September Song escrita por wizardry


Capítulo 7
You have to learn forget about it




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/758469/chapter/7

Graças a minha grande inteligência, cheguei a Hogwarts basicamente desacordada. Estava tão pálida que a Professora McGonnagall considerou enviar uma carta para minha mãe, no entanto Roxanne invadiu a enfermaria naquele mesmo momento alarmando a diretora que alguém havia estreado o ano soltando bombas de bosta nos banheiros do primeiro andar.

“Santo Dumbledore!” Exclamou enquanto se aproximava de mim. “Eu sinto muito, Rosinha! Que distraída eu fui!”

Naquele situação em que eu me encontrava, meu único desejo era matar Roxanne de um modo lento e torturante. Por outro lado, meu estômago agradecia imensamente por poder finalmente parar de vomitar.

“Eu nunca mais vou te pedir nada minha vida!” Choraminguei enquanto colocava o antidoto em baixo da língua para que o efeito fosse mais rápido. “Nunca, nunca, nunca...”

“Ai, Rosinha! Que exagero, minha linda!”

Talvez eu realmente estivesse exagerando, mas eu certamente nunca mais colocaria um artigo da Weasley & Weasley na minha boca. Bem que mamãe havia dito que não era seguro me arriscar nessas coisas... Na verdade, eu nem mesmo entendia como ela ainda deixava papai trabalhar com tio Jorge.

Respirei fundo e puxei a garrafa de isotônico que a pobre enfermeira trouxe com urgência para repor tudo que havia perdido com toda aquela bagunça. Ao menos o sabor do isotônico não era tão ruim.

“Santa Rosa dos Weasleys!” Roxanne enlouqueceu, batendo desesperadamente em minha perna. “Meu moreno está vindo.”

“Roxy!” Gritei, lembrando-a de que o saco de pancadas estava vivo.

“Você deveria dizer para eu agir naturalmente!” Protestou.

“Como se algum dia na vida você fosse fazer isso perto do Jordan.”

De repente, Jordan surgiu com um sorriso torto no rosto e hesitou em se aproximar.

“Ah, eu volto depois...”  Ele disse, dando uma meia-volta.

Pobre Jordan, se tinha uma coisa que ele jamais conseguiria fazer era fugir das más intenções de Roxanne Weasley. Uma coisa que aquela garota tinha era o poder de sempre conseguir o que queria, mesmo que isso demorasse um tanto... No caso dele, já faziam dois anos, três ex-namorados e pelo menos dez amassos com garotos diferentes.

“Que isso, Jord!” Sorriu. “Não vou atrapalhar vocês.”

“É assunto de monitor.”

Como eu disse, ela nunca desistiria e sendo assim, se ajeitou na cadeira ao meu lado para prestar atenção em todos os detalhes. “Prossiga.”

“Ah, certo.” Respirou fundo, colocando as mãos no bolso. “Então, nós temos oito novos alunos e...”

“Ah, que gracinha!” Roxy exclamou, totalmente animada. “Primeiranistas são tão fofos!”

“... um estrangeiro.” Completou.

“Espera, um pouco...” Novamente minha prima se intrometia.

“Será que você pode deixar o Jordan terminar, Roxy?” Resmunguei, me afundando no travesseiro.

Minha prima não ficou nada feliz com o pedido, mas relaxou na cadeira, demonstrando que iria permanecer quieta até que ele pudesse terminar de falar tudo que precisava e com isso, ela até recebeu um sorriso contente dele.

“Bom, o intercambista foi selecionado para ficar na nossa casa.” Prosseguiu. “O nome dele é Rurik Krum e veio da bulgária.”

“Krum?” Por esse eu não esperava. “E qual...?”

“Ano?” O bom de Jordan era que ele sempre sabia o que falar. “Ele é do último ano, então tá ai nosso problema.”

“James e Fred?”

“Exatamente.” Suspirou. “Sabe como seus primos conseguem corromper todo mundo ali... Provavelmente a única pessoa que poderia fazer companhia para ele sem influencia-lo é o Finnigan.”

De repente, Roxanne começou a gargalhar de modo constrangedor e nós sentimos que estávamos deixando algo passar que não sabíamos.

“Desculpe.” Disse quase sem ar. “Vocês disseram Finnigan? Gente, eu peguei o Finn Jr. no ano passado... Vocês só podem estar brincando que ele seria uma boa companhia.”

“Ele tem boas notas.” Jordan justificou.

“E desde quando notas justificam o comportamento?”

“O que é que você sabe que não sabemos?”

Do mesmo modo que começou aquele escândalo, minha querida prima parou e se levantou da cadeira ajeitando os cabelos castanhos volumosos.

“Vocês vão descobrir em breve.” Ela sorriu com malicia. “Ei, Jord, qual a senha?”

“Cerveja amanteigada diet.” Ele respondeu com uma careta.

“Tio Botton não sabe criar senhas e inventa umas bobeiras...”

E assim, Roxy saiu balançando a cabeça e segurando a risada. Pelo visto, nós demoraríamos a descobrir o que não sabíamos sobre Seamus Finnigan Jr.

“Essa é a última coisa que eu tinha para falar.” Jordan suspirou. “Eu preciso voltar já que vou ter que guiar os primeiranistas para o salão comunal.”

Eu apenas sorri e deixei que ele fosse embora. No fundo, eu me sentia mal por deixar que ele fizesse tudo sozinho no primeiro dia, mas infelizmente a enfermeira não me deixaria sair tão cedo. Provavelmente eu passaria a noite em observação, tomando isotônico e bem longe da cama superconfortável do dormitório.

E assim, no silêncio da noite, eu me peguei pensando em Scorpius outra vez. Meu coração tolo ainda acreditava que o havíamos tido havia sido real. Os beijos, os segredos, os medos... Ele era um ótimo ator. Palmas, senhoras e senhores, para o quebrador de corações oficial de Hogwarts.

Se ele realmente me amasse, ele não estaria na enfermaria checando se eu estava bem? Eu precisava esquece-lo, mas como esquecer alguém que brincou com meus sentimentos de maneira tão egoísta?

“Espero que seja feliz com essa vaca.” Murmurei ressentida, imaginando a troca de beijos que ele teria com ela pelos corredores escuros. A ânsia até mesmo retornava apenas de imaginar. “Vocês dois se merecem.”

Eu iria encontrar uma maneira. Scorpius Malfoy não passava de uma canção chiclete que grudava na mente... E para esquecer, eu só precisava encontrar outra. Não podia ser difícil. As garotas Weasley tinham uma grande habilidade com garotos. Dominique disputava com James quem conseguia pegar mais durante o ano. Roxanne quando não estava aprontando, estava atacando garotos bonitos no armário de vassouras. Lily Luna, apesar de ter apenas treze anos, encantava uma grande quantidade de garotos e deixava Hugo possesso.

Se elas conseguiam, eu também conseguiria.

“Já está dando trabalho, Weasley?” Meu sangue ferveu ao ouvir aquela voz. Como ele ousava entrar na enfermaria quando eu estava planejando minha superação?

“O que diabos você está fazendo aqui?”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "September Song" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.