Photograph escrita por Anny Taisho


Capítulo 9
Jantar entre amigos


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, eu não esqueci de vocês não!! Eu só tive um dia cheio!! Esse é um capítulo muito especial, porque a fic passou de 100 comentários e não temos ainda nem dez capítulos!! Nossa, eu fiquei tão contente, isso me animou muito! Sem dizer que muitas leitoras novas apareceram, espero que continuem aqui conversando comigo!!

Esse capítulo é dedicada da leitora Pérola, porque além de ser uma leitora super constante aqui, ela fez o 100º comentário!!! Muito obrigada a cada uma de vocês!!

Kisskiss



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Sarada ficou um pouco sem reação quando chegou no trabalho e soube que agora era a estagiária do CEO da empresa. E havia diversos motivos para isso afinal ele era o homem que comandava a corporação inteira, então certamente havia muito mais responsabilidade ali, havia também o fato de que ele era seu pai biológico e que agora ia trabalhar todas as manhãs com ele.

De fato, agora ia aprender muito sobre quem era o Uchiha, mas estava se sentindo muito nervosa e teve que tomar um calmante natural. Não era bom para ela que tinha Lupus ter grandes arroubos sentimentais. A secretária pessoal dele era Karin Uzumaki, uma mulher ruiva que andava de cadeira de rodas.

Ela foi extremamente solícita e educada ao lhe mostrar o seu novo trabalho. Ela tinha um senso de humor interessante. Ela era formada em administração e seu trabalho era organizar a vida do chefe.

— Bem Sarada-san, eu já vou avisando que o trabalho aqui é muito maior do que onde estava alocada antes e as coisas aqui acontecem muito rápido. Sasuke-san gosta de que praticamente prevejamos o que ele precisa para já estar pronto quando ele precisar.

— Certo, eu vou fazer o melhor que puder.

— Se realmente quer ficar aqui, vai precisar fazer muito mais que o seu melhor. Ainda mais que ele está impressionado com o que aconteceu na semana passada, então acredite, ele tem expectativas muito altas a seu respeito.

Sarada engoliu seco e seu melhor meio sorriso indo para sua mesa. Estava quase vomitando do tanto que estava nervosa. Começou a trabalhar em seu computador quando ouviu os passos vindo de fora. Era ele, Karin começou a falar sobre os compromissos que havia para aquele dia e foi o seguindo para dentro da sala. Quando as portas se fecharam a jovem Sabaku vomitou no cestinho de lixo.

— Oh merda! – limpou os lábios, aquilo tinha saído muito fora de seu controle.

Dentro da sala, Karin foi falando a agenda e quando terminou ficou olhando um pouco para Sasuke. Eles tinham mudado muito ao longo dos anos, nunca diria anos atrás que eles trabalhariam juntos na presidência da corporação, mas eram no fim das contas uma dupla boa.

— Tente não colocar essa estagiária para correr, Sasuke.

— Tudo depende do desempenho dela.

— Ela só tem 18 anos, se lembra de nós aos 18 anos? Pois ela é definitivamente muito melhor do que erámos, mas não precisa ser tratada como um adulto formado e com responsabilidades.

— A gente era idiota, mas é na pressão que se forja caráter.

— E ela vai ter uma vida inteira para aprender, eu já passei algum trabalho para ser feito e o Naruto marcou o almoço para quarta feira.

— Certo. Você já conseguiu revisar o contrato que eu fiz com o jurídico?

No dia da tão importante reunião, Karin estava no hospital de Toquio fazendo exames com o mais respeitado neurologista da Asia. O acidente de moto havia deixado ela paraplégica, mas atualmente estavam tendo muitos estudos sobre recuperação de terminações nervosas e protótipos de neurônios artificiais. Ficou quase dois meses na lista de espera, não dava para desmarcar.

— Eu já comecei a revisar, não se preocupe, vai estar na sua mesa até o fim do dia. – ajeitou os óculos –

— E como foi sua consulta?

— Ele fez alguns exames de praxe, conversou comigo, explicou um pouco das novas pesquisas... Não é nada definitivo, na verdade é um tratamento experimental.

— Mas você poderia voltar a andar?

— Talvez, o dano na minha medula foi no final da lombar, então por isso eu me encaixo em um possível grupo de ‘teste’. O que a equipe dele tenta fazer é criar um novo caminho com uso de redes neurais artificiais  para os impulsos nervosos.

— Deveria tentar.

— É um procedimento experimental, depois eu teria que passar por uma fisioterapia pesada... Sinceramente não sei se vale a pena.

— Claro que vale, Karin.

A mulher ruiva sorriu e tirou os óculos limpando em sua camisa.

— Sabe Sasuke, já passou da hora de você seguir em frente... Eu estava naquela garupa por livre espontânea vontade. Foi a droga de um acidente que nos custou muito caro, mas passou.

— Eu vou cobrir os gastos, caso seja com isso que esteja preocupada.

— Absolutamente desnecessário, eu tenho 7% de participação nos lucros, lembra? Eu posso pagar minhas contas. Eu só não sei se vale tanto esforço e trabalho, eu vivo muito bem assim.

— É sua escolha, mas se precisar de algo, estarei a disposição. Agora vamos trabalhar que essa empresa não se administra sozinha.

Sarada tinha ido ao banheiro, se acalmado e voltado para fazer o trabalho. Começou a atender ligações, anotar recados, trabalhar em algumas planilhas de planejamento que Karin havia lhe passado. Ia aproveitar aquela oportunidade e podia aproveitar muito daquela experiência para usar na SUNA & CO no futuro.

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Depois de duas semanas trabalhando na presidência, Sarada podia dizer que estava cortando um dobrado para conseguir estar no mesmo ritmo que eles. Sasuke era muito exigente e perfeccionista, as coisas tinham que estar prontas para ontem. Mas ela era Sarada no Sabaku e não fazia nada que não fosse beirando a excelência.

Sasuke tinha mostrado a ela como ele havia criado o sistema inteligente que estava em todos os computadores da empresa em todas as filiais. E ficou realmente muito animada com aquilo, programação de alto nível estava atrás daquele sistema. Ele era tão bom naquilo que gostaria de ser uma programadora daquele nível algum dia.

— Karin, como estão os preparativos para minhas viagens as filiais no interior?

— Eu ainda estou cuidando disso, precisei cuidar daquele caso no jurídico sobre a acusação de assédio na filial de Nori.

— O planejamento das viagens pelas cinco principais filiais já está em seu email, Sasuke-san, desde o horário dos voos, horário das reuniões, o transporte que vai levá-lo, onde vai almoçar e jantar. E eu organizei tudo para que pudesse fazer isso no menor tempo possível que foi sete dias. – Sarada disse – Karin-san estava ocupada com outros problemas e eu achei melhor já cuidar disso.

Ele moveu a sobrancelha e abriu o email. Karin segurou um sorrisinho, não é que a garota estava aprendendo rápido como cair nos bons olhos do chefe? Tinha gostado dela, havia algo que a fazia simpatizar.

Sasuke foi olhando a planilha e lá estava tudo o que precisava. Horário dos voos, horário de chegada, translado até as filiais, horários das reuniões, translado de volta ao aeroporto, o horário de chegada de volta a cidade, o translado dele até onde seria o aniversário do Tio-avô Madara. Em anexo havia uma planilha com todos os gastos envolvidos para ser mandada para o financeiro já nos moldes adequados.

— Chegará a Tóquio por volta das 18 horas, o terno e o presente para ser levado estará em seu apartamento juntamente com seu carro que terá voltado da revisão semestral.

— Ótimo, bom trabalho.

— Obrigada. – disse sem conseguir esconder um pequeno sorriso de satisfação – Com licença.

E não precisou muito para se espalhar por toda a empresa o boato sobre a estagária nova que tinha caído nas graças do chefe. Todo mundo respeitava e de certo modo temia Sasuke, ele era um homem muito rígido. Sarada tinha que ouvir algumas piadinhas dos outros estagiários que estavam com certa inveja de seu destaque.

As secretárias da recepção logo tinham assunto sobre como a estagiária vivia cheia de olhares de admiração para o presidente. Nas duas últimas semanas tinha almoçado com Sasuke e Karin duas vezes. E com isso ela tinha descoberto três coisas: Sasuke não gostava de doces, amava tomates e tinha muito pouca paciência para as garotas que caiam para cima dele.

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Um dia estava em casa de noite assistindo filme para descansar um pouco a cabeça, a faculdade estava dez vezes mais fácil que o trabalho. Vestia roupas confortáveis e quentes enquanto comia pipoca. Chocho conversava com ela pelo celular tentando marcar para irem em um karaokê no final de semana.

Ouviu os sapatos de salto da mãe fazendo Tic Tic no chão do apartamento e a viu saindo do corredor com um vestido verde escuro de corte reto com um colar pesado dando brilho enquanto colocava os brincos.

— Nossa!! Como está bonita, mama!

— Mesmo? Eu só tive tempo de tomar um banho e trocar de roupa.

— Maravilhosa! Vai a algum encontro, é? – disse curiosa –

— Não seja boba, eu vou jantar com a Hinata. Lembra, aquela minha amiga da faculdade.

— Ahhh sim, lembro! Mas ir num encontro seria bom também.

Sarada não queria que a mãe ficasse o resto dos dias sozinha, ela ainda era jovem, bonita, bem sucedida. Ninguém seria bom o suficiente como o pai, mas sabia que ele também queria que ela fosse o mais feliz que pudesse.

— Eu acho que ainda não é hora... – se aproximou da filha e deu um beijo nela – Você parece cansada.

— E estou, mas nada que pipoca e filme não ajudem.

— Certo, não durma muito tarde e lembre de se organizar porque seus tios chegam semana que vem de Dubai e vamos ter uma reunião de família.

— Está devidamente anotado na agenda.

— Perfeito, baby dinossauro, eu sou tão orgulhosa de você! Eu estava arrancando os cabelos quando fazia faculdade.

— Você é orgulhosa de tudo o que eu faço...

— O que eu posso fazer se você é tão boa? Ate quando andava cambaleando e segurando nas paredes você já era maravilhosa.

— Você é muito babona!

— O que fazer? – riu – Eu volto logo, não dê nenhuma festa de arromba enquanto estou fora de casa, em mocinha!

— Se eu fizer vai estar tudo arrumadinho quando chegar, mama-chan. – falou rindo –

Sakura desceu do elevador e pegou o carro. Fazia muito tempo que não saia de casa para fazer algo que não fosse trabalho e estava se sentindo bem. Hinata era uma pessoa maravilhosa e estar com ela de novo era quase como voltar alguns anos no tempo.

Dirigiu tranquilamente até a casa dos Uzumaki e eles moravam num condomínio fechado muito aconchegante de Tóquio. Desceu do carro e deu uma olhada no celular para ver se não haviam emergências no hospital e estava tudo tranquilo. Tocou a campainha e logo Hinata veio atender com um sorriso.

— Desculpe o atraso, eu sai tarde do hospital.

— Sem problemas, entre! O Naruto já está lá na sala.

Deixou o casaco no armário e entregou o vinho que tinha comprado de presente. Na sala ampla com uma janela que cobria uma parede inteira estava Uzumaki Naruto sentado conversando com um homem de cabelo castanho amarrado em seu bom e velho rabo de cavalo.

— Shikamaru? Eu não sabia que ia vir também!

— O Naruto me chamou de última hora.

O casal Uzumaki olhou para os dois sem entender bem o que estava acontecendo.

— Vocês mantiveram contato?

— Somos concunhados, Temari é irmã do Gaara. – Sakura disse indo dar um abraço no moreno – Você presta acessoria jurídica para o Naruto?

— Para Uchiha Corp, na verdade.

A rosada respirou fundo, ouvir aquele nome lhe deu alguns calafrios.

— Que mundo pequeno! Eu não posso acreditar que vocês dois acabaram na mesma família.

O loiro se aproximou e deu um aperto de mão na rosada. Sakura era muito diferente do que se lembrava.

— A vida tem das suas surpresas.  Vocês têm uma casa linda!

— Obrigada! – Hinata sorriu e trouxe alguns aperitivos para eles conversarem um pouco – Bolt e Himawari estão jantando com meu pai hoje, eu queria apresenta-los direito a você.

— Deixe eles, não deve ser divertido ficar ouvindo histórias velhas quando se é jovem. Sara-chan ficou em casa vendo filme, a faculdade está deixando ela muito cansada.

— Shikadai comentou que a viu poucas vezes, Temari vai tentar fazer a cabeça dos dois quando chegar para voltarem com ela para Dubai.

— Eu imaginei que faria, mas eu dúvido que ela consiga. – riu.

Naruto e Hinata tinham visto a esposa de Shikamaru  somente uma vez, ele morava em Dubai com ela, mas prestava assistência jurídica internacional em empresas do Japão e por isso viajava várias vezes do ano para o país. Era estranho pensar que ele e Sakura estiveram em contato todo aquele tempo e eles nem sonharam com isso.

— E como vai o Bolt? – o Nara perguntou

— Ele é muito bom na faculdade, mas não larga nem a moto, nem o skate. Ele não sabe o que quer ainda.

— E quem sabe com a idade dele? – disse o moreno comendo um aperitivo.

— Mas eu não gosto dele andando de moto, o trânsito de Tóquio é muito caótico. Eu morro de medo de alguma coisa acontecer.

— A gente vai perdendo o poder sobre eles conforme os anos passam. Sara-chan praticamente tem sua própria vida, logo provavelmente vai sair de casa e eu nem quero imaginar isso.

Eles ficaram um bom tempo conversando até irem a mesa de jantar. Com o tempo o assunto voltou aos anos da faculdade onde eles se divertiram bastante. Naruto e Hinata eram excelentes companhias e formavam um casal tão bonito. Realmente foram feitos um para o outro. Nesse momento passou a mão pelas alianças num gesto involuntário.

— Você pretende voltar para Dubai? – Hinata acabou perguntando.

— Eu não sei, acho que por enquanto não, mas um dia minha filha vai se formar e se ela voltar para trabalhar com a Temari eu não vejo muito motivo para continuar aqui.

— Entendo, e seus pais? Como estão?

— Eles ainda vivem no mesmo lugar, eu tentei convence-los a morar comigo a anos, mas eles não arredam o pé de Konoha. Meu pai continua cuidando do pomar.

— E eles iam te visitar? Você disse que não voltou mais ao Japão quando mudou.

— Sim e no final era mais fácil levar os dois do que eu e o Gaara conseguirmos nos organizar simultaneamente para fazer uma viagem internacional assim. Eles ficaram muitas temporadas em nossa casa.

— Meu pai fica muito ranzinza quando os netos não vão visita-lo. Ele praticamente virou outra pessoa depois que se aposentou.

Eles mantiveram conversas tranquilas até o final da noite. Hinata cozinhava maravilhosamente bem, realmente tinha um dom. Respirou fundo quando estava entrando no carro após se despedir.

— Tudo bem, Sakura? – Shikamaru perguntou atrás dela –

— Tudo, é só que ver o Naruto e a Hinata me lembrou muito de como eu e o Gaara erámos bons juntos.

— Vocês realmente eram bons juntos, Temari sempre me dizia isso.

— Pena que acabou antes da hora. – sorriu dolorida e abriu a porta do carro – Nos encontramos na reunião de família?

— Claro. Vai ser ótimo... e problemático.

— Não seja tão chato, nós nos divertimos juntos.

— Tsk... – coçou a nuca – Mande um oi para Sarada.

— Eu não vou me esquecer.

Continua...


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