O futuro da fênix escrita por CrushHP


Capítulo 7
Capítulo 6




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/767599/chapter/7

— Então... Você não pretende nos dizer como derrotou Lord Voldemort?

Sem nem ao menos se virar, Harry sentiu os olhos de todos sobre si. Era algo que ele já estava acostumado, suspirou e com os ombros carregados de tensão, virou-se.

Não olhou para seus pais. Nem para qualquer outro, apenas para Dumbledore. Encarou profundamente aqueles olhos azuis.
Todos esperavam pela sua resposta e Lily lá no fundo queria que Dumbledore estivesse errado, queria que fosse mentira, mas sabia que o velho senhor era sábio e que suas predições e escolhas quase sempre eram corretas.
contrariando todas as expectativas, Harry sorriu. Seu sorriso carregado de sarcasmo assustou seus amigos, mas Harry não se importou, afinal Dumbledore tinha estragado tudo.

— Acabou  de estragar tudo, Dumbledore.— Disse calmamente expressando seus pensamentos em palavras.
Andou até a sala de jantar e puxou uma cadeira para sentar-se.

— Não podia ter guardado essa informação? Você consegue esconder todos os segredos, de todas as pessoas, mas ficar calado sobre algo como isso o senhor não consegue? — continuou Harry. Suas palavras eram venenosas como as presas de um basílisco.
Ninguém ousou interromper os dois.

Dumbledore desviou o olhar e disse:

— Eu precisava de uma confirmaçã-

Harry o interropeu rindo sem humor.

— Não seja sinico, Professor. Você sabe sobre mim desde o momento em que entrei pela segunda vez naquela sala.

— Você está me julgando, sem ter informações Sr. Potter. — o velho homem alfinetou, mas Harry não se deixou abalar.

— Se estou julgando o senhor sem ter informações, então porque não diz que não sabe de nada sobre mim ou nosso mundo? — Harry batia os dedos sobre a perna e sua voz não se elevara nenhum um décimo de altura, mas seu sorriso carregado de sarcasmo denunciava seu nervosismo. Apenas Ginny percebeu que ele estava nervoso.

— Harry… Por favor,  você não sabe se Dumbledore sabe de mais alguma coisa… — interveio a velha Minerva.

—Ah, Claro!  Porque eu devo mesmo acreditar que um hábil legilimente como ele, não tenha usado suas habilidades. Você sabe disso tanto quanto eu, Minerva. — contrapôs Harry.

— Você também teria esquecido de nós contar não é, Potter? — Sirius disse. — Até porque não fez menção alguma de nos dizer nada sobre isso até agora.

— Eu não contaria nada. Até porque isso não diz respeito a você. — respondeu Harry. — Estamos aqui lhe prestando esclarecimentos sobre as coisas importantes e não dando detalhes, então Sirius… Sim eu teria esquecido de bom grado, até porque não vou falar sobre isso.

— Harry… Eles já descobriram.— interveio Ron. — Melhor falar logo do que eles procurarem informações e souberem mais por conta própria. 

— Harry querido, Ron está certo. — Molly disse de onde estava.

Dumbledore e Harry se encravam, e a intensidade daquele olhar fez muitos desviarem os olhos.

Todos os viajantes estavam incrédulos demais para assimilar as informações.  Até mesmo Sirius que interveio na discussão estava quieto.

Desviando do olhar de Dumbledore, Harry nada disse. Olhou para Ginny e a viu sorrir para reconfortá-lo. Respirando fundo finalmente disse:

— Tudo começou com uma profecia…

"^"^"^"^"^^"^"^"^"^"^^^"^"^"

Escutaram em silêncio a história dele. Não interromperam, só ouviram atentamente.

Omitindo alguns detalhes Harry contou como com apenas um ano, Voldemort não conseguiu matá-lo.

Falou da profecia, dos dois garotos que poderiam se encaixar nela, e que Voldemort escolhera a ele como mais provável. 

Contou que o Comensal - escondendo o nome de Snape no processo - que tinha contado a profecia a Voldemort, se arrependera e que ajudou Dumbledore e a Ordem.

Quando chegou na parte da traição de Rabicho, Sirius soltou tantos palavrões que Minerva teve que por um feitiço silenciador nele.

— Então... Em 31 de outubro de 1981, Lord Voldemort foi até a casa de vocês e os matou, e ele não conseguiu me matar. Simples. Perdeu os poderes e cá estou eu.

James o encarou incrédulo.

— Simples??? Como assim simples? Não há nada de simples nisso. Quem era o outro garoto? Quem era o Comensal?  Por que Peter nos traiu?  E porque você sobreviveu?  Sinto muito Potter, a única coisa simples nessa história,  é que você não contou nem um terço dela. — Se exaltou James. Era óbvio que ele estava mentindo, James pensava que seu filho poderia ter sido qualquer coisa, menos um mentiroso. 

Então como se lesse seus pensamentos, Harry disse:

— Eu não sou um mentiroso, James. A decisão de contar ou não minha história,  é minha. E se eu omiti alguns detalhes, é para seu próprio bem.

— O meu bem? — perguntou James. — Ótima maneira de fazer o bem, me dizendo que eu e meus amigos estamos mortos. 

— Então é isso?  Eu não posso mentir sobre minha hsitoria, mas queria que eu mentisse e dissesse a você que está vivo e feliz? Me desculpe Sr. Potter, Temos maneiras bem diferentes de ver o mundo.

— Você é um mimado, Harry Potter. — Gideon se intrometeu, apoiando James na discussão. —Um cara de sua idade, agir como se fosse normal contar aos próprios pais que eles morreram e você está vivo.

— Deve ter sido criado por um família bruxa rica, não é? — Falou Fabian acompanhando o irmão.— Cheio de mimos e regalias por ter "Derrotado"  Você-Sabe-Quem.

Os três encaravam Harry. Na verdade todos o encaravam.  Harry sorriu e Lily viu pesar em seus olhos. Ele trocou olhares com a Ministra e depois voltou a encarar James.

— Exatamente.  — Só Lily notou que Molly sw sobresaltou com a afirmação — até ter idade para ir a Hogwarts morei com uma família Bruxa muita rica. Dumbledore me deu a eles. — Suspirou e quando Molly ia o interromper ele prosseguiu. — No final do meu quarto ano, Voldemort retornou. O mundo só soube que ele estava de volta no final do meu quinto ano. Sirius morreu nessa mesma época.  Dumbledore foi morto no final do meu sexto ano e no sétimo eu não voltei para a escola, tinha que tentar impedir Voldemort, deté-lo. E em maio de 1998 ele morreu.

James continuo o encarando, abismado.

— E você termina esse relato assim? — perguntou ele incontrolado. — Você é louco?

— Não James, eu não sou louco.  — Disse Harry, exalando calmaria, ao contrário do interior da sua mente que estava completamente perturbada. "Foi melhor assim". "A sua vida não precisa ser narrada aos quatro ventos, Já basta" tentava se convencer,  mas sabia que sua farsa não duraria nada.

—Então eu morri por isso?  — a pergunta de James foi como um tapa em seu rosto.

— Como disse? — Harry perguntou, tentando ignorar o tom de asco de seu pai.

— Eu morri por você?  Pra você se tornar esse ser frio e idiota que está a minha frente? Eu sou Patético. — James sabia que era errado dizer aquelas palavras. Mas não conseguiu se controlar. Simplesmente não podia vêlo mentir tão descaradamente e não dizer nada. Apesar da pouca idade, ele ainda era pai daquele ser. Eram tão parecidos, que James imaginou que Harry teria um pouco de seu lado babaca, mas não tanto quanto estava a sua frente.  Ele havia mentindo para os pais, sobre sua vida. Ele nem ao menos conheceu ele é Lily.  Como podia ser tão distante?

Hermione, Ron e Minerva - a mais velha - encararam James como se ele fosse um monstro. E ele se perguntava o porquê.
Voltou a encarar o cara que se dizia seu filho e não viu nem um resquício de ódio ou raiva. Viu  apenas muita tristeza. Uma tristeza avassaladora, acompanhada de um meio sorriso. Seu coração se contraiu um pouco ao ver os olhos dele, que eram tão parecidos com o de sua amada, encharcados de tristeza.

— Se essa é sua conclusão James, sinto muito.  — Ele virou o rosto em direção a Lily que não dissera nada e depois a Molly que tinha os olhos cheios de lágrimas. — Bom eu vou indo.

— Harry? — a voz de Ginny se fez ouvir e foi como uma ponte no seu abismo de sentimentos. Estava sufocando por dentro. Sentia que estava prestes a se descontrolar. Aquela mesma sensação de dois dias após a batalha, quando a adrenalina o abandonou e só sobraram os caquinhos, estava voltando. Suas mãos tremiam incontroláveis e ele as apertou para que ninguém visse. —Harry… — A voz de que Ginny estava perto e ele se obrigou a olhar para ela. Estava agora do seu lado, ela agarrou suas mãos e as sentiu tremer também. Ela pegara seu queixo e o ergueu. Lhe deu um um breve beijo e o ajudou a levantar. Se virou e buscou o olhar de Hermione e a Minerva mais velha e disse sem se importar com oque entenderiam. — Vamos pra casa.

E juntos saíram da casa de Praia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O futuro da fênix" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.