Faces do Amor escrita por San Costa


Capítulo 13
Eternamente Jovem




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Lynnda

 

Eu despertei quando uma leve brisa cálida tocou meu rosto, um cheiro doce de flores do campo pairava por todo o quarto revelando a chegada da primavera, as cortinas de seda branca flutuavam ao sabor da brisa vespertina dando a impressão de que nosso quarto estava acima das nuvens.

Um impulso me tomou... E eu me levantei e atravessei silenciosamente o quarto chegando até a imensa janela de correr que dava para a sacada da mansão. O clima estava ameno e sol recém desperto fulgurava belo e gigantesco, eram raros os dias de sol em Forks e quando eles surgiam meu coração se tornava mais leve... As árvores balançavam suavemente ao sabor do vento liberando no ar um chiado leve que acalmava meus pensamentos... Eu poderia ficar ali, ouvindo as árvores por toda a eternidade.

 

Eternidade... Esta palavra me assombrava pelos últimos dias....

 

Meus olhos alcançaram o imensurável azul do céu, o azul intransponível e eterno... E toda esta imensidão me deixou ainda mais aflita e indecisa. Ever estava chateado... Por alguns motivos: a recém luta contra os Imortais e os Volturi, a morte de dois amigos e a minha recusa insistente em aceitar passar a eternidade ao seu lado...

Ever não compreendia os meus medos e julgo que isso era minha culpa uma vez que eu jamais lhe dissera realmente como me sinto com relação a todas as coisas. Mas era algo que eu não conseguia expressar deliberadamente, eu o amava mas viver para sempre não parecia ser algo natural para mim.

Seres humanos não foram criados para serem eternos. Este mundo repleto de vampiros, lobisomens e imortais me parecia, por vezes, um pesadelo louco do qual eu não conseguia despertar de jeito nenhum... eu lembrava de toda a minha vida antes desta confusão e tais lembranças me parecem tão distante quando penso nela.

 

Minha mãe me deu o nome de Lynnda em homenagem a minha avó que viera para os EUA fugindo da pobreza da Irlanda... Lynnda Mclister... Eu gostava do meu nome. Nasci na cidade de St. Louis no grande e lindo estado do Missouri há 17 anos... Sempre vivi e cresci no lado norte da cidade próximo ao gigantesco Shaw's Garden, o Jardim Botânico de Sr. Louis que é de longe um dos mais importantes dos EUA. Minha casa ficava ás margens do brilhante e caudaloso Rio Missouri e eu sempre corria lá para ver meu irmão soltar seus barcos de papel na correnteza veloz do rio... o bairro em que eu morava chamava-se Mistic River e não era um bairro rico, entretanto, era considerado o mais tranqüilo da cidade.

As ruas eram largas e vazias, as casas coloridas eram dotadas de jardins frondosos e verdejantes cujos gramados sempre estavam aparados e podados... o riso das crianças enchia as ruas e tudo era luminoso e belo.

Eu estudei durante toda a minha breve vida numa escola no mesmo bairro, tinha minhas amigas, minha família e meus sonhos e metas... mas uma terrível tragédia se abateu sobre meu lar e eu e Damen tivemos de partir para nunca mais voltar...

 

O resto é doloroso demais para ficar lembrando diante de um dia tão lindo...

 

Subitamente, senti Ever passando seus braços pela minha cintura e beijar meu pescoço...

- Todo o meu reino por seus pensamentos... – ele disse baixinho.

- Você só precisa me perguntar... – respondi.

- Ainda está chateada, não é? Com o modo que eu agi...

- Não estou chateada, apenas fiquei ligeiramente... angustiada.

- Me perdoe, eu às vezes ajo como um tolo e me esqueço que dois milênios deveriam ter me deixado um pouco mais... cuidadoso com as palavras que uso ou da intensidade dos meus sentimentos para com você.

- Não é sua culpa... eu queria poder lhe dar tudo o que você deseja.

- Lynnda – ele disse me olhando com aquele par de olhos azuis faiscantes – A única coisa que quero é você.

- Eu sei... – respondi num sussurro enquanto inspirava o cheiro doce da primavera.

- Mas aceitarei se você não desejar passar a eternidade ao meu lado. – disse Ever baixinho.

Eu me desprendi dele e voltei para a cama me sentando sobre os lençóis alvos de cetim, Ever me olhava e eu fiz sinal para que ele viesse se sentar comigo, ele veio e se colocou à minha frente com as pernas cruzadas, sua camiseta branca apenas realçava o azul surpreendente de seus olhos azuis.

- Sabe, eu me pergunto se você sempre teve estes olhos azuis ou se eles são resultado de sua imortalidade e de seus poderes estranho... estes olhos são tão... etéreos... – eu disse suspirando, o azul dos olhos de Ever tinha uma beleza impar no mundo, eram luminosos e quase vítreos com uma resplandecência que beirava o exagero; um azul miosótis e ao mesmo tempo pálido que sustentava uma antiguidade escandalosa e profunda... era impossível não ficar sem palavras diante do olhar de Ever.

- Eles sempre foram azuis – ele respondeu – Mas talvez variem de cor dependendo do meu estado de espírito... eu não sei ao certo, nunca havia prestado atenção a isso.

- Meus olhos mudarão de tom se eu me tornar uma imortal completa?

- Sim... se você se tornar uma imortal, definitivamente.

- Isso o está torturando, não é? A minha indecisão... – eu falei sem olhar para ele.

- Eu apenas não consigo compreender... achei que não desejasse a morte...

- Por que pensa assim? - eu perguntei estranhando este pensamento de Ever.

- Quando você quase morreu, naquela vez... durante a luta contra o Imortais de Bartolomeu, seus olhos estavam assustados e você não desejava a morte... seus pensamentos estavam arredios e você tinha medo de morrer.

- Eu tinha medo de morrer daquela maneira, Ever... – eu disse sem conseguir pronunciar aquele acontecimento horrendo – Mas a morte em si não me assusta... eu considero uma parte da vida.

- Mas a eternidade lhe permite viver sem jamais esperar que a morte bata em sua porta, Lynnda – ele disse erguendo meu rosto para ele – Viver sem temer doenças ou mortes violentas... nós não sofremos como os vampiros que são mortos-vivos, somos humanos que não envelhecem e só.

- Você enjoaria de mim com o tempo... – eu disse simplesmente, revelando meu pior temor.

- Como pode dizer um absurdo desses? - Ever exclamou surpreso e chocado.

- Você enjoou de Brigit...

- Foi diferente, Lynnda, eu e Brigit não éramos almas gêmeas... eu me apaixonei por ela pelos motivos errados e foi isso, mas nosso caso é diferente...

- Em quê? - eu perguntei aflita – O que levou você, um imortal de mais de dois mil anos de idade se interessar por uma garota sem graça como eu?

- Pelos céus, Lynnda... você acordou hoje para falar absurdos – Ever disse espantado – Há milhares de razões para eu te amar, mas além de tudo, nós simplesmente não mandamos em nosso coração... você surgiu na minha frente e eu me apaixonei por você à primeira vista e tudo o que faço desde então é tentar faze-la feliz. Eu a amo por amar... amo porque você me faz bem e porque meu coração é seu...

- Eu me sinto uma tola perto de você – eu disse fazendo manha.

- Nós todos somos tolos, Lynnda... todos os seres que amam são tolos... os amantes num geral são tolos... mas é a tolice mais adorável e maravilhosa que existe neste mundo briguento, você acha que eu não temo que você enjoe de mim com o passar dos séculos? Mas é algo que eu estou disposto a enfrentar porque prefiro mil vezes ser amado por você durante alguns anos do que jamais ter tido essa chance.

- Não é apenas o seu amor que me apreende, Ever... é um conjunto de coisas.

- Me diga o que é, Lynnda, o que lhe incomoda.... – quis saber ele me olhando preocupado.

- Eu me tornaria uma imortal por você... meu amor, mas não sei se quero ser uma imortal para mim mesma...

- Como assim? - perguntou Ever sem compreender.

- O que me torna humana é a minha capacidade de morrer, Ever. Os seres humanos foram criados para passar apenas um breve período neste mundo e depois rumar para o infinito, minha alma é imortal e muitas vezes considero um erro permitir que meu corpo também se torne eterno.

- Então, você consideraria um peso viver para sempre?

- Querido – eu disse colhendo o rosto dele entre minhas mãos – Não é a eternidade ao seu lado que me pesaria, mas sim a eternidade sobre este mundo, veja Ever... veja tudo o que há de ruim neste mundo... você tem mais de dois mil anos de idade, é um ser milenar e sua memória se estende a dias antigos... agora me diga, meu amor, você viu mais coisas boas ou coisas ruins realizadas pela humanidade? Parece-me, muitas vezes, que não há razão na existência humana a não ser a destruição... é nossa natureza destruir... e por que eu iria querer viver para sempre apenas para ver o homem destruir este mundo tão lindo?

- Você está generalizando, Lynnda. Nem tudo o que os humanos fazem é voltado para destruir, eu sei que muitas vezes você fica entristecida com tudo o que vê nos telejornais e sei que acontece porque você é extremamente sensível a tudo. Mas há bondade nos homens, meu amor, há esperança e eu fico triste de saber que alguém tão jovem como você ignora isso.

- Perdoe-me por não ser madura o suficiente – eu reclamei com um tom de impaciência.

- Eu não quis dizer isso, Lynnda – disse Ever rapidamente quando eu fiz menção de me levantar.

- Eu sei que não... mas você disse assim mesmo.

 

Eu me levantei da cama e fui para o banheiro tomar banho, eu não estava propriamente chateada com Ever mas queria que ele pensasse que sim; muitas vezes me questiono se minha sanidade mental está realmente funcionando bem. Eu o amo, mas namorar um homem com mais de dois mil anos de idade tem lá as suas complicações. Ás vezes, Ever age como se eu fosse uma criança boba que precisa de educação e direcionamento... eu sei que ele acha graça nisso tudo, mas eu, particularmente, não gosto disso.

A água do banho caiu sobre meu corpo com força, relaxando meus músculos e clareando meus pensamentos... talvez eu tivesse exagerado em fazer cena, não queria parecer uma garota mimada. E percebi, com uma pontada de desgosto próprio, que era sempre eu quem cortava as nossas conversas que terminavam sem uma resposta para nossas perguntas, isso era uma falta grave e eu não queria que Ever ficasse chateado...

Quando saí do banho, ele já não estava mais no quarto... sobre a cama arrumada de forma imaculada descansava uma única rosa cujo tom vermelho aveludado contrastava fortemente com a brancura dos lençóis... sob a rosa um único bilhete, escrito numa caligrafia elegante e corrida...

 

“Sinto muito....”

 

 

*************************************************************************

 

Ever

 

Penso ser indefinível... a imortalidade, não há como simplesmente categoriza-la ou caracteriza-la de alguma forma, a imortalidade é algo lento e estático onde tudo à sua volta passa de uma forma rápida e estonteante. A vida dos humanos parece um mero suspiro diante de meus olhos, são como crianças desajeitadas que rumam sem direção até o destino fatídico que as aguarda de forma inexorável; a morte me é estranha porque jamais a encontrei de forma plena e definitiva.

Sou, talvez, um dos seres mais velhos que caminham sobre este mundo e já vi várias guerras, conflitos, desgraças e tristezas que acompanham a humanidade desde que estou vivo; ainda assim me recuso a crer, como crê Lynnda, de que a destruição é a natureza do homem. Ela ainda é jovem demais e isso é a pedra angular de nossos atritos recentes, a impetuosidade de seus pensamentos sempre esbarra na lentidão milenar dos meus... não é culpa dela e nem minha, o conflito de gerações é inevitável e, de alguma forma, está me deixando deveras impaciente.

 

Algo estranho estar apaixonado... jamais imaginei que seria pego de forma tão irremediável por este sentimento. Obviamente eu já amei antes, mas não de um jeito tão avassalador com que amo Lynnda... é muito mais forte e muito mais intenso do que eu senti por Brigit. E muito... muito mais perigoso. Quem diria! Eu... um cavaleiro, um guerreiro, um diplomata... eu que já fora tantas coisas e que assumi tantos cargos em dois milênios de vida... eu que já lutei em guerras, já cumprimentei reis e presidentes... eu que já conheci o mundo todo... eu, um imortal... derrotado por uma garota linda de apenas 17 anos de idade...

 

O destino é realmente... irônico.

 

Eu nasci há mais ou menos 2.612 anos atrás, obviamente, as datas vão sendo uma dificuldade de ordem numérica quando muito distantes, mas, cronologicamente, eu acompanho minha idade graças aos fatos históricos que a cercam. Nasci no ano 600 a.C. na região da Gália que hoje é conhecida como França, eu pertencia a uma tribo gaulesa e era o filho primogênito de um líder poderoso chamado Vercingetórix... ao nascer, meu pai me dera o nome de Everocourcix. Eu cresci em meio a batalhas e guerras tribais e sobre o julgo de Roma e do imperador Júlio César que fora o responsável pela morte dos rebeldes, meu pai morreu em campo de batalha quando eu contava com 14 anos de idade... eu o vira ser assassinado sobre a pesada espada de um General Romano. Crescer em meio a um cenário tao devastador e tendo que cuidar de uma irmã mais nova não foi uma tarefa muito fácil e eu tive que amadurecer mais cedo para poder manter Marcya em segurança.

Eu jurei a mim mesmo que viveria o suficiente para ver o vasto Império de Roma ruir e se desfazer em pó.

Órfão e desprovido de casa e de povo, fui adotado por um velho ancião celta que também era escravo de Roma e juntos vivemos durante anos até que ao completar 27 anos de idade, meu bom pai adotivo ficou sabendo de minha promessa insana e de meu ódio a Julio César e seu império escravocrata e mentiroso; o velho acabou me contando sobre uma forma de adquirir a vida eterna e munido desta informação preciosa, fui de encontro ao meu destino carregando junto a minha irmã para enfim, nos tornarmos imortais...

 

Há mais de dois mil anos atrás... mas estas lembranças antigas fugiram de minha mente enquanto eu desci as escadas antes de Lynnda sair do banho...

 

Cheguei ao andar térreo cruzando rapidamente a sala de estar, Leah e Johan namoravam no sofá e eu nem quis atrapalha-los. Os jardins luminosos me receberam com alegria, o sol fulguroso reinava e nuvens em forma de algodão singravam sorridentes o anil do céu; havia flores espalhadas por todos os lados saudando a chegada sorrateira da primavera e o perfume que desprendiam no ar era capaz de inebriar os sentidos tal qual o mais doce néctar dos deuses...

Este estado luminoso parecia capaz de afugentar a sombra que pairava sobre mim e sobre a dúvida de Lynnda, uma dúvida que se mostrou muito mais profunda do que eu jamais imaginara, antes eu pensava que ela temia a imortalidade por antever um possível abandono de meu amor... mas não... o medo de Lynnda é muito mais enraizado e pesado e eu terei de tomar cuidado para não magoá-la ou pressiona-la demais.

Então, subitamente, um brilho fulgurou por entre as árvores e o cheiro doce de vampiro me atingiu em cheio, um cheiro de flores de cerejeiras... e Alec surgiu caminhando vagarosamente para mim, seus pensamentos angustiados com o pedido descabido que Damen fez... de tão distraído só se deu conta de mim quando quase se chocou contra meu corpo...

- Ora, perdoe-me Ever... eu não o vi – ele disse com seu sotaque italiano.

- Um vampiro distraído, nunca vi isso – eu respondi rindo.

- Bem... algumas vezes acontece – ele respondeu taciturno.

- Eu entendo, parece que a preocupação nos ronda ultimamente, não é mesmo?

- Sim... parece. Mas o que o está afligindo? Você não está com uma cara muito boa... numa manhã tão linda.... hum – disse Alec depois de um segundo – Acho que Lynnda... não é mesmo?

- Sim, a fonte de todas as minhas preocupações – eu disse num suspiro – Ela está em dúvida quanto à vida eterna.

- É natural com os humanos, principalmente com uma garota inteligente como Lynnda, o cérebro dela é impressionante, mas eu estranho esta indecisão tanto quanto você... os imortais têm muitas vantagens que os vampiros não tem afinal, vocês continuam humanos apesar de não poderem morrer.

- A dúvida dela é mais complicada, ela parece não apreciar a idéia de continuar neste mundo por muito tempo, ao que parece, a imortalidade pesaria para ela com o passar dos tempos e ela considera que se tornará infeliz.

- Isso lá é verdade. A imortalidade tende a tornar-se um fardo para nós... Pergunto-me como você, com mais de dois milênios de vida ainda não enlouqueceu; raros são os humanos que realmente considerariam de bom grado viver para sempre.

- Isso não foi problema para Bella. – eu disse contrapondo.

- Ah – estalou Alec – Mas Edward e Bella são um caso especial... eles nasceram realmente um para o outro, lembro de quando os conheci pela primeira vez ha muito tempo quando Edward foi até Aro pedindo para morrer achando que Bella se suicidara. Fiquei surpreso, apesar de não demonstrar, quando Bella surgiu para impedi-lo de morrer... os dois juntos são como uma força única, algo raro... e impressionante.

- Eu sei, acho isso também... e compreendo o que você quis dizer... que Bella enfrentaria qualquer coisa e qualquer tristeza para ficar ao lado de Edward e é isso que me magoa... acho que Lynnda não tem a mesma disposição e seu amor por mim é limitado ao medo do futuro.

- Infelizmente... talvez a imortalidade não caia bem para Lynnda.

- Sim, eu temo isso.

-  Não se preocupe... – disse Alec dando um tapinha em meu ombro – Tudo sempre termina bem, de um jeito ou de outro.

- Palavras interessantes vindas de uma antiga arma de destruição em massa.

- Golpe baixo... – Alec riu – Talvez sua irmã dê uma luz para ela... as duas combinaram de ir até Forks hoje à tarde.

- Marcya e Lynnda... para quê? - eu perguntei estranhando mas Alec deu de ombros, despreocupado.

- Vai saber... – disse ele – Assunto de mulher eu acho... e mesmo você, um leitor de mentes, jamais vai compreender o que se passa na cabeça de uma mulher... sendo imortal ou não, o pensamento delas sempre será um enigma para nós.

 

E ele se afastou em direção à mansão cantarolando uma canção em italiano, eu não pude deixar de sorrir achando graça de Alec, ele que fora arauto de Aro Volturi e um dos mais poderosos entre sua guarda agora não passava de um bobo amante. Era impressionante o que o amor é capaz de fazer com as pessoas, sendo vampiro, imortal ou lobo... este sentimento te transforma de uma forma incrível e faz com que você mude completamente tanto por dentro quanto por fora...

 

Sem dúvida alguma o amor era a arma mais letal que existia no mundo...

 

Mas este sentimento tão avassalador, poderia, enfim, ser imortal?

 


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