Lovely Death Angel escrita por Jibrille_chan
Notas iniciais do capítulo
DKLJSDLKJASDLKJASDKJASLKDJAD
ME DEU A LOKA 8DDDDDDDDDDDDDDD Postando compulsivamente hoje XD~*apanha*
Só rpa avisar, essa fic tem 11 capítulos + o prólogo, okay? *-*
~ 17 anos depois ~
As senhoras conversavam animadas, sentadas em volta do balcão, até que a mais velha delas me olhou, com ar espantado.
- Mas é que... o senhor realmente se parece com o rapaz amigo do meu pediatra que morreu... Diria até que é a mesma pessoa!
Eu sorri, reconhecendo a menina que tão arduamente tentou, um dia, me fazer dar um nó na boca de um balão.
- Mas isso seria... impossível, não é?
Dei meu sorriso mais amigável, e ela acabou por concordar. Sua amiga emendou.
- Sim, imagine que Shiroyama-san seria o rapaz das suas lembranças, Chiharu! Ele deve ser mais novo que nós!
Eu apenas ri com o elogio. Sabia que nesses dezessete anos minha aparência não havia mudado em nada. Em quase nada. Meu cabelo e unhas haviam crescido, mas não com a mesma velocidade que os das outras pessoas. Eu envelhecia bem lentamente, um pequeno castigo por burlar as leis e ter Kouyou de volta.
Após a sua... "morte", saí do seu apartamento, resolvendo morar do outro lado da cidade. Mizuki, ou Gabriel, havia feito surgir aquele imóvel no meu nome, onde eu havia me mudado, e acabei por abrir uma cafeteria embaixo da minha casa. Era um passatempo e uma fonte de renda, afinal eu tinha os estudos de Kouyou para pagar.¹
A porta da cafeteria se abriu, e as senhoras se viraram para olhar quem entrava. Kouyou ainda estava com o uniforme da escola, pelo visto tinha acabado de sair da educação física a julgar pelos seus cabelos molhados. O mesmo rosto, o mesmo corpo... porém com uma personalidade não tão doce.
- Ah, Kouyou! Depois que tomar um banho, pode me ajudar aqui?
Ele lançou um olhar um pouco amargo para as senhoras sentadas em torno do balcão.
- Posso.
Às vezes eu sentia falta do seu temperamento quase infantil. Eu o havia criado desde aquele dia, a dezessete anos, contando a história absurda de que ele era filho da minha irmã e que ela e o marido haviam morrido em um acidente de carro. Era estranho ouvi-lo me chamar de "tio Yuu", mas de um tempos pra cá ele me chamava apenas pelo primeiro nome.
Assim que ele subiu as escadas, uma das senhoras se virou para perguntar.
- Quem é, Shiroyama-san?
- Ah... Aquele é o meu filho. – respondi num tom de voz baixo, como se contasse um segredo.
- Oh? Seu filho? Não sabia que era casado, Shiroyama-san.
- Então... quantos anos você tem, Shiroyama-san?
- Se-gre-do! – pisquei um olho, vendo a senhora corar levemente.
Meia hora depois as senhoras já haviam ido embora e Kouyou desceu, lindo como sempre. Estava ficando complicado resistir à sua beleza a cada ano que passava, mas eu já havia resistido a dezessete anos. Não me custava esperar mais um pouco.
- Elas já foram?
- Já.
- Bom. Não gosto de toda aquela bajulação.
Eu ri, negando com a cabeça.
- Mal chegou e já mal humorado. Aconteceu alguma coisa na escola?
Ele bufou, apoiando um cotovelo sobre o balcão e descansando o queixo sobre a mão.
- Mais uma garota se declarou pra mim. Isso já está começando a me irritar.
- Elas não têm culpa se você é lindo, Kou.
Ele virou o rosto pra me olhar, um brilho indecifrável nos olhos.
- Yuu...
Uma música alta de rock pesado se fez ouvir, e Kouyou rapidamente tirou o celular do bolso da calça, atendendo-o. Concentrei-me em limpar o balcão, me afastando cada vez mais para não ouvir sua conversa. Não gostava de invadir sua privacidade, e também não queria forçá-lo a me contar as coisas. Depois de um breve diálogo, ele desligou o aparelho e começou a tirar o avental.
- Yuu, eu vou sair, mas é só por cinco minutos, ta?
- Tudo bem. – sorri, vendo-o sair apressado.
Quando a porta bateu, eu deixei o pano sobre o balcão, agradecendo o café estar vazo àquela hora, a curiosidade falando mais alto. Fui até a janela, levantando só um pouco da cortina xadrez para olhar. Kouyou estava do outro lado da rua, ofegante pela pressa de chegar até lá, conversando com uma moça. Mesmo à distância via que ela era muito bonita, com seus cabelos negros e longos parecendo uma seda brilhante.
Então eu percebi uma coisa, e quis me bater por ser tão ingênuo. Nunca havia me ocorrido que talvez Kouyou quisesse seguir com a própria vida. Não havia garantia nenhuma de que ele iria se apaixonar por mim e quisesse viver o resto dessa sua vida comigo. Se fosse aquele Kouyou que eu conheci, eu saberia qual era a resposta. Mas apesar de ser a mesma alma... ele era uma outra pessoa. E poderia ter outras escolhas.
E novamente meu mundo iria desabar.
Continua...
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¹Mesmo nas escolas públicas do Japão, você paga uma taxa para estudar o_o' Sacanagem, ne? D:
Sei que está pequeno, mas esses últimos são pequenos assim mesmo :3~