Cupid's Arrow escrita por bea weasley


Capítulo 4
Capítulo quatro


Notas iniciais do capítulo

FREDELICIOUS IS IN THE HOUSE!
Hahahahha o capítulo que foi o mais divertido de se escrever até o momento (:



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POV Fred Weasley

Três horas e quarenta minutos. Esse é o tempo que leva da minha cidade Ottery St. Mary até Londres de trem. Três horas e quarenta minutos em que eu estive preso em um trem com a minha família, mas finalmente, chegamos. E estamos atrasados, é claro.

— Eu disse que nós deveríamos ter saído mais cedo, mas ninguém nessa família me escuta. Não sei como vocês conseguem fazer isso com a mãe de vocês, vocês não tem coração não? – minha mãe está reclamando desde que nós embarcamos no trem. Não sei como ela ainda não perdeu a voz.

— Mas mãe, a senhora mesmo disse que nós deveríamos estar às três da tarde na sua casa, porque o trem saía às quatro. – Bill disse, tentando apaziguar a fera. Coitado, nem vai saber o que o atingiu.

— E que horas você chegou William? – minha mãe perguntou com aquele tom de voz que nós todos conhecemos bem. Foi bom te conhecer Bill, você foi um ótimo irmão mais velho todos esses anos, mas agora acho que o Charlie vai ter de assumir essa função.

— Três e meia. – Bill respondeu baixinho, sem querer realmente responder a nossa mãe. Eu entendo perfeitamente como ele se sente.

— E é por isso que nós estamos atrasados. – papai interrompeu o que provavelmente seria uma longa discussão. - Agora, que tal nós chamarmos os táxis para podermos ir logo para a festa?

— Eu acho uma ótima ideia pai. Pode deixar que eu e George faremos isso. – eu disse, puxando meu gêmeo comigo até o ponto de táxi mais próximo.

— Tentando fugir do sermão da mamãe que provavelmente viria pra cima de nós em seguida? – George perguntou, vendo que eu estava mais do que ansioso em conseguir um táxi.

— O que você acha? Já não basta ela ter reclamado da minha escolha de roupas pra essa noite, você tem certeza de que ela não ia começar a reclamar que quase perdemos o trem por nossa causa? – eu perguntei, tentando achar algum taxista por aqui. Onde estão eles quando nós precisamos? Parecem que somem, eu hein.

— Ainda bem que nós sempre podemos colocar a culpa no Bill ou no Charlie nesses casos. – George rindo. – Olha ali, alguns táxis disponíveis.

— Finalmente, já tinha desistido de tentar achar algum táxi e nós termos de ir a pé até a festa. Já imaginou a cara da mamãe, ou melhor ainda, a cara da Gin se nós fizemos isso? – eu perguntei, acompanhando meu irmão na risada enquanto fazia sinal para os taxistas. Essa é uma noite que com certeza vai ficar na história.

 

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— Finalmente vocês chegaram! Achei que teria que mandar a polícia atrás de vocês! – e é assim que nós somos recebidos pela nossa querida irmãzinha. Eu senti falta da pirralha.

— Nós também sentimos sua falta Gin! Como você está? – George disse, abraçando, ou melhor dizendo, sufocando nossa irmã com um abraço de tirar o fôlego, marca registrada dos Weasley.

— Eu sinto falta de respirar. – Ginny conseguiu dizer, em meio ao abraço de urso do George, o que fez com que todos nós ríssemos e George soltou a mesma. – Também senti sua falta Georgie.

— Só sentiu falta de um gêmeo? Assim você me machuca irmãzinha. – eu disse colocando minha mão no coração, como se as palavras dela tivessem me ferido.

— Também senti sua falta Freddie, faz muito tempo. – ela disse, logo vindo me abraçar.

— Faz muito tempo mesmo. E caso não tenha ficado claro, eu senti sua falta pirralha. – eu disse, sussurrando a ultima parte no ouvido da Ginny.

— Ok, podem parar com isso que eu também quero abraçar a minha irmã. Dá licença. – Charlie sempre gentil, me empurrou do lado e foi abraçar a Ginny.

A reunião dos Weasley sempre é assim, um monte de abraços e empurrões e falta de ar. Enquanto meus pais se dividiam em dizer como sentiram falta da caçula, eu comecei a prestar atenção na festa, ou melhor dizendo, no local onde a festa seria. Quando a minha mãe disse que a festa seria na casa dos Potter, ela esqueceu de mencionar que esse lugar é gigante! É meio que impossível desviar o olhar da construção.

— É impressionante não é? – Ron disse, vindo parar do meu lado depois de ter cumprimentado a Ginny e apresentado a garota que ele chamou pra vir com ela à festa pra ela.

— Com certeza. Estou com medo de entrar aí dentro e não conseguir achar a saída nunca mais. – eu confessei pro meu irmão, o que fez com que nós dois ríssemos.

— Ok família, eu quero apresentar pra vocês meu namorado. Harry, esses são os Weasley. – Ginny disse, chamando nossa atenção pra um garoto moreno parado ao seu lado. Não sei por que, mas ele parece amedrontado de algum modo. Só posso imaginar o que a Gin tem falado de nós.

— Muito prazer, como vão? Que bom que todos puderam vir hoje. Minha mãe vai ficar muito feliz de conhecer todos vocês. – ele disse sorrindo, meio encabulado. Coitado do meu cunhado, nem vai saber o que o atingiu.

— Harry querido, como você está? É bom revê-lo. – minha mãe disse, abraçando o garoto do mesmo modo que o George fez com a Ginny.

— Eu estou bem Sra. Weasley, é ótimo revê-la também. – Harry disse retribuindo o abraço, e tentando respirar ao mesmo tempo.

— Eu disse pra me chamar só de Molly, não precisamos ser tão formais não é mesmo? – mamãe disse soltando o pobre garoto que parecia que tinha sido atingido por um trem, ao invés de ter recebido um abraço. – E onde estão seus pais?

— Provavelmente lá dentro. Minha mãe está garantindo que tudo saia do jeito que ela quer e meu pai deve estar conversando com alguns amigos. Eles adorariam recebe-los à porta, mas tivemos alguns contratempos de ultimo minuto, e eles tiveram de ir resolver. – Harry respondeu, coçando o pescoço, parecendo meio sem jeito. Eu deveria ajudar ele, provavelmente.

— Espero que nada de grave tenha acontecido. – meu pai disse, cumprimentando o mesmo, um ar de preocupação passando pelo seu rosto.

— Não, nada de mais. Só algumas mudanças necessárias, não é Gin? – Harry perguntou pra minha irmã, que parecia estar prendendo o riso por algum motivo. Eu realmente senti falta dela.

— Ah, com certeza. – Ginny respondeu, rindo abertamente agora. – Porque nós não entramos e continuamos essa conversa lá dentro? Tem algumas pessoas que eu gostaria de apresentar a vocês.

— Lidere o caminho irmãzinha. – eu disse, passando um braço pelos ombros da Ginny e seguindo a mesma pra dentro da casa. Ela então nos levou pra um salão todo decorado para o dia dos namorados, que já estava bastante cheio. Minha mãe não vai ficar nada feliz com o atraso que tivemos.

— Você e George não vão facilitar pro Harry não é? – Ginny me perguntou, sorrindo de lado, vendo que George estava falando algo para Harry, que já estava ficando com as bochechas vermelhas, e fazendo Angelina rir da situação.

— É claro que não. Ele tem de receber as boas vindas à família, assim como aconteceu com a Fleur e a Penelope. – eu disse rindo. Fleur é a esposa do Bill, e sofreu nas mãos da Gin antes do casamento. Penelope é a noiva do Percy, e nós até que pegamos leve com ela. Afinal de contas, ela está noiva do Percy. Nós demos um desconto pra ela.

— Mas e a Angie? – Ginny perguntou desconfiada. – Você não fez nada pra ela.

— Ela era nossa melhor amiga Gin, e além do mais, ela está namorando o George. Ela sabe se defender de qualquer coisa que nós colocarmos no caminho dela. – eu respondi piscando pra minha cunhada que estava ouvindo, o que a fez revirar os olhos e rir da verdade da minha afirmação.

— Você sabe que eles não iam conseguir fazer nada contra mim Gin. Eu senti sua falta ruivinha. – Angelina disse nos alcançando, e colocando o braço nos ombros da Ginny.

— Também senti sua falta Angie. – Ginny disse colocando a cabeça nos ombros da Angelina. Mas eu parei de prestar atenção no que a minha família estava falando porque eu tinha algo mais interessante acontecendo na minha frente.

Logo que nós entramos no salão onde a festa está rolando, meus olhos foram instantaneamente atraídos para uma morena que ria abertamente. Era incrível, eu não conseguia desviar os meus olhos nem se pudesse. Era como se o cupido estivesse escolhido aquele exato momento para arremessar uma flecha em mim, não que eu estivesse reclamando.

— Hey Fred, vai ficar parado por quanto tempo aí na porta ao invés de entrar? – Ron perguntou olhando pra mim com uma cara engraçada, enquanto passava um braço na cintura da Lavender, seu encontro da noite.

— Hã... é claro que vou entrar, só estava reparando na decoração. A Ginny fez um bom trabalho não é mesmo? – eu disse tentando disfarçar que tinha ficado encarando aquela garota por tanto tempo.

— É, eu acho que sim. Te vejo depois Fred. – Ron disse, indo sentar em alguma mesa que havia por ali enquanto eu me encaminhava pro bar. Eu preciso de um uísque ou algo mais forte.

 

Vinte minutos depois...

 

Eu continuava sentado na área do bar, encarando a garota que eu havia visto quando chegamos. Era uma boa área de observação se você me perguntasse. Eu conseguia ver a festa inteira, a garota de quem eu não conseguia desviar os olhos e ainda tinha acesso fácil às bebidas. Não pretendia sair daqui tão cedo.

— Vá falar com ela. Você está parado aqui olhando para ela e está começando a ficar estranho. – George disse, quando percebeu onde meu olhar estava.

— E quem disse que eu estava olhando pra ela? Acho que você está imaginando coisas Georgie. – eu disse tentando desconversar.

— Você pode enganar qualquer um, menos eu Freddie. Vá logo falar com a garota antes que alguém com mais coragem chegue antes de você. – ele disse com aquele tom de voz que sempre me convence a fazer algo que ele queira.

— Está bem, eu vou. Mas só pra você sair do meu pé. – eu disse, virando o resto de uísque que tinha no meu copo, como se fosse um tipo de coragem líquida e fui em direção à morena que eu vi desde que cheguei à festa.

Enquanto eu estava me aproximando de onde ela estava sentada, agora sozinha, minha mente criava vários cenários diferentes, o que estava começando a me assustar. Tudo bem Fred, é apenas o dia dos namorados mexendo com os seus nervos, é só ficar calmo e fazer o que você faz de melhor.

— Boa noite, posso me sentar? – eu perguntei com o meu melhor sorriso, aquele que sempre funciona. Pena que parece não estar funcionando agora.

— Boa noite, claro. – ela disse me oferecendo uma das cadeiras. – Você é um dos irmãos da Ginny, não?

— Sou sim. O que me entregou, o cabelo ruivo, as sardas ou o sorriso? – eu perguntei na minha melhor voz galanteadora, enquanto sentava-me ao lado dela.

— Ela já havia me mostrado algumas fotos de vocês antes, não foi difícil de adivinhar. – ela disse, sem me dar muita bola e estendo uma das suas mãos. – Eu sou Hermione, amiga dela e do Harry, e a cupido deles.

— Então você é a responsável pelo meu cunhado? Bom saber disso. – eu disse dando um beijo na mão dela, o que a fez corar. Boa Fred! – Eu sou Fred, falando nisso.

— Ah, você é um dos gêmeos não é? – ela perguntou, olhando pra mim com uma cara engraçada. Não consigo entender essa garota.

— Sim, o gêmeo mais bonito. – eu respondi piscando pra ela, o que não teve o efeito que eu esperava.

— Se você diz... – ela disse dando de ombros. Realmente, nada está saindo como eu esperava. Hora de usar as armas pesadas.

— Então Hermione, você gostaria de dançar? – eu perguntei, me levantando e indicando a pista de dança com a cabeça.

— Não obrigada, estou bem aqui. Aliás, eu vi alguém que eu preciso comentar. Com licença. – ela disse, levantando-se e indo até a outra ponta do salão. O que acabou de acontecer aqui?

— Então, como foi Freddie boy? – George me perguntou assim que eu voltei para o bar, de onde eu não deveria ter saído.

— Ela me rejeitou. Ela não quis dançar comigo. – eu respondi, indicando ao bartender que eu gostaria de outra dose de uísque.

— Você está brincando comigo? Mas você conseguiu pelo menos descobrir o nome dela? – George está com uma cara de quem quer rir. Às vezes, eu quero matar o meu irmão, mas o amo demais para isso. Mas não posso negar que a vontade permanece.

— Sim, descobri. O nome dela é Hermione, e foi ela que juntou a Ginny e o Harry. – eu disse, tomando um gole do uísque. Acho que ele vai ser a minha única companhia para a noite.

— Uau, por essa eu não esperava. E é melhor você se preparar agora. – George disse, olhando por cima do meu ombro e pegando seu próprio copo.

— Por quê? Porque eu deveria me preparar? – eu perguntei pra George, virando pra onde ele estava olhando e vi minha mãe vindo em nossa direção. Ótimo, simplesmente ótimo.

— Fred querido, você viu como a afilhada da Lily é adorável? – minha mãe perguntou, se aproximando de onde eu e George estávamos sentados. Molly Casamenteira está em ação, aparentemente.

— Quem é a afilhada da Lily mãe? Eu nem sabia que ela tinha uma afilhada. – é incrível como as mães sempre acham que nós sabemos exatamente do que elas estão falando sem precisarem explicar nada.

— É a, como é mesmo o nome dela? – minha mãe disse tentando se lembrar do nome da garota. – Ah sim, Hermione.

Assim que minha mãe disse o nome dela, George começou a ter um ataque de risos incontrolável, e estava quase engasgando. Eu, por outro lado, não estava exatamente feliz com o que a minha mãe tinha em mente.

— Não sei por que seu irmão está rindo tanto. Eu acho que você deveria convidá-la para dançar. – minha mãe disse com o cenho franzido. Ah mãe, como eu queria que fosse tão simples assim.

— Acredite mãe, eu já pensei nisso. Acho que ela não quer dançar comigo. – não vou dizer pra minha mãe que eu já fui rejeitada não é? Não preciso do olhar de pena dela, ou pior ainda, que ela tente dar uma de cupido. Tenho arrepios só de pensar nisso.

— Bobagem, você deveria ir falar com ela. – minha mãe respondeu, fazendo pouco caso da minha afirmação e me empurrando em direção à ela. – Anda, vai convidar a garota pra dançar.

— É mesmo Freddie, vai convidar a garota pra dançar. – George disse, com um sorriso maroto no rosto. Eu achava que nós tínhamos uma conexão de gêmeos, mas aparentemente estou errado.

— Mãe, acho que o papai está te procurando. Porque você não vai ver o que ele quer, e enquanto isso eu chamo a Hermione pra dançar huh? – eu disse, vendo que papai parecia perdido. E se isso vai tirar minha mãe do meu pé, eu posso fingir que vou convidar a garota de novo.

— Ótimo. Estarei de olho em vocês na pista de dança então. – ela disse, piscando um olho pra mim e indo em direção ao meu pai.

Ótimo. Simplesmente ótimo. Agora, pra não magoar os sentimentos da minha mãe, eu vou ter de engolir o meu orgulho ferido e ir convidar Hermione pra dançar novamente. Só queria saber porque ela foi tão direta em recusar meu convite. Não é como se ela já tivesse algo contra mim, não é mesmo?


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Notas finais do capítulo

Ok, não me matem! Tem uma explicação pro comportamento da Mione, que vai ser explicado no próximo capítulo; mas o encontro entre os dois já aconteceu :3



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