Emaranhado escrita por FranHyuuga


Capítulo 3
Família


Notas iniciais do capítulo

Tema da rodada 3: Meme ao estilo “surprise, bitch”.
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Família

Capítulo 3

 

Hinata, embasbacada, observou Gaara entregar ao Yashamaru o pen drive que garantiria a ela uma grande vantagem na concorrência pela promoção.

— Nada soube de problemas na rede, mas vou investigar. – O diretor financeiro, enfim, acessou as planilhas. – Impressionante progresso, senhorita Hyuuga!

Ela sorriu, aliviada por receber tal feedback em um momento tão oportuno.

Ao fim da reunião, Yashamaru pressionou-os a continuarem avançando. E Hinata, recomposta da carga emocional anterior, abordou Kabuto quando voltavam às baias.

— O que fez é grave – alertou. – Devia se concentrar em seu trabalho, ao invés de prejudicar os outros.

Ele a encarou desafiante, sem qualquer arrependimento, antes de retomar seu caminho. O silêncio dele a perturbou.

Quando se voltou para a própria mesa, ela viu Gaara sentando-se à dele. Suspirou. Devia-lhe sua gratidão, mas também estava curiosa para entendê-lo. Aproximou-se cautelosa, quase como se esperasse uma cobrança pela surpreendente ajuda.

— Oi – cumprimentou, tola.

Sentado confortavelmente em sua cadeira giratória, ele virou-se para vê-la. Não sorriu nem respondeu, apenas aguardou. Gaara realmente não vai facilitar o momento, pensou Hinata.

— Eu e-estou muito grata pelo que fez – gaguejou, agitando as mãos.

Com respeito, inclinou-se em uma sutil mesura.

— Fiz o que devia – respondeu Gaara, seus olhos a estudavam.

— Nem todos p-pensariam assim. – Ela mordeu o lábio, hesitante. – Há algo que ainda me incomoda...

— Sobre por que a ajudei? – Franziu o cenho, a tatuagem se destacando entre os fios vermelhos.

— Não. – Hinata calou-se por um momento, observando a postura desarmada dele. – Sobre por que você não entregou seus documentos também.

Gaara sorriu. Dessa vez, seus dentes se revelaram numa clara expressão aprovadora. Ela precisou conter o impulso de achá-lo estupidamente bonito daquele jeito.

— Estava certa. – Levantou-se, impondo sua altura acima dela. – Sou muito privilegiado. Dei a você uma justa vantagem.

Se Gaara queria lisonjeá-la, conseguiu apenas ultrajá-la com sua “bondade”.

— Acho que temos conceitos diferentes de justiça – retorquiu irritada, dando-lhe as costas.

A caminho de sua mesa, no entanto, uma voz aguda soou alta e a fez parar:

— Hinaaaaa! – Mal conseguiu se virar quando os braços a envolveram. – Que lugar incrível é esse?!

Hinata percebeu a atenção de Gaara e dos demais colegas à escandalosa interação. Sua irmã caçula geralmente desprezava qualquer etiqueta.

— Hanabi, o que faz aqui? – sussurrou, segurando a irmã pelos ombros.

— Você nunca vem nos ver, então...

Sem deixá-la concluir, Hinata puxou-a pela mão até o banheiro. Sentia um misto de apreço e revolta pela inesperada visita.

— Você deve ir embora, Hanabi – disse, assim que verificou estarem sozinhas.

O olhar da irmã encheu-se de pesar.

— Por quê? – Ela fungou. – Sente vergonha de mim?

— O quê? Não! – Hinata a abraçou. – É claro que não! Mas esse lugar é...

Não completou. Como lhe dizer que Sabaku S.A. era a corporação responsável pela prematura morte da mãe delas? Não poderia quebrar o sigilo de seu pai, que sempre tentou dar à Hanabi uma vida normal e longe daquela sujeira.

— É por causa do ruivo bonitão?

Hinata tossiu e a encarou como se tivesse duas cabeças.

— Eu vi vocês conversando – continuou Hanabi, provocativa. – Estava na hora de encontrar um namorado!

Suspirando, Hinata pensou que era mesmo melhor dar à irmã aquela desculpa esfarrapada.

— Sim, estamos nos c-conhecendo, sabe? – gaguejou nervosa. – Não quero assustá-lo apresentando minha irmã tão rápido.

— Eu entendo. – Hanabi gesticulou como se não ligasse. – Ok, vou embora e não falarei com ele ainda.

Sorrindo, Hinata se permitiu relaxar. Observou a beleza jovial da irmã, seus longos cabelos castanhos e a face despreocupada de uma estudante universitária.

Educá-la protegida da verdade deixou-a um pouco mimada, mas sua alegria a tudo compensava.

— Como está o papai? – murmurou Hinata.

— Exausto. – A irmã revirou os olhos. – Mas o pequeno restaurante vive cheio.

— Visitarei vocês no próximo feriado.

A caçula, no alto de seus 20 anos, sorriu animada.

— Promete?

Hinata estendeu-lhe o dedo mindinho em um gesto infantil de compromisso. A irmã retribuiu, enganchando seu mindinho ao dela.

— Prometo.

[Continua]


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Notas finais do capítulo

Capítulo com um gif como tema? AAAAAAH!
Foi punk, foi nocaute, mas voltei à vida e segui o baile.
Se na terceira rodada já está assim, imagino se chegarei viva ao final da décima.

E aí, o que acharam desse capítulo?
Gaara está encantando alguém?
Socoooorro, se não estiver! kkk.
Beijos~



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