Fuga em nome do amor escrita por Denise Reis


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Olá! A viagem foi ótima!!! Aproveitei bastante!!! Retornei de Ilhéus-BA no final da tarde de hoje e revisei rapidamente o capítulo para postar. Espero que gostem.
Boa leitura!!



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Enquanto esperava Hayley fazer as novas pesquisas, Castle foi para a sala secreta do seu escritório e levou o dossiê para ler com calma.

Dentre tantas informações do dossiê, uma em especial lhe chamou a atenção. Lá estava a segunda identidade de Kate: Emily Byrne e depois, quando casou com o Nick Durand, assumiu o sobrenome dele, e passou a assinar Emily Durand, inclusive no trabalho. No seu crachá do FBI estava escrito: “Emily Durand – Agente Especial”.

Ao ler aquela informação, sentiu uma pontinha de mágoa porque quando se casou com Kate, apesar de ela ter acrescentado o sobrenome Rodgers Castle nos seus documentos pessoais, nunca os assumiu perante a Delegacia e continuou sendo chamada de Kate Beckett, mesmo quando mudou de patente e se tornou Capitão do Distrito. Castle até pensou que ao se tornar capitã, ela passaria a se apresentar como Kate Castle, mas isso não aconteceu. Ela continuou a se apresentar como Kate Beckett durante os casos, nunca Kate Castle... exceto na vida social deles.

— Ah, meu Deus, quanta frivolidade está passando pela minha cabeça! – Ele se recriminou – Não teve nenhuma importância ou mesmo dificuldade para a Emily assumir o sobrenome Durand porque ela só usou o sobrenome Byrne por pouquíssimos meses, pois conheceu e casou com o Nick rapidamente, então, adotar o sobrenome Durand foi a coisa mais fácil do mundo. E ela não o fez por amor a ele, pois tenho certeza que ela nunca o amou, tanto que eu nem tenho ciúmes dele...

Hayley semicerrou os olhos ao direcionar sua atenção ao chefe. 

Entendendo o olhar da moça, Castle vincou a testa, torceu o nariz e a boca fazendo um grande bico de menino emburrado,... – Tá bom... Tenho um pouquinho de ciúmes.

A inglesa continuou olhando o chefe, com jeito de professora durona.

Ele fez uma careta – Tá bom, tenho muito ciúmes dele... Mas sou capaz de apostar que ela se casou com ele para pertencer a um núcleo familiar e ganhar os amigos deste núcleo, já que ao passar a usar a nova identidade, como Emily, ela não tinha ninguém... Não tinha pais, irmãos, amigos. Já comigo foi diferente, ela se casou comigo por amor. Ela não se apresentava na delegacia com o meu sobrenome, mas todos sabiam que eu era o marido dela e o amor da vida dela. Ponto final. – Ele riu sozinho da sua conclusão óbvia, mesmo tendo consciência que era completamente tendenciosa.

Castle continuou a leitura do dossiê.

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Alexis concluíra com louvor a Faculdade de Direito e já era uma Advogada habilitada, mas gostava de fazer investigações com o pai e com a Hayley, por quem criara uma bonita amizade. Durante todas as fases da investigação sobre a Kate, principalmente no início, Castle a proibiu de participar ativamente porque ele queria que a filha tivesse especializações nas áreas do Direito em que a ruiva simpatizasse e esta investigação tomaria muito tempo. A garota não gostou muito e se sentiu excluída do caso, no entanto, ela entendia perfeitamente o pai, mas sempre que tinha um tempinho ela se inteirava do caso e até ajudava.

Alexis disse ao pai que entendia o motivo de ele querer mantê-la afastada do caso, e ela até aceitava, tanto que se inscreveu em dois cursos de PG: Pós-Graduação em Criminologia e também na Pós-Graduação de Segurança Pública e Inteligência Policial.

Alexis passou a ter muitas aulas e muitas atividades ligadas às duas PGs e muitos estudos. Apesar de tantas ocupações nos estudos, ela, avisou ao pai que ele poderia pedir qualquer ajuda ou qualquer informação que ela prontamente faria. Castle concordou, desde que ela não desistisse dos cursos.

Com efeito, sem se prejudicar nos estudos, a ruiva sempre arranjava tempo para ajudar Hayley e adorava fazer isso. O pai sabia e permitia, pois tinha consciência de que sua filha era responsável o bastante para saber dividir seu tempo.

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Conforme prometido, Hayley conseguiu acessar a página da Emily Durand no FBI e descobriu todos os casos em que ela estivera trabalhando no último ano antes da sua pseudo morte.

Hayley analisou um a um os casos e apenas um deles não fora solucionado e, por infeliz coincidência, era o mais antigo e se tratava de um grupo de criminosos de alto grau de perigo, todos com muitas mortes envolvidas. Apreensiva, a moça reexaminou com cuidado o tal caso complexo. Contudo, um fato terrível chamou a atenção da ex-integrante da Inteligência Britânica do MI6.

Estupefata, Hayley leu e releu várias vezes todos os nomes envolvidos e alguns deles era de arrepiar – Deus do céu! Coincidência demais! – A inglesa exclamou assim que confirmou os nomes dos criminosos. 

Imediatamente após fazer várias anotações a esse respeito a fim de concluir seu relatório, ela se levantou e se dirigiu à sala secreta – Rick, você precisa ver algo que eu encontrei.

Castle se levantou no mesmo instante e seguiu à ex-integrante do Serviço Secreto Britânico.

Ele estava ansioso para saber do que se tratava – O que você encontrou, Hayley?

— Calma, cara! – Os dois chegaram à enorme e sofisticada mesa de Castle, munida com tudo que tinha de mais novo. Alí havia equipamentos eletrônicos e computadores de última geração, mas que, na verdade, era utilizada diariamente pela Hayley – Sente-se aí na minha cadeira... – a moça falou.

Castle  torceu a boca de forma divertida ao ouví-la falar aquilo.

— Tá bom! Tá bom! – Hayley aquiesceu, risonha – Sente-se aí na “sua” cadeira, chefinho. Ficou melhor assim? – Ela frisou o pronome “sua” e deu risada, pois, muitas vezes o Castle parecia uma criança birrenta, mas que ela e todos à sua volta o amavam muito. Ele era formidável! Um cara do bem e muito bacana.

— Tudo bem! Você a usa mais do que eu, né? – Ele reconheceu, torceu a boca e o nariz e fez uma careta divertida, fazendo-os rir. – Mas diga aí, vamos ao que interessa, menina. O que foi mesmo que você encontrou de tão interessante, eihm? – o Castle olhou para a tela do notebook e esta estava apagada – Não tem nada aí... – ele constatou o óbvio.

— Estou surpresa com sua astúcia, chefinho! – Ela ironizou.

— Oh, como você é engraçadinha! – Ele devolveu a ironia.

— É a convivência com você... – ela respirou fundo e alterou o semblante ao mudar o assunto – Bem, falando sério... – ela falou com austeridade – Castle, o caso é mais sério do que imaginávamos. – Hayley afirmou e sentiu que os olhos do Escritor ficaram atentos, nem piscavam, e ele engoliu em seco.

— Sim! Você encontrou o que?

— Castle, pesquisei todos os casos que a Emily trabalhou no último ano antes da sua pseudo morte e, à exceção de um caso, todos os demais foram solucionados. E neste único caso que ela não conseguiu elucidar, eu encontrei nomes conhecidos nossos, mas eu te peço, pelo amor de Deus, que você mantenha a calma e espere eu terminar de te mostrar tudo. – Castle a olhava atento – Outra coisa, chefe, eu já bolei na minha cabeça um plano formidável, mas preciso de você para colocá-lo em prática. Mas – Hayley fez uma pausa estratégica, com o objetivo de prender a atenção dele –, o caso é muito sério e você precisa estar inteiro e não pela metade, entendeu? Você tem que estar com a cabeça no lugar. Sei que o caso envolve a mulher que é o amor da sua vida, mas você precisa ficar frio. Ah, tá, eu sei que é difícil, talvez quase impossível, pois quando se trata de Alexis e Kate você vira uma fera, mas você tem que fazer o possível e o impossível para, pelo menos, tentar ficar frio a fim de conseguir agir e pensar de modo inteligente. Não tem que colocar a emoção na frente da razão. Você está me entendendo?

— Quem é o chefe aqui? – Ele indagou.

— Você! – Ela respondeu impaciente, como quem fala com uma criança de nove anos, da mesma forma que Kate fazia no início da parceria com ele – Lógico que você é o chefe, mas no momento VOCÊ está fragilizado e sem conseguir discernir muito bem as coisas, então EU estou no comando e você vai me obedecer, custe o que custar. – Hayley falou de forma ríspida e ele assentiu, obediente – Inicialmente, vamos torcer para que a Kate esteja viva e isto, no momento, é o mais importante para você, correto?

— Sim. Concordo com você, Hayley – Ele estava visivelmente aflito –, mas pelo amor de Deus, me mostre o que você encontrou porque meu coração já está estourando.

— Você sofre de pressão alta, Castle?

— Não!

— Você tem problemas cardíacos, Castle?

— Não!

— Neste caso, chefe, relaxe! – Ela fez uma pequena pausa e o viu respirar fundo – Então, está pronto?

— Mais do que pronto. – Ele concordou.

— Bem, pensando bem, você quer ler todos os casos ou quer que eu faça um resumo da análise que eu fiz? Ou melhor ainda... Você quer que eu relacione os nomes chaves e depois conversamos sobre o assunto?

— Boa ideia, Hayley! Fale os nomes chaves. Depois faça o resumo da sua análise e conversamos sobre o assunto. Mais tarde, com certeza, eu vou ler o caso para ficar por dentro. Não quero ficar por fora de nada.

— Ok. Então, vamos avivar sua memória. Prometo ser sucinta. Aliás, se eu estiver muito rápida, você me avisa. – Hayley garantiu e logo começou – Costle, você se recorda do nome do Defensor Público que cuidou do caso daquele assassinato que você presenciou quando foi fazer uma leitura de uma parte do seu livro na residência de uma ganhadora de um sorteio que você fez no seu site? Você até foi testemunha e foi ouvido em juízo...

— Sim, eu me recordo. – Ele ficou pensativo – Quer dizer, o nome do primeiro Defensor eu me esqueci... Mas eu me lembro do nome do Defensor que o substituiu. O nome dele é Caleb Brown... Ele apareceu muitas outras vezes depois disso... Até lá em casa ele foi uma vez de surpresa, ou melhor dizendo, foi sem ser convidado... Aliás, quando eu e a Kate chegamos em casa ele já estava lá tomando meu whisky... Não sei como entrou...

— Sim, Caleb Brown. Muito bem. Acertou! Agora duas perguntas em uma, o nome do Senador da República que você e Kate detestam e também o nome do rei do tráfico de drogas e muitas outras falcatruas envolvendo dinheiro sujo e corrupção na política...

— William Bracken e Vulcan Simmons. – Castle já estava exaltado por conta dos três nomes envolvidos – Hayley, estou pasmo! Mas tanto o William Bracken quanto o Volcan Simmons já estão mortos!

— Cama, chefinho! Tem mais.

— Tem mais? Meu Deus!

— Agora... Essa é fácil, pois você... Castle, eu quero que você me diga o nome do Chefão da Sociedade Secreta dos Detetives...

— Mason Woods – ele respondeu rapidamente, interrompendo-a.

Hayley fez outras perguntas e Castle acertou as respostas e sempre os nomes eram conhecidos dele e de Kate.

Cada segundo que se passava e a cada nome que era mencionado ele estava apreensivo – Hayley, todos estes nomes estão relacionados em um único caso em que a Kate... ou melhor, em que a Emily não conseguiu solucionar, e, por coincidência, ela também desapareceu durante o caso? Muito suspeito!

— Calma, amigo. O nome ou a palavra mais interessante eu ainda não falei.

— Então diga.

— Como nos casos em que a Beckett estava investigando aqui em Nova York, também encontrei e, claro que a Kate também viu lá em Boston, porque ela não é cega, muito menos idiota... – Hayley fez uma pausa. Respirou fundo, torceu a boca, arrodeou a mesa e ficou ao lado do chefe e prosseguiu – Pois é, Rick, eu encontrei o nome ou a palavra “LokSat” rabiscado à caneta, nas bordas de vários documentos e memorandos antigos, muitos deles endereçados ao Senador William Bracken. Todas estas pessoas que mencionamos tem seus nomes relacionados a LokSat.

Castle se levantou e, calado e passando as mãos pela cabeça, deu uma volta na sua sala. Retornou e parou ao lado da inglesa – Hayley, isso não é só uma coincidência... Impossível ser uma coincidência. Sou capaz de afirmar que a Kate, ou melhor, a Emily.... Ah, não importa! Kate ou Emily... Tanto faz! Sou capaz de afirmar que ela não desapareceu... Ela foi sequestrada porque estava mexendo em casa de maribondo. Como a Kate sempre foi muito astuta e muito teimosa, ela não deve ter escutado e muito menos obedecido as ameaças que, com certeza, deve ter recebido do LokSat.

Castle se distanciou e deu alguns passos, parando do outro lado da mesa e franziu a testa em sinal de dúvida – Eu ainda acho que esse Nick pode estar envolvido... Porque não fizeram nada com o Nick nem com o filho deles.

— Não viaja, Rick! O seu ciúme está falando mais alto do que a razão.

— Não! Ah, tá! Óbvio que eu tenho um pouco de ciúme... Tá, tenho muito ciúmes desse tal de Nick Durand, mas minha análise não é por conta de ciúmes e sim, por conta das coincidências... Ah, Hayley, você não acha que o Nick se casou muito rápido depois que a esposa faleceu?

— Não tire as pessoas por você, Castle.

— Heyley, eu sei que qualquer pessoa normal, jovem e saudável tem direito a refazer sua vida amorosa. Claro! Não sou contra isso. – Ele recebeu dela um olhar mortal – Tudo bem! Culpado! – Ele deu um sorriso torto – Eu não fiz isso porque não encontrei outra mulher que superasse todo o amor que eu ainda sinto pela Kate.

— Claro! Você não deixou! Você não procurou também. Eu e a Alexis somos testemunhas disso. Você não deu espaço para outra mulher se encostar em você e quando elas o faziam nas festas de lançamento do seu livro, você sempre dava um jeito de repeli-las e estou dizendo isso não porque me contaram. Estou dizendo isso porque eu vi, aliás, como acabei de te falar, eu e a Alexis vimos tudo. Estou dizendo isso como sua amiga, cara.

— Confesso que no primeiro ano eu não sentia desejo por nenhuma mulher, pois só pensava em Kate, mas eu não fiquei celibatário nos últimos dois anos, Hayley...

— Ah, sim... Mas com certeza você agiu como um robô com todas elas, tipo, a máquina do sexo! Óbvio que eu não estava presente nestes eventos libidinosos, graças a Deus – ela riu da sua própria piada -, mas não preciso ser uma expert para ter certeza que você as tratou como se elas fossem descartáveis e nenhuma mulher gosta disso. Mulher gosta de emoção. Mulher gosta de carinho e de se sentir querida e desejada como pessoa e não apenas como um pedaço de carne. Acho melhor mudarmos de assunto, até porque não sou especialista nisso.

— Pois é, então, não fujamos do assunto principal. Estávamos falando do Nick. Sim, eu acho que ele está envolvido no desaparecimento ou no sequestro da Kate.

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Quando Alexis retornou da faculdade, ela ficou a par das novidades e, tal e qual o pai, ficou pasma. O assunto rendeu até tarde da noite porque leram o caso desde o início.

Hayley fez uma análise completa e, juntos, fizeram ponderações e um planejamento estratégico para a localização de Kate. Só que desta vez não repetiriam o erro anterior de fazer a busca nos estados distantes. O mapeamento ficaria restrito, inicialmente, ao estado de Massachusetts, iniciando-se em Boston e depois nos arredores desta cidade e a partir daí, iriam se distanciando.

Utilizando-se de um excelente site de busca específico em mapas, e ainda usando os “métodos nada ortodoxos” da Hayley, fizeram uma varredura do estado de Massachusetts e, conforme combinado, iniciaram por Boston.

Fizeram também uma pesquisa avançada com relação aos imóveis desocupados que ficavam mais afastados.

Foi uma semana inteira de muita pesquisa, muitas análises, muitas anotações. Chegavam cedo no escritório, fazendo todas as refeições delivery, até que concluíram a programação com uma mega estrutura organizada exclusivamente para iniciar a busca à Kate Beckett Castle.


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Notas finais do capítulo

Olá!! Como eu disse, eu estive em viagem para Ilhéus-Bahia e, apesar de já ter lido e amado os últimos comentários, somente hoje pude respondê-los, pois queria fazer com toda a atenção merecida. Amei todos e obrigada pelo carinho.
Bem, espero que tenham gostado deste capítulo. A investigação vai prosseguir e espero que estejamos juntos para estas nova empreitada.
Vejo vocês nos comentários!!
Bjsss



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