— Hermione Granger? — Draco questionou — Por que esse nome me soa tão familiar?

— Me surpreenderia muito se não fosse.

— O que isso quer dizer?

— Quer dizer que Hermione faz parte da família dos Granger, a maior máfia existente no Reino Unido. Filha única de Harold Granger o líder da máfia. sua mãe morreu quando ainda era criança em uma emboscada dos rivais de Harold.

— Como posso não tê-la ao menos reconhecido quando a vi? No nosso mundo sempre conhecemos ou vimos alguém do crime e tenho certeza que não esqueceria de um Granger.

— Desde que sua mulher foi morta Harold tirou todos os holofotes da filha, não queria perder sua menininha, Hermione nunca foi verdadeiramente apresentada para a sociedade, foi mantida em casa e treinada pelos melhores homens de seu pai para que fosse tão letal quanto todos eles juntos. Não tenho dúvidas que foi ela própria que montou esse intrigante teia de mentiras ao redor do nome Mariah Jones.

— Não entendo. Porque alguém iria querer ver essa mulher morta? Não seria mais fácil a pessoa que me contratou sequestrá-la e ter uma arma contra seu pai?

— Certamente alguém deve ter pensado exatamente isso e por esse motivo a levaram, seja lá qual for a razão para Hermione estar tão longe dos olhares vigilantes dos homens de seu pai, ela ainda é muito importante, Harold, como todo chefe, presa a família, àqueles que darão seguimento ao seu legado e daria tudo por ter sua filha de volta. Assim como todo seu império poderia desmoronar ao perder outro membro da família.

— Todas as ações são uma possibilidade — Concordou Draco — E cada um decidiu pelo que lhe era mais vantajoso.

— O que você vai fazer agora que sabe com quem está lidando?

— O mesmo que faria antes — Disse com firmeza — Não vou deixar um trabalho inacabado, não importa as novas complicações que terei que enfrentar.

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Draco, como toda pessoa que se preze, apostava no conforto então não era surpresa nenhuma que depois do encontro nada animador com seu pai ele se dirigiu diretamente para sua cobertura no centro da cidade.

O apartamento minúsculo em que foi obrigado a ficar enquanto observava Hermione não era nada se comparado a sua casa, por isso Draco soltou um verdadeiro suspiro de alívio quando se jogou de costas em seu colchão.

Aquilo sim era maravilhoso, uma sensação que não poderia ser descrita, se pudesse Draco com toda a certeza ficaria deitado naquela cama até que o mundo acabasse, mas naquele momento não podia pois tempo era dinheiro e ele precisava se preparar muito bem para encontrar Hermione Granger e seus captores.

Para concluir sua tarefa.

O problema era que ele se encontrava às escuras sobre toda a situação. Em seu mundo, o assassino e seu contratante nunca se encontravam ou se conheciam, seu nome até podia estar lá para todos que precisavam de seus serviços, mas na realidade Draco era um fantasma, ninguém conhecia seu rosto. Era isso que facilitava para que ele entrasse nos lugares e realizasse seus serviços, não dá para temer ou prender quem você nunca viu antes.

Mas isso era um impedimento agora, pois se Malfoy não conhecia a pessoa por trás de todo aquele dinheiro depositado em sua conta ele jamais poderia imaginar quais eram as motivações de quem o contratou.

Entretanto uma certeza ele tinha: quem quer que fosse queria certeza que o trabalho seria executado muito bem ou teriam contratado qualquer outro assassino por um preço muito mais baixo, não, ele queria a perfeição que só Draco Malfoy poderia dispor. E isso era uma pequena vantagem.

Porque para contratá-lo a pessoa deveria ter muito dinheiro e participar de um ciclo muito restrito com os da mais alta sociedade que incluía ministros, artistas, empresários e pessoas como o próprio Harold Granger. Isso, infelizmente, o levava a uma vasta gama de pessoas que ele deveria separar e ordenar conforme os interesses em comum.

Aquilo era cansativo e demorado, mas Draco estava sozinho nessa. Sabia bem qual a opinião de Lucius sobre continuar envolvido depois do sequestro de Hermione, porém ele não desistiria facilmente e faria jus ao sobrenome Malfoy já que seu pai não parecia se importar com o nome que eles tinham que zelar.

Diversas fotos tiradas da internet logo repousavam sobre a mesa do escritório de Draco seguidos com informações e observações que ele próprio adicionara a fim de facilitar reconhecimentos.

Eram muitas pessoas que Draco tinha que estudar cuidadosamente, vendo e revendo as ligações daquele mundo do crime que a maioria das pessoas normais nem fazia ideia que poderia existir.

Poderia levar horas, dias, semanas ou até meses antes que Draco pudesse identificar alguém que tivesse motivação o suficiente para desafiar Harold Granger abertamente ao ponto de sequestrar sua filha ou até mesmo mandar matá-la. Poderia, se Draco como o fantasma que era não conhecesse cada uma daquelas pessoas o mais fundo possível. Fazia com que seu trabalho fosse muito bem executado que ele conhecesse todos que poderiam oferecer certo perigo ao seu negócio.

Então, depois de cinco horas, Draco tinha separado três nomes que poderiam ter algo a ver com um atentado à Hermione Granger.

Parado em frente a sua mesa Malfoy observou as fotos de Harry Potter, um dos ministros mais conhecidos do Reino Unido e um forte aliado do grupo rival ao de Harold Granger, Ronald Weasley, o líder do outro grupo mafioso que disputava o território do Reino Unido e Alvo Dumbledore, um famoso empresário de armas que perdera espaço quando Harold se iniciara na venda e transporte do armamento da região.

Todos os três poderiam ganhar alguma coisa caso o império de Harold viesse a cair, mas os motivos deles ainda pareciam superficiais demais para Draco apostar suas fichas agora, estava na hora de fazer outra coisa em que ele era muito bom: se infiltrar em bailes e jantares da sociedade oculta e conhecer a verdadeira história por trás das carteiras cheias de dinheiro desses homens.

De uma coisa ele tinha certeza naquele momento, Hermione Granger não seria morta ainda se isso estivesse para acontecer seus captores teriam dado cabo de sua vida no momento que invadiram seu apartamento, não, quem a sequestrara queria testar se ela valia mais a pena viva ou morta, e esse era o erro deles. Por que quando você não mata uma pessoa quando tem a chance, ela volta para matar você e Draco Malfoy era a prova viva disso.

Pena que seu assassino não poderia dizer o mesmo.