The Firstborn escrita por Lia Galvão


Capítulo 3
Novas Responsabilidades e Manchas na Parede


Notas iniciais do capítulo

Oi oi!
Já se perguntou como foi quando Teddy teve que realmente agir como um irmão mais velho e vigiar James enquanto os adultos estavam ocupados? Se sim, aqui está a resposta pra você!



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Ao longo de seus oito anos de vida, Teddy nunca tinha recebido uma tarefa tão importante. Já tinha sido encarregado de ajudar Victoire a desgnomizar o jardim d’A Toca no verão passado, como também de cuidar dos docinhos para o primeiro aniversário de Fred - que curiosamente tinham diminuído quase pela metade quando a festa chegou -, além de ter sido o grande responsável por aguar as plantas da avó quando a senhora viajou por uma semana de férias (dele). Mas, assim que o choro do jovem Albus ecoou pela casa e Ginny ergueu-se com uma simples recomendação, ele soube que sua vida estava prestes a mudar completamente 

"Cuide de James"

Palavras simples e breves carregadas de um peso que, no fundo, Teddy estava pronto para carregar desde aquele primeiro momento em que subira em uma cama da Toca para ver a criança avermelhada e minúscula que estava aninhada nos braços da ruiva. Já naquele instante ele soube que, de alguma maneira, aquele bebê seria diferente de todos os outros que tinha visto logo após chegarem ao mundo naquele mesmo local. O passar dos meses após a chegada de James explicaram o porquê daquilo, confirmando as palavras de Harry de que, agora, Teddy era um irmão mais velho.

James encarava Teddy. A voz de Ginny ecoou longe conforme ela amparava o caçula e começava a tentativa de fazê-lo parar de chorar. Edward engoliu em seco, fixando o olhar na criança em sua frente.

Ele estava pronto para aquele momento. Tinha treinado por aquilo sua vida inteira. Esteve presente no nascimento de cada novo Weasley daquela geração, sendo um dos primeiros a segurá-los desde que ele próprio tinha não mais que 2 anos. Seus amigos, sim, porém Teddy sempre esteve muito ciente da aura inspiradora que tinha sobre os mais novos, com exceção talvez de Victoire, que tendia a ser sua parceira em cuidar para que as brincadeiras não saíssem de controle e os adultos de olhos atentos a eles não precisassem correr em socorro a algum dos mais novos. 

Há anos ele vinha praticando para aquilo e agora tinha chegado o seu momento de brilhar. Uma risada aguda chegou aos ouvidos do metamorfo, que virou-se de repente, precisando correr na direção da criança que tentava ativamente derrubar um vaso na própria cabeça.

— Como?? — Foi tudo que o rapaz conseguiu perguntar enquanto cuidadosamente pegava as mãos de James e o guiava de volta para o centro da sala, em que dezenas de brinquedos se acumulavam.

O mais novo se limitou a uma risada enquanto Teddy perdia alguns segundos questionando as habilidades de teletransporte do garoto, o que claramente não foi uma boa escolha de como passar seu tempo já que, uma piscada de olhos depois, James puxava cuidadosamente a página de um dos livros soltos entre os demais brinquedos. Um livro magicamente costurado e impresso para sobreviver a demonstrações acidentais de magias por bebês e crianças bruxas. Teddy novamente correu até o mais novo, salvando a página de ser completamente arrancada do restante por não mais que 3cm enquanto erguia a publicação no alto, afastando-a do pequeno gremlin à sua frente.

— Como?? — Viu-se perguntando novamente.

Sabia que James era uma criança bem… enérgica. Mas, talvez, sempre ter um outro adulto por perto tivesse minimizado o verdadeiro potencial destrutivo que o jovem Potter tinha. Ginny alcançava o primeiro refrão da música que tinha escolhido cantar para acalmar Albus quando Teddy percebeu que segundos tinham se passado desde a saída de sua madrinha àquele momento. Segundos!

James apoiava as pequenas mãos no chão, tomando impulso para levantar-se novamente, mas daquela vez Edward estava realmente preparado. Jogando o livro longe, Teddy apressou-se em sentar-se e cuidadosamente impediu o irmão de se erguer, puxando-o com delicadeza de volta ao chão. James o olhou, a expressão nos olhos castanho-esverdeados do mais novo indicavam que ele estava estudando se deveria ou não chorar. O tempo de Teddy para evitar aquela explosão era curto, cada momento contava. Os lábios de James se uniram em um bico magoado enquanto os olhos começavam a inundar-se de lágrimas, o resultado não lhe tinha sido nem um pouco favorável.

James puxou ar, preparando-se para liberar o choro. Quando aquilo acontecesse tudo estaria acabado.

Uma tarefa, uma única tarefa. Apenas três palavras. Ginny confiava nele o suficiente para encarregá-lo daquela responsabilidade. Tinha lhe confiado a vida do primeiro filho sem nem mesmo pensar duas vezes. Mas agora tudo estava perdido. No minuto que a primeira nota de choro ecoasse de James a grande falha de Teddy estaria exposta ao mundo. Ginny precisaria vir desesperada cuidando de duas crianças aos prantos. Teddy seria permanentemente banido da casa dos Potter, proibido até mesmo de escrever para seu padrinho. Devia ter sabido melhor, deveria, talvez, ter assumido que ainda não se sentia pronto para tamanha responsabilidade, não sozinho, não com uma criança tão pequena. Se fosse Molly II talvez, mas James?

O primeiro “a” daquela lamúria chegou aos ouvidos de Teddy ao mesmo tempo em que a sala se preenchia com bolhas de sabão. Teddy piscou lentamente tentando entender o que tinha acontecido ali, mas não importava, visto que o pranto foi imediatamente substituído por uma longa gargalhada enquanto James erguia os braços para alcançar as bolhas que caiam do ar. Levou um minuto até o metamorfo perceber que tinha sido ele, e seu nada maduro desespero, que conjurara aquela distração para o rapazinho, que ainda ria conforme as esferas translúcidas desciam vagarosamente até tocar a ponta do nariz ou dos pés de James.

— É, gostou disso Jay?

— Bola. — Ele respondeu, novamente erguendo os braços para alcançar mais rapidamente os objetos de sua admiração que, notou Teddy, já começavam a se dissolver.

— Ok, olha isso então. — Pediu, atraindo a atenção do menino para si.

Teddy, então, fez uma careta. Fechando os olhos com força e entortando o nariz. Seu objetivo era conjurar mais daquilo para manter James distraído - e quieto - por quanto tempo fosse possível. Entretanto, ele não tinha ideia de como tinha conseguido aquilo de primeira e, se a coceira em sua cabeça era indício de algo, ele não estava sendo bem sucedido em sua nova tentativa. Ainda assim, James ecoou outra gargalhada pelo cômodo.

— Au au. — Declarou a criança, fazendo Teddy reabrir os olhos apenas para ver James a milímetros de distância, as mãos já lhe apertando as orelhas de lobo no topo de seus cabelos.

— Ai ai. — Resmungou em resposta, uma vez mais precisando tirar as mãos de James de algo delicado.

Péssima escolha. Talvez devesse tê-lo deixado arrancar a orelha do lugar se necessário fosse. James não mais parecia prestes a chorar, ainda bem, mas a recusa em deixá-lo continuar sua exploração da aurícula lupina o tinha novamente jogado àquela espiral de tédio iniciada no minuto em que sua mãe tinha sumido de vista. E nem mesmo a transformação de todo o rosto de Teddy para um lobo e um latido amigável tinha bastado para atrair de volta a atenção da criança, que já caminhava pela sala em direção às janelas.

— James, não! — Teddy pediu, balançando a cabeça para voltar completamente a si enquanto corria a tempo de barrar a passagem da criança naquela direção. Dezenas de brinquedos. De todos os tipos e tamanhos. E ele insistia em perseguir o impossível. Teddy começava a suspeitar de que James e Ginny tinham feito um combinado para testá-lo. E agora era uma questão de honra manter a criança segura até o retorno da madrinha. — Olha só o que eu achei!

A empolgação em sua voz tinha sido exagerada, mas ao menos bastou para interessar James o suficiente a ponto do mais novo acompanhar voluntariamente Teddy de volta a área da bagunça. Ele não se permitiu pensar demais. Identificando um cubo grande com diversos buracos em formatos diferentes ele imediatamente o pegou, colocando-o na frente do caçula ali presente.

— Olha que legal… — Começou, ganhando tempo enquanto tateava às cegas as peças soltas ao redor de si, recusando-se a tirar os olhos do garotinho a sua frente. — Quando você pega a pecinha e coloca ela aqui… — Teddy respirou aliviado ao notar que tinha conseguido pegar uma das peças pertencente aquele brinquedo, um círculo que ele imediatamente levou a abertura redonda do brinquedo. A esfera passou pela entrada e caiu na parte interior do cubo, o que bastou para deslumbrar James.

Rapidamente Teddy começou a juntar as demais formas geométricas e dispô-las na frente de James, que testava as aberturas e peças cuidadosamente, apenas para irritar-se em segundos e começar a bater as peças pelo cubo.

— Não, olha só, você tem que encontrar o buraco certo ó. — Explicou, guiando o caçula por cada entrada errada até encontrar o destino final do triângulo.

James pareceu entender e retornou a atividade com mais calma e atenção. Aproveitando a distração dele, Teddy aproveitou para resgatar as peças de dentro do brinquedo, garantindo que ele nunca ficasse sem o que encaixar.

E aquela maravilhosa paz durou cerca de 5 minutos. Peça a peça James encontrava de novo e de novo a porta correta para cada forma, ao ponto de que agora ele já sabia exatamente para onde ir, o que já indicava uma potencial falta de interesse na atividade. O pensamento de Edward foi acelerado ao segurar o retângulo e atrair a atenção de James para ele.

— Se você virar ele assim… — Começou, girando a peça na horizontal e levando-a para a entrada do quadrado. — Viu?

Um suspiro aliviado lhe escapou quando James pareceu interessado o suficiente para tentar com outras, voltando a tarefa de bater as peças contra o cubo, mas agora com um propósito. Sabendo que aquilo poderia levar tempo o suficiente até o retorno de Ginny, Teddy se permitiu relaxar, aproveitando para organizar brevemente os demais brinquedos que estavam próximos o suficiente do alcance de suas mãos.

Ele demorou cerca de cinco segundos para notar que o barulho das batidas tinha cessado e ao olhar para James enfiando duas das peças na própria boca ele soube que não deveria ter cantado vitória tão cedo.

— Não é comida, não é comida. — Repetiu, precisando pescar as peças da muito babada boca de James e tentando conter o nojo quando o rapaz, dedicado em encaixá-las naquele buraco, alcançou mais duas e preparou-se para comê-las. — Tive uma ideia! — Seu ânimo fez James ignorar o fato de que agora tinha as duas mãos cativas pelas de Teddy, que segurava seus braços com firmeza. — Vamo brincar de massinha!

Sem permitir que o mais novo pensasse demais sobre o assunto, Teddy tomou a dianteira, puxando James atrás de si para a pequena mesa mais ao canto onde pequenos blocos de massa coloridos estavam espalhados.

— Eu vou fazer uma vassoura. — Informou enquanto já puxava para perto os blocos de cores necessários.

— Eu vou fazer uma vassoura! — James repetiu, pegando cores que não tinham absolutamente nada a ver com o objeto que ele afirmava que faria, mas, enquanto ele estivesse sob controle, Teddy não ousaria apontar aquele detalhe.

A sensação da massa de modelar nas mãos causara mais risadas em James, que apesar do que tinha afirmado instantes atrás agora se dedicava na criação de bolinhas e palitos, além da mistura pouco harmoniosa entre diversas cores.

Teddy, por sua vez, ainda um rapaz de oito anos apesar da grande responsabilidade pela qual tinha sido delegado, não demorou ele próprio a se distrair na minuciosa tarefa de replicar o mais novo lançamento do mercado de vassouras, a thunderbolt V. Tinha se demorado particularmente no detalhe trançado do cabo e foi ao erguer a cabeça para buscar por alguma massa cintilante para fazer o suporte de pés que ele lembrou que estava cuidando de James. James, esse, que o olhava sorridente com dois pedaços de massinha enfiados um em cada narina.

— Não. — Havia um ligeiro desespero em sua voz enquanto Teddy alcançava o garoto e, com sorte, conseguia puxar os tubinhos melecados dos orifícios nasais do garoto. — O que você acha de dormir? — Era um pedido desesperado de um jovem homenzinho que em menos de vinte minutos já não aguentava mais.

— Brincar, brincar, brincar. — A mensagem de James era clara. E alta. Alta o suficiente para fazer o choro que tinha há pouco cessado voltar a ecoar por todos os cômodos da casa.

Teddy definitivamente estava falhando naquele teste.

— O que você acha de uma competição de pintura? — Aquela era sua última carta, sua jogada restante, a única tentativa que lhe sobrava.

James gostava de pintar. Gostava o suficiente para cessar os gritos e aguardar pacientemente na mesinha enquanto Teddy buscava por tintas e pergaminhos. Não tinham regras e Harry tinha cuidado que a tinta fosse comestível, então aquela era uma atividade segura que Teddy deveria ter considerado muito tempo antes.

Sem formas, objetivos ou linhas, minúsculos dedos encontravam os potes de tintas e logo eram espalhados pelo pergaminho sem nenhum propósito além da diversão e da sensação da tinta na pele. E daquela vez Teddy se dedicou por inteiro à tarefa de não tirar os olhos de James por nenhum segundo, cuidando da própria pintura - questionada pelo mais novo - sem nem mesmo olhar para baixo.

Decidindo inovar, James cessou o mover dos dedos e por fim derrubou três dos potes sobre o papel, levando as mãos abertas para espalhar as cores ali jogadas. Então ele parou por um instante, olhando para a obra à sua frente. Cuidadosamente ele buscou pelos potes de tinta na mesa, concluindo em pouco tempo que o que ele queria não estava ali.

— Azul. — E, para endossar seu desejo, apontaria para os cabelos de Teddy, que compreenderia a mensagem percebendo que um dos potes derrubados e agora esvaziados era justamente aquele com a cor pela qual James pedia.

— Acho que tem mais no armário, pera.

Do número de erros cometidos por Teddy naqueles longos minutos, deixar James para trás com as mãos lambuzadas de tintas seria o maior de todos.

O pequeno pote de tinta azul que levava encontraria - e mancharia - o tapete no instante que Teddy percebesse que, insatisfeito com a extensão do pergaminho, James tinha decidido levar sua arte para as paredes da sala. A velocidade do rapaz era invejável, visto que dezenas de palmas já irrompiam da tintura bege comum do local, contrastando em diversas cores com os tons terrosos que decoravam a parede.

James ouviu o cair do pote azul e, virando-se lentamente na direção de Teddy, ele pareceu gostar da ideia do mais velho, correndo naquela direção pronto para espalhar ainda mais tinta pelo tapete.

— Não! — A palavra foi um choro suplicado. James entendeu e parou, olhando para Teddy.

Naquele momento, porém, Teddy percebeu que tudo estava quieto demais. O choro distante de Albus tinha parado, assim como as melodias entoadas por Ginny para colocá-lo de volta para dormir e os olhos do metamorfo se arregalaram. O barulho da porta ao longe se fechando indicou o óbvio: a madrinha estava a caminho.

Um olhar rápido ao redor indicou a Teddy um pano branco deixado próximo ao sofá e o mais velho correu para pegá-lo, voltando para James rapidamente afim de limpar as mãos do caçula, sujando as suas no processo. O som dos passos ecoou mais próximo e Teddy descartou o pano de lado, tentando jogá-lo debaixo do sofá enquanto se erguia, posicionando-se em frente a James e a mancha de tinta azul no tapete branco.

Ginny alcançou a sala com um suspiro e precisou pressionar os lábios um contra o outro ao identificar a parede do outro lado do cômodo.

Era visível que a criança de 2 anos estava parcialmente escondida atrás das pernas do rapaz de 8, que mantinha os braços cuidadosamente escondidos nas costas, enquanto James, alheio a esse detalhe, deixava extremamente evidente os pequenos dedos que ainda mantinham evidência das tintas que tinham passado por ali. O pedaço de pano usado para tentar acobertar as provas tinha sido negligentemente deixado à vista aos pés do sofá.

Ginny sufocou um sorriso, precisava manter a expressão séria e não dar liberdade aos pestinhas em sua frente para que voltassem ao frenesi que estavam poucos momentos atrás. Tinha finalmente conseguido colocar Albus para dormir e considerando o quão inconsistente estava o sono do caçula nos últimos dias tentaria ao máximo prolongar aquele momento.

— Então… — Começou com a voz moderada, agachando-se para ficar na altura do mais alto dos dois, alternando o olhar entre o rosto completamente culpado de Teddy e a diversão pura que transbordava de James. — Alguém quer me explicar por que tem marcas de mãozinhas por toda a parede?

Teddy alternou o peso de uma perna para outra e James segurou-se no irmão para não perder o equilíbrio, erguendo os olhos amendoados para as íris multicolor do mais velho, que inclinava a cabeça ligeiramente na direção do caçula e, em um sussurro, repetiu:

— Por que tem marcas de mãozinhas por toda a parede?

James abaixou os olhos para as mãos que agora erguia em frente ao rosto, soltando de Teddy e dando um passo para trás enquanto abria e fechava os dedos, estudando-os brevemente.

— Porque minhas mãozinhas são pequenininhas. — Respondeu em um sussurro de volta para Teddy, balançando as ditas mãos para provar seu ponto.

Ginny engoliu outra risada e a vontade de pegar o filho no colo e apertá-lo quando o metamorfo voltou a encará-la.

— Porque as mãozinhas dele são pequenininhas.

— Porque as mão… okay. O que.. como…?

— Eu perguntei a mesma coisa pra ele. Continuamente. — Teddy desabafou em um suspiro exausto, Ginny novamente precisou conter os sorrisos. — A culpa é minha… — Começou ele e, nesse momento, a ruiva não conseguiu conter o orgulho que transbordou para um leve repuxar de seus lábios.

— Mas suas mãos, apesar de pequenininhas, não são tão pequenininhas assim. — Argumentou, descendo o olhar para James que alargou ainda mais o sorriso.

— Olha a gente pintou o tapete também. — Apontou o mais novo e Ginny apenas agradeceu a Merlin pela existência de magia. Do contrário, não tinha ideia de como faria para tirar aquela mancha que, agora, era espalhada pelos pezinhos pequenininhos de James pela tapeçaria.

— Ok! — Decretou, ficando-se de pé imediatamente para puxar James para o colo e diminuir os danos do que ele fazia no momento. Teddy choramingou de onde estava e, pela singularidade de cores no tapete, a senhora Potter suspeitou que aquela arte pudesse de fato ser obra do jovem Lupin.

— Você me pediu pra tomar conta dele, mas daí ele não… e aí a ideia foi minha, mas acabou a tinta azul e eu fui buscar e eu fui rapidão, mas daí… — Era evidente que Teddy tentava assumir a responsabilidade pela bagunça e sofria em tentar deixar James, o evidente agente do caos naquela situação, de fora.

Ginny alargou o sorriso, bagunçando brevemente os cabelos do rapaz, que parou de falar com o ato.

— Por que a gente não leva as tintas lá pra fora e assim podemos pintar tudo que a gente quiser? — Sugeriu e, em resposta, James lhe deu algumas mechas esverdeadas entre os fios ruivos. Teddy permanecia com o olhar culpado no rosto, mas Ginny suavizou ainda mais seu sorriso. — Você fez um ótimo trabalho Ursinho, não tem ninguém no mundo que eu confiaria mais do que você para cuidar do James.

Um brilho orgulhoso se assentou no olhar de Teddy enquanto o rapazinho ajeitava a postura, tentando conter o sorriso e agir naturalmente àquele reconhecimento. Durou 3 segundos.

— Eu agradeço tia Ginny, mas…

— Não se preocupe, se acontecer novamente eu deixarei ele magicamente confinado em um minúsculo cubículo antes de sair. — Garantiu ao mais velho que suspirou audivelmente de alívio.

Ambos riram daquela piada, enquanto James começava a rir da bagunça que tinha feito nos cabelos da mãe em apenas 10 segundos, antes de deixarem as manchas da sala para trás em direção ao quintal.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Deixem um comentário se ainda estiverem por aí, ideias se tiverem alguma e até a próxima!



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