Harry e Gina: a vida após as batalhas escrita por Ravena Witch


Capítulo 15
Um lindo acontecimento


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Era como se estivesse oco. Harry sentia cada veia de seu corpo pulsando e cada pulso de seu cérebro, sentia o coração batendo na caixa torácica com uma velocidade impressionante. Ao abrir os olhos, deparou-se com uma luz muito forte e muito branca, estava cegando-o. “O que está acontecendo?”, perguntou-se. Um toque em sua mão o fez perceber que não estava sozinho.

— Harry? – uma voz muito distante se fez ouvir. – Enfermeira, ele acordou. – disse a voz.

— Um momento senhorita. – outra voz se aproximou. – Senhor Potter? – chamou ela.

— Sim. – ele mal pode ouvir a própria voz.

— O Senhor está bem agora. Sou Judith, sua enfermeira. – “Enfermeira?”, ele pensou, “Como assim enfermeira?” – O Senhor sofreu um acidente no trabalho e está no St. Mungus, mas fique tranquilo, está tudo bem. – disse ela enquanto parecia examiná-lo – Aos poucos vai voltar ao normal.

Ela pareceu se afastar, e Harry fechou os olhos, afinal, não conseguia enxergar muita coisa, outro toque substituiu o da enfermeira, e agora o reconheceu.

— Gina? – disse ele baixinho.

— Sim amor. – respondeu ela – Estou aqui! Não se esforce está bem. Descanse! Quando acordar eu estarei aqui.

Harry apertou os dedos de Gina nos seus, ao passo que se sentia culpado, pois novamente estava no St. Mungus, novamente em uma posição delicada e ela estava ali a seu lado. Ele estava feliz, pois havia encontrado mais que uma noiva, mas uma companheira.

Quando finalmente acordou e recobrou a consciência Gina estava com a cabeça descansando em sua cama, ainda segurava suas mãos e ressonava.

— Gina? – chamou Harry. A garota prontamente levantou a cabeça e o olhou.

— Que bom que finalmente acordou. – disse ela se levantando e depositando um pequeno beijo nos lábios do noivo. – Você nos deu um baita susto.

— Me desculpe. – disse ele.

— Não tem que se desculpar. – disse ela – Mas preferiria se não fizesse isso novamente.

— Eu vou tentar. – disse ele sorrindo fracamente.

— Rony contou o que aconteceu. – disse Gina – Será que ainda surgirão muitos seguidores de Voldemort?

— Não sei Gina. – disse ele sério – Mas acho que ainda existem alguns por aí.

— Mas um dia eles acabarão.

— Sim. Eles acabarão. – disse ele – Gina, você está diferente. Quer me falar alguma coisa?

Gina estava realmente ansiosa, precisava conversar com Harry e não sabia qual seria a ração.

— Sim. – disse ela – Na verdade preciso conversar com você.

— E o que é Gina? – Harry estava começando a ficar nervoso.

— É sobre o nosso casamento.

— Como assim Gina? – Harry se preocupou. “Será que ela mudou de ideia e não quer mais se casar comigo?”

— Nós havíamos combinado que iríamos esperar uns dois anos pra que a gente se casasse mas, Harry, eu não sei se quero esperar tanto tempo assim.

— Como assim Gina? – Harry ficou confuso.

— Você tem um trabalho tão difícil e perigoso. Eu – ela hesitou – tenho medo que você acabe por me deixar e que nós não tenhamos tempo de viver nossa vida juntos.

— Gina! – disse ele – Me desculpe, eu...

— Não Harry. – ela o interrompeu – Você não tem que me pedir desculpas, é a sua carreira e é quem você é! Eu não quero que mude. Eu te amo assim! Mas, gostaria que nossa vida juntos começasse o quanto antes. Claro, se você quiser.

— Gina, é claro que eu quero! – ele fez um carinho nos cabelos da noiva. – Podemos nos casar amanhã se quiser.

— Estava pensando que podíamos nos casar depois do campeonato.

— Mas aí não estará começando o campeonato inglês.

— Sim! – disse ela – mas pretendo competir no campeonato inglês como sua esposa. – ela sorriu e ele também – Teremos dois meses de um campeonato ao outro e teremos cerca de quinze dias para descansar.

— É o suficiente para uma lua de mel. – disse ele.

— Com certeza sim. – ela concordou.

— Seus pais vão nos matar! – disse ele sorrindo.

— São tantas coisas para organizar. – disse Gina – Mas tenho certeza que minha madrinha e minha dama de honra vão me ajudar, e minhas cunhadas também.

— Madrinha e dama de honra? – ele disse – Você já escolheu então?

— Claro que sim. – disse Gina – Do mesmo modo que seu padrinho será o Rony, e eu tenho certeza de que não poderia ser de outra forma – ela o olhou e ele assentiu – Minha madrinha só poderia ser Hermione, e minha dama de honra é...

— Luna! – disse Harry por ela, interrompendo-a.

— Exatamente. – disse a garota se curvando e dando um selinho nele.

— Faz tempo que não converso com ela. – disse Harry – Estou com saudades.

— Luna está ótima! – disse ela com um sorriso – Ela está apaixonada.

— O que? – disse Harry, espantado.

— Sim. Você sabe que ela está estudando?

— Sim. – disse ele – Ela estuda Magizoologia não é?

— Sim! Acontece que ela conheceu um pesquisador tão doidinho quanto ela e acabou se apaixonando.

— Que máximo – disse ele. – Ela merece ser feliz.

—Não vai acreditar em quem é ele. – disse Gina – Rolf Scamander.

— Scamander? – disse surpreso – Ele é algo de Newt Scamander? – ele reconheceu o nome dos livros de Hogwarts.

— Sim! – disse ela – Neto ou bisneto. Algo assim!

— Espero que eles sejam tão felizes quanto nós somos.

— Eles serão meu amor. Eles com certeza serão.

— Eu estava pensando na lista de convidados... – disse Harry.

— Sim?

— Temos, definitivamente que chamar a Cho Chang. – disse ele zombeteiro, enquanto a ruiva franzia a testa.

— Harry Potter! O Eleito! O menino que sobreviveu! – disse ela chegando o rosto bem próximo ao dele – Você pode ter sobrevivido ao Voldemort.

— 6 vezes! – disse ele interrompendo-a, mas ela colocou o dedo nos lábios dele e disse.

— Mas você não vai sobreviver a mim se por acaso aquela garota aparecer no nosso casamento. Estamos entendidos?

— Sim senhora! – disse ele sorrindo enquanto a namorava lhe depositava um doce e leve beijo nos lábios.

O jardim d’A Toca estava como a primavera. Várias flores, de vários tipos e várias cores enfeitavam um círculo de bancos. Os poucos convidados já estavam acomodados. A cerimonia íntima contava com a presença das pessoas mais próximas dos noivos, ninguém a mais, ninguém a menos.

Hagrid e Madame Maxime, que era sua acompanhante – estavam sentados em duas gigantescas cadeiras ao fim da fila; Tia Muriel, no primeiro banco resmungava o quanto as noivas que se atrasavam demais eram mal educadas; O Ministro da magia, com sua imponente presença, se encontrava conversando com Andrômeda Tonks, que estava de mãos dadas com seu neto Ted Lupin; os professores Minerva McGonagall, Horácio Slughorn, Pomona Sprout e Filio Flitiwik conversavam com o chefe do departamento de aurores, e chefe de Harry; a treinadora do time do Harpias de Hollyhead, juntamente com toda a equipe de Quadribol também estavam presentes, sendo galanteadas pelos inúmeros primos Weasley solteiros que estavam presentes; Neville Longbottom, acompanhado de Ana Abbott, conversavam com Xenofílio Lovegood e Rolf Scamander, enquanto Fleur e Gui, que carregavam a pequena Victorie – tão loura quanto a mãe e mais parecendo uma princesa em miniatura - nos braços, conversavam com Percy e a esposa, que, ha pouco haviam anunciado, para a felicidade da família, que esperavam sua segunda filha – Lucy, que nasceria no próximo ano e faria companhia a Fred II, filho de Angelina e Jorge, que estavam a um canto, em uma bolha só deles, repleta de felicidade com seu bebê recém nascido. Duda Dursley estava sentado um pouco tenso, se sentindo meio perdido, e conversava com a namorada e os Granger, que, acostumados com aquele mundo fizeram questão de ajuda-lo a se enturmar, a namorada de Duda, que a pouco havia sido apresentada a Harry, era uma bela moça, que havia entendido perfeitamente e aceitado com tranquilidade a realidade do primo do namorado.

— Rony. – disse Harry – Ela está demorando demais.

— Calma, Harry. – disse Rony dando batidinhas no ombro do amigo - noivas demoram sempre.

— Vou te falar isso quando for a sua vez. – disse sorrindo nervosamente ao amigo que estava ao seu lado, no lugar de padrinho. Só Harry sabia que Rony pedira a mão de Hermione em casamento, e que a amiga tinha aceitado.

— Viu? – disse Rony apontando para fora do círculo – Mamãe já está vindo. Ela não vai demorar muito agora.

Molly se aproximou das cadeiras, cumprimentando a todos de forma genérica enquanto se aproximava do altar e dizia aos músicos que começassem a tocar. Quando os acordes da suave canção começaram e Harry viu Gina surgir ao longe ficou mais tranquilo, mas ao mesmo tempo, seu coração bateu ainda mais forte.

Conforme a noiva passava pelos convidados todos podiam concordar em uma coisa: ela estava completamente maravilhosa. A barra do vestido de Gina era do mais puro branco mas, até a cintura o vestido tinha vários bordados dourados, que contrastavam o cabelo ruivo da moça de maneira magnifica, fazendo-a quase reluzir. A noiva sabia que as tradições trouxas eram de noivas casarem-se de branco e contou com a ajuda de sua madrinha pra escolher o vestido perfeito que fizesse a transição entre o mundo trouxa e bruxo. A madrinha e a dama de honra por sua vez utilizavam vestidos longos e fluidos, de um dourado suave, que as faziam quase flutuar.

Enquanto o juiz proclamava mensagens de amor e lealdade os noivos se olhavam e o amor entre eles transparecia. Cada convidado ali presente não poderia duvidar da cumplicidade entre eles. Quando eles trocaram as alianças douradas que foram dos Potter – de acordo com o costume dos trouxas – e a fênix voou sobre eles, selando o compromisso que estavam assumindo – de acordo com o costume bruxo, sabiam que seria para sempre.

— Eu lhes apresento. – disse o juiz – O Sr. e a Sra. Potter. - Todos aplaudiram ao novo casal enquanto os noivos, emocionados, se beijavam pela primeira vez como marido e mulher.

Os pais e irmãos da noiva estavam emocionados, a sua filha mais nova estava se casando. E a família só fazia aumentar.

— Agora só falta o Carlinhos e o Roniquinho. – disse Jorge.

— Não posso falar por Carlinhos – disse Rony – Quanto a mim, serei solteiro por pouquíssimo tempo, meu caro. – disse Rony abraçando Hermione e fazendo-a corar.

— Como assim? – disse Arthur.

— Seu filho pediu a mão de nossa Hermione ontem. – disse o pai da garota enquanto ela levantava a mão e mostrava um anel delicado, com uma linda pedra azul no centro – E nós ficamos muito contentes em conceder a ele essa honra. – todos sorriram felicitando os futuros noivos.

— E quando será o casamento? – perguntou Molly, animada em casar seu filho.

— Daqui a seis meses- respondeu Hermione – Creio que dá tempo de organizar tudo.

— Clarro que sim – disse Fleur – Nós todas ajudarremos – ela disse se voltando a todas as mulheres da família Weasley - e serrá perfeito, como todos os casamentos desta família.

— Exatamente – disse Gina.

— Eu tenho muito que agradecer a essa vida. – disse Molly – Por ter me dado noras tão maravilhosas e um genro igualmente maravilhoso.

— Agora. – disse Arthur – Tivemos sete filhos, e temos apenas três netos. Esperamos que isso mude logo.

— Serão quatro daqui a pouco. – disse Percy sorrindo para a esposa.

— Mas queremos muitos mais. – disse Molly, ao que todos sorriram.

A família Weasley era numerosa, e continuaria crescendo, ao mesmo passo que crescia o amor que os unia.


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Notas finais do capítulo

É isso!
Comentem, favoritem, conversem comigo se se sentirem a vontade.
Um beijo.



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