Questão de Sorte escrita por Hakiny


Capítulo 80
Família, Amigos e Sorrisos: Um Dia de Sorte




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/759767/chapter/80

Catherine, Ivan e Ryu chegaram em Otium. A bruxa estava tão empolgada em ver sua cidade natal que andava saltitante pelas ruas.

— Pai o senhor vai cozinhar o que pro jantar?

— Hoje isso não vai estar sob a minha jurisdição — Ivan dizia com empolgação.

— Olá! — Josh acenava da porta da casa de Catherine.

— Josh! — Catherine acenava de volta energicamente.

Ela correu em direção a porta e abraçou o caçador.

— Eu fui absolvida! — Catherine dava a boa notícia.

— O Ryu me ligou avisando — Josh dizia com um sorriso no rosto — Por isso nós estamos preparando um jantar especial para você.

— Nós? Quem mais tá aí? — Catherine entrou na casa.

Cinco adolescentes a encaravam com um pouco de confusão. O que foi igualmente retribuído pela garota.

— Ah… — A essa altura, Ivan conseguiu alcançar a garota — É uma longa história.

Em Shima, Yuki permanecia em um estado delicado. Embora ela já tivesse acordado algumas vezes, não foi capaz de estabelecer muito contato antes de perder a consciência novamente. Masumi estava fielmente ao lado da garota, usando tudo o que conhecia dentro da medicina mágica para mantê-la em boas condições.

— Boa noite Yuki — Masumi entrou no quarto, depois de se ausentar por alguns momentos — São pouco mais de oito da noite e eu trouxe alguns livros para ler até ficar com sono — No caso até que eu fique com sono, porque você não acorda nunca!

Sem resposta, o garoto apenas se sentou em uma poltrona posicionada ao lado da cama da caçadora.

— Todas as existências do cosmo são ligadas pelo arco da aliança. Sete cores, que representam as sete posições mais altas de poder que um ser vivo pode alcançar — Masumi parou por alguns segundos e encarou Yuki, não havendo qualquer reação continuou sua leitura — Assim como o arco íris sempre brilha depois da tempestade, os sete guerreiros mais poderosos brilharam como…

— Calado! — Yuki usou um travesseiro para cobrir o rosto.

— O que são os feitiços de cura mais poderosos e antigos da minha família, perto do livro de história do Clã Yang — Masumi abriu um sorriso orgulhoso — Sabia que você reagiria.

— Deixa eu ver se eu entendi — Yuki se sentou na cama — Você está me torturando ao ponto de me fazer sair do coma?

— Minha mãe diz que só dorme aquele que não tem assuntos importantes para fazer fora da cama — Masumi dizia com tranquilidade — E acredito que me fazer parar de ler "O Legado dos Sete" é o maior estímulo que eu poderia te dar.

A garota rapidamente trocou sua expressão de incredulidade por um sorriso de indignação.

— Como se sente? — Masumi pôs a mão na testa da garota para medir a temperatura.

— Cansada… Confusa… Com dor de cabeça — Yuki retirou a mão de Masumi da sua testa.

O monge a encarou por alguns segundos até o momento em que a caçadora ficou incomodada.

— O que foi? — Ela perguntou em um tom de afronta.

— Eu senti sua falta… — Masumi tinha um sorriso em seu rosto, mas um sorriso triste — Eu tive medo de nunca mais te ver… De saber da sua partida sem poder me despedir.

Yuki tocou a mão do rapaz e sorriu para ele de forma terna.

— Obrigada por esperar por mim… obrigada por me salvar — Ela apertou a mão de Masumi com um pouco de força e o encarou — Havia poucas coisas das quais eu me lembrava, você era uma delas.

Os dois ficaram se olhando por alguns segundos até que Masumi se incomodou com um detalhe estranho… Yuki cheirava a bruxa.

— Acho que ainda tem algum químico no seu corpo — O bruxo analisava a caçadora com atenção — O cheiro de bruxa está forte e…

— Não, todos os resíduos químicos foram eliminados através da sua magia, que diga-se de passagem é de alto nível — Yuki respondeu com um tom completamente diferente do que Masumi estava habituado — A mudança na expressão da energia desse corpo é totalmente mágica.

— Quem é você? — Masumi franziu o cenho e se portou de modo intimidador.

— Núbia Lundala — No momento em que Yuki respondeu, sua aparência se mudou completamente. Agora ela tinha pele negra, dreads acinzentados, olhos claros e aparentava algo em torno de 35 anos — Acho que é mais confortável que eu não tenha a aparência da Yuki enquanto assumo esse corpo.

— O que… — Masumi levantou-se bruscamente, deixando até mesmo que seus livros caíssem no chão.

— Núbia! — Yuki voltou a sua aparência normal — Deixa eu explicar tudo primeiro.

— Eu realmente preciso de explicações… — Masumi estava perplexo.

— Bom… — A garota respirou fundo — A Núbia salvou minha vida. Nos conhecemos de uma forma não muito agradável, enquanto ela era meu tesouro celestial. Quando eu estava sendo perseguida pelo Blanc e os outros caçadores eu fui espancada até quase morrer…

Ao ouvir aquelas palavras, Masumi franziu o cenho.

— A Núbia me ajudou a fugir através de um feitiço de teletransporte, mas o custo da magia foi basicamente ela usar meu corpo como receptáculo para a alma dela ao invés do arco — Yuki explicava — Inclusive, isso fez com que os soldados em poupassem e me usassem como experiência…

— Você está me dizendo que tem duas almas ocupando o mesmo corpo? — Masumi estava um pouco incrédulo.

— Basicamente.

— Qual a sensação? 

— Eu sinto muito sono e quando a Núbia assumi eu meio que sinto como se estivesse ouvindo e assistindo a tudo, mas sem interferir… — Yuki coçava o queixo — Sabe a sensação de dormir, mas ainda assim ouvir o que está acontecendo ao redor? É mais ou menos isso e para assumir de novo eu preciso abrir os olhos.

— Deve ser estranho para alguém tão racista como você se acostumar com essa condição — Masumi se sentou mais uma vez e recostou na cadeira — Dividir o corpo com uma bruxa deve ser bem complicado.

— Ei! — Yuki se sentia injustiçada — Eu sou uma pessoa melhor agora, sabe? E se eu fosse tão ruim assim já teria acabado com a sua raça! — Yuki arremessou um travesseiro nele.

Masumi se defendeu.

— Mas agora falando sério… — O bruxo estava sério mais uma vez — Preciso pesquisar maneiras de reverter isso.

— Não precisa ter pressa — Yuki deu de ombros — Não é uma situação tão ruim assim.

— Senhor Koyama — Um servo da mansão Yamamoto se aproximou — Tem uma pessoa esperando pelo senhor lá fora.

— Bom… — Masumi deu um suspiro — Vou resolver essas pendências, descanse um pouco, ok?

Yuki balançou a cabeça em afirmação e então o bruxo saiu do quarto.

Ryan esperava em uma área bem ornamentada da mansão, estava um pouco pensativo enquanto observava as carpas que deixavam ainda mais belo o lago natural da propriedade.

— A que devo sua visita amigo caçador não muito provido da arte da dedução — Masumi já havia entrado no ambiente com uma dose exagerada de provocação.

— A Yuki… Eu… — Ryan estava desestabilizado — Você tinha razão! E eu preciso da sua ajuda para derrubar o Blanc.

— Eu costumo ouvir isso no mínimo uma vez por dia — Masumi sorriu presunçoso.

— Eu encontrei o meu comunicador e lá havia uma mensagem da Yuki…

— Então você recebeu a minha mensagem? — Yuki se aproximou dos dois rapazes.

No momento em que Ryan ouviu a voz da caçadora, sentiu seu coração parar. Ele a encarou com atenção e até se aproximou para ter certeza de que não era uma alucinação,

— C-como? — O caçador estava em choque.

Sem dar a Ryan, nenhuma resposta, Yuki o acertou no rosto com um soco que o fez cair no chão. Muito provavelmente não havia sido pela força da duelista, mas pelo fato de que estava sendo agredido por um fantasma.

— Isso é por você não ter me defendido — Yuki tinha uma expressão intimidadora — Isso aqui doeu sabe? — Ela apontou para a ferida enfaixada em seu estômago — Isso sem falar da queda absurda daquele penhasco. Quando eu caí na água, senti como se todos os meus osso estivessem quebrados.

Ryan tinha os olhos arregalados, e a mente confusa, mas naquele momento ele se lembrou de coisas que não pareciam fazer sentido.

— O monstro? — Ryan sussurrou.

— Foi o que seu general super confiável fez comigo — Yuki dizia quase que com um rosnado — Você não faz ideia do quanto foi horrível…

A fala de Yuki foi interrompida por um abraço apertado de seu ex companheiro de batalha.

— Ei… — Yuki estava tímida e desconfortável.

— Eu achei que você tinha morrido… — Ryan estava chorando incontrolavelmente enquanto apertava ainda mais forte a sua velha amiga em seus braços — Eu achei que você tinha morrido por minha causa.

 — Calma… — Yuki deu alguns tapinhas nas costas de Ryan — Eu estou bem, ok?

Ryan chorou mais alto e descontrolado. Yuki encarou Masumi, como quem estivesse pedindo ajuda, mas Masumi apenas deu de ombros. No fim, a garota sorriu e também o abraçou, estava feliz de não ter errado ao confiar nele.

Em Otium, Ivan ajudava Josh a arrumar a mesa, enquanto os cinco garotos se revezam em funções para arrumar a cozinha.

— Cat… — Ryu tocava os ombros da garota — Não tem porque você ficar assim… Vamos sair do quarto e participar do jantar, tudo bem?

— Diz que eu não devo ficar assim porque não é com você — Catherine inflou as bochechas e se enterrou ainda mais no próprio tronco — Eu saí por um mês e meu pai adotou cinco adolescentes para por no meu lugar — Cat aumentou o tom de voz — EU SOU FACILMENTE TROCADA POR QUALQUER UM QUE BATA NA PORTA!

— Catherine eu te amo — Ivan gritava do outro lado da porta, de forma que o som ficava abafado para os que estavam no quarto — Você sempre vai ser o bebê da casa.

— Ele diz isso agora… — Catherine sussurra com Ryu — Quando eu voltar pro santuário ele vai queimar minhas coisas e fazer o quarto para os novos filhos dele.

— A Catherine não gosta da gente? — Jessica, que não aparentava ter mais do que 12 anos, parecia bastante insegura.

— Não é nada com vocês, nesse momento ela não gosta muito de mim — Ivan dizia pacientemente — Logo logo ela se acostuma com a ideia.

— Se não der para gente ficar, a gente vai embora! — Daniel, o mais velho do grupo com pouco mais de 15 anos se manifestou com certa hostilidade.

— Vão para onde? — Ivan organizava os talheres — Viver fugindo  e sendo caçados por bruxas de todos os tipos ou voltar para o Minus e continuarem sendo usados como coisas?

— Eu não gosto de ficar onde não sou bem vindo! — Daniel rebateu.

— Mas você é bem vindo aqui — Ivan sorriu — E pode me chamar de pai se quiser! Aqui vocês vão ter comida farta, camas confortáveis e vão ser uma família. Não vão mais ser instrumentos de batalha, vão ser meus filhos. Minhas crianças que vão poder crescer em um ambiente seguro e no futuro decidir qual vida querem seguir.

— Eu gosto disso… — Jessica sorriu com euforia e insegurança.

— Eu não vou te chamar de pai! — Daniel cruzou os braços e fez bico. Mas no fundo ele também estava feliz com a ideia. No Minus eles tinha que comer o que era oferecido, dormir em celas desconfortáveis e treinar até a exaustão. Os que não alcançaram as metas sumiram misteriosamente.

— E como a Catherine vai gostar da gente? — Yasmin, uma garota que não passava dos 14 anos se aproximou de Ivan.

— Com chantagem emocional — Ivan respirou fundo e começou a falar em um tom muito alto — AH! POBRE DE MIM QUE FUI ABANDONADO PELA MINHA FILHA E QUANDO TENTEI DE ALGUMA MANEIRA FUGIR DA DOR DE MORRER SOZINHO FUI JULGADO TÃO CRUELMENTE.

— O senhor está sendo injusto comigo! — Catherine abriu a porta de forma hostil.

— Não sei com quem aprendeu esses conceitos de justiça — Ivan encarou Catherine — É justo que eu largue essas crianças para morrer de fome na rua ou serem caçados por bruxas e caçadores de todos os sete reinos?

— E-eu não disse isso — A bruxa gaguejava.

— Me desculpem crianças — Ivan se virou para os híbridos — A minha casa de dois andares e três quartos sobrando não é o suficiente para abrigar vocês. Vão, vão para a rua — Ivan dizia enquanto dava pequenos empurrões nos adolescentes que seguiam em fila em direção a porta da rua.

— Não! — Catherine cercou a frente dos garotos — Ivan Gibran! Você é uma pessoa terrível!

O soar da campainha, deu fim naquela discussão. Kai, Lya e Hendrick haviam chegado com bastante bebida.

A casa estava movimentada e as pessoas haviam se dividido em pequenos grupos. Ivan conversa com Hendrick, Lya e Kai com Ryu e enquanto isso Josh se portava como um irmão mais velho aos cinco híbridos. Catherine estava em um canto da sala, conversando com alguém no que parecia ser um celular. Foi nesse momento, que um buraco negro se abriu no meio da sala e emergiu dois homens. Todos se posicionaram em posição de batalha, mas Catherine se pôs a frente do grupo  com uma expressão de desespero.

— CALMA PESSOAL — A bruxa colocava os braços à frente do corpo — Eles são meus convidados.

Não havia um único ser vivo naquela sala que não cultivasse um misto de medo e incredulidade.

— Cat… — Ryu sussurrou para garota enquanto mantinha um sorriso simpático em seu rosto — Não acho que tenha sido a sua melhor ideia convidar o lorde das trevas para um jantar em uma casa que fica há poucos quilômetros da sede do Statera.

— Eu realmente não acho que tenha sido uma boa ideia me convidar — Trevor se mostrava extremamente arrogante.

— Tenha o mínimo de educação — Marcus o repreendeu.

— Como poderia? Estou na casa de um maldito caçador e dividindo um cômodo com sete híbridos — Trevor tinha expressão de nojo em seu rosto — Esse provavelmente é o mais perto do inferno que eu já cheguei.

— Não seja tão mal — Catherine franziu a sobrancelha — Essa é a minha família.

— Exatamente — Ivan tinha um sorriso orgulho — F-A-M-Í-L-I-A.

— Não abusa, pai! — Catherine o olhou feio.

— Além do mais — Catherine voltou sua atenção mais uma vez para Trevor — É minha forma de agradecer pelo apoio que vocês me deram em um momento difícil. Vocês são meus amigos.

— Por favor, fiquem a vontade, só tenho a agradecer pelo apoio que deram a minha filha — Ivan se posicionou ao lado de Catherine — A minha casa é bem simples mas eu espero que seja o suficiente para recebê-los.

— É de fato um casebre — Trevor retirou suas luvas e se sentou à mesa — Todavia, eu sou um homem de alma simples.

— Me desculpem por isso — Marcus se curvou educadamente.

Catherine sorriu, como quem dizia que não se importava com aquilo.

E de fato não se importava, Trevor tinha o jeitão dele, mas ele era muito solitário. E ela acreditava de verdade que ele estava feliz por estar ali.

Na mesa de jantar, todos comiam e bebiam. Catherine se distraía com tudo, mas volta e meia sentia ciúmes de como seu pai se preocupava com os caçulas. Ela olhava feio para eles o que era fortemente retribuído por Daniel. Trevor nem notou quando estava fazendo piadas do Minus com Kai e Sebastian e elogiando a comida feita especialmente por híbridos. Lya já se sentia confortável para dar broncas nos híbridos que falavam de boca cheia. Josh e Anabel tentavam consolar Marie e Joane da dor de não poder comer o ensopado que cheirava tão bem. Marcos falava sobre suas magias de cura e da sua vida antes de morar na floresta negra de Ferrum e era ouvido com atenção por Hendrick. Eveline questiona para Ivan os defeitos de personalidade de Ryu com tanto vigor quanto se nega a deixá-lo com a desculpa de que ele não se cuidaria bem sozinho.

— Eu fico feliz que você tenha encontrado um novo portador — Ivan dizia com nostalgia — Eu sou velho cansado, quero uma vida tranquila. Você é vivaz merece estar com alguém que acompanhe seu ritmo. Você não merece  mais 15 anos guardada em um arsenal.

— Quem disse que eu aceitei aquele bastardo como meu portador — Eveline estava ofendida.

Na sacada, Ryu e Catherine aproveitavam um momento a sós depois de tudo o que havia acontecido. Era a primeira vez, desde que declararam seu sentimentos, em que eles podiam passar algum tempo junto a sós. Catherine estava especialmente eufórica, enquanto Ryu, inesperadamente nervoso.

— Você deveria aproveitar a oportunidade para pedir a permissão do meu pai — Catherine dizia com tranquilidade — Ele está se sentindo culpado por causa dos meus novos irmãos.

Ryu sorriu, pois Catherine já se referia aos híbridos como irmãos, embora ela fosse extremamente territorialista como um felino, ainda se acostumava fácil como novas coisas.

— Acho que o seu pai já desconfia — Ryu respondeu um pouco sem graça.

— Mesmo assim, você precisa fazer as coisas direito! — A bruxa franziu a testa — Peça formalmente a minha mão.

Ryu coçou a cabeça ainda sem jeito.

— Não me diga que você está nervosinho… — Catherine se aproximou de Ryu com um sorriso sapeca no rosto.

Ryu a encarou com uma expressão incrédula, mas logo em seguida a substituiu por uma expressão maliciosa. Ele puxou Catherine pela cintura e deixou o rosto dela bem perto do dele.

— Talvez eu devesse pedir a sua mão em casamento de uma vez — Ryu sussurrou para a garota — Assim não teríamos mais nenhum impedimento.

— I-impedimento para que? — Catherine estava vermelha e assustada.

Foi então que a porta que separava a sacada dos demais cômodos foi aberta de forma repentina por um chute. Ivan saltou para a sacada com uma espada em punho apontada para a direção de Ryu.

— O que você está tramando para minha filha? — O caçador, geralmente gentil, usou um tom grave e sua imensa estatura para intimidar.

Ryu soltou Catherine e estendeu as mãos a frente do corpo. Sua expressão era do mais profundo terror e ele estava pronto para se ajoelhar no chão e pedir perdão, quando Ivan começou a rir.

— Bem que vocês disseram que seria engraçado — Ivan gritou.

De dentro da casa, Kai e Trevor mal conseguiam manter o equilíbrio devido a crise de risos e o efeito do álcool.

Ivan também estava bêbado. No fim todos estavam bêbados.

Ryu não tinha palavras para descrever o quanto ele odiava aquela nova amizade dos dois bruxos. Mas não poderia perder aquela oportunidade. 

— Ivan, eu gostaria de pedir a mão da Catherine em namoro! — Ryu soltou.

O velho caçador se virou para Ryu e estendeu sua mão e fez um “ok” enquanto piscava para o garoto. Em seguida voltou para companhia dos seus companheiros de copo.

— Isso conta como um pedido, certo? — Ryu se voltou para Catherine, depois daquela experiência estranha.

A bruxa acenou positivamente com um sorriso no rosto.

Aquela havia sido a noite mais incrível que Catherine havia tido em toda a sua vida. Ela foi se recolher por volta das duas da manhã, o que poderia ser considerado cedo visto que a festa parecia estar longe de acabar.

A bruxa tomou um banho, vestiu um pijama confortável e se deitou.

Na cama, olhando para o teto do quarto, ela sorriu. Ela estava feliz. Não havia naquela situação nada do que ela havia sonhado há um mês atrás, mas tudo estava estranhamente perfeito. Ela estava feliz e se sentia a bruxa mais sortuda do universo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Questão de Sorte" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.