais lindo, nunca havia vindo aqui.

Antes que eu possa falar algo, o recepcionista me interrompe:

—É sim, senhora. Inauguramos a pouco tempo, o dono achou melhor deixar o ambiente como era antigamente, esse ar acolhedor e aconchegante faz com que todos se sintam confortáveis. Depois de um dia estressante de trabalho, o que a pessoas mais querem é relaxar. Apesar de amar trabalhar aqui, fico triste com a história dos antigos donos.

—Jura? O que aconteceu? — Sarah pergunta.

—Bom, o antigo proprietário do imóvel veio a falecer de depressão após alguns meses da morte da esposa. Eles eram refugiados alemães, fugiram da segunda guerra e vieram para cá, segundo dizem, ela era filha de um importante comandante do exército alemão e ele era um artista de rua, judeu. Se conheceram quando ele foi obrigado a trabalhar na casa dela, onde se apaixonaram, os pais dela queriam a obrigar a casar uma autoridade bastante influente naquela época, mas quando descobriram que ela estava gravida os dois resolveram fugir. Não sei lhe dizer como, mas conseguiram e chegaram nas Américas, formando uma enorme família e criando seus filhos com amor e sabedoria. As pessoas dizem que apesar das enormes dificuldades que passaram, eles eram extremamente apaixonados pelo outro, sempre seguindo em frente com um sorriso no rosto e de mãos dadas. Infelizmente com a partida da esposa, o senhor não conseguiu lidar com a dor e acabou morrendo de depressão, mas eu acredito que nesse caso ele morreu de amor.

—Que história mais linda, triste, porém belíssima— diz Sarah emocionada.

—Talvez eles olhem e zelem pelos casais apaixonados que vem aqui, sabe senhora? Apesar de trabalhar a pouco tempo no restaurante, já vi inúmeros pedidos de casamente, várias revelações de gravidez e incontáveis gestos de amor. Acredito que o ar que esse lugar exala seja amor e paixão. Quem sabe, não seja aqui que irá encontrar aquela pessoa que vai segurar suas mãos para sempre? — ele diz, continuando a encarando Sarah.

            Os músculos do meu corpo enrijecem, uma raiva me percorre, fecho os punhos com forca por cima da mesa. Sarah parece não perceber o que acontece ali, o que me faz ficar ainda mais impaciente. Reviro os olhos resolvo solto uma tosse forçada a fim de chamar a atenção dos dois.

—Já sabe o que vai pedir, amor? — Digo, enfatizando a última palavra.

—Não faço a mínima ideia— ela responde, dando uma olhada no cardápio— Alguma sugestão? — Pergunta, mas antes que eu possa responder o recepcionista toma a frente e diz:

—Se me permite senhorita, temos um maravilhoso menu de frutos do mar, se optar por algum prato não irá se arrepender.

—Ela é vegetariana amigão— falo irritado— Se importa se eu pedi? — pergunto a ela, que apenas balança a cabeça negando— De entrada, vamos querer Carpaccio verde ao molho mostarda, prato principal vou querer um Rigatoni de bacalhau e para ela um Fettuccine com abobrinha.

—Massa? — ela pergunta arqueando as sobrancelhas, enquanto bebe água.

—Precisamos repor a energia que gastamos desde ontem— respondo com um sorriso malicioso no rosto.

            Sarah acaba se engasgando, ficando completamente vermelha, ela me lança discretamente um olhar mortal. O recepcionista nos encara extremamente desconfortável e isso só faz com que meu sorriso aumente.

—Gostariam de beber alguma coisa? — ele pergunta.

—Com quais espécies de vinhos vocês trabalham? — Questiono.

—Trabalhamos com os mais variáveis tipos, desde o vinho tinto até os roses.

—Teriam Sauvignon Blanc? — indago e ele afirma com a cabeça— Então vamos querer esse mesmo.

—Tudo bem, se precisarem de mais alguma coisa basta me chamar, daqui a pouco um garçom irá trazer seus pedidos. Tenham uma excelente noite, com licença— o recepcionista diz e vai embora.

            O acompanho pelo olhar e quando ele está relativamente longe Sarah joga o cardápio na mesa e me encara com raiva.

—Juro que se aqui não fosse um local público eu te mataria, Connor.

—Mas o que eu fiz?

—O que você fez? Jesus, Connor! Você praticamente falou para o rapaz que passamos o dia todo transando.

—Só falei que gastamos muitas energias, mas, mesmo que tivesse dito, qual o problema? Não é verdade? — falo dando de ombros e escuto ela emitir um grunhido enquanto se afunda mais na cadeira, tento segurar uma de suas mãos por cima da mesa, mas ela puxa a sua e cruza os braços. Respiro fundo— Tudo bem amor, me desculpa, ok? Não era para eu ter falado nada, você está certa, não tenho o direito de expor nossas intimidades a terceiros. Mas tenta entender meu lado, o cara estava dando em cima de você bem na minha cara e nem fazia questão de esconder. O que eu podia fazer?

—Dando em cima de mim? Ele só estava sendo gentil e educado, você que foi um grosso e estupido.

—Estupido? Quer dizer que o cara dá em cima da minha mulher na minha frente e eu tenho que ficar calado? Tudo bem que não devia ter falado aquilo, mas não poderia ficar parado vendo ele te comer com os olhos.

—Ele não estava fazendo nada, Connor. N-A-D-A— ela soletra a última palavra— Também não sou nenhum objeto para ter dono, é melhor você entender isso.

            Ficamos nos encarando por alguns minutos, reparo em sua respiração desregular e que ela está visivelmente nervosa com a situação. Passo a mão no rosto, irritado com tudo aquilo, respiro fundo, me aproximo dela, apoiando meus braços na mesa.

—Me desculpa, de verdade. Sei que o meu ato foi ridículo e que não tenho direito algum de ir saindo expondo nossas intimidades ao mundo por conta de ser temperamental— estendo uma das minhas mãos na mesa, como uma forma de pedir a sua, ela me encara por alguns segundos e ainda relutante, deposita a sua em cima da minha, as entrelaço, depositando um beijo casto na dela— Eu já devo ter falado mil vezes, mas se for preciso vou repeti até você entender: Sarah, você é linda! Deve ser uma das mulheres mais bonitas que já conheci, não tem noção do efeito que provoca nos homens. Quando você fazia residência no Med, eu me negava a aceitar a ideia de te olhar de outra forma porque na minha cabeça era confuso demais me sentir atraído por uma jovem estudante de medicina. Você é meiga, gentil e ainda tem esse sorriso que mata qualquer cara. Um olhar de menina, mas a garra e determinação de uma mulher. O simples pensamento de te perder me deixa louco— deposito mais um beijo em sua mão e a encaro, ela está com os olhos marejados, mas logo abre um enorme sorriso e me puxa para mais perto. Nossos lábios se encontram, não é um beijo profundo apenas um delicado selinho que dura alguns minutos. Quando nos separamos, nossos rostos ainda estão colados um no outro e cada tem um enorme sorriso.

—Obrigada— ela sussurra.

—Eu te amo, Dra. Reese— respondo e roubo mais um selinho.

—Eu também te amo, Dr. Rhodes.

            Algum tempo depois o vinho chega, seguido pelas comidas e acabo me surpreendo comigo mesmo ao perceber que realmente estava morto de fome.

 O clima volta a ser agradável, esquecendo-nos completamente da situação chata de antes, fazendo com que o resto do jantar seja divertido, apenas aproveitando a presença um do outro, com carícias trocadas e conversas descontraídas. No final, depois de uma longa discussão com Sarah, pago a conta e vamos embora.

Caminhamos de mãos dadas pelo calçadão em direção à praia, em silêncio agradável, chegando lá tiramos nossos sapatos e vamos andando descalços na areia. O clima é ameno, nem muito frio, nem muito calor, o que é um milagre se levarmos em consideração a inconstante estação climática de Chicago, o céu está bastante estrelado, as ondas do mar são uma melodia relaxante.

Andamos sem nenhum rumo por alguns minutos, até que Sarah para e vai até a beira da praia, abraço-a por trás, a água molha nossos pés, enquanto observamos o bater das ondas.

—Hey, esqueci de te falar uma coisa— Sarah se vira, ficando de frente para mim e coloca seus braços ao redor do meu pescoço— Ontem, durante a festa, Dr. Charles me ofereceu uma vaga na residência em psiquiatria, começo na segunda. 

Um enorme sorriso se forma em meus lábios, envolvo-a pela cintura e a puxo, fazendo com que ela saia do chão.

—Isso é maravilhoso, Sarah! — lhe dou um selinho— Charles nunca conseguiu superar a sua saída e eu consigo entender sua decisão, além de vocês possuírem um vinculo de “pai e filha”, você é uma das profissionais mais competentes que já conheci. Parabéns, meu amor.

Segundos depois, nossos lábios se chocam e um beijo calmo e sereno começa, nossas bocas exploram uma a outra, nossas línguas dançam em uma deliciosa sincronia.

Se alguns meses atrás alguém me parasse na rua para falar que em breve seria feliz, provavelmente eu a chamaria de louca e que a felicidade era algo relativo, durando apenas algumas horas. Mas hoje posso ver que estava completamente errado e a cada segundos que se passam, cada hora e dia, sinto que não poderia está mais feliz. Meus sentimentos por Sarah se tornam mais fortes e com apenas um pequeno gesto seu, poderia sorrir o dia todo. Podia ser amor, talvez paixão, encantamento ou atração, eu não sei, nem me importo com a resposta, mas confesso que adoro a sensação que tenho todas as vezes que a tenho em meus braços e percebo que aquele sorriso em seus lábios são por minha causa.

            Interrompo o beijo e ficamos nos encarando, nossos rostos ainda colados, nossas respirações descompassadas. Posso sentir meu coração batendo em meu peito mais forte que nunca. Minutos depois, noto que o brilho de seus olhos começa a diminuir e lágrimas surgem, fazendo com que ela desvie o olhar, baixando a cabeça. Fico preocupado, levo uma de minhas mãos até seu rosto, erguendo-o em minha direção, fazendo um delicado carinho em sua bochecha.

—Posso te pedir uma coisa?— ela sussurra.

—Claro— respondo.

—Promete que vai ter paciência comigo?

            A encaro confuso e não respondo, ela continua:

—Tudo que aconteceu comigo aqui em Chicago, meu pai, Dr. Charles, problemas que enfrentei no trabalho e na vida pessoal, me fizeram e ainda fazem ter medo. Medo do que ainda vou enfrentar, da possibilidade de tudo acontecer novamente. Medo de ter tomado a decisão errada e querer fugir daqui de novo. Minha cabeça é uma completa bagunça, Connor. Terão noites que você vai acordar com meus gritos após um pesadelo, poderá me encontrar escondida em um canto qualquer, bem no meio de uma crise de pânico. Quem sabe, me ver surtando na frente de todos? Vai ser muito difícil e queira desistir e terminar tudo, vou entender— ela diz dando de ombros— Mas antes de tudo, gostaria que lutasse por mim, da mesma forma que estou lutando por nós. Desde o dia que me ligou e falou que poderia está apaixonado por mim, algo aqui dentro mudou— ela diz e aponta para o seu coração— Uma esperança, que há meses eu não tinha, cresceu em mim e a pequena possibilidade de voltar a ser feliz, me fez largar tudo em Minnesota. Infelizmente andar pelas ruas dessa cidade me faz lembrar de coisas que me provocam arrepios e atormentam minha cabeça, as mesmas coisas que me atormentam toda noite. Mas aí, quando olho para o outro lado e vejo a sua mão segurando a minha, não sei explicar. É como um lembrete de que tudo passou e não estou mais sozinha, que vai haver uma pessoa ao meu lado, me segurando quando me sentir fraca, me trazendo de volta a realidade depois de uma crise, me protegendo em seus braços depois de um pesadelo, me lembrando de que posso e sou amada por muitas pessoas, que tudo o que aquele homem repugnante falou sobre quem eu sou, são apenas mentiras ditas para me ferir.

            Seus olhos transbordam e a abraço, escutando seus soluços em meu ombro. Percebo que ela é muito mais importante na minha vida do que poderia imaginar e vê-la, nesse estado, me faz ter ódio e repudio de todos que a diminuíram, amedrontaram-na ou a fizeram sofrer. Meu coração aperta só de imaginar por tudo o que poderia ter passado.

Levo uma de minhas mãos em seu cabelo, fazendo um leve cafuné, ficamos ali parados, abraçados, em completo silêncio, aos poucos ela vai se acalmando, mas não nos separamos e seus braços seguram firme minha cintura.

Não sei quanto tempo, mas no fim, deposito um beijo no emaranhado de seus cabelo e sussurro em seu ouvido:

Prometo segurar suas mãos todos os dias. Prometo embalar seus sonhos, te abraçar e sussurrar palavras de conforto até que você pegue no sono depois de ter tido outro pesadelo. Prometo que com o tempo suas crises vão diminuir, mas caso isso não aconteça, prometo te acalmar e ficar ao seu lado até ela ir embora. Prometo fazer você criar novas lembranças de Chicago. Prometo te dizer todos os dias o quanto você é importante não apenas para mim, mas para tantas outras pessoas ao seu redor. Prometo que nenhuma outra pessoa vai te tocar ou te fazer qualquer mal.    Prometo te proteger. E o mais importante, prometo ter paciência com você, pois te amo e vou te amar o resto das nossas vidas, Dra. Reese.

 


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Notas finais do capítulo

Encontrou algum erro? Me avisa, pfvr! A autora aqui já leu essa att umas 500 vezes e não aguenta mais kkk Até a próxima, espero que goste e não deixam de COMENTAR ♥



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