Hit And Run escrita por Any Sciuto


Capítulo 5
Força.


Notas iniciais do capítulo

Transponder: Usado em aviação. É o aparelho que transmite a localização da aeronave.



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Se a semana havia passado, Derek não tinha notado. Ele permaneceu com sua garotinha, nunca saindo mais do que uma hora ou duas.

O coma parecia querer acabar. Ele tinha consciência que 1 ano era um coma ainda reversível e que a partir de um ano e um dia, as chances diminuiriam.

Reid estava um lixo humano. Quando Derek disse o que Penelope falou antes de desmaiar ele sabia sobre o que ela estava falando.

Foi um pouco depois de Hankel aquele maldito sequestrar ele. Ela sabia que ele estava pensando no Dilaudid que ela havia visto pelo vídeo.

Alguns anos antes...

— Nem pense nisso, Spencer. – Penelope colocou uma embalagem cheia de doces na frente dele.

— Para o que eles servem? – Reid perguntou pegando o saco de doces.  

— Para quando você se pegar com vontade de usar o remédio. – Ela falou abrindo a embalagem e tirando um doce.

— Você sabe que a taxa de glicose adequada depende de uma vida sem muito doce e.... – Reid se calou depois de receber um olhar reprovador de Penelope.

Era tão engraçado que ele fez uma cara assustada para ela de propósito para que ela se sentisse feliz.

— Eu não sou assustadora, Spencer. – Ela reclamou. – JJ disse que eu não tenho um lado assustador.

Spencer riu. Ele faria ela se sentir melhor.

— Bom. Se isso deixar você feliz você tem. – Spencer falou.

— É sério? – Agora Penelope estava atenta.

— Sim. – Reid respondeu. – É natural da natureza humana que as pessoas queiram demonstrar seu lado assustador.

Agora ela ficou impressionada.

— E você tem um? – Ela perguntou com curiosidade.

— Tenho sim. – Ele respondeu indo.

— Então eu quero ver. – Garcia pediu. – Eu quero ver a personalidade oculta do Dr. Reid.

— Aqui? – Reid girou na sala no lugar. – Agora?

— Sim. – Ela estava ansiosa.

— Bem. Depois que ver não tem como se esquecer. – Reid começou a mudar de personalidade. – "Eu sei o que está pensando. Esse cara disparou cinco tiros. Ou seriam seis? Só tem que se perguntar uma coisa: eu estou com sorte, Panaca?"

Penelope teve que se reprimir da vontade de rir. Ele tentando ser assustador era assustadoramente fofo.

— Você tem que prometer que nunca vai contar ao Morgan sobre isso. – Reid pediu. – Porque ele vai ficar tirando comigo.

— Eu prometo gênio. – Garcia se afastou rindo. – Apenas prometa que vai fazer uso dos doces se sentir vontade de usar aquele remédio.

— Feito. – Reid prometeu sério.

Hoje...

Quando Reid abriu a gaveta viu o saco de doces dentro dela. Ele manteria a promessa dele já que até diante da possibilidade da morte ela prometeu guardar seu segredo. Não era algo sujo, mas era embaraçoso.

Na semana seguinte, eles finalmente conseguiram uma pista sobre Kevin enquanto eles estavam em um caso próximo a Roanoke.

Eles sondaram as casas e um morador disse que ele estava pela vizinhança durante aqueles dias.

Eles entraram na casa, obviamente depois de receber um mandato. Havia sangue por todo o lugar e um corpo.

— Rebecca Johnson. – Derek leu na identificação ao lado corpo. – Ex amante de Kevin Lynch. Aquela com quem ele traiu Penelope e o motivo de tudo isso ter acontecido.

— Ela não merecia ser assassinada. – Reid observou. – Porque matar alguém com você traiu conscientemente sua ex-namorada?

— Talvez ele a tenha culpado por ter feito Penelope terminar com ele.- Hotchner observou em seguida.

— Mais do que isso. – Rossi observou. – É um recado para nós.

Rossi alcançou o papel colado na roupa de Rebecca. " Olá Derek. Vejo que sua garotinha ainda não melhorou. Espero que você tenha fodido o suficiente com ela." Derek largou o papel, tirando o celular e discando o número de JJ que estava com Penelope no hospital.

JJ jurava que Penelope parecia mais corada hoje. Ontem Derek fez uma vista surpresa para ela, mesmo ela estando nesse estado. Ela sabia o quanto Derek era apaixonado por Penelope. Rosas vermelhas decoravam o quarto.

Um buque foi presente de Rossi. Foram bastante caras e para dizer a verdade deu um pouco de trabalho para escolher, já que todas as flores pareciam ter a cara de Garcia.

Ele fez um acordo com a moça da loja de flores. Dando um cheque polpudo para ela, ele a fez jurar de mandar um buquê a cada dia, com todas as flores que ela tivesse. Seria assim até que ela voltasse e Rossi ficou feliz em gastar aquela quantia.

Outro buque, com rosas cor-de-rosa foi presente de Hotch. Jack fez questão de estar presente quando seu pai foi entregar as flores. Ele apenas ficou chateado quando Aaron o explicou o motivo de ela não acordar.

— Mas ela tem que ficar boa, papai. – Jack falou inocente. – Ela precisa ajudar você a pegar os bandidos.

Hotch sorriu para a explicação de seu filho sobre o porquê de Penelope precisar acordar.  E porque por mais que doesse ele sabia que era verdade.

— Acha que se eu vir aqui uma vez por semana ela vai gostar? – Jack perguntou outra vez inocente.

— Você sabe que ela sempre gostou de você, não é Jack? – Hotch respondeu com outra pergunta.

Recebendo um aceno positivo de Jack Hotch completou.

— Então sim, Jack. – Hotch o sentou na cadeira do quarto. – Ela vai amar sua companhia.

Jack havia feito um desenho de Penelope bem fofo com a equipe e ele mesmo. Ele felizmente não lembrava da morte de sua mãe, mas com certeza esse coma de Penelope ficaria com ele.

Outro buque de rosas amarelas veio de JJ, Will e Henry. Ele poderia ser um bebê, mas JJ fez questão de inclui-lo no cartão de melhoras, afinal Penelope era sua madrinha junto com Reid.

Will veio visitar Penelope com Henry e se assustou com a história do ataque. Ele queria ajudar a caçar Kevin que a essa altura se tornou um dos mais procurados pelo FBI pelo ataque contra uma agente federal.

Sim, todos sabiam que Penelope Garcia era mais que a analista técnica Penelope Garcia, mas sim a Agente Especial analista técnica Penelope Garcia. Era um nome complexo abreviado gentilmente para TA Penelope Garcia.

 Um buque de tulipas misturadas veio de Reid. Já havia rosas demais no quarto. Ele achou que tulipas vermelhas e amarelas ficariam bonitas no quarto. Ele sempre lia seu livro para Penelope. Havia uma voz dentro dele que o fazia sempre confiante na recuperação dela. Mas apenas confiante.

Emily trouxe um vaso de gerânios. Gerânios roxos para serem exatos. Ela e Reid queriam competir pela melhor flor para Penelope. Rossi teve que impedir antes que o quarto pequeno se transformasse em uma floricultura.

Talvez um dos melhores buques do quarto fosse um com flores de tecido feitas pela mãe de Derek. Todas as vezes que Derek sorria quando falava de Penelope a fizeram ver a moça a sua frente com sua nora logo de cara.

Derek estava sentado ao lado de Penelope pela que parecia ser a eternidade, em silêncio. Ele a queria de volta, mas ela não parecia voltar cedo o suficiente. Entretanto o anel no dedo dela, a fazia estar tão bela quanto no dia que ele a conheceu.

— Força, Baby Girl. – Derek sussurrou no ouvido dela. – Eu preciso de você. Só de você.

Então o celular de Derek começou a tocar. Ele esperou até cair na caixa postal.

— Ligue mais tarde. – Ele rosnou para o telefone.

Ele se forçou a pegar o aparelho e atender quando tocou a segunda vez.

— Morgan. – Ele antedeu bravo pela interrupção do seu momento.

— Kevin Lynch foi avistado indo para Washington. – Hotch falou de uma vez só. – Estou mandando Reid para o hospital e você pode tentar ter sua vingança.

— Não acredito que você vai me permitir dar um tiro nesse babaca. – Derek falou estranhando aquele comportamento de Hotch. – E as regras de tiro?

— Elas não existem ou não são válidas quando alguém toca em um membro da minha equipe e acha que está livre. – Hotch falou. – Além do que temos um motivo para acabar com ele. Um motivo que nenhum juiz vai ser capaz de refutar.

Todos queriam mirar em Kevin. A prioridade era pegar ele com vida ou com alguns machucados de uma escada ocasional no meio do caminho, durante uma fuga ou uma batida em uma porta desavisada.

Reid chegou e já se colocou no quarto de Penelope. Ela era alguém muito especial para todos na equipe.

— Ele não virá atrás dela. – Reid falou. – Mas se ele ousar não vou permitir nem cruzar aquela porta sem um tiro.

Há alguns meses durante um caso, ela se preocupou quando ele se infectou com Antrax e ele sabia o quanto ela se esforçou para ajudar a achar algo ou alguém que pudesse ajudar a salvar a vida dele.

Agora ele retribuiria o favor.

Kevin estava fugindo há algumas semanas, com nomes falsos estúpidos. Na mente dele, ele apenas estava no direito dele de se vingar de Penelope e de Rebecca. Penelope merecia morrer por ter deixado ele, quando ele disse que a amava e que Rebecca e ele não havia sido sua culpa.

Rebecca era culpada por atraí-lo para cama, sua cama que ele dividia com Penelope e fazer amor com ele, o provocando com sua roupa colada e uma roupa de baixo provocante.

Kevin precisava de um lugar seguro e longe daqui por um tempo. Talvez um ano, talvez dois. O suficiente para voltar e se vingar de Penelope se ela sobrevivesse ao coma.  

Então ele teria que basicamente combinar nomes falsos, números de cartões bancários válidos, uma profissão que justificasse sua renda e seu saldo.

Ele dirigiu até um aeroporto particular depois de despistar todo mundo e usou sua arma recém comprada para sequestrar o jatinho e desligar o transponder. Ele voou para a Rússia. Ele estaria sempre informado da condição de saúde de Penelope.


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Notas finais do capítulo

a cena de Spencer e Penelope foi completamente baseada no episódio 9x06 que é um episódio de dia das bruxas.



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