Fuga em nome do amor escrita por Denise Reis


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Muitas coisas acontecendo...

Leiam sem pressa...

Todos os diálogos e cenas são importantes, portanto, aconselho não pular nenhuma parte, pois pode fazer falta adiante.

Espero que gostem, pois escrevi com muito amor no coração.

Boa leitura.



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Os meses que se seguiram foram de muita luta para Kate e Castle nos seus respectivos trabalhos, o que não os impediu de acompanhar de perto, dentro do possível, a organização da Renovação dos Votos do Casamento que ficou à cargo de uma renomada empresa de Cerimonial especializada em bodas.

No entanto, Kate não vacilou com relação a escolha do vestido de noiva.

Ao contrário do que acontecera no casamento, para a Renovação de Votos ela daria uma atenção especial a esta indumentária tão particular, tanto que ela fez o que idealizara desde o início, ou seja, procurou Matilda King e esta lhe indicou o melhor estilista de Nova York, especializado em vestidos de noiva.

Kate, nessa sua fase romântica, já tinha em mente o que queria, então confessou ao estilista seus anseios e ele amou o modo como ela mergulhou no universo do casamento.

Os dois se deram bem de imediato e isso foi maravilhoso!! A empatia entre a noiva e o estilista é fundamental para um resultado primoroso e ainda bem que nenhum dos dois tinha nada a reclamar.

Logo na primeira reunião, quando Kate expôs suas intenções e preferências, o estilista ia traduzindo as palavras e os anseios dela e traçava lindos modelos e ia fazendo as modificações e adaptações de acordo com as informações que ela ia fornecendo. Como um excelente estilista, ele não só captava o que a noiva queria, mas dava também seu toque pessoal obtido por meio de muitos anos de experiência, transformando a dúvida da cliente em lindos detalhes.

Apesar de Kate já ter em mente o que queria e o estilista ter captado todas as suas intenções, a presença de Martha, Alexis e Lanie tiveram uma importância fundamental no processo.

O ateliê do estilista também ficou responsável em confeccionar os vestidinhos da Lizzie e da Olívia.

 

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Tudo relacionado à Renovação dos Votos ficou inteiramente acertado, desde o assunto mais trivial até o mais sofisticado, o que inclui a decoração da Catedral, do salão de eventos e, principalmente o vestido de noiva. Agora era só esperar o grande dia.

O Estilista se comprometeu com a Kate que ele, acompanhado de ajudantes, iria pessoalmente no quarto do hotel onde ela ficaria hospedada a fim de auxiliá-la no momento de vestir o vestido e faria isso logo depois que a equipe de maquiadores e cabelereiros a liberassem.

 

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— Estou gostando de te ver assim, Katherine, envolvida com todos os detalhes, da renovação dos votos. – Martha falou para a nora no final da tarde enquanto tomavam café com empadinhas em uma maravilhosa cafeteria na companhia de Alexis e de Lannie, logo depois que saíram da última prova do vestido de noiva.

— Eu já ia dizer a mesma coisa, Martha... – Lannie comentou.

— Ainda mais agora que ela está nesta fase romântica, eihm!!! – Alexis brincou.

As quatro mulheres sorriram diante do leve comentário da Alexis.

— Oh, meu Deus!! Eu estou nesta fase romântica há algum tempo, no entanto, ficou mais evidente quando a Lizzie nasceu... Gente, ser mãe de menina me transportou para um mundo maravilhoso. – Ela olhou para Alexis e para Lanie – Vocês duas sentiram isso?

— Com certeza, amiga! – Lanie ratificou o que Kate havia falado – Ser mãe de menina é muito doce. Eu sempre fui toda estourada e tive que me adequar a ter uma menininha em casa... Não que eu tenha mudado o meu “EU” e a minha vida, não é isso, mas eu aprendi a controlar minhas loucuras. – Todas quase foram à gargalhadas diante do jeito engraçado como a Lanie falou.

— Eu também confesso que sim, viu, Kate... – Alexis confirmou – apesar de eu ter sido mais solta que vocês duas, pois eu fui criada por Richard Castle, né??? – Todas riram – Gente, o meu pai se desdobrava para me animar e tentava suprir a ausência da minha mãe e só faltava usar vestido, mas de resto, ele brincava de boneca comigo e de todos os outros brinquedos e brincadeiras. Até fru-fru no cabelo e aquela saia, tipo tutu de bailarina, ele usava quando brincávamos... E muitos e muitos brinquedos e fantasias... – A ruiva olhou novamente para Kate – A Kate ainda alcançou uma parte disso, pois às vezes ela ia para o loft, mesmo antes de namorar o meu pai, e nos flagrou diversas vezes no meio das nossas brincadeiras, né, Kate, com diversos tipos de fantasias?

 

— Sim... Muitas fantasias... Vou aproveitar para confessar, Alexis, que desde a primeira vez que eu vi seu pai tão envolvido na sua criação e nas brincadeiras, eu o quis para mim... – Kate ruborizou, diante da confissão – Eu o quis para ser pai dos meus filhos... – Martha, Aexis e Lanie ficaram boquiaberta – Só que o meu lado birrento e cético, não acreditava que seu pai deixaria de ser aquele playboy mulherengo “de carteirinha”... Mas não nego, todas as vezes em que ele desabafava comigo sobre você e fazia perguntas sobre dúvidas de meninas, eu ficava cheia de vontade de ter ele para mim... Todas as vezes em que eu o via tão “família”, tão “paizão”, tão apaixonado por você e pela Martha, tão dedicado a vocês duas... Ah, meu Deus! Como eu queria aquele homem para mim. Eu queria ele assim envolvido comigo e com os nossos futuros filhos... Como ele é hoje... Eu amo esse homem!!! Sou completamente louca por ele.

— E você sempre brigando comigo, não é, Kate? – Lanie a provocou – Todas as vezes em que eu afirmava que você gostava do Escritor e que estava com ciúmes dele com a mulherada e que queria ele para você, você ficava louca de raiva e me dizia um monte de desaforo... Está lembrada, dona Katherine Castle? – Lanie zoou a amiga.

— Eu sempre soube. – Martha afirmou – Estava na cara que a Katherine amava o meu filho e que ele também a amava. Ela era louquinha por ele, só que o meu filho, por ser mais dócil e próximo a mim, se abriu comigo. Ele falou com todas as letras que não ia mais à delegacia para ajudar a resolver casos ou para se inspirar neles ou na Detetive para escrever. Ele disse que só ia à Delegacia para ver, falar e admirar a Katherine, pois tinha a esperança de ela um dia nota-lo.

— Tem como não amar um homem desse, meu Deus! – Kate estava morrendo de alegria – Ele é o homem da minha vida, gente.

— Quem é que não sabe disso, eihm, Kate? – Alexis caçoou.

— Sempre esteva na cara de vocês. O Escritor, então, Nossa Senhora!!! O homem era apaixonado por esta mulher... – Lanie concluiu.

O telefone celular da Alexis tocou, anunciando uma nova chamada – Meninas, com licença – a ruiva atendeu ao telefone e em menos de um minuto desligou - Meninas, a conversa está maravilhosa, mas eu tenho que pegar meus filhotinhos na escola, pois o Benício disse que vai ficar até tarde hoje na Emergência Hospitalar da NYPD. Estão com uma ocorrência urgente. Vida de médico... Dois policiais baleados... Talvez tenha que fazer cirurgia e não tem hora para terminar. – Alexis avisou.

— Oh, meu Deus!! Tomara que termine tudo bem... – Kate se mostrou sensibilizada com o ocorrido – Bem, eu também tenho que ir porque o Castle me avisou cedo que teremos uma guerra de Paintball com as crianças e elas estão super animadas, pois adoram brincar disso... Até o Bernardo gosta... Ele é um pimentinha! Nem sabe brincar direito porque é muito pequeno... – Kate olhou para a enteada – Hey, Lexi... Porque você não vai lá para casa para participar desta brincadeira, eihm? Eu telefono para o Castle e falo para ele pegar as cinco crianças. Isso é muito fácil, querida, pois a Olívia e o Tom estudam na mesma escola. Vai ser ótimo, aí podemos fazer o nosso time, de meninos contra meninas. Seu pai vai amar! – Kate estava animada.

Alexis e Lanie começaram a gargalhar e a médica gracejou – Ah, quer dizer que o Castle vai amar, é?... – A médica sorriu – Grande novidade, Kate. Na verdade, quem mais se diverte com estas brincadeiras é o seu marido, amiga. Por isso que ele continua tão jovial e bonitão... – todas elas riram muito.

— Eu vou, sim, Kate. Então vamos juntas para o loft. Eu te sigo. – A ruiva consultou o relógio de pulso.

— Espera só um pouquinho que vou ver se o seu pai já pegou as crianças... – Kate telefonou para o marido e, por sorte, o Castle ainda se encontrava na escola das crianças e, como previra, ele ficou morrendo de felicidade com a notícia que a filha mais velha e os netos participariam da farra e disse que pegaria os três filhos e os dois netos também.

 Conta paga, todas se levantaram, despediram-se e foram embora.

 

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Os dias passavam rapidamente.

Kate programara quinze dias de férias para desfrutar por inteiro da Renovação dos Votos, desde a véspera até a viagem de lua de mel.

O primeiro dia das suas férias seria em uma sexta feira, quando iria com a Lizzie para o hotel. Passariam um dia de meninas e, para tanto, pedira dispensa na escola para seus três filhos, pois o Flynn e o Bernardo ficariam o dia todo com o pai.

Kate e a filha conversariam, contariam casos, iriam para a piscina do hotel, assistiriam filmes de princesas, e fariam outras atividades bem de mãe e filha e à noite, dormiriam juntinhas e abraçadinhas.

O segundo dia de suas férias seria o dia da Renovação dos Votos e se, iniciaria pelo “Dia Da Noiva E Da Daminha” com uma deliciosa massagem terapêutica para as duas. Teriam banho de imersão com ervas aromáticas pela manhã. À tarde fariam manicure e pedicure e hidratação nos cabelos. Próximo ao horário da cerimônia, os cabelereiros arrumariam os cabelos das duas e fariam maquiagem nelas, obviamente que cada uma do jeito próprio para suas idades.

Juntamente com o marido, decidiram que depois da festa, o casal passaria a noite na suíte nupcial que ficava na cobertura do mesmo no hotel. Castle fizera a reserva e tudo ficou acertado.

A viagem de Lua de Mel da Renovação dos Votos foi decidida também pelo casal. Seria mais uma lua de mel com um gostinho especial, pois estariam completando dez anos de casados. Fariam um roteiro pequeno. Somente França e Itália. Começariam pela França.

Paris é muito linda, mas passariam alguns dias correndo o Vale do Loire, percorrendo os maravilhosos castelos, mas aproveitando o melhor que a gastronomia francesa oferece pelo caminho, sem deixar de brindar e apreciar os vinhos leves e frescos do local. A Segunda metade da lua-de-mel, ficariam em Veneza, pois, é uma das cidades mais românticas do mundo. Passeariam de gôndolas, fariam refeições em restaurante com vista para os canais, passeariam pela Ponte dos Suspiros, alimentariam os pombos da Praça São Marcos e outras tantas atividades.

 

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Como Flynn, Lizzie e Bernardo frequentavam a mesma escola do Thomas e da Olívia, elas ficariam com a Alexis e com o Benício, além do que, as cinco crianças se davam super bem e a ruiva e o marido amavam tê-las em sua casa. O Benício era louco pela família, apaixonado pela Alexis e amava a cunhadinha e os dois cunhadinhos como se fossem seus próprios filhos.

 

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Chegou o grande dia... Ou melhor... A véspera do grande dia.

— Hoje é o meu primeiro dia de férias, amor! – Kate anunciou assim que acordou.

Na verdade, ela despertara devido aos suaves beijos que o  marido distribuía pelo pescoço dela, mas não se chateou com isso... Ao contrário, ela achava uma delícia ser acordada assim.

Ela esticou os braços, pôs a mão esquerda na boca, encheu o peito de ar e se espreguiçou. Depois, com as pontas dos dedos Kate acariciou o peito nu do marido – Ah! Que delícia acordar e saber que você está aqui, amor, bonitão e todo gostosão, bem do meu ladinho.

Ele abriu um largo sorriso, demonstrando estar muito feliz por ter ouvido aquele comentário da esposa – Ah! Então quer dizer que a senhora desistiu daquela loucura de passarmos o dia de hoje e a noite separados? Desistiu de nos reencontrarmos apenas na Catedral, é isso? – ele estava feliz com a dedução, diante do comentário de Kate.

— Não, amor! – Kate revirou os olhos, mas logo sorriu ao ver que ele ainda não tinha perdido as esperanças de passar aquele dia e aquela noite com ela.

— Então você mantém essa ideia maluca... – Castle reclamou, mas Kate o interrompeu o enchendo de afagos.

— Amor da minha vida, meu homem, meu marido, meu Bonitão, meu gostosão... Jura que você quer reprisar esta discussão, justamente hoje? – Ela franziu o nariz e sorriu – Rick, a única coisa que eu quero reprisar, meu amor, são os nossos votos amanhã...

Ele a abraçou e rolou sobre ela, depositando vários beijos sobre o rosto e lábios da esposa. Ele pegou o rosto dela entre as duas mãos e ficou apreciando – Como você consegue ser tão linda, eihm? Naturalmente linda! – Aproximou os lábios e começaram um beijo suave. Castle passou a beijar o pescoço de Kate e foi deslizando os lábios até a orelha, subindo pela têmpora e retornando aos lábios, oportunidade em que o beijo foi se transformando e esquentando.

Eles se desejavam e se amavam na mesma intensidade e não conseguiam ficar sem se tocar. A química entre eles sempre fora magnífica, mesmo antes de começarem a namorar.

Desde quando eram apenas amigos, eles se entendiam somente de olhar um para o outro e, na delegacia, quando se tocavam ao acaso, para entregar caneca de café, uma pasta de documentos, ou mesmo uma folha de papel, ambos se arrepiavam, os olhos saltavam e o coração acelerava. Ficavam tensos e disfarçavam, mas depois que ficaram juntos, não havia mais possibilidade de abafar o óbvio quando estavam à sós, pois era eletricidade pura.

Naquele momento não era diferente.

Sem interromper os afagos suaves, as carícias ousadas e os beijos, Castle passou a despir a camisola da esposa, ao mesmo tempo em que começava a se desfazer da calça do seu próprio pijama.

Como se estivessem há dias sem fazer amor, ou mesmo sem se ver ou se tocar, eles se buscavam com sofreguidão. Rolavam pela cama, acariciavam-se, beijavam-se por todo o corpo, sem escapar nenhuma parte, até que o encaixe se deu. Dali em diante tudo era mágica, tudo era paixão, tudo era sexo... Tudo era amor. A satisfação plena ao final era mais do que esperado e deixou o casal sonolento.

Castle aninhou a esposa nos seus braços e dormiram.

 

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Durante o café da manhã daquela sexta-feira, as crianças estavam eufóricas.

Esperto, o Flynn, com seis anos, percebeu as duas malas dispostas ao lado da porta da rua e quis saber o motivo.

— Pai, de quem são estas duas malas alí na porta da rua, eihm? – Flynn perguntou, curioso.

— Uma mala é minha e a outra é da mamãe. – Fofa, mas atenta à conversa, a pequena Lizzie explicou, cheia de sorrisos.

— E porque só tem duas, eihm? E porque não tem uma minha e uma do papai? – Flynn ficou curioso.

— Eu também “quelo” ir com a mamãe e com o papai... – Bernardo, uma fofura, com menos de dois anos, anunciou.

— Tem somente duas malas porque eu e a mamãe teremos um dia de meninas e esta noite dormiremos juntinhas. – Lizzie explicou – A gente vai conversar, vai brincar e se divertir muito.

— Mas eu “quelo” ir com a mamãe... – Bernardo insistiu e fez bico, anunciando choro.

— Mas, Bernardo, eu e a mamãe teremos o nosso dia de meninas... de Princesas... Você é menino e vai ficar com o papai e com o Flynn... – Lizzie explicou parecendo uma mocinha, não uma menina de apenas três aninhos.

— Ah... Entendi... – Bernardo mostrou-se insatisfeito – Mas eu “quelo” a mamãe... – o menininho ficou triste.

— Ah, tá... Entendi... – Flynn deu um tapinha divertido na própria cabeça e logo piscou o olho para o pai – Ahhááá!!! Agora eu entendi, pai... Então é por isso que você falou que iríamos nos divertir muito hoje, né, pai?  A casa vei ser só nossa! Sem meninas! Yuhuuu!!! – O menino consultou o pai e em seguida falou para o irmãozinho – Bernardo, eu e você brincaremos o dia todo com o papai, cara! – O pequenininho sorriu e logo depois Flynn se dirigiu para a irmã – Pois saiba, Lizzie, que eu, o papai e o Bernardo também teremos um dia muito divertido hoje. O papai me prometeu que o dia hoje seria inesquecível! Pelo que eu conheço do papai, vamos nos divertir bastante com muitos jogos de videogame, filmes de ação...

— Richard Castle! Só espero que vocês dois não destruam a casa e tenham muito cuidado com o Bernardo. Não faça com que eu fique preocupada, até porque só retornarei depois de quinze dias, quando terminar a nossa viagem de lua-de-mel... Ah, e outra coisa, nada de colocar filmes que extrapolem o limite da idade do Flynn e do Bernardo, ou seja, nada de terror, suspense, guerras e outras coisinhas... Entendeu, Sr. Castle?

— Não se preocupe, Sra. Castle! Sua casa vai estar intacta quando retornarmos da lua-de-mel e respeitarei a classificação etária nos filmes que eu colocar para os nossos filhos, ok? – Mas, se você estiver com dúvida, você e a Lizzie podem ficar aqui comigo, com o Bernardo e com o Flynn... – Castle provocou a esposa.

— Ah, não, pai. – Flynn contestou rapidamente.

— E o senhor, mocinho – Kate se dirigiu ao Flynn – quer dizer que quer ver a mamãe longe, é?

— Não é isso, mãe... – ele ficou sem graça por ter pego no flagra – É que as brincadeiras do papai são “da hora”! Ele é “fera”!

Kate sorriu diante das gírias usadas pelo filho para elogiar o pai.

— Eu e a mamãe vamos ter um dia de meninas, né, mãe? – Lizzie se insurgiu – Eu não quero ficar aqui... Eu quero ir para o nosso dia de meninas.

— Isso mesmo filha! Mas não se preocupe... Teremos nosso dia de meninas... Seu pai só está provocando a gente. – Kate torceu a boca achando muito divertida aquela situação – Meus amores... – ela se dirigia aos três filhos – Que tal fazer silêncio e se alimentar, eihm? Conversar menos e comer mais.

Terminaram de tomar o café da manhã.

— Rick, que tal você arrumar tudo aí na cozinha, eihm, amor, porque eu já vou. – Kate falou com o marido – Vou ligar pedindo um taxi...

— Negativo, mocinha... Vamos arrumar juntos. – Castle avisou.

— Mamãe, porque não vamos no seu carro, eihm? – Lizzie indagou, curiosa.

— Porque, sim, querida... – Kate respondeu sem dar detalhes.

— E porque o papai não leva a gente? – Lizzie questinou.

— Sua filha puxou a você, Kate, ela quer saber de tudo, nos mínimos detalhes... – Castle sorriu porque a filha perguntava sem parar.

— Querida, o seu pai... – Kate começou a explicar, mas o marido a interrompeu.

— Minha princesinha, eu vou levar vocês, viu? – Castle deu um monte de beijinhos na filha e em seguida olhou para a esposa – Calma que eu, o Flynn  e o Bernardo levamos vocês duas.

— Não precisa, amor. Sério! – Ela recusou a oferta.

— Ah, então tá certo...

— Ah, mãe, deixe o papai levar a gente, por favorzinho. – Lizzie implorou.

— Ah, pai, eu quero levar a mamãe e a Lizzie... – Flynn pediu – Vamos, por favor! - o garoto olhou para a mãe e pediu - Deixa, mãe... Por favor!

— Eu também “quelo” levar a mamãe... – Bernardo anunciou.

Kate e Castle se entreolharam e, conformada, Kate torceu a boca aceitando o fato e se dirigiu à cozinha – Ok! Ok! Castle traga as coisas da mesa que eu vou lavando.

Em pouco tempo o casal lavou, guardou e arrumou tudo. A mesa e a cozinha ficaram impecáveis e logo desceram até a garagem.

Como sempre, Castle era um perfeito cavalheiro e não permitiu que a esposa conduzisse as malas. Ele próprio as levou até a garagem e, sozinho, acomodou as duas malas no bagageiro traseiro do carro e seguiram em direção do sofisticado hotel.

Quando chegaram ao destino, Castle desceu e, arrodeou o carro e abriu a porta para a esposa.

— Comporte-se, mocinha! – Castle abraçou a esposa. Ela retribuiu o abraço e o beijou apaixonadamente, sem se incomodar de estarem no meio da rua.

— Isso tudo já é saudade? – Castle sussurrou ao pé do ouvido da esposa.

— Não vou mentir... Já estou com saudade – mas logo se refez – Pode deixar, amor. Saberei me portar. – Ela brincou.

— Eu também já estou morrendo de saudades, Kate... Você com saudades... Eu com saudades... Ainda dá tempo... – Castle tentou seduzi-la, mas ela não deu importância nem prosseguimento as lamúrias dele.

— Te amo, Rick, e acho bom você não se perder no horário com as brincadeiras com as crianças... Acho muito bom mesmo você comparecer à Catedral amanhã... – ela deu um selinho no marido e um suave tapinha de brincadeira no peito dele e cochichou para os filhos não ouvirem – Caso você não compareça, amor, lembre-se que eu ando armada... – Kate piscou o olho direito e deu um lindo sorriso para o marido, provocando-o.

— Sem chances de eu não ir, Kate... Nem precisa me ameaçar... – ele deu um último selinho nela e foi abrir a porta para a filha sair e, em seguida, abriu o bagageiro do carro e entregou as duas malas para o funcionário do hotel.

Kate beijou Flynn e Bernardo ao se despedir dos filhos – Mamãe ama vocês. Vocês são meus príncipes!

— Eu e o “Fynn” somos “Píncies”... E o papai, mamãe? O papai é o que, eihm?– Bernardo perguntou.

— O pai de vocês é o meu Rei. – Os meninos sorriram felizes, porque essa sempre era a mesma resposta que Kate dava.

De mãos dadas, Kate e Lizzie se afastaram, sendo seguidas pelo Carregador.

Vendo-as caminhar, Castle torceu a boca, irresignado – Ah, Kate! Mas você, eihm, tem cada ideia... Uma coisa é eu estar em outra cidade ou país e não poder passar o dia e a noite com você e outra coisa é estarmos aqui em Nova York e eu ser forçado a passar a noite longe de você... – ele pensou alto, demonstrando sua desaprovação com aquela ideia dela.

Castle retornou à direção do seu carro e ficou assistindo sua esposa e sua filha entrarem no luxuoso hotel até que elas sumiram de sua vista.

— Vamos, pai. – Flynn o trouxe à realidade.

 

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De mãos dadas com a filha, Kate entrou no Hotel e segue até a recepção a fim de fazer o check-in.

Após apresentar os documentos de identidade seu e da filha e avisar que tinham uma reserva, a recepcionista, sorridente, insere os dados no computador.

— Deixe-me ver... Sra. Katherine Castle e Srta. Elizabeth Castle...

— Sou eu e esta é minha filha, Elizabeth Castle. – A criança estava atenta a tudo o que a recepcionista e sua mãe falavam.

— Aqui! – A moça demonstrou encontrar o nome das hóspedes – Sra. Castle, o sistema informa que a senhora é a noiva do casamento que será realizado no salão de eventos amanhã... Uma Renovação de Votos de Casamento, confere? – A recepcionista era sorridente.

— Sim. Eu e meu marido vamos renovar os nossos votos de casamento.

— Além disso, aqui também tem uma reserva da suíte nupcial em seu nome e do Sr. Richard Castle... É uma das melhores do nosso hotel e fica na cobertura. Correto?

— Sim, eu também sei disso.

— Então, Sra. Castle, como a senhora faz parte de duas notáveis aquisições, ambas de grandes proporções, a Direção do Hotel deu de pressente para a senhora um Upgrade nas acomodações para esta sua reserva de hoje. Ao invés de ficar naquela suíte que a senhora fez a reserva inicial, o nosso hotel lhe transferiu para outra melhor.

Pega de surpresa, Kate tentou recusar – Ah, mas não precisa. A que eu escolhi já era maravilhosa e serve perfeitamente para o fim desejado!

— Mas isso é algo que eu não posso fazer nada, Sra. Castle, porque o sistema não aceita que eu altere nenhum dado da reserva, muito menos cancele o Upgrade.

— Mas eu não preciso de uma suíte maior, sabe porque, eu e a minha filhinha combinamos ter um dia e uma noite de meninas... de mãe e filha, entendeu?

— Ah, sim, eu entendi. Que lindo! – A recepcionista sorriu de modo profissional – Mas é que eu, realmente, não posso alterar. Minha senha de acesso ao sistema não permite fazer certas ações...

— Mas o que vem a ser exatamente este upgrade? – Kate indagou – Seria um quarto com mais conforto ou um quarto maior?

— As duas coisas, Sra. Castle! – A moça respondeu sem rodeios, mas logo explicou – O hotel lhe deu uma nova suíte com dois quartos, duas salas e uma pequena cozinha americana.

Por mais que Kate dissesse que não precisava porque ela queria dormir com sua filhinha na mesma cama e que o outro quarto ficaria sem uso, não teve jeito.

— Querida, isso é muito mais do que eu preciso. – Kate sorria de modo gentil – Que tal você chamar o gerente, já que sua senha não permite seu acesso para nova alteração?

A recepcionista chamou seu chefe e assim que ele chegou e se apresentou, ele foi informado do que estava ocorrendo e, com muita delicadeza, se manifestou.

— Senhora, eu entendo suas justificativas, mas são normas da nossa rede. Como o hotel lhe presenteou com o Upgrade, a suíte anteriormente reservada para a senhora ficou disponível e já se encontra ocupada por outros hóspedes. Neste momento, nosso hotel está lotado.

Para evitar perder tempo e já que não tinha jeito, Kate aceitou.

Kate agradeceu, recebeu o cartão/chave da suíte e seguiu para o elevador com a filha.

Kate e Lizzie pararam à porta do quarto no exato momento em que o Carregador também chegou e foi ele mesmo quem abriu a porta.

A suíte era deslumbrante. Era muito maior do que o seu apartamento de solteira e contava com uma decoração maravilhosa, além de muitos vasos de rosas vermelhas espalhadas pela sala de estar.

Enquanto as duas apreciavam o amplo e luxuoso ambiente, o Carregador, prestativo, empurrou o carrinho com as malas até o quarto mais próximo, deixando a mala menor. A seguir, o moço se encaminhou até o quarto mais distante e deixou a mala maior.

Distraída em olhar o ambiente, Kate só se apercebeu das ações do moço quando ele retornava do quarto mais distante. Ela até pensou em pedir para ele não deixar nada no quarto distante, mas logo mudou de ideia, pois depois resolveria qual o quarto que ficaria com a filha e como as malas tinham rodinhas, então, ela mesma providenciaria tudo.

Antes de sair, o moço se despede e deseja uma boa estada.

Por mais que ela e o marido tivessem costume de viajar com os filhos para lugares belíssimos, a pequena Lizzie achou tudo lindo e faz comentários divertidos e bem infantis. Kate achou fofo o comportamento da filha.

A garotinha encantadora se jogou no imenso sofá da sala de TV e, de posse do controle remoto, ligou o aparelho que ocupava grande parte da parede e rapidamente encontrou um canal que ela amava e ficou assistindo seu programa favorito: desenhos de princesas Disney.

— Filha, vamos ver os quartos?

— Daqui a pouco, mãe... – como qualquer criança do mundo, ela não desgrudava os olhos da TV.

— Aaah, crianças! São todas iguais... Só muda os nomes e os endereços... – Kate sorriu e foi sozinha fazer o reconhecimento da área. A copa era perfeita... Havia uma pia, fogão de duas bocas, micro-ondas, lava louça e outros aparelhos. Inclusive uma cafeteira.

Kate seguiu, então, para o quarto mais distante que, na verdade, não era simplesmente um amplo quarto. Havia uma imensa antessala, mobiliada com um sofá, duas poltronas, alguns pufes e uma bancadas lateral, onde estava disposto um belíssimo vaso com rosas vermelhas. Uma parede era toda revestida de espelho. Kate seguiu a incursão até chegar ao quarto, propriamente dito e lá encontrou sua mala. Sorriu ao ver que a mala da filha não estava lá. – Hummm! Esses Carregadores! Querem determinar o local em que os hóspedes vão dormir...  – Kate pensou alto. Não estava chateada e até sorriu.

Kate não vistoriou os detalhes do quarto como fizera na antessala privativa e se sentou na cama e a primeira coisa que lhe veio à mante foi a saudade que já estava sentindo do marido e, inconscientemente, ela passou a se lamentar e continuava a pensar alto – Ah, que ideia maluca essa minha... Claro que eu vou sentir saudades do meu marido... Aliás, eu já estou com saudades dele... O meu Bonitão! Ah, como eu queria o Rick aqui comigo... Que graça tem em estar em um local onde ele não está? – Na mesma hora Kate recrimina sua reflexão – Hey, Katherine Castle, é somente uma noite. Você aguenta! Amanhã você o vê. – Ela falou consigo própria, deu um logo suspiro e sentiu um aperto no coração e um nó na garganta – Você não vai chorar, não é, Sra. Castle? – Ela caçoou de si mesma e deitou na cama e abraçou um enorme travesseiro – Ah, Rick, Rick, Rick!!! Eu queria que você estivesse aqui... Como eu te amo. – Sua voz estava embargada. Sentiu um nó na garganta, devido à emoção e a saudade do marido.

— Eu também te amo, Kate... E não precisa chorar.

Ainda agarrada ao travesseiro, Kate se sentou rapidamente, pois tomara o maior susto do mundo... Sua imaginação estava lhe pregando peças, pois teve certeza de que ouviu a voz do marido e se levantou a fim de procura-lo.

Sobressaltada com sua imaginação, Kate girou o corpo e encontrou o marido. Belo e maravilhoso, encostado sensualmente à parede como se fosse um modelo de OUTDOOR de roupa masculina, com a expressão de amor mais linda do mundo, próximo à bancada de madeira onde havia dois lindos arranjos de rosas vermelhas.

Kate fica boquiaberta...

Assim que Kate percebe que aquela visão não era fruto da sua imaginação e sim a mais pura realidade, ela jogou o travesseiro na cama e repreendeu o marido – Richard Castle, o que o senhor está fazendo aqui? Nós não combinamos que passaríamos o dia e a noite com os nossos filhos? Eu com a Lizzie e você com o Flynn e o Bernardo?

— Ah, Kate... – enquanto argumentava o Castle andava muito lentamente, sensual como um felino, na direção da esposa e, satisfeito, estava atento ao sorriso que ela prendia, com certa dificuldade – Eu sabia que nós não conseguiríamos ficar longe um do outro, querida, então, antes que você me telefonasse chorando ou voltasse correndo para o loft ou eu te ligasse chorando ou viesse te ver, mesmo que tivesse que arrombar a porta do quarto, então, eu dei meu jeito e providenciei um Upgrade para a minha linda esposa...

— Ah, quer dizer que aquela história do Upgrade foi coisa sua... – Kate ralhou com o marido, ainda prendendo o riso – eu te juro que nem desconfiei...

Já parado em frente à esposa, Castle piscou para ela - Foi tão fácil fazer isso, que você nem imagina...

— Ah, imagino sim, Castle... Nada que centenas de dólares não resolva, não é? Ou melhor dizendo..., sabendo do nível deste hotel e analisando o alto padrão desta suíte...alás, deste apartamento... Eu diria milhares de dólares.

Pego em flagrante, Castle, engoliu em seco, respiru fundo, mas não falou nada.

— Você percebeu que invadiu o meu espaço, Castle? Você invadiu meus planos, minha programação para dormir sozinha com nossa filha... uma programação que até eu levei tempos para aceitar?

— E nós dois pudemos perceber que não ainda aceitou, não foi, amor? – Castle replicou rapidamente – Porque acabei de ouvir você se lamentando e quase chorando de saudades de mim...

— Mas eu iria conseguir... – a fisionomia dela não era nada confiante.

— Tente admitir novamente, Kate, porque você não foi convincente..., acho que nem para você mesma. – Ele a provocou.

— Isto não é justo! – Kate lamentou.

— O que que não é justo, eihm, Sra. Castle? – Ele estava de frente a Kate, cheio de charme e os olhos carregados de amor, mas não havia sequer tocado nela – O que que não é justo, eihm? Dormirmos separados? Eu estar aqui te implorando para que você aceite minha presença? Ou será que é justo que a senhora coloque para fora um pobre marido apaixonado que não sabe dormir uma noite sequer sem você, minha esposa, a única mulher que é o amor da minha vida?

Kate estava com o coração aos pulos de emoção por estar vivendo aquela situação que mais parecia filme de amor e tentava ao máximo prender o sorriso de felicidade por tê-lo ali pertinho dela – Por que você é assim, eihm, Castle?

— Por que eu sou assim, como, Sra. Castle? Desenvolva! – Ele continuava sem sorrir, mas os seus olhos demonstravam que ele estava feliz só por estar no mesmo ambiente que ela.

— Por que você é assim tão maravilhoso, tão lindo... Bonitão, tão cheiroso, tão inteligente, tão cuidadoso comigo, tão devotado, tão apaixonante, tão intenso, tão...

Ambos já sorriam, mas ainda não se tocavam.

— A senhora quer falar mais alguma coisa? A senhora dizia... Tão... Tão... Tão..., o que, Sra. Castle? – Richard Castle era a personificação do charme masculino e isso fazia o coração de Kate quase sair pela boca.

— Qualquer palavra que eu disser, Sr. Castle, não chegará perto do que o senhor realmente é... Eu poderia dizer “tão fascinante”? Ah, não... O senhor é muito mais do que isso... “Tão sedutor”? Também não... O senhor é o máximo! Eu diria, então, “Tão persistente”? Imagina!!... O Senhor é o homem mais persistente do mundo, a prova disso é que não existe somente o “eu” ou somente o “você”, existe o “nós”, e além disso, você é a única pessoa no mundo que já me salvou dezenas de vezes... – Kate deu um passo na direção do marido e, com as pontas dos dedos, tocou delicadamente nos botões da camisa e no peito dele, depois acariciou sua nuca máscula e neste momento Rick não mais resistiu a distância e a abraçou pela cintura, subindo a mão direita pelas costas dela em um carinho quase rude.

Eles não se controlaram e se beijam. Um beijo apaixonado, cheio de paixão e saudades, como se estivessem sem se ver há meses, não há menos de meia hora. Acariciavam-se e BEIJAVAM-SE, como se não houvesse um amanhã.

 Sem interromperem o beijo, Kate murmurava – Eu te amo, Rick! Não sei viver sem você... Nem mesmo uma noite eu consigo passar longe de você...

— Eu também te amo e, realmente, Kate, não sei mesmo viver sem você. – Ele murmurava entre um beijo e outro.

— Mamãe, mamãe, mamãe... Que horas nós vamos para a piscina, eihm?

Kate sentiu a filha puxando sua roupa para chamar-lhe a atenção e neste momento ela e o Castle se afastam e ao olharem para baixo percebem a linda filhinha de três anos com a testa franzida, esperando uma resposta.

— Ããhhnn... Filha... – Além de ainda estar sob o efeito da paixão, do beijo e do choque, Kate estava sem resposta, pois a programação feita com tanto cuidado ruiu...

— Minha lindinha, o papai e a mamãe vão levar você para a piscina... – Castle respondeu.

— Vamos? – Kate olhou rapidamente para o marido e o questionou cheia de dúvidas.

— Sim, Sra. Castle. Não podemos prometer coisas para os nossos filhos e não cumprir...

— Ah, é mesmo, Sr. Castle? E o “Dia de Meninas” que eu prometi para a Lizzie, eihm? – Kate sorriu. – E o “Dia de Meninos”, que você prometeu para o Flynn e para o Bernardo?

— Touche! – Rick riu e deu um selinho na esposa.

Castle carregou a filha nos braços e a encheu de beijos, fazendo-a rir e puxando a esposa pela mão, a levou para a sala de TV, onde o Flynn e o Bernardo estavam assistindo desenho animado – Filhos, desliguem a TV, por favor!

— Pai!? – O Flynn tentou resistir, mas ao receber um olhar reprovador do pai, ele obedeceu imediatamente e se recostou no sofá a espera do que os pais iriam falar.

— Bom garoto! – Castlle o elogiou e se dirigiu aos três filhos – Crianças... Lizzie, Flynn e Bernardo, que tal deixar o “Dia de Meninas” e o “Dia de Meninos” para outro dia, eihm? É porque hoje eu e a mamãe de vocês brincaremos juntos com vocês. Nos cinco iremos para a piscina, nós cinco assistiremos filminhos, nós cinco brincaremos de jogos eletrônicos e videogames...

— Eu topo, pai! – Flynn concordou todo sorridente.

— Eu também achei bacana, papai! – Lizzie também concordou.

— Eu também! – Bernardo saiu do sofá e foi correndo para a mãe e estendeu os bracinhos, pedindo colo – Me carrega, mãe.

Kate deu um monte de beijos no seu principezinho e o levou para o sofá. Depois, tirou a filha do colo do marido, colocando-a também sentadinha no sofá, ao lado dos irmãos.

— Mas e roupa de banho para você, Bernardo e o Flynn, eihm, Rick? – Kate sussurrou para os filhos não ouvirem.

Usando o mesmo tom baixinho que a esposa usara, ele refutou - Sra. Katherine Castle! Eu estou decepcionado com a senhora! – Ele a provocou - Eu pensei que a senhora conhecesse mais o seu marido, inclusive o seu lado meticuloso.

Castle foi até a porta dupla de entrada principal do apartamento e a abriu e encontrou três malas no corredor do hotel e as colocou para dentro do quarto, fechando a porta. - Uma minha, outra do Bernardo e a outra do Flynn.

Kate sorriu diante da estratégia do marido.

 

..... ..... ..... ..... .....

 

O dia no hotel, apesar de não ter sido programado, foi maravilhoso, pois Rick e Kate divertiram-se à valer com os três filhos na piscina, em seguida, almoçaram no restaurante do hotel.

Depois do banho jogaram vídeo game, brincaram de jogo de cartas coloridas, viram filminhos.

À noite, os cinco tomaram banho juntos na enorme banheira da suíte do casal. Foi uma folia maravilhosa e depois desceram para jantar no restaurante do hotel e ao retornarem à suíte, Castle trazia Lizzie nos braços e ela já bocejava e os olhinhos dela já estavam pesados.

Nos braços de Kate, Bernardo já dormia a sono solto.

Castle vestiu pijama nos filhos, inclusive no Bernardo, que já dormia.

Kate vestiu um pijaminha cor de rosa na filha e a ajeitou em uma das três camas de solteiro do quarto. Uma para Flynn, outra para o Bernardo e a outra para a Lizzie.

— Mamãe, conta uma historinha de princesa, conta! – A menina bocejava – Kate a cobriu com edredom e deitou com ela na cama de solteiro e começou a contar a história de Ariel, mas Lizzie já dormia um sono profundo quando Kate narrava que Ariel e seu amigo Linguado, nadavam em volta do navio naufragado.

Kate deu um tempo e depois se levantou da cama da filha. Iria colocar o Flynn para dormir, pois ele seguira o pai até a sala de TV.

Chegando à sala, encontrou o menino dormindo no sofá, com o controle remoto da TV na mão, então Kate pediu ao marido para colocar o garoto na cama.

Quando Castle retornou, encontrou a esposa apreciando a belíssima vista de Nova York. Ele a abraçou por trás e a beijou na nuca, deixando-a arrepiada. Kate girou o corpo e ficou de frente ao marido – Hey, amor! Nosso dia foi maravilhoso e fico feliz que você tenha persistido para ficarmos juntos aqui no hotel.

— Eu te disse... Vamos tomar vinho? – Ele perguntou ainda abraçado a esposa, mordiscando o lóbulo da orelha dela.

— Não... Eu não quero vinho... Eu quero você... Eu só quero você, Rick. Só você. – Kate ficou na ponta dos pés e, cingindo o pescoço do marido com os braços, ela o beijou. – Eu te amo, Rick! Eu te quero! Agora!

— Mas você não queria o “Dia e Noite de Meninas”? – Ele murmurou ao ouvido dela, provocando-a.

— Foi um equívoco, amor... – Kate admitiu.

Ele se desfez do abraço e a puxou pela mão na direção do quarto grande e mais distante e se jogaram na cama sobre os travesseiros. Ele apenas afastou o edredom.

Beijavam-se a acariciavam-se com paixão e aos poucos, as peças de roupas foram sendo tiradas e lançadas longe, ficando apenas de roupa íntima. As carícias e os beijos prosseguiam ardentes.

— Mamãe, eu vim dormir com você... – A voz fininha e baixinha de Lizzie chegou ao ouvido do casal e rapidamente e o casal ficou SOBRESSALTADO e se sentou na cama e viram a garotinha em pé, ao lado da cama dos pais.

 — Filhinha, a mamãe colocou você dormindo na sua caminha... – aturdida com a interrupção, Kate argumentou de forma muito carinhosa, mas ainda estava com a respiração acelerada.

Kate olhava para o marido que também não entendia nada.

A menininha conseguiu subir na cama e, obviamente, sem nenhuma malicia, se acomodou entre o pai e a mãe – Mas é que eu acordei assustada com aquele quarto diferente, mãe... Aquela cama também é diferente da minha... E eu quero dormir com você, mamãe... Você prometeu que iria dormir abraçadinha comigo... – a linda garotinha fez beicinho e se aconchegou nos braços da mãe.

Com a menina aconchegada nos braços, Kate olhou para o marido e ambos entenderam que naquela noite não fariam amor.

Castle deu um selinho na esposa e um sorriso lindo, querendo dizer que, apesar de ter frustrado a noite de amor deles, ele compreendia perfeitamente o que acontecia. – Ela é o nosso bebezinho, amor.

— Eu não sou bebezinho, não, papai. Eu já sou grande... Eu tenho três aninhos. – Lizzie protestou com sua linda voz fininha.

— Claro, princesa! Você não é uma bebezinha. Tudo bem... – Castle se redimiu e piscou para Kate, que sorriu.

Castle se levantou usando apenas uma cueca. Foi até onde estavam as malas e logo retornou já vestido com seu pijama e trouxe uma camisola para a esposa.

Ela agradeceu ao marido com um selinho – Te amo, Rick! – Kate sussurrou para ele e depois se dirigiu à filha – Minha Princesa, deixa a mamãe vestir a camisola, deixa, meu amorzinho... – Kate pediu e afastou um pouco a filha, o suficiente para vestir a camisola e depois deitou-se com ela, abraçando-a de forma protetora e logo a menina dormiu.

No mesmo momento, Rick também se deitou e se aconchegou ao corpo da esposa, abraçando-a de conchinha.

— Eu também te amo, Kate! – Ele falava baixinho no ouvido dela – Você é o amor da minha vida e nossos filhos são nossos tesouros. Boa noite, amor!

— Boa noite, Rick.

Naquele momento foram surpreendidos com o Flynn que entrou no quarto. Mesmo na penumbra, dava para ver a carinha de sono do garoto, arrastando o edredom e o travesseiro – Papai e mamãe, eu também quero dormir aqui com vocês e com a Lizzie.

— Venha, meu amor. – Kate chamou o filho.

O garoto subiu na imensa cama dos pais e, inocente, se espremeu entre o pai e a mãe. Ele repousou a cabeça no travesseiro que trouxe e Rick, um pai extremamente amoroso, ajeitou o edredom sobre o filho e o abraçou.

Segundos depois chegou o caçulinha, cambaleando de sono e trazia com ele o grande e inseparável carrinho azul de pelúcia – Eu também “quelo” dormir com o meu pai e com a minha mãe.

Como ele era muito pequeno, Kate o carregou e o colocou na cama junto com o irmão. A cama era muito espaçosa e tinha lugar para todos.

Com a chegada dos filhos, Kate não poderia mais dormir de conchinha com o marido, então, trocou a filha de lugar, com muito cuidado para não acordá-la, colocando-a no centro da cama ao lado dos irmãozinhos e passou a abraça-la novamente, só que agora, de frente para o marido e entre eles havia os três filhos.

Mantendo contato visual, Kate e Rick puseram suas mãos sobre os filhos, oportunidade em que entrelaçaram os dedos – Eu te amo, Rick. – Ela sussurrou.

— Eu também te amo, Kate... Quinze anos de amor e dez anos de casamento!

— E estes são os nossos tesouros. – Ela se referiu aos filhos.

Naquele dia nada saíra conforme programado, pois todos os planejamentos de Kate e Castle caíram por terra. Todavia os sorrisos nas faces do casal deixavam claro o imenso amor que havia ali e que a família estava unida e muito feliz.

Em poucos minutos o casal, ainda com os dedos entrelaçados, já dormia tranquilo, pois, apesar de não terem feito amor, estavam felizes por estarem juntos e terem construído uma linda família.

 

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Que tal nos encontrarmos nos comentários, eihm?

Link das imagens:

BRINCADEIRAS: https://n12.picjoke.net/useroutputs/3324/2018-04-23/12-pt-fe2b2ef4278fb2b5b340bf8701eb1017.jpg

OUTDOOR: https://n12.picjoke.net/useroutputs/3324/2018-04-23/12-pt-0b14028041612db4986287ead702c767.jpg
Eu busquei uma imagem do Rick Castle, bem charmoso... fácil né?... rsrsrs, alonguei a parede do cômodo, encontrei um móvel bonito, coloquei elegantes arranjos de rosas sobre ele e fiz as colagens para parecer uma propaganda de roupa masculina e, com a ajuda de um site especializado, inseri a colagem que eu criei em um outdoor para encaixar no enredo na história.

BEIJAVAM-SE: http://images6.fanpop.com/image/photos/35300000/Caskett-kiss-laisalves8-35397623-245-165.gif

SOBRESSALTADO: http://38.media.tumblr.com/4284a2e86798070349881156e1bd4296/tumblr_n5zr62hgwe1r4xqjbo3_500.gif



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