Operação Spemily escrita por Leonardo Alexandre


Capítulo 19
Capítulo 19 - Pré


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores...
Desculpa a demora de hoje, eu teria pouco tempo pra revisar esse capítulo de dia, então resolvi trazê-lo a noite, mas quando cheguei em casa tava com muito sono. Tirei um cochilo pra revisão não ficar meio merda. Se tiver algum erro mesmo assim, peço desculpas. No mais, espero que curtam esse capítulo feito com carinho pra vcs.
Enfim, boa leitura...



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Aria batia as unhas em ritmo constante na mesa enquanto esperava sua última aula do dia acabar quando finalmente o sinal soou por toda a escola, permitindo-a levantar quase em um pulo para caminhar a passos bem rápidos até a sala de literatura, onde o professor estava terminando de arrumar suas coisas dentro da pasta para ir embora.

Respirando fundo, deu duas batidas fracas na porta entreaberta para chamar atenção, antes de passar por ela e fechá-la de vez.

Ezra sentia um ódio fervilhante em seu peito, porém não era por ela, e sim por Hanna. Então, vestindo uma máscara de namorado arrependido, agiu como se nada soubesse.

— Oi, meu amor. — Disse forjando um sorriso culpado ao observar a adolescente se aproximar devagar. — Ouça. Eu queria pedir desculpa pelo meu comportamento paranoico da noite passada. A escola vem me deixando estressado também, sempre é assim em épocas de provas e trabalhos. Eu fico sobrecarregado com tanta coisa pra corrigir, meu humor vai ladeira a baixo. Acho que acabei descontando em você sem querer.

— Ezra, precisamos conversar. — Porém Aria o ignorou, concentrando-se em manter-se olhando-o nos olhos.

— Sobre o que? — Ezra também deixou sua expressão séria.

— Eu sei que você notou que eu ando distante e, tinha razão, tá longe se ser por causa da faculdade. — Começou o discurso que ensaiara em sua mente desde o caminho de volta para casa, depois da noite na boate. — Não posso mais te enganar. Isso... Nós... Não está mais dando certo.

— O que quer dizer com isso? — Perguntou aturdido.

— Estou dizendo, Ezra, que não sou mais quem eu era no início do nosso namoro. — Murmurou baixo, sentindo-se péssima por quebrar o coração de alguém que a amava. — E a garota que sou agora não quer você.

— Está terminando comigo? — Ezra ria de nervoso, tentando se controlar.

— Estou. Me desculpa, mas não daria certo nem se eu tentasse continuar. Espero que entenda e que ainda possamos ser amigos. — Aria se forçou a sorrir e chegou mais perto do, agora, ex-namorado e lhe acariciou de leve os cabelos curtos e sem graça.

— Vou precisar de um tempo pra isso. — Ezra respondeu respirando forte e afastando a mão dela com mais delicadeza do que realmente queria, pois, em sua mente, não era ela que merecia sentir sua fúria.

— Claro. Eu entendo. — Respondeu se virando e caminhando até a porta, dando uma última olhada para trás antes de ir embora.

Ezra esperou dois ou três minutos depois que o som dos passos de Aria se extinguiram no corredor, então se deixou extravasar a ira quebrando tudo o que pode dentro daquela sala, desde as janelas até as mesas e todas as prateleiras. Em seguida, saiu dali tomando o máximo de cuidado para não ser visto por ninguém.

(...)

Quando a sala destruída foi descoberta, logo na manhã seguinte, Aria logo suspeitou que Ezra pudesse ser o responsável, mas, ao questioná-lo, o professor negou com veemência, fazendo sua melhor expressão ofendida e dizendo que após o término, apenas seguiu para o apartamento, tomou algumas cervejas e dormiu sozinho e triste.

Depois de ouvir essas palavras, ela não teve coragem para perguntar mais nada.

Quanto à polícia, nada podiam fazer. Não havia pista nenhuma, nem uma testemunha sequer. Assim, o caso teve que ser apenas abafado e esquecido.

No entanto, a raiva de Ezra ainda estava lá. Óbvio, já que aquela sala não era seu alvo final. Sua mente estava trabalhando, planejando uma vingança contra a verdadeira culpada de tudo. A maldita loira que tanto tentou que acabou conseguindo destruir seu relacionamento.

(...)

Emily e Spencer logo ficaram sabendo do termino do romance proibido de Rosewood, porém Ezra não era um assunto que Aria falava quando estava com Hanna, por isso ela acabou sendo a única por fora da novidade.

Hanna também não era fã de conversas sobre “o cara dos coletes”, então nem sequer questionou como Aria conseguia despistar tão bem o namorado para passar mais tempo com ela depois da noite da boate, apenas ia de muito bom grado para onde a morena quisesse lhe levar. Mas, claro, com todo o cuidado para não ser vista já que para todos os efeitos, ainda era a namorada de Emily.

Assim os dias foram passando e se transformando em semanas. Aria tinha uma viagem para Nova York planejada desde o início das aulas, para ver faculdades junto de seu pai. A data marcada estava próxima e a baixinha já estava fazendo as malas com a ajuda de uma Spencer super animada e uma Hanna bastante mal-humorada.

— Você tem mesmo que ir? — Marin perguntou com os braços cruzados enquanto balançava a cabeça negativamente para a jaqueta de couro vermelha.

— Pela milésima centésima vigésima segunda vez, sim, eu tenho, as passagens estão compradas. — Montgomery respondeu revirando os olhos e em seguida franzindo o cenho para a peça em suas mãos. — Por que essa não? Ela é fabulosa.

— Sim, é linda. Mas não combina muito você. Tem mais cara de algo que a Em usaria. — Murmurou com um suspiro desanimado. — Continuo achando desnecessário.

— Cala a boca, Hanna. — Spencer reclamou, encarando sua amiga com uma careta. — Para de tentar estragar meu momento. Foi uma luta árdua pra conseguir convencer meus pais a me deixarem viajar com a Aria. Vai ser a única semana que vou ter de folga pra ficar de boa e tranquila com a minha garota desde que começamos a namorar. Não me arrasa.

— E eu vou ser a única a ficar largada aqui, sozinha e abandonada. — Hanna bufou, se jogando na cama da baixinha. — Eu odeio vocês três, suas cachorras.

— Odeia nada. Só tá puta da vida porque vai ficar na seca. — Replicou Spencer com uma risadinha maldosa.

— Não ri não que eu sei que a senhorita e a Em ainda não fizeram nada. — Replicou em tom de debochou.

— E porque acha que estou tão ansiosa pra minha semaninha de folga? — O sorriso da Hastings substituiu a maldade pela malícia.

— Argh. Que nojo. — Marin fechou os olhos com força e balançou a cabeça, tentando espantar as imagens que bombardearam sua mente sem permissão.

Suas pontadas de ciúmes estavam consideravelmente menores e iam diminuindo mais a cada dia, mas mesmo assim era desconfortável ouvir e imaginar Emily nesse tipo de situação com outra garota. Principalmente aquela nerd magrela e insossa.

— Vocês duas querem parar de brigar, por favor? — Gritou Aria colocando as mãos na cintura e fazendo uma expressão séria. — Pensei que estivessem aqui para me ajudar e não pra ficar arrumando picuinhas umas com a outra!

Hanna não sabia dizer se aquela pose deixava a Montgomery mais fofa, assustadora ou sexy. Por via das dúvidas, preferiu se calar de uma vez.

— Tudo bem, parei. — Spencer levantou as mãos em sinal de rendição, prendendo na garganta a gargalhada que estava prestes a dar por lembrar de sua mãe.

— De qualquer jeito, acho que já tá bom de roupa mesmo. — Aria constatou ao relaxar a postura e olhar para sua mala aberta.

— Tá louca?! — Hanna exclamou por fim descruzando os braços e levantando da cama em um salto. — Vai passar uma semana inteira em Nova Fucking York só com uma malinha? Nem pensar. Deixa que eu resolvo isso. Ai ai, o que seria da sua vida fashion sem mim?

Aria revirou os olhos, mas não tentou debater, pois já sabia que era impossível mudar a cabeça de Hanna quando se tratava de roupas. Era bem provável que acabasse levando todo seu closet por mero capricho de sua melhor amiga.

(...)

Na noite anterior à viagem de Aria, Spencer dormiu no apartamento de Toby já que o carpinteiro conversou com o Senhor Hastings e o convenceu de que seria bem melhor se ele mesmo a levasse de caminhonete, assim não seria necessário pagar um soldado para segui-la. E Peter caiu como um ganso.

E na manhã seguinte, depois se despedirem da amiga no aeroporto, Cavanaugh levou a ex-namorada para a pousada e a ajudou a levar as malas para o mesmo quarto de sempre.

— Que horas a Emily chega? — Questionou em tom animado.

— Só lá pela noite. Por volta das sete e meia — Respondeu Spencer com um sorriso largo enfeitando o rosto. — Eu quero preparar uma coisa bem especial. Algo que marque essa como a melhor noite de todas na mente dela. E você, hein? O que vai fazer nessa semana sem mim? Porque é inegável que a Operação Spemily toma bastante tempo da sua vida e vai ser ótimo ter uma folguinha.

— Vou sair mais com a Samara. Quero passar cada segundo que eu puder ao lado dela. — Toby também sorriu, com um brilho lindo nos olhos só de pensar na loira. — Spencer, eu realmente acho que a amo.

— Opa. Eu sei que a Sam é incrível e tals, mas... Vocês meio que se conheceram um dia desses, Toby. — Spencer se sentou na cama e o encarou com seriedade. — Não acha que tá... Meio cedo pra dizer isso?

— Eu sei. Me sinto um louco por estar falando desse jeito. É só que... — Cavanaugh passou os dedos pelo cabelo, procurando mentalmente palavras certas para se expressar. — Às vezes parece que nos conhecemos há anos. Sei lá... Quando eu estou com ela, sinto como se tivéssemos uma conexão especial. Como se fossemos feitos um pro outro. Nunca senti isso com nenhuma outra garota, Spencer. Nunca.

— Ai, nossa. — Hastings levou a mão ao peito e fez uma careta, simulando ter levado uma facada. — Essa doeu.

— Não! Eu não quis dizer que o que a gente teve não foi maravilhosa. — Replicou ele arregalando os olhos. — Eu só quero dizer que... Tipo... É diferente, sabe? Você sabe, é quinem a Emily é pra ti.

— Eu sei disso, seu bobão. To só brincando. — Tranquilizou-o com uma gargalhada. — Vocês ainda não estão oficialmente namorando, não é?

— Não. Tava esperando uma boa oportunidade pra fazer o pedido, quando eu tivesse tempo pra planejar alguma coisa bonita de verdade. — Explicou sorrindo aliviado. — E essa semana caiu como uma luva. Vai ser perfeita pra isso.

— E como é que você vai fazer? — Spencer se deixou ficar animada, pois seu melhor amigo estava feliz.

— Você não tinha que estar preparando o lugar pra receber a Emily? — Toby rebateu a pergunta com um grande sorriso zombeteiro.

— Então é assim? Você não vai me dizer nada? — A garota cruzou os braços enquanto assumia uma expressão de genuína indignação.

— Não. — Decretou sorrindo ainda mais. — Só vou contar depois que der tudo certo. Se der certo, né? Aí juro que te conto todos os detalhes.

— É claro que vai dar tudo certo. — Disse Spencer após um suspiro alto que assumia sua derrota, não queria perder tempo discutindo em sua única semana de folga mesmo tendo convicção de que uma hora ou outra o garoto ia cder. — Vai ficar pra me ajudar ou já vai?

— Se quiser, eu fico e dou uma mãozinha. A Sam vai estar ocupada hoje de qualquer jeito, então tenho o total de zero coisas pra fazer pelas próximas quatro horas. — Respondeu Toby mexendo de leves os ombros. — Depois disso tenho que voltar ou perco o episódio novo da minha série e vou ter que baixar ilegalmente porque tu sabe que sou curioso e não aguento esperar passar de novo.

— Sim, eu sei bem. — Spencer riu e foi até onde estava sua mala para colocá-la em cima da cama e abri-la. — Definitivamente não vou reclamar de mais algumas horinhas na sua companhia e de um par de braços fortes. Eu planejei o seguinte...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado e vejo vcs amanhã novamente...
O que será que vai acontecer nesses dias de folga, hein? Acho teremos muito fogo da paixão incendiando certo quarto de pousada...
E que a semana comece...
xoxo
Atenciosamente, Leonardo Alexandre Guedes.



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