A magia do Amor escrita por Lu Inoue


Capítulo 5
Declaração




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    Não que o jovem Hambridge desejasse mesmo ter chegado ao seu destino, afinal mesmo em silêncio, a brisa fresca daquela noite quente, as estrelas salientes espalhando-se em brilho, o luar esplendoroso e o doce perfume da bruxinha a qual estava abraçado, estavam agradáveis demais.

    Foram poucos minutos daquele passeio relaxante, novamente o  aristocrata desejou que durasse para sempre, bastava estar com ela para esquecer-se de suas dores e frustrações.

    Quando aterrissaram, se viram em um local que aparentemente era uma antiga casa de ópera abandonada, o rapaz arqueou as sobrancelhas sem entender nada, afinal não parecia ter ninguém alí, mas Atsuko lhe ofereceu um sorriso confiante como resposta a seus questionamentos.

    Colocou sua vassoura encostada contra uma pilastra e puxou o rapaz pela mão, o mesmo imaginou quão constrangedor seria se alguém os visse entrar em uma construção abandonada no meio da noite, mas preferiu não questionar e deixar que Kagari lhe mostrasse em qual encrenca o meteria dessa vez.

    Quando chegou frente a grande porta de entrada, Kagari bateu na madeira, de forma que pareceu um código e as portas se abriram revelando diversas pessoas elegantes em trajes de gala, se acomodando em seus assentos, a estrutura estava bem iluminada, mas o que deixou o rapaz confuso era o fato dos presentes serem fantasmas? Espíritos?

    — Eu não entendo, essas pessoas são? — o nobre se perdeu em meio a seu questionamento.

— São sim. Essas pessoas já partiram deste mundo, mas a antiga dona dessa ópera era uma poderosa feiticeira que se casou com um cantor, então antes de morrer ela deixou um feitiço nesse local.

— Um feitiço?

— Sim, uma vez por ano amantes de música e arte podem sair do mundo dos espíritos e vir aqui assistir a um show. Sabendo disso a diretora de Luna Nova sempre recruta algumas bruxas talentosas para fazer uma peça, cantar ou tocar algo nessa noite.

— E você me trouxe para te ver cantar ou algo assim?

— Na verdade não. Sei que o aniversário é seu, mas pensei que talvez você quisesse dar esse presente a eles? — enquanto desciam as escadas cobertas pelo tapete vermelho ela apontou para o piano no palco. — O que me diz? — sorriu sapeca.

Andrew olhou para o grande público e para o palco, a diretora de Luna Nova o apresentou sem que ele pudesse formular uma resposta.

— O nosso pianista da noite, Andrew Hambridge. — o publico aplaudiu e Akko o empurrou para que continuasse o caminho ate o palco.

Andrew respirou fundo, mesmo que fossem fantasmas não deixava de ser um grande público, sabia que Atsuko o meteria em apuros, estava nervoso, mas um nervosismo gostoso. Aquelas almas amantes da arte saíram de seu descanso eterno para ter algo a apreciar então ele daria o seu melhor.

Atsuko tomou seu assento na plateia junto com suas amigas e professoras, enquanto o nobre sentou-se ao piano e começou a tocar com toda sua alma, como quem realmente quisesse fazer valer a pena.

Akko espantou-se ao ver que Diana sentou-se em uma cadeira ao lado da sua, ela poderia estar na festa da mansão, mas fora assistir a uma apresentação boba para pessoas que nem estão mais vivas… É Diana tinha mudado muito desde que se conheceram.

A apresentação seguiu animada, teve o show de marionetes vivas da Constanze, assim como teatro, dança e muitas canções e o nobre pode ser útil em todas elas ajudando com o fundo musical, mas foi ele quem fechou o espetáculo tocando Clair de Lune, a canção preferida de sua falecida mãe.

Quando o espetáculo terminou o público aplaudiu de pé e agradeceram, começando a desaparecer um a um, até que uma única dama fantasma permaneceu para a surpresa do jovem era sua falecida mãe que se materializou em sua frente.

— Você se tornou um rapaz muito talentoso, sua música trouxe muita alegria essa noite, estou muito orgulhosa. — declarou com um sorriso orgulhoso.

— Você… Não pode ser? — era óbvio que ele não tinha palavras.

— Sim, eu vim ver você fazer aquilo que realmente te deixa feliz. Só lamento que meu tempo seja tão limitado, só quero que saiba o quanto estou satisfeita com a pessoa que você se tornou.

— Mas eu… eu queria tanto poder conversar, tenho me sentido perdido e confuso, queria que a senhora estivesse aqui.

— Mas eu estou.— ela tocou-lhe o peito. — Aqui. Quando você estiver cheio de dúvidas deixe seu coração te guiar e eu estarei cuidando de você. — revelou ficando mais transparente, começando a se tornar pequenos pontos de luz. — Sei que está passando por uma fase complexa, um momento de grandes escolhas e sei que gostaria de poder usar seus conhecimentos para seguir as vontades de seu pai e se tornar um ótimo político, mas saiba que escolhas que requerem caminhos solitários não trazem bem a ninguém. Sacrificar sua felicidade por causas nobres tornarão as causas menos nobres e te fará amargo, frustrado e solitário. Com um emocional abalado você não será apto para tomar decisões em prol da nação.

— Obrigado, mãe. — o rapaz limpou algumas lágrimas  atrevidas que rolaram sem permissão.

— Se cuida bem querido.

Em seus assentos às bruxas presentes já secaram as lágrimas, mas assim que a mulher desapareceu por completo Akko surgiu quebrando o clima triste, com um bolo de aniversário cheio de velas, cantando parabéns, contagiando a todos e fazendo o rapaz ficar com gotinhas sobre a cabeça.

Após a canção ele se viu obrigado a soprar as velas, estava emocionado por ter visto sua mãe e envergonhado  pelo bolo e o ritual bobo e infantil, mas era mesmo a cara da bruxinha fazer algo assim.

As meninas falavam todas de uma vez, Lotte chegou com um carrinho cheio de bandejas com docinhos coloridos, uma confusão se iniciou uma disputa pelo primeiro pedaço de bolo.

O local não era exatamente um salão luxuoso ou a recepção da mansão, mas a  pequena comemoração estava divertida, o assunto que arrancava gargalhadas foi os danos que Akko, Sucy e Lotte causaram na cozinha para fazer o bolo e docinhos, mas enfim acabou dando certo.

Ursula chamou atenção para o fato da importância de Andrew precisar comparecer a própria festa, pois seria uma afronta para seu pai se ele desaparecesse, além do medo e preocupação que isso poderia gerar. Kagari fez bico, pois estava gostando de ver o amigo se divertindo.

Enquanto isso Diana era sutil ao petenlhar o castanho durante uma dança.

— Então, quando vai se declarar? — foi direta ao pegar os olhos verdes focados na bruxinha de olhos carmesim.

— O-o que? — foi pego de sobressalto e abatido por um leve rubor. — Não sei ao que se refere.

— Me refiro aos boatos sobre você ter caido de rendimento na academia, estar depressivo, tenho pra mim que isso tem nome e é Atsuko Kagari. Estou certa? — a pergunta foi quase uma afirmação.

Andrew pensou em negar, mas vinha guardando aquele sentimento  tempo demais só para si e estava se sentindo sufocado.

— É tão notável assim? — foi a única coisa que se limitou a dizer e sentiu-se tirando o peso do mundo de suas costas.

— Muito, mas Akko é sonsa como uma porta, se não disser nada ela nunca vai perceber.

— Não sei se tenho o direito de fazer isso com ela. Você sabe o quão sufocante é viver no nosso mundo, a bajulação, a falsidade, os holofotes e julgamentos, as expectativas e Akko é tão livre e selvagem…

— Não acha que ela é forte o suficiente?

— É claro que sim, ela é muito forte, muito persistente já tive muitas provas disso.

— Então não acha que ela contornaria qualquer situação com o jeito “Akko” de ser? — fez aspas com os dedos.

— O jeito “Akko” de ser. — repetiu dando um sorriso divertido. — Ela conseguiu te conquistar mesmo, não é? Ganhar o respeito de Diana Cavendish não é para qualquer um. — pentelhou a amiga.

— Olha só quem está falando. — devolveu o deboche. — Vi as fotos de você comendo hambúrguer, foi impagável aquilo. — ambos riram com o comentário. — Então… Ela se dedicou muito fazendo o bolo e os doces, tudo sem magia.

— O que você quer dizer? — arqueou as sobrancelhas.

— Que talvez ela sinta por você o mesmo que sente por ela, mas não tenha se dado conta ou não se julgue a altura por não ter um nome e linhagem. Você deveria se abrir com ela, afinal o ano está acabando e depois dele sabe-se lá o que ela vai fazer da vida, para onde irá e poderá ser tarde demais.

— Não sei, não quero submeter Akko as pressões da minha realidade. — a olhou fazendo pacinhos de dança engraçados com as amigas, forçando Sucy a dançar. — Ela é tão livre e feliz. É como uma flor do campo e se colhida pode murchar e morrer.

— Mas ela não é uma flor, debaixo daquela menina boba tem uma mulher forte, não tente protegê-la porque ela sabe fazer isso sozinha. Deixe que ela escolha se quer ou não passar pelas pressões de ser… — chegou bem perto do ouvido do amigo. — a sua namorada, talvez futura senhora Hambridge. — riu quando o viu ruborizar e deu duas cotoveladas o empurrando em direção a outra.

Akko dançava animadamente com as amigas, quando Andrew trombou em suas costas e ambos se viraram automaticamente  e ela sorriu de forma que pareceu iluminar todo o ambiente.

— Quer dançar comigo? — ela perguntou naturalmente, brincando de fazer reverência como uma princesa.

— Senhorita. — entrou na brincadeira, respondendo com outra reverência e quando.

Uma mão foi para a cintura fina da bruxinha enquanto as dela envolveram-se em seu pescoço. Mais uma vez era como se nada existisse a não ser eles, a melodia suave e o momento, foi então que ele se deu conta de quantas oportunidades já teve, quantas vezes já estiveram abraçados, tão próximos e ela pareceu sempre tão entregue ao momento quanto ele.

Diana tinha razão, o mundo a que pertenciam era cruel e traiçoeiro, mas Atsuko era forte apesar de sua aparência fofa, ela devia ter o direito de escolher. Enquanto ele a girava suavemente de um lado para o outro, as borboletas em seu estômago pareciam explodindo. Encheu-se de coragem e decidiu contar seus sentimentos.

— Você sabia que ela estaria aqui? — sussurrou ao ouvido dela.

— A sua mãe? Talvez. — deu uma risadinha.

— Obrigado pelo presente, na verdade por tudo, pelo bolo, por me dar uma plateia.

— Tudo bem, você merece é o seu dia. — era típico dela dar aquele tipo de resposta.

— Akko, tem uma coisa que… — mas ele não pode terminar de falar, pois Úrsula os interrompe o entregando um celular.

— É o seu pai.

— Como ele me encontrou? — antes que alguém responde ele vê seus amigos  com um sorriso sugestivo em sua direção.

Afastou-se para atender a ligação e levou minutos de broncas, mas nem se importou, foi  obrigado a retornar a sua festa imediatamente e disse que o faria, mas não estava mesmo com vontade alguma.

    Pela vidraça notou que a limousine do motorista que trabalha para sua família estava se aproximando, engoliu em seco pois não sabia quando teria oportunidade de falar com a bruxinha de olhos carmesim novamente, nem se teria coragem como agora.

    Desligou o aparelho deixando seu pai falando sozinho e entregou-o a professora de Luna Nova, puxando Atsuko para  fora.

— Pegue sua vassoura, vamos para longe daqui. — pediu enquanto corriam porta a fora passando pelos amigos que olhavam com gotas sobre as cabeças.

— Certo, mas para onde nós vamos? — ela questionou confusa.

— Qualquer lugar.

Akko fez sua vassoura decolar e ambos deixaram um alvoroço e burburinho para trás, saindo a toda velocidade sem rumo certo, depois de alguns minutos quando constataram não terem sido seguidos Andrew comentou.

— Akko agora você pode reduzir a velocidade dessa coisa. — a vassoura travou no ar.

— Essa não. — a bruxinha resmungou e a vassoura se agitou virando de cabeça pra baixo e os jogando para fora.— Você feriu os sentimentos dela, não deveria ter chamado ela de coisa. — gritou durante a queda.

— Nós vamos morrer. — foi tudo que o nobre conseguiu dizer.

Mas a magia de Atsuko já estava bem melhor e ela fez com que as flores do campo onde iriam cair, se tornassem um grande tapete acolchoado que amorteceu a queda, mas voltou a se flores logo em seguida.

O impacto assustou uma grande quantidade de vagalumes que rodopiam em volta deles e voaram para longe, enquanto ambos gargalharam e abraçados fortemente, apreciando o espetáculo.

Quando pararam de rir se olharam nos olhos, mas sem desfazer o abraço, as faces extremamente próximas.

— Nós quase morremos. — sussurrou a garota meio perdida, admirando a beleza do rapaz, os cabelos desgrenhados e a face iluminada pelo luar.

— É, coisas inusitadas acontecem quando estou perto de você, senhorita Kagari.— sem se dar conta uma de suas mãos seguiu para o rosto da bruxinha, acariciando-lhe a face arredondada.

— Mas dessa vez você quem teve culpa. —respondeu fechando os olhos apreciando a carícia.

— Você bateu na minha janela, me sequestrou com a sua vassoura de emoções frágeis, me fez tocar na frente de uma plateia de bruxas e fantasmas, me fez chorar na frente de todo mundo por causa da minha mãe. Agora estou caindo em um campo de flores sob a luz da lua e dos vagalumes… A culpa é mesmo minha? —a mão que acariciava o rosto seguiu para as madeixas castanhas, deslizando-se pelos fios. — A senhorita é uma encrenqueira, sabia? — o tom saiu tão baixo, próximo, a deixando sem reação.

— É, eu acho que sou mesmo.—respondeu abrindo os olhos levemente e respondendo a carícia instintivamente, levou sua delicada mão a face do rapaz afagando-a. — Você ficou tanto tempo ignorando minhas mensagens. Eu fiquei muito preocupada.— confessou sinceramente.

— Sinto muito. Você deve ter ouvido boatos sobre mim, sobre as péssimas notas, as consultas com psicólogo, alguns dizem até que fiquei louco e bem… Depois de hoje. — riu pelo nariz e ela o acompanhou no riso.

— Deve ser muito difícil ser você. — concluiu a garota mantendo contato visual, sem deixar de acariciar o rosto  masculino.

Andrew estremeceu com a leveza dos toques, agora tinha quase certeza de que Diana tinha razão, então não poderia mais deixar passar, precisava falar de uma vez.

— Akko, desde que eu conheci você a minha percepção sobre a vida mudou. Te ver ali lutando com todas as suas forças por um sonho enquanto eu seguia as expectativas de outra pessoa, me fez repensar tudo e… Me fez começar a nutrir uma grande admiração por você.

— Admiração por mm? — questionou desanimada. —Por me ver correr atras do meu sonho? — os rubis cintilantes começaram a marejar.

— Eu disse algo errado? — preocupou-se abraçando-a mais forte a sentindo desabar.

— Eu não tenho mais um sonho.Vi o que foi feito da Chariot e não quero mais ser igual a ela, ela quis tanto levar alegria e mostrar o lado bonito da magia que não pensou na própria felicidade de agora… O ano está acabando e vou me formar, mas não sei o que fazer, o que querer do futuro, me sinto tão…

— Perdida? — completou a fala da menina se identificando completamente.

— Sim, sim… Não quero ser professora, mas não quero fazer shows pelo mundo e é como se todos já tivessem o seu destino, mas eu não sei o que querer o que planejar, o que sonhar…

— Eu me sinto exatamente assim. Tenho vasto conhecimento que ajudaria muito nossa nação no ramo político, mas eu não sei se quero isso, ao menos não agora e eu me sinto tão perdido, culpado, como se minhas decisões condenasse alguém.

— Você se sente vazio como se faltasse algo? — ela pergunta com o rosto banhado em lágrimas.

— Não. Eu não me sinto vazio, me sinto perdido, confuso, culpado, negligente, mas vazio não. — a encarou tão profundamente que a fez se arrepiar, como se ela tivesse entendido o que ele diria a seguir. Andrew não era tolo, não foi indiferente a reação da bruxinha, a respiração que de repente pareceu ficar tão pesada quanto a dele. — Sabe porque eu não me sinto vazio? — correu a mão pelo braço da menina sentindo a pele eriçada. A pergunta foi feita tão próxima aos lábios dela que ele pode sentir quando ela respirou profundamente e o hálito quente com aroma de doces dançou contra sua face.

— Porque? — a bruxinha murmurou totalmente rendida pelo momento, derretendo-se como manteiga, ansiosa e a mercê do que viria a seguir.

— Porque eu estou preenchido dos sentimentos que tenho por você, Kagari. Eu não me sinto vazio quando me lembro do seu sorriso, do som da sua voz...— a mão que a envolvia pela cintura apertou-a mais contra si. — Não me sinto vazio quando as lembranças dos seus abraços faz meu coração acelerar tanto que penso que quer escapar do meu peito. — cativou-lhe a mãozinha trêmula a colocando sobre seu peito, como quem precisava provar a veracidade de suas palavras.— Não me sinto vazio quando tento compor músicas para expressar minha devoção a você, quando tento dormir e sonho contigo ou quando sinto seu cheiro doce a qualquer hora do dia em qualquer lugar…

— O meu che-i-ro? — silabou extasiada, estarrecida sentindo a face arder o coração descompassar, estarrecida pela declaração jamais esperada, entorpecida pelo momento, surpreendida por aquela eletricidade que se formou entre eles.

— É, senhorita Atsuko Kagari...— acariciou-lhe a bochecha corada, fitando os lábios rosados. Não por ousadia ou desrespeito, mas por puro instinto, pela magia do momento, Andrew não resistiu quando a brisa fresca correu pelo campo, levantando pétalas de flores e trazendo a fragrância doce da bruxinha diretamente para as suas narinas, invadindo seus poros, mais irresistível do que o canto das sereias, se deixou afundar na curvatura do pescoço perfumado e inalar o cheiro que tanto o fazia sonhar. — Seu cheiro é maravilhoso.— falou contra a pele fina do local fazendo a garota arrepiar-se mais. — Eu a amo.

— Andrew… eu...— ela estava afetada demais para saber o que responder, seu corpo parecia flutuar sobre nuvens de algodão doce, queria que ele a abraçasse mais forte, que a inalasse, que falasse contra sua pele, estava perdida, inebriada, jogada em sensações nunca provadas.

— Me deixa ser um novo sonho pra você, ou ajudar a te fazer sonhar novamente? — questionou acariciando-lhe o rosto com o seu, deixando seus lábios rentes, apenas esperando que ela o permitisse beijá-la.

— Sim, sim… Eu deixo. — sussurrou em um fio de voz e sentiu-se apertada firmemente, aquecida, acolhida nos braços do nobre, seus olhos se fecharam e sob o céu estrelado seus lábios foram tomados pela primeira vez.

As bocas se encostaram em um tímido pressionar, que se repetiu até que os lábios começassem uma leve sucção saboreando-se, conhecendo-se. Não demorou para que Hanbridge pedisse passagem com sua língua e essa fora prontamente cedida, quando as línguas encontraram, uma onda intensa de choque percorreu pelos corpos e o abraço tornou-se mais forte.

As línguas passearam uma pela outra lenta e carinhosamente rendendo um gemido arrastado de Akko, abafado pelo beijo. As mãos acariciaram-se, as dela correram pelo cabelos castanhos do nobre de forma que as unhas grandes faziam uma prazerosa carícia no couro cabeludo.

O toque de Andrew deslizou pelos cabelos longos de Atsuko, correu por seu braço e acentuou-se na fina cintura, seguindo para as costas e voltando aos fios perfumados. Nem é preciso dizer que agora ambos tinham motivos para desejar que aquele momento durasse para sempre.

 


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