Thinking Of You escrita por MissBonetz


Capítulo 1
Thinking of you




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  "You said 'move on' but where do I go?"

-Bella, eu te amo. - ele sussurou no meu ouvido.

-Assim como eu te amo. - eu disse a alguns centímetros dos seus lábios. Ele me puxou mais para si e selamos um beijo apaixonado até que Renesmee pulou no colo de Edward.

-Papai, estou com sono. - ela bocejou e esfregou as maozinhas nos olhos.

Eu e Edward rimos e ela se deitou no peitoral dele. Acariciei o seu pequeno rostinho enquanto a via suspirar levemente. Edward beijou a sua testa e a envolveu em seus braços frios. Ela, por incrivel que pareça, se aconchegou mais em seus braços ignorando totalmente a temperatura fria. Afaguei o seu cabelo e me encostei numa parte do peitoral de Edward, observando-a dormir em um sono leve.

-Mamãe, mamãe! - Renesmee me balançava compulsivamente. Abri os olhos e a observei. Sua expressão era de medo e sonolência. A puxei para meus braços e a aninhei em uma posição confortável.

-O que aconteceu, bebê ? - perguntei alisando o seu cabelo com a ponta dos dedos.

-Eu tive um pesadelo. - ela deixou uma lágrima cair em seu rosto e fechou os olhos. Limpei a sua lágrima com um beijo - Não quero mais dormir.

-Tudo bem, bebê. Que tal se decermos para tomar café agora? - sussurei em seu cabelo. Ela acentiu.

Levantei da cama, com ela ainda em meus braços e desci as escadas em direção a cozinha. Sentei-a em sua cadeirinha e pus o leite para esquentar. Fritei alguns ovos na frigideira e os coloquei em um prato na mesa, peguei o leite quente, já num copo, e dei-o para Renesmee. Beijei a sua testa e subi para tomar um banho. Liguei a água do chuveiro, o barulho das gotas d'água caindo no chão me acalmavam de uma maneira desconhecida por mim até. Fechei os olhos enquanto o meu corpo era molhado aos poucos.

O sonho que eu tive parecia ser tão real...na verdade, sempre parecia. Desde que Edward me deixou eu venho tendo sonhos assim. Alguns dias depois da sua partida eu soube que estava grávida de Renesmee, nossa filha. Reneé, Jacob e meus amigos me renegaram quanto a gravidez e apenas Charlie me acolheu em sua casa até eu ter minha filha e completar os estudos. Ele morreu alguns dias depois de parada cardíaca e eu vendi a casa e comprei outra em Forks mesmo, já que era perto do meu trabalho. Nesse tempo todo, nunca parei de pensar em Edward...e se ele não tivesse me deixado? E se ele soubesse que tem uma filha comigo? Não...eu nunca contaria sobre Renesmee para nenhum dos Cullens, eles não poderiam saber nunca que ela existe.

Saí dos meus pensamentos ao ouvir um barulho de vidro caindo no chão. Renesmee, com certeza, deveria ter aprontado algo! Me enrolei numa toalha, vesti uma calça jeans e uma blusa branca com detalhes pretos e saí do banheiro seguindo até o quarto de Renesmee, o lugar onde o barulho tinha vindo. Entrei e a vi debruçada no chão com a perna ensanguentada e os olhos molhados de tantas lágrimas. Fui ao seu lado imediatamente e a segurei em meu colo.

-Me desculpe, mamãe. - ela murmurou - Não consegui controlar os meus poderes.

Corri para fora de casa e a deitei no banco de trás do carro, com muito cuidado para não machucar ainda mais sua perna. Acelerei o carro até o hospital e chegando lá eles a levaram em uma maca para o quarto.

\t\t\t\t\t\t\t\t\t\t     ...

-Calma, senhorita Swan. - o médico tentava me tranquilizar enquanto eu via Renesmee dormir despreocupadamente na cama do hospital com a perna engessada - Sua filha só quebrou uma perna e está bem, já tiramos os cacos de vidro dela e agora não tem com o que se preucupar.

-Obrigada, Dr. Terri. - eu mostrei um sorriso fraco a ele, que saiu do quarto nos deixando sozinhas.

Renesmee estava domindo tão profundamente que decidi ir beber um pouco de café na lanchonete do hospital e depois voltar para fazer compahia a ela. Avisei a enfermeira de que iria a lanchonete e ela ficou vigiando Nessie enquanto eu não voltava.

Pedi um copo cheio de café e torradas para a garçonete, ela me deu a minha bandeija e eu fui me sentar numa mesa vazia. Eu ainda me sentia assustada depois do acidente repentino de Renesmee, ela era a razão da minha vida e eu devia proteje-lá de qualquer coisa. Fiquei lembrando das palavras que ela disse...

"Não consegui controlar os meus poderes."

O que isso poderia significar? Eu sabia que ela tinha sede por sangue e uma agilidade um pouco fora do comum mas...um dom? Ela estaria descobrindo agora um dom...? Isso significaria uma coisa boa ou...ruim? Meu Deus, o que estava acontecendo realmente com minha filha?! Eu me sentia completamente inútil por não poder ajudá-la em nada...

-Bella? É você, Bella? - uma voz de sinos-de-ouro familiar me tirou dos meus devaneios.

Virei meu rosto e a vi direito...era ela...Alice.

-Alice, - eu disse o seu nome, tentando acreditar que isso era verdade. Tinha sonhado tanto com ela...Alice, minha melhor amiga...! Pelo menos ela era já que os Cullens só me usaram durante todo o tempo.

Uma coisa que eu aprendi sobre os Cullens: não se pode confiar em nenhum deles.

-Bella, eu sabia que você ainda estaria em Forks mesmo que, por algum motivo, não consegui ver o seu futuro. Eu falei para Edward: 'vamos a Forks, Bella estará lá.' Oh, Bella! Ele te ama...e só falou tudo aquilo para você porque não queria te machucar mais. - ela se aproximou de mim com os braços abertos e eu desviei fazendo ela me olhar confusa.

-Então quer dizer que Edward está querendo me usar novamente? Pensei que ele não fizesse isso duas vezes com a mesma pessoa. - dei um sorriso irônico.

-Bella, não diga isso. Edward sente a sua falta, ele a ama! - ela me olhava como se eu estivesse errada.

Edward me amar? Nem em meus melhores sonhos! Ele é um vampiro cruel e frio que adora magoar as pessoas, nesse caso eu. E por isso não é digno nem de saber da existência de Renesmee.

-Não diga idiotices, Alice. Ele nunca vai me amar. Eu não vou cair nesse jogo sujo de novo que vocês, Cullens, adoram jogar. - após dizer isso Alice soluçava em um choro sem lágrimas. Me senti horrível por deixá-la assim mas logo "pus" a minha máscara de indiferença e ignorei toda a sua dor, assim como eles fizeram comigo a dois anos atrás.

-Bella?! - outra voz, agora masculina soou atrás de mim. Me virei e vi ele...aquele ser que eu mais amava no mundo inteiro. Edward. Ele me tomou em seus braços e beijou meus lábios com urgência. Um vulcão de sensações explodiu dentro de mim. Eu queria mais dele...eu queria o seu corpo sobre o meu, assim como ele fez a dois anos atrás. Controlei-me subtamente e o empurrei para longe de mim, ele me olhava agora melancólico.

-Você veio se juntar a sua irmazinha ou foi só coincidência? - perguntei usando uma frieza na voz que até eu mesma desconhecia. Ele me olhou por um segundo e depois viu Alice soluçando atrás de mim. 

-Bella, por que você está fazendo isso? - ele perguntou com um olhar amargurado.

-Você não sabe, Edward Cullen? - pronunciei o seu nome com total indiferença - Eu vou dar uma dica: uma menina inocente que foi inganada por seu namorado que só a usou, tanto fisicamente quanto emocionalmente, e foi deixada sozinha em uma floresta...jogada no chão em meio as suas lágrimas... - a cada palavra que eu falava uma enchente de lembranças me atingia impetuosamente. Lembranças que eu jurei esqueçer com todas as minhas forças mas, que insistiam em me atormentar.

-Bella, por favor, me deixe explicar. - Edward suplicou.

-Não quero saber, Edward. Agora não importa mais. - passei a mão na minha boca dando um olhar de nojo a ele - Os seus beijos são repugnantes para mim agora. Eu não sou mais a menininha frágil que deixou ser usada por você, é melhor aceitar isso. - menti e torci para que ele acreditasse. Não suportaria continuar a viver se ele me magoasse de novo.

Saí da cafeteria sem olhar para trás. Quando cheguei no quarto de Renesmee murmurei um 'obrigada' a enfermeira e me sentei numa poltrona próxima a cama de Nessie.

Edward e sua família estavam de volta a cidade...aquele que eu tanto amei e que depois me magoou intensamente...mas agora, graças a ele, eu tenho a razão da minha vida. Renesmee. A minha filha, que ele jamais vai conhecer, não importa o que eu tenha que fazer para que isso não ocorra.


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Notas finais do capítulo

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