O Trono Ilegítimo escrita por Katherinne Snow
Notas iniciais do capítulo
Olá pessoas lindas que tem acompanhado essa história até aqui, esse cap ficou meio melancólico, mas nós superamos. hahaha
As coisas entre mim e Francis estavam indo bem por incrível que pareça e depois de todo esse tempo ele tem sido mais gentil e não tem mais se agarrado com Olívia em minha frente, inclusive na festa de noivado de seu irmão mais novo me tirou para dançar e eu senti como seria nossa relação se nossos corações não pertencessem a outras pessoas. Hoje eu entendo claramente o amor que ele sente por ela, pois sinto a mesma coisa em relação à Sebastian, esse instinto de preservação incontrolável a vontade insaciável de estar junto e partilhar cada momento sem a interferência de outras pessoas, o desejo de jogar tudo o que foi planejado desde que nascemos pela janela para viver o amor que arde em nossos corações, no fim das contas eu e Francis temos muito em comum, pois estou virando o mundo e o fundo para ficar junto de meu amado ainda que ele não saiba disso.
Eu dançava calmamente com Francis quando meu olhar encontrou o de Bash no outro lado do salão, ele estava vermelho de ódio e saiu apressado pela porta, meu coração se apertou ao ver a angustia em seu olhar e larguei Francis na hora e corri atrás dele. Eu preciso completar meu plano para ficarmos juntos, mas ele não pode esquecer que eu o amo incondicionalmente e agora preciso explicar de algum modo minha proximidade com Francis para que ele não se sinta pior ainda em relação a nós dois.
O encontrei parado de costas no jardim que estava todo coberto por uma fina camada de gelo e me aproximei calmamente abraçando-o por trás repousando meu rosto em suas costas musculosas exalando seu perfume excêntrico, eu estava doente de saudades dele que não reclamou do meu gesto, mas suspirou exasperado.
- Porquê estava ao lado de Francis como uma noiva devotada se tinha jurado que daria um jeito de ficarmos juntos?
— Tenha paciência comigo querido – Pedi o apertando ainda mais, mas ele se livrou de meu abraço explodindo em ódio.
— Como ter paciência te vendo nos braços de outro toda feliz? Eu te amo, você sabe o que isso significa? – Perguntou e eu podia ver claramente o desespero em sua voz e eu queria tanto poder contar tudo a ele, mas sei que com seu instinto protetor tentaria me impedir.
— Claro que sei Sebastian…
— Não sabe. Cada vez que demonstra afeto por meu irmão meu coração parte, porque ele é o seu prometido e eu sou a segunda opção. Não acho que você esqueceu todos os nossos beijos e nosso noivado, mas acho que pode sim me trocar por um rei... Eu sou um bastardo e você tem um país para governar, deve pensar em seu povo, mas eu sei que isso te deixa infeliz, e sei que vai ser infeliz ao lado do meu irmão porque ele também ama outra pessoa.
— Não fala assim Sebastian, eu te amo e vou honrar meu compromisso com você, mas eu preciso usar artimanhas que seu caráter não aprovariam e você não terá o peso dessa culpa se não deseja isso, mas eu quero você e pode chamar de egoísmo se quiser, mas farei o que for necessário para tê-lo, inclusive forçar esse casamento com Francis. – Respondi brava ainda que as lágrimas insistissem em cair.
— Eu não entendo...
— Não precisa, apenas confie em mim. – Pedi o beijando brevemente antes de voltar para a festa pronta para iniciar a segunda parte de meu plano.
Voltei para a festa e chamei por minhas ladies mentindo que não me sentia bem e queria ajuda, fingi um desmaio em seguida e fui levada para meus aposentos por um guarda. Quando o médico chegou inventei alguns sintomas exagerados e ele recomendou repouso e prometeu que tomando os chás que ele recomendou eu ficaria bem em breve. Eu precisava de um bom motivo para não subir ao altar antes de minha coroação na Inglaterra e doença desconhecida é um álibi perfeito.
Eu fiquei em êxtase quando a notícia que as tropas patrocinadas pelo Papa estavam progredindo na reclamação do trono Inglês e já estavam instaladas na fronteira entre a Inglaterra e a Escócia enquanto eu estava com minha melhor cara de doente, mas não pude disfarçar minha alegria quando a chance de dominar o exército que matou meu pai e sempre quis me matar estava tão próxima, finalmente eu colocaria um basta nesse incomodo.
No mesmo dia fui surpreendida cm Sebastian invadindo meu quarto pela madrugada e me acordando com um carinho leve na bochecha.
— O que faz aqui Bash? – Perguntei meio sonolenta.
— Eu não aguento mais ficar longe de você meu amor – Falou beijando minha mão e colocando em seu peito onde seu coração batia forte e acelerado.
— Não fique, eu te amo e não suporte te ver me ignorando na frente de todos – Reclamei e ele suspirou pesadamente. Eu sinto tanto por estar fazendo ele sofrer nesse momento, juro que queria que as coisas fossem mais fáceis.
— Por favor Mary eu suplico para que desista desse casamento arranjado e fique comigo, pois preciso partir para uma casa na região de Chilly a qual me pertence agora como Marquês e não estarei mais no castelo o tempo todo.
— Não vá Bash, espere mais um pouco. – Pedi o abraçando desesperadamente.
— Eu não quero – Falou me apertando em seus braços e depois olhando em meus olhos. – Mas se você insistir nesse noivado com Francis eu irei, pois não suporto te ver com outro.
Eu entrei em desespero, pois nesse momento em que eu mais preciso mantê-lo a vista para me motivar a seguir com o plano ele ameaça deixar-me, isso é muito injusto. Eu não sei o que farei agora se largarei toda a segurança de meu plano por causa da impaciência dele ou fugirei em nome do amor e trarei ruina ao meu país?
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