Gashina escrita por Bárbara Cleawater Black


Capítulo 2
Mentes tão Bem


Notas iniciais do capítulo

Musica tema: https://www.youtube.com/watch?v=63h909Hvg2g



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/759514/chapter/2

 

Quando Leah soube que Sam e Emily estavam esperando um filho foi como uma pequena facada em seu frio coração, talvez tenha sido um soco ou um murro, a mesma não sabia explicar o que era, apenas sabia que aquela dor estava se fazendo presente como se fosse um anuncio de que ela ainda tinha sentimentos pelo- bastardo- do seu ex que a trocara por sua prima.

Quem sabe fosse algo lhe avisando que ela estava era com inveja de Emily por ela ter algo que a mesma não poderia ter... Um filho. Uma criança. Nove meses e inúmeras noites sem dormir. Talvez fosse aquilo que ela estava sentindo. Inveja e não dor.

Ah, se aqueles tolos lobos estivessem com seus olhos voltados para- Megera- Leah teriam visto um fantasma do que ela um dia foi mais assim que todos os olhos se voltaram para ela, a jovem loba já se encontrava com um pequeno sorriso sarcástico em seus lábios carmesim, com um pequeno brilho perverso em seus olhos verdes e todos ali sabiam que aquele sorriso e o brilho dos olhos da jovem loba queria dizer.

—Felicidades para o casal 20 —Leah diz com um pequeno sorriso doce, falsamente doce em seus lábios que passa despercebido por todos, menos por um dos lobos. —Espero que suas noites sejam infernais. —Ela diz com uma pequena risada travessa que atravessa todos como um canto de um pássaro mais também como uma sentença de morte declarada pela Megera Loba que naquele momento estava se levantando com seus olhos verdes maliciosos e seu sorriso falsamente doce em seus lábios.

Seus olhos verdes vagam por entre os lobos e suas companheiras, era como estar na frente de uma armada que estava pronta para lhe atirar na cabeça e Leah sabia muito bem disso, ela causava isso nas pessoas. Ela era a Megera que fazia da vida dos outros um inferno, ela era o pior pesadelo de todos ali e também era a droga.

Ela era uma droga que muitos estavam tentados a experimentar, se deliciar mais todos sabiam que essa droga era forte e viciante. Ela acabava com você, lhe fazia se sentir bem e mal ao mesmo tempo e isso era algo que atraia as pessoas.

 Homens queriam lhe tocar a pele que lhes lembravam um doce de caramelo, as mulheres queriam ser ela, todos a queriam de alguma forma, mais a jovem loba não era de ninguém, ela era dela.

Seu corpo era dela, ela sabia como usar e tirar proveito.

Ela sabia o poder que tinha em mãos, ela era a paz e a destruição e naquele momento enquanto olhava para os lobos e suas companheiras com um sorriso nos lábios carmesim, ela era a destruição de todos, ela era o pesadelo deles e o mais profundo ódio deles porque ela era indomável, um ser que ninguém conseguia domar e por isso era como um inferno conviver com ela.

A jovem loba apenas se vira como se estivesse indo embora, ergue a mão como se estivesse dando tchau e se caminha até a porta, seus passos pareciam pesados como se estivessem destruído tudo que estava no seu caminho como um furacão que passa sem ser anunciado, seus quadris balançam de um lado para o outro como se estivesse seduzindo e tomando tudo que se encontra ao seu redor, mas a jovem loba apenas queria era atravessar aquela porta de madeira e ir para longe.

 Para longe de todos e de tudo.

—Leah, pare ai mesmo! —A voz grave e forte de seu Alpha lhe fez parar antes mesmo dela conseguir colocar a mão na maçaneta da porta de madeira, todo seu corpo paralisou como se correntes deslizassem por seus pés e se fundissem ao chão a mantendo cativa pela voz do seu Alpha.

—O que? —Ela pergunta com a mão erguida tentando tocar a maçaneta da porta de madeira, ela desejava que o comando Alpha não surgisse efeito em cima dela naquele momento.

Que ela pudesse ser livre como os pequenos pássaros que se encontram do lado de fora, mais a jovem loba estava presa a todos eles. Especialmente presa há ele. Ao seu Alpha que com seu comando a fez parar antes dela conseguir fugir de todos aqueles sorrisos de felicidades e palavras doces sussurradas para a jovem mãe que se encontrava sentada no sofá.

—Você ficar! —Ele diz aquilo como uma sentença, como algo já decidido entre os dois.

 Mais para Leah era algo como uma sentença de morte, como se estivesse declarando guerra a sua Beta que naquele momento se encontrava mordendo por dentro de sua boca a gengiva para não ter que gritar algo.

Ela então só pode sorrir e logo em seguida se virar para que todos pudessem ver seu sorriso, um sorriso que não chegava aos seus olhos verdes. Ela não sorria mais com os olhos, apenas com seus lábios carmesim como se estivesse apenas ensaiando uma cena a ser encenada.

—Eu fico! —Ela diz com uma doce tão doce que chega a parecer falso e era.

Leah sabia como ser falsa com todos mais não com ele.

—Você fica. —Ele diz com sua voz dura, seus lábios carnudos em um meio sorriso por saber que sua Beta por dentro estava borbulhando e planejando maneiras de fugir dali.

Ele sabia que não usasse seu tom de voz de Alpha, a jovem loba sairia por aquela porta e faria um inferno na vida de alguma pobre alma que lhe passasse na sua frente e somente por isso o jovem Alpha usou o tom máximo em cima da jovem loba.

—Eu fico. —Ela diz com um pequeno rosnando como se estivesse concordando com a sentença e fazendo com que todos ali respirassem já que sem perceberem prendiam o ar como se esperasse o ladrão sair de casa para poderem respirar.

—Leah.... —Uma voz feminina sussurrou fazendo com que os olhos tempestuosos verdes da jovem loba se voltasse para a jovem mãe que se encontrava sentada no sofá com a mão na barriga ainda não evidente.

—Sim... —A jovem loba diz com um sorriso nos lábios.

Era apenas atuar, faça uma linda apresentação e depois caia fora, Leah pensou enquanto sorria para a sua-ex- melhor amiga e prima, era apenas fazer seu papel de megera e pronto.

Fim, acabou o espetáculo e ela poderia ir embora.

—Quero que você seja a madrinha do bebê... —Emily diz com um pequeno sorriso nos lábios e na face de Leah há apenas olhos arregalados e uma boca aberta.

Ela não sabia o que fazer, como agir depois dessa. Tudo que ela conseguia fazer era apenas piscar os olhos que se encontravam tão tempestuosos que todos ali puderam ver a fúria de uma onda deslizando pelas orbitas dos olhos da jovem loba.

—Não. —Leah grita enquanto olha para Emily com fúria e ódio.

A uma fúria deslizando pelos poros de Leah que faz com que todos deem passos para trás esperando com que a megera faça seu show, mais tudo que conseguia ver era uma mulher.

Uma mulher que fora machucada e se encontrava pronta para machucar alguém, uma jovem moça que teve tudo lhe arrancado a força e sem ninguém para lhe dar a mão, uma mulher que com a dor se casou.

Leah apenas suspira e fecha os olhos tentando conter os espasmos que deslizam por seu corpo como mãos maliciosas esperando a hora para poder explodir em sua forma loba. Ela sabia que precisava se acalmar e entrar naquele personagem ao qual ela estava tão acostumada e por isso que assim que abriu os olhos em seus olhos se podia ver tudo tão escuro como a noite sem estrelas e em seus lábios o sorriso.

Aquele sorriso que deixava claro que o show estava sendo executado por ela e era ela quem comandava, suas passadas eram acompanhadas por todos com receio e medo de que a jovem loba poderia fazer com a jovem mãe que se encontrava com um pequeno sorriso nos lábios.

—Eu nunca serei a madrinha de um filho de alguém que me apunhalou pelas costas enquanto eu sofria. —Leah diz com toda a fúria que se encontra em seu ser e com os olhos furiosos faz com que Emily se encolha no sofá quase se juntando ao tecido que o revestia porque aquele olhar era o mesmo olhar que Emily vira nos olhos de sua prima quando os encontrou.

—Leah... —Emily tenta dizer algo mais a mão de Leah no ar a faz se encolher ainda mais como se temesse levar um tapa no rosto mais a jovem loba rapidamente leva a mão a altura dos olhos e fica a olhar suas unhas que se encontravam em pedaços.

—Eu nunca quero algo que me ligue a você, você sabia muito bem o que eu estava passando mais não ligou. Você foi cruel e desumana no momento em que me encontrava frágil demais e nesse momento eu estou sendo cruel e desumana no seu momento de fraqueza, porque a partir de agora tudo que me liga a você está caindo por terra. —Leah diz com os olhos em cólera, ah algo naquele olhar que não passa despercebido por seu Alpha, ele conseguia ver a dor camuflada ali.

Escondida por debaixo de toda aquela amargura e também a saudade.

—Eu, eu ... —Emily começou a dizer mais sua voz foi cortada por um olhar frio e doloroso de sua prima que apenas se levanta do sofá e se encaminha em direção a porta como se nada tivesse acontecido.

Ela era assim, sua força era a amargura.

Leah tinha que ser amarga como o diabo e doce como o mel quando necessário, ela sabia a dor do amor e das promessas falsas que deslizam pelos lábios de algum homem, mais quando Sam e Emily anunciaram que estavam para ter um bebê era como se estivessem jogando na sua cara que ela nunca poderá ter filhos e isso era pior que uma facada.

Assim que a jovem loba chegou a porta esperou com que seu alpha lhe dize-se algo com seu tom Alpha mais o jovem Alpha apenas ficou ali olhando sua beta caminhar em direção à porta com seu passo firme como se nada tivesse a abalando, ele a deixou ir.

—Oh, vejam quem temos aqui. —Leah diz assim que abre a porta, seus olhos verdes escurecidos e dolorosos não passam despercebidos pelos seres pálidos que ali se encontram.

—Leah. —Edward diz com um pequeno sorriso nos lábios como se estivesse encontrando uma velha amiga que a muito não a ver e a jovem loba apenas rola os olhos como se estivesse frustrada com seu mais novo amigo.

—Vieram dar os parabéns para o mais novo casal da reserva? —A jovem loba diz enquanto encosta o quadril na porta e fica com os braços cruzados na frente dos seios e com um sorriso de sarcasmo nos lábios. —Talvez ele faça companhia a Mostrinha Ness. —Leah com um sorriso doce e verdadeiro mais ao mesmo tempo quebrado.

—Sim, talvez ele faça companhia a um pequeno lobo. — Carlisle diz enquanto passa ao lado da jovem loba a fazendo rir.

—Fiquem a vontade, terei que me retirar porque tenho coisa melhor do que comemorar algo como isso. —Leah diz com sua melhor voz de megera e sai pela porta deixando para trás vampiros e lobos que apenas a olham sair.

Mentes tão bem, Leah pensa enquanto dá uma pequena risada que desliza pelo ar como um pequeno redemoinho que vai perdendo a força até que apenas sobre um pequeno soluço que escapa de seus lábios.

Porque Leah queria poder comemorar um nascimento. Nascimento esse de um filho dela, a qual ela nunca poderá ter.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!