Celle, o retorno escrita por Nany Nogueira
Um mês depois...
Mabel segurava Alana no colo, ao seu lado estava Eddie. Ao lado deles, Alison levava Leonard nos braços e Nick ao seu lado. Os padrinhos atentos às palavras do padre. Os bebês receberam a água benta nas cabecinhas, provocando susto e choramingo, amparados pelas madrinhas, enquanto os padrinhos seguravam as velas batismais.
Isabelle e Cristopher observavam de perto, emocionados. Ele disse à esposa:
— Obrigado por permitir que nossos filhos recebam o batismo na minha religião.
— De nada. Tenho certeza de que vai chegar o momento do Bar Mitzvah.
Os dois sorriram e se abraçaram, ainda atentos ao padre, que finalizava o batismo.
Em seguida, o almoço comemorativo deu-se no restaurante de Sam e Gibby.
Mabel disse à prima:
— É bom me sentir parte da família novamente.
— Você nunca deixou de fazer parte da família, Bel. Lamentamos quando esteve equivocada, mas, nunca desistimos de você.
— E eu sou muito grata por isso.
— Imagina, família é pra isso mesmo.
Mabel observou Ellie brincando com Alana e Leonard, ambos no colo de Cris e comentou:
— Ellie adora ter irmãos.
— É verdade. Temi que ela sentisse ciúme, fico feliz que não.
— É muito bom que ela não tenha ciúme, porque em breve terá mais um irmãozinho – levando as mãos ao ventre.
— Meus parabéns, Bel! – disse Isabelle, sorridente, abraçando a prima – Muita saúde pro bebê e felicidades para a família. O Rick deve estar muito feliz, ele sempre quis ser pai.
— Está mesmo! Radiante, eu diria.
— Vocês merecem.
Richard se aproximou e Isabelle o parabenizou:
— Parabéns, Rick! A Bel acabou de contar a novidade! Desejo felicidades para vocês.
— Valeu, Belinha! Já estamos muito felizes – beijando Mabel no rosto e sorrindo.
Alison chamou Isabelle e ela foi falar com a amiga, sentada a uma mesa perto dali com Greg.
— Tenho uma novidade, Belinha!
— Será mais um bebê chegando a esse mundo? Minha prima acabou de me contar que está grávida...
— Longe disso!
— Então vocês vão se casar! Quero ser madrinha! – olhando para ela e Greg.
— Tá frio! Vou falar logo, porque você é péssima de adivinhação. Eu e Greg vamos morar na Inglaterra!
— Tão longe! Por quê?
— Conseguimos bolsas de doutorado. Não é maravilhoso?!
— Claro, amiga! É maravilhoso! Meus parabéns para ambos! Hoje batizamos meus filhos e só notícias boas.
Numa mesa perto dali, Sam tomava um choque e não era de eletricidade.
— Mãe, eu pensei que a senhora fosse ficar feliz por mim, digo, por nós – falou Eddie, olhando para Valentina ao seu lado.
— Eu estou feliz... Que mãe não ficaria feliz pelo casamento de um filho? Mas, precisam mesmo ir morar em Los Angeles?!
— Tia Sam, eu arrumei um emprego lá, tem a minha família... – explicou Valentina.
— Claro, os teus interesses! Saí levando o meu bebê e pronto!
— Mãe, olha o mico – reclamou Eddie.
— Eddie, você sempre foi o meu garotinho. O mais amoroso, o mais amigo, o meu pequeno príncipe. Senti tanta a sua falta quando foi para a faculdade, mas eu sabia que era importante. Agora vai se casar e morar longe, me privar novamente da sua companhia e dos netos que vão nascer?
— Tia, eu não pretendo ter filhos tão cedo... – falou Valentina.
— Mais essa agora! Quer levar o meu filho e nem quer lhe dar uma família completa. Se você não fosse a filha da minha grande amiga Cat, eu juro que...
— Mãe! Para! Está parecendo a vovó Marissa!
Sam respirou fundo e falou:
— Agora você pegou pesado! Sabe que eu detesto que me comparem à minha sogra!
— Então não aja como ela e fique feliz por mim, pode ser?
— Eu vou fazer um esforço – disse Sam, com a cara fechada, saindo da mesa do casal.
Nick jogava no celular com Júnior, filho de Spencer e Audrey. Sam observou o filho, já crescido, mas ainda se portando como um adolescente. Pensou que Eddie, ao menos, estava seguindo o curso da vida e conseguiu respirar fundo, ainda sentindo o peito apertado.
Freddie aproximou-se da esposa, percebendo o desconforto dela no ar. Depois de quase 3 décadas de casados, conhecia a esposa até pela energia:
— O que houve, amor? – passando o braço sobre o ombro dela.
— Nosso pequeno príncipe vai embora.
Freddie não mostrou surpresa e ela percebeu:
— Você já sabia, não é?
— Sabia, Eddie estava receoso de lhe contar e veio falar comigo. Pedi que ele fosse honesto com você.
— Mais honesto do que foi, só se me desse um soco na cara...
— Sam, ele está feliz. A Valentina é uma boa moça, que conhecemos desde que nasceu. Devemos ficar felizes por ele também, está formado e encaminhado na vida, quer constituir família, é o curso natural da vida...
— Eu sei de tudo isso e não sou contra meus filhos seguirem o curso da vida, mas, ele precisava fazer isso em Los Angeles?
— Nós fizemos isso em Los Angeles. Foi lá que o nosso casamento, a nossa família começou, e fomos felizes, não fomos?
— Você sabe que sim.
— Eddie também será e nós vamos visitá-lo sempre e ele a nós.
Sam conseguiu abrir um sorriso fraco e Freddie a abraçou.
6 meses depois...
Na casa de Cat e Robbie, Sam, Freddie, Nick, Isabelle, Cris, Alana e Leonard hospedaram-se para o casamento de Eddie e Valentina.
Carly, Gibby e Sophie hospedaram-se num hotel próximo dali.
Cat estava muito contente, com a casa movimentada e o casamento da filha mais velha.
Isabelle foi em direção a Cris, aguardando-a no lado externo da casa. Os dois haviam combinado dar uma volta na praia. A moça tinha boas lembranças de momentos felizes em Los Angeles, a sua cidade natal. Estava feliz por poder compartilhá-los com o marido.
Cris observou Isabelle sorridente.
Ela sorriu de volta e perguntou:
— Qual a graça? – provocou ela.
— Você é a graça. Sem você, minha vida não tem a menor graça – tomando a mão da esposa e a beijando – O que fez para estar ainda mais linda hoje?
— Eu? Só pode estar brincando! Desde o nascimento dos gêmeos, convivo com uns quilos a mais – rindo.
— E você ficou ainda mais linda assim – aproximou-se do ouvido dela e cochichou – As suas curvas ainda mais evidentes, ainda mais gostosa – mordiscando a orelha dela.
— Para – dando tapas no braço dele – Tá cheio de gente aqui.
— Ninguém está prestando atenção – dando um beijo no pescoço dela.
— Melhor irmos logo. Você está muito assanhado.
Na praia, os dois caminharam de mãos dadas. Isabelle rememorava momentos da infância e os narrava ao marido. Ele se sentia feliz ao ver a felicidade nos olhos da esposa.
No dia seguinte, todos se arrumavam para o casamento “Valeddie”.
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