Roommates escrita por weasleyyys


Capítulo 1
Strangers


Notas iniciais do capítulo

E AÍ CAMBADA?
Tá, eu vou postar o primeiro capítulo, e peço encarecidamente que vocês por favor comentem o que acharam, pra eu ter uma ideia se devo ou não continuar.
Também preciso só esclarecer uma coisa meio óbvia mas que talvez seja meio estranha: a história se passa nos EUA, com personagens gringos, porém eu escrevi tudo em português porque não sou bilíngue.
Aproveitem!



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Luke

 

Enquanto eu teclava nos botões meio apagados do monitor, não consegui evitar me perguntar o porquê de os aeroportos serem tão complicados. 

 

Além de todas as despedidas melosas e da comida cara, parecia que os caras queriam piorar ainda mais a vida das pobres almas que só queriam fazer o check-in colocando umas máquinas que só serviam para confundir a cabeça.

 

Pisquei e balancei a cabeça, tentando me concentrar. Digitei pela quinta vez o código de localização e depois meu número de documento, apertando o continuar. 

 

Mas o treco não ia. Porque comigo, Deus?

 

Já não bastava eu estar tentando fugir o mais rápido possível de meu irmão mais velho – Levi, todo loiro e divino –, que estava tentando convencer minha mãe a não me deixar ir morar em Nova York para fazer faculdade. 

 

Suas alegações eram as seguintes, em suas próprias palavras:

 

1- "Luke é muito novo! Ele aprendeu a amarrar os tênis semana passada, mãe!"

 

Isso era mentira, mas acho que vocês, sendo inteligentes e realistas, já haviam adivinhado. 

E sobre a idade, eu já tenho 21. 

 

2- "Você não pode estar falando sério! E onde ele vai morar, quem vai pagar o aluguel?"

 

Essa questão era válida, mas prometi pra minha mãe que encontraria uma maneira de pagar com meu próprio dinheiro. Por maneira, quis dizer um emprego, e mesmo que eu não estivesse muito animado com a ideia, morar em Nova York parecia valer a pena. 

 

E, por último e a principal razão de Levi ser tão contra eu ir embora:

 

3- "Eu não fui morar em Nova York com a idade dele! Eu estou preso nesse buraco!"

 

Levi era uma Drama Queen, e lembrei a ele que a culpa não era minha de ele não ter passado para nenhuma faculdade de fora.

 

Mas voltando às minhas reclamações: eu realmente precisava ir atender ao chamado da natureza. 

 

Infelizmente, enquanto eu não fizesse o check-in, não iria a lugar nenhum. Havia esperado uma meia hora na fila, e agora não conseguia nem passar do primeiro passo. 

 

Escutei uma velha me xingar pelas costas – algo sobre ter artrite e os jovens de hoje em dia serem tão mal-educados –, daquele jeito que a pessoa finge estar falando baixo para você não escutar, mesmo sabendo que você vai. 

 

— Hã, moço? — Alguém encostou no meu ombro, me fazendo virar. Uma menina de cabelos pretos e olhos também pretos como, hã, uma casa sem luz, estava atrás de mim, me olhando de um jeito engraçado. — Quer uma ajuda?

 

Sim, eu sou ótimo com comparações, obrigado. 

Voltando, eu quase gritei de alívio. Aleluia, uma alma boa.

 

Assenti, meio envergonhado. — Como se faz isso? Essa máquina não vai pra frente.

 

—  Assim. — Ela deu um passo em frente e apertou um botão onde dizia: Aceita os termos e condições? 

 

           ( ) sim                                ( ) não

 

Ela escolheu a primeira opção e clicou no continuar. Dessa vez, a página foi pra frente, e ela riu, o que me fez parecer um burro. 

 

— Obrigado. — Falei, ainda meio sem jeito.

 

— Tudo bem. Só tente ir rápido, antes que aquela idosa te mate. — Ela sussurrou, voltando para seu lugar na fila. 

 

Logo, terminei o check-in e fui fazer os outros processos de aeroporto, como despachar a bagagem e ir ao Starbucks. 

 

Então lá estava eu, sentado no balcão da cafeteria, esperando um cappuccino, quando vi a garota pela segunda vez. 

 

Agora ela estava com uma cara de bunda, conversando com uma mulher. A mulher parecia super compenetrada na conversa, enquanto ela parecia querer fugir dali o mais rápido possível. 

Recebi meu cappuccino e algo estalou na minha cabeça. Provavelmente algum neurônio estourando, já que a próxima coisa que eu fiz foi caminhar na direção da garota da máquina do check-in. 

 

Elas conversavam algo sobre a faculdade, e a mulher – tinha cabelos loiros, e estava começando a ficar grisalha – parecia um tanto decepcionada.

 

— Você não entende? Eu não quero a empresa do papai. Eu- — Ela dizia, as sobrancelhas franzidas, os braços agitados. 

 

— Liz. — A mulher a interrompeu, firme. — Seu pai não vê o que vai acontecer se você for, mas eu vejo. Você vai desperdiçar sua vida, querida. Pior, você vai arruinar a nossa família. Acorde antes que seja tarde demais. 

 

— Pare! — Liz disse. — Eu vou para Nova York você gostando ou não, Cora. Mas não se preocupe, meu pai não vai precisar gastar o dinheiro dele em mim. Eu me viro.

 

A mulher, Cora, estava a ponto de berrar com Liz, então resolvi me intrometer, simplesmente porque sou um lindo. 

 

— Meu Deus, oi! Liz, quanto tempo! — Sorri para ela, que pareceu entender o que eu estava fazendo, graças a Deus. 

 

— Dylan! — Ela exclamou, jogando os braços ao redor de meu pescoço e me abraçando, como se fôssemos velhos amigos. Não fazia ideia do porque de Liz ter me nomeado de Dylan, mas resolvi que podíamos conversar sobre isso depois. Se houvesse um depois, claro. Porque se eu fosse ela, tentaria fugir o mais rápido possível do garoto louco que a ajudou a escapar da mulher, também louca. — Nossa, nós precisamos colocar o papo em dia.

 

Nos largamos, e me voltei para Cora.

 

— Oi... — Falei, e não precisei nem fingir o desconforto. Felizmente, ela também parecia meio perdida. Me virei novamente para Liz. — Quer tomar um café?

 

— Claro. — Ela disse, agarrando meu braço e se afastando de Cora o mais rápido possível. — Conversamos depois, Cora!

 

E, com isso, deixamos a mulher para trás, totalmente confusa. 

 

『✦』 

 

Acabamos mesmo indo tomar um café.

 

— Cara, muito obrigada. — Liz disse, apoiando a cabeça na mão enquanto bebia seu café. 

 

Depois do incidente com a loira chata, resolvemos nos sentar no Starbucks e comer. 

 

O que seria melhor do que sentar com um estranho e beber café para discutir uma crise existencial, hein?

 

Ri, comendo minha salada de frutas. Não queria ser intrometido, mas estava curioso demais para me segurar. 

 

— Então —, comecei. — Sua mãe não parecia muito feliz com você indo viajar.

 

Liz quase se engasgou com a bebida, e fiquei com medo de ter pedido demais. 

 

— Minha mãe? Não, a Cora é minha madrasta. — Ela fez uma cara de nojo. — Ela odeia a possibilidade de que qualquer coisa dê certo na minha vida.

 

Sim, eu havia assumido que a mulher era a mãe dela, mas a culpa não é minha de eu ser um idiota. 

 

— Então sua madrasta e meu irmão se dariam bem. — Comentei, tentando fazer ela se sentir melhor. Liz franziu a testa, querendo saber mais.

 

— Você vai para onde? — Pediu, por fim.

 

— Nova York, como você. Fazer faculdade.

 

Ela pareceu surpresa. Não podia culpá-la, já que eu não passava uma imagem muito intelectual, com o cabelo loiro bagunçado e as roupas de punk fracassado. 

 

— Também vou fazer faculdade. De arquitetura. — Ela explicou, mas agora não parecia mais tão certa da ideia como quando discutia com a madrasta. — E você? Vai tentar o que?

 

— Jornalismo. — Falei. — Se eu conseguir encontrar um lugar para morar e um emprego, acho que vai dar tudo certo.

 

De repente, Liz bateu na testa. 

 

— Merda! — Ela exclamou. — Sabia que eu tinha esquecido de alguma coisa.

 

— O que? — Tentei não rir dela, mas sua frustração era, bom, engraçada.

 

— Esqueci de arrumar um lugar para morar. — 

Dessa vez, a gargalhada saiu sem que eu desse permissão, e Liz me olhou feio. 

 

— Desculpa. — Pedi, colocando uma cara séria. — É uma droga mesmo, mas nós vamos dar um jeito.

 

— Ah, tá. — Ela não parecia convencida. 

 

Provavelmente estava pensando que tudo o que sua madrasta disse era verdade. Ela falharia. 

 

— Eu não tenho dinheiro suficiente para bancar um aluguel! E não tenho alguém para dividir um aluguel.

 

— Na verdade, pode ter. — Falei, meio hesitante. — Nós dois vamos fazer faculdade, nós dois estamos sem grana e ferrados. É um sinal! 

 

Liz me encarou, e então pareceu se lembrar de outro fato. 

 

— Eu ainda não sei seu nome.

 

Apenas um pequeno detalhe.

 

— Luke. — Respondi, e então perguntei a questão de mil dólares. — E por quê você me chamou de Dylan, lá atrás?

 

Sério, tinha que haver algum nome melhor. 

Ela abanou a mão, como se não fosse nada de mais.

 

— Ah, eu gosto do Dylan O'Brien. — Explicou, como se aquilo respondesse tudo. Ela provavelmente viu em minha cara que eu estava confuso. — O cara de Teen Wolf! Ele é lindo.

 

Isso explicava tudo. Eu era lindo também. 

 

— Então hoje é seu dia de sorte, Lizzie, porque você tem um colega de, hum, apartamento. E ele é lindo.

 

Ela me olhou como se eu fosse louco.

 

— Tenho um colega de apartamento. Sobre o lindo, talvez se você penteasse o cabelo e-

 

— Sou lindo.

 

— Você é o Cristiano Ronaldo camuflado ou o que? — Liz balançou a cabeça. Antes que eu respondesse a essa calamidade, ela continuou. — Vamos para o portão de embarque, Luke. Não quero chegar atrasada. 

 


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Notas finais do capítulo

E então????? AAKDJSOSBD SOCORRO TO LOKA



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