Ironias do Amor escrita por Lyse Darcy


Capítulo 14
CAP 14 Um Inimigo Ironicamente Perigoso


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos!
Mais um capítulo para vocês ...
Desculpem os errinhos que eventualmente passam
Beijos!



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O dia começou em tons alaranjados que dançavam ao entrar no quarto que tinha livros, roupas e objetos fora do lugar. Em sua cama dormia uma jovem exaurida desde os últimos acontecimentos e de saber que dentro de seu ventre havia um bebezinho que crescia a sua revelia. A jovem sorria involuntariamente em meio ao sonho alisava a sua barriga que ainda não dava indícios da presença da criança dentro de si.

Enquanto isso, Rose estava na cozinha preparava um café da manhã reforçado para os três, afinal de contas, não eram mais uma dupla, mas um trio, e sorriu para si ao pensar nisso. E que dentro de alguns meses teria um recém-nascido a colorir o ambiente que anda tão triste ultimamente e necessitava desse novo ar e alegria. Quando o toque de seu celular a tirou de seu devaneio. Olhou a tela e viu o nome do rapaz e deu um sorriso e atendeu.

— Alô!

— Tudo bem? – Respondeu a voz do outro lado do telefone móvel. A garota sorriu e devolveu.

— Estou bem. Vou chamar a Rey.

— Não. Liguei para conversar com você! – A voz do rapaz agora soou tímida. A garota soltou um risinho inibido e perguntou.

— Como você está?

— Estou bem. Gostaria de saber. – A voz masculina vacilou um pouco e continuou. – Eu posso passar aí antes de ir para o meu estágio? – A garota ficou muito vermelha ao ouvir o moreno falar isso, com isso acenou com a cabeça num sim contido, o rapaz remendou.

— Então posso passar aí? – A garota se deu conta que ele não podia ver, mas apenas ouvir então, respondeu tímida.

— Claro! Fique à vontade. – O outro falou animadamente.

— Ok, vou passar aí daqui uns trinta minutos.

— Vou aguardar, até daqui a pouco.

Ambos desligaram os celulares e Rose ainda olhava sorrindo para o aparelho vermelha e encabulada. Nesse momento Rey cruza a porta da cozinha sorrindo ao ver aquela cena inusitada, achando graça ao ver aquilo, por causa de sua amiga que sempre a acordava e entrava em seu quarto, todavia hoje ela havia perdido a hora de acordá-la estava prestes a queimar a omelete, com isso a garota de sardas falou.

— Perdi alguma coisa? Cuidado com a panela! – Sorria enquanto pegava uma maçã e deu uma mordida generosa na fruta. A oriental tomou um leve susto desligou a chama do fogão e fitou a amiga aprumando os óculos na ponte do nariz, e argumentou.

— Foi o Finn quem ligou e disse que vai passar aqui daqui a meia hora. – Sorria ao falar isso e, sentia uma euforia gostosa ao pensar no moço. Rey arqueou a sobrancelha e deu um sorriso divertido se aproximou da amiga e a abraçou carinhosamente e a incentivou.

Eu fico muito feliz por vocês estarem se entendendo. Meus melhores amigos formando o melhor casal. – A japonesa se desfez do abraço e engasgou com o ar ao ouvir a garota de olhos esverdeados falar aquilo, desse modo, ela tentou remendar aquela situação.

— Por Deus, Rey! Isso é muito prematuro. Ela é só um amigo. – A outra fitou a garota de óculos alegremente e completou. – Começa sempre assim, na amizade. – Engoliu o restante da mordida da maçã a garota a sua frente ficou acanhada.  E completou seu pensamento.

— E você vai ser a madrinha e o Finn será o padrinho. – Sorria e acarinhava a barriguinha. A japonesinha riu e enxugou a pequena lágrima que teimou em cair em sua bochecha rosada. A gestante chegou próxima da amiga e a abraçou novamente em meio a risos e lágrimas emocionadas, a garota de sardas falou.

— Vamos tomar café agora, porque estou faminta. – As duas caíram na risada e se sentaram na bancada para o dejejum.

(...)

O interfone tocou e Rose foi atender com o coração batendo um pouco mais apressado em expectativa, uma sensação boa se apoderava da jovem. Pensava no que falar ao rapaz, como ele reagiria, sorria ao atender o aparelho.

— Oi?!

— Sou eu, Finn!

A garota estava vermelha como uma maçã, então respondeu numa euforia gostosa.

— Pode subir. – Com isso Finn ouviu o clique que destravou a porta que dava acesso ao hall, avançou em direção do elevador. Assim, tocou a campainha do apartamento das meninas. Estava nervoso e um pouco agitado, a barriga tinha borboletas, contudo, a sensação era muito boa. Quando a porta se abriu surgiu a garota mais bonita que já viu, pelo menos era assim que se sentia. E a jovem o convidou sorridente.

— Oi! Entre fique à vontade.

O rapaz assentiu com a cabeça e sorriu divertidamente para a jovem que ficou corada com aquele gesto. Ele percorreu o olhar por todo o ambiente e observou ser organizado e acolhedor, no canto da sala havia um estante com livros de direito, romance, poesia, entre outros tudo muito arrumado. Um sofá com uma manta de chenille bem colocada e almofadas coloridas, uma bancada americana que fazia a divisão da sala com a cozinha, tudo muito pequeno e bem montado, então a oriental falou.

— Quer se sentar? Aceita um café? Água? – Nesse momento o rapaz se dirigiu ao sofá e se sentou e timidamente respondeu.

— Aceito café! – A garota balançou a cabeça em afirmação e foi para a cozinha para preparar o café, olhou por entre a bancada que tinha toda a visão da sala e perguntou.

— Como gosta do deu café. Forte? Doce? – O fitava aguardando ouvir as preferências do rapaz que devolveu.

— Gosto de forte e doce. – Sorriu e continuou. – Com um pouco de leite. – A moça sorriu e falou.

— Também gosto do meu café assim!

Ela voltou para o cômodo onde o rapaz estava com canecas coloridas, contendo líquidos quentes e adocicados. Ela estendeu uma delas ao rapaz que a pegou e agradeceu a gentileza. Ambos sorriram e, nesse momento o rapaz iniciou uma conversação descontraída. Nisso o rapaz pergunta.

— Por que você não estagia com a gente no escritório dos Organa. Seria muito legal ter a sua companhia lá. – A oriental sorriu ao ouvir aquela afirmação e falou acanhada.

— Vou pensar no assunto, uma vez que minha bolsa de pesquisa está findando, com isso vou precisar de um novo estágio. – O moreno sorriu e se pronunciou.

— Ótimo! Vamos formar uma equipe e tanto. Vou falar com o Poe sobre você. – Nesse momento Rey entra na sala secando os fios sedosos de seu cabelo com uma toalha e falou.

— Vai ser ótimo ter todos que amo bem perto de mim. – Assim todos riram e a garota de sardas pediu licença e saiu para continuar a se arrumar para irem ao seu novo estágio.

Enquanto isso a dupla continuou na sala e reiniciaram a conversa que fluía e ficava cada vez mais interessante, com isso a japonesa aprumou os óculos na ponte de seu nariz e iniciou.

— Sabe Finn meu irmão Mark e a esposa dele vão dar um jantar e disseram que eu poderia convidar quem eu quisesse, aí eu pensei que seria uma boa ideia você vir comigo. Você topa?

— É claro! – O rapaz respondeu num sorriso largo e sincero. E a moça sorriu de volta continuou.

— Que legal! Vou passar para você os detalhes e a gente pode se encontrar aqui. O que você acha?

— Para mim está tudo certado. A gente se encontra aqui.

Nesse momento surge a amiga da dupla arrumada e sorridente pronta para iniciar no seu novo estágio, muito confiante que agora as coisas se encaixariam e tudo daria certo. Então falou.

— Que ótimo! Vamos todos juntos para esse jantar. – Então aprumou a bolsa no ombro e concluiu. – Vamos para o nosso estágio, não queremos chegar atrasados. – Sorriu ao dizer isso e foi até a amiga e deu-lhe um beijo na bochecha, e o rapaz num gesto automático imitou a amiga e selou os lábios na bochecha macia da oriental, ela tinha um cheiro doce e envolvente, com isso os dois ficaram introvertidos com aquela ação repentina do rapaz, dessa maneira a garota de sardas para descontrair o ambiente puxou o moreno com um sorriso divertido e disse.

— Vamos Don Juan, antes que a gente se atrase de vez.

(...)

Poe com um sorriso largo e gestos enfáticos deu boas-vindas aos novos estagiários no hall do prédio. Estavam todos muito animados com o início daquela promissora empreitada, aliás o prédio inteiro estava empolgado com o ingresso dos dois jovens que saíram do escritório do perverso Snoke.

Todavia a dupla precisava saber se as ameaças de Ben Solo poderiam se concretizar, queriam ter o ponto de vista de alguém mais experiente. E ouvir de alguém assim traria um alívio e uma confiança a mais. Caminhavam pelo corredor que um dia antes haviam percorrido até a sala do advogado mais velho que os recepcionou com muito carinho. Ao entrarem novamente sentiram a mesma acolhida de antes, e aquele escritório mais parecia um forte uma central de resistência que ainda lutava em se manter justa e trazer equidade a todos a sua volta, era uma utopia tal ideia, mas trazia esperança, e isso aquecia o coração de cada um ali, assim o advogado mais velho se pronunciou.

— Vocês foram muito corajosos em sair daquele lugar, poucos conseguem tal feito. – Sorriu conciliador. Com isso a garota de olhos esverdeados respirou fundo para criar coragem e perguntou.

— Quando saímos de lá o Doutor Solo, estava muito alterado por causa de nossa saída. – Sorriu fracamente e o sujeito de cabelos grisalhos e olhos azuis a olhava gentilmente e com um menear de cabeça incentivou a jovem a continuar. Ela acenou a cabeça e prosseguiu.

— Então ele em plana cólera falou num tom ameaçador que iria destruir eu e o Finn. Acredita que ele possa nos prejudicar de algum modo? – O ancião respirou fundo, refletiu no que a estagiária acabou de relatar, sabia que o sobrinho era muito visceral, e tendia ao drama, então coçou a barba grisalha espessa e pontuou.

— Meu sobrinho é um jovem muito passional, e um tanto perdido. Deus sabe como a mãe dele torce para que ele retorne a razão, todavia aguardamos esse dia chegar. Quanto ele fazer algo efetivo que os prejudique juridicamente, não tem nada que possa fazer. – A garota ouviu a respeito do parentesco do advogado com o seu novo superior a fez congelar, e novamente pensou como o mundo é diminuto e, quanto mais tenta se afastar de Ben, mais a vida, destino, seja lá o quê, insistia em traze-lo para mais perto, suspirou e tornou a inquirir.

— Desculpe doutor Skywalker a insistência, mas com relação a nossa formatura, que vai ser daqui a três meses. – Parou por um momento o olhou e prosseguiu. – Ele pode prejudicar de algum modo a nossa graduação. – O moreno ouviu tudo aquilo e ficou tão estupefato quanto a garota de sardas, e tudo que fazia era menear a cabeça de modo automático e, então falou.

— Sim doutor, o que o esquentadinho, digo, Doutor Solo pode fazer para impedir de nos formarmos? – O mais velho respirou fundo e fitou o rapaz visivelmente amedrontado e falou calmamente.

— Vejamos, Ben é um rapaz impulsivo, porém não poderá nada de efetivo contra vocês, mas eu ligarei para Leia e ela tem alguns conhecidos na universidade e, isso garantirá as suas formaturas. E meus jovens, tratem de tirar boas notas até a colação de grau. – A dupla respirou aliviada e sorriram e, então Poe entrou na sala e falou.

— Oi! Podemos continuar a nossa excursão até onde vocês irão trabalhar. – E o velho advogado olhou e num sorriso disse.

— E mais uma coisa, sejam bem-vindos. E não se preocupem com nada. – E os jovens saíram da sala e foram conhecer o lugar que iriam trabalhar.

(...)

Numa sala apertada com uma recepcionista com um rosto de traços grosseiros, mandou um homem ruivo se sentar e aguardar, o sujeito olhou aquele lugar com ojeriza era um cubículo fétido, nesse momento, uma voz masculina metalizada falou pelo interfone.

— Mande o homem entrar. – O indivíduo sentado olhou a mulher com um sorriso sinistro e se direcionou a porta indicada.

Entrou num ambiente menor ainda e muito sombrio com cheiro de charuto que uma criatura fumava queimou as suas narinas, quando inalou aquele ar carregado de fumaça. O ser sentado confortavelmente em uma mesa era horripilante muito obeso e tinha muita dificuldade em se locomover, assim com um fumo na mão a outra desocupada acenou para o emproado que acabara de entrar se sentar. Com isso, caminhou até a cadeira e se sentou. O homem obeso falou.

— A que devo a satisfação de sua visita? – O ruivo fez uma careta de desagrado e cuspiu.

— Não vim fazer uma visita de cortesia, vim tratar de negócios. – O sujeito mal-encarado apagou o charuto se aprumou em sua cadeira e o encarou ao proferir.

— Há muito tempo você não faz negócios comigo desde o “acidente” com o pai do Solo. – Ao terminar riu sinistramente.

— Não falemos mais desse assunto. – Se irritou e continuou. – São aguas passadas. – Olhou com fúria e completou. – Eu preciso de um “favor” seu com relação a uma pessoa. – Deu uma pausa dramática e prosseguiu. – Serei muito generoso. – O indivíduo acendeu outro charuto riu maliciosamente e falou.

— Sei como você é generoso, Hux! Agora diga quem é a pessoa e o que quer que eu faça?

— Antes de falar quem é a pessoa e o que quero que faça. – Olhou intensamente. E prosseguiu. – Você ainda tem aquele médico, para as suas emergências? – O homem ficou sem reação com aquela perguntassem cabimento, assim devolveu.

— Sim tenho, por quê? Vai querer comprar um atestado? – Sorriu cinicamente. Então o ruivo se irritou e anunciou.

— Quero apenas matar uma curiosidade com um resultado. – O sujeito do outro lado da mesa observou que o arrogante havia sacado do bolso interno de seu terno uma folha com o timbre de uma clínica, então apertou o seu interfone e uma voz feminina soa mecânica.

— Pois não senhor Hutt. Deseja alguma coisa?

— Sim chame o doutor Nicolas aqui, agora! – Ouviu o clique do desligar do aparelho e não demorou nada entrou um homem magro de aparência cadavérica de jaleco branco e falou desanimado.

— Pois não senhor Hutt. O que deseja? – O velho então se adiantou e ordenou. – Meu amigo quer decifrar um enigma. – Apontou para a folha nas mãos do ruivo que o entregou para o sujeito de jaleco. E prosseguiu. – Diga para nós o que os resultados indicam.

O magricela abriu a folha e leu o exame tranquilamente e, olhou de soslaio o homem bem vestido sentado e para o sujeito a fumar e falou sem nenhuma emoção.

— Se quiser se livrar da criança tem que trazer a mulher o quanto antes. – Olhou o ruivo e continuou. – Quantos meses ela está? Se a gestação estiver avançada pode ser perigoso para a mãe. – Ao terminar o diagnóstico devolveu o papel para Hux. Que achou muito melhor do que supunha tal notícia. Agora precisava ser frio e usar aquela informação a seu favor, necessitava mudar os planos que o trouxera até ali, com isso o obeso o tirou de seus pensamentos.

— Então é isso Hux, quer que uma garota aborte, porque foi descuidado. – Falava em meio a gargalhada, assim o sujeito todo alinhado o encarou e de modo sério e seco disse.

— Não, eu tinha outra coisa em mente, porém preciso elaborar melhor o que vou fazer. Levantou-se e caminhou até a saída e tornou o corpo e falou.

— Voltarei muito em breve, assim que refletir melhor sobre minha nova informação. – Hutt assentiu e concluiu.

— Muito bem, rapaz. Vamos aguardar notícias suas. – E o sujeito sumiu ao ganhar a rua.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por me acompanharem !



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