Hit And Run escrita por Any Sciuto


Capítulo 4
Um beijo de você.


Notas iniciais do capítulo

Primeira coisa: ela não foi violenta por Kevin. por mais que nessas circunstâncias de sequestro o mais correto seria ter um estupro, quando fiz uma com estupro levou dois dias para parar de pensar em quão mal alguém fica numa situação.
segundo: não sou médica. a frase que Derek fala é de um episódio da primeira temporada de CM.



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Duas semanas antes...

A cada passo que Derek dava em uma pista sobre o desaparecimento de Penelope ou de onde Kevin teria levado sua garotinha, ele dava dois para trás. Strauss nem tentou tirar a equipe do caso dessa vez, em uma demonstração de quanto ela confiava neles.

Ela havia sido levada a dois dias inteiros e Derek teve que se afastar. Nem foi ideia de Hotch, mas dele mesmo. Ele iria encontrar ela sozinho, porque ele conhecia o sistema de atuação de Unsubs. Ele sabia rotas que ele poderia ter tomado a partir da tal clínica.

Uma equipe havia achado grampos na sala de Strauss que levaram diretamente a Kevin. Derek se pegou imaginando o que ela estava passando com Kevin. Quanto mais ele pensava mais martelava a parede a sua frente.

— Foda-se. – Derek gritou enquanto quebrava paredes.

Era seu meio de aguentar. Foram cinco anos entre flertar e se apaixonar por Penelope, não exatamente nessa ordem.

Ele havia feito uma pausa curta, um banho ou qualquer outra coisa e foi quando ele recebeu a mensagem de Kevin.

" Sua garota está aguentando bem." Era a única coisa que estava escrito nela. Era de Kevin.

Apartamento de Kevin Lynch

 Roanoke, Virginia.

Penelope estava amarrada a uma cadeira na sala principal da casa. Nos primeiros dois dias ela foi agredida diversas vezes por Kevin. Ele a colocava em uma cama amarrada pelas mãos e sempre sedada.

Uma parte dela não queria se ver como vítima, mas outra a fazia se sentir como uma.

Ela agradecia cada vez que ele a sedava porque ela não conseguia aguentar as dores das agressões feitas por Kevin. Aquele que havia jurado seu amor por ela, agora a agredia.

Ele trouxe comida no terceiro dia. Comida de verdade. Ela não deveria aceitar, mas ela precisava lutar contra ele. E foi assim por uma semana.

A equipe sempre que chegava perto de encontrá-la, ou chegava tarde demais ou era obrigada a não seguir as provas.  Dessa vez, nem era Strauss quem os proibia.

Então chegaram na segunda semana logo de uma vez.

Derek se afundou no álcool. Ele tomou um pouco de vergonha na cara quando a imagem de Penelope veio a sua cabeça pedindo para ele parar de se matar com bebida. Ele já pensava em organizar um funeral. Todos sabiam o quanto Kevin queria matar Penelope por ter deixado ele.

Ele reviu cada documento apreendido em uma das batidas em uma casa que ele a tinha mantido e descobriu a casa da colina.  Derek avisou para Reid se juntar a ele enquanto ele dirigia pela estrada.

Kevin percebeu que por mais que ele mantivesse Penelope presa com ele, ela logo seria encontrada pelos colegas. Derek parou ao lado da casa perto da colina. Foi um trabalho chegar aqui sem fazer barulho.

— Venha. – Kevin saiu arrastando Penelope pelos cabelos até uma caminhonete próxima a casa. Derek quis seguir, mas não tinha outros carros pela estrada.

Ele esperou Kevin se afastar o suficiente. E então o seguiu.

Ele parou ao lado de uma encosta alta, que dava diretamente para um auto estrada. Ele a tirou do carro e a pegou pelos braços dela.

O vento batia forte naquele momento e ela não podia gritar ou resistir com a fita na boca e os braços amarrados.

— Eu sempre te amei, Penny. – Kevin ganhou uma careta quando ela falou o apelido dela que ela particularmente odiava. – Eu não posso deixar que você fique com seu GI- Joe particular enquanto eu sou o único merecedor de você.

O vento ainda forte fazia os cabelos dela voarem pelo ar. Ela podia sentir o vazio atrás dela. Com um olhar assustado, ela pedia para não ser lançada, mas isso não deu certo.

Kevin a jogou do penhasco a fazendo rolar e bater em algumas pedras pelo caminho a baixo. Derek gelou quando Kevin olhou na direção do veículo com um sorriso diabólico. Ele entrou no carro antes que Derek conseguisse ligar o dele e foi em direção a auto-estrada.

Derek sentiu-se frustrado quando apenas conseguiu fazer o veículo funcionar quando Kevin já havia descido a colina e em direção a uma Penelope semiconsciente no final da estrada. Ele teve que parar quando viu Kevin passar por cima dela com o veículo e saiu correndo na direção dela.

Ele chegou a tempo. Antes que ela fechasse os olhos pela o que Derek desejava não ser a última vez.

— Baby Girl. – Derek ficou de joelhos em sua frente e não a tocou. – A ajuda está vindo.

— Derek. – Ela juntou algumas palavras. – Me desculpa.

— Não diga isso Baby Girl. – Derek colocou seus lábios juntos ao dela. – Eu te amo e quero passar minha vida com você.

— Diga a Spencer que eu nunca me esqueci da promessa dele. – Ela falou e depois desmaiou.

— Baby Girl. – Derek começou a chorar. – Penelope. Não. Não me deixe por favor.

Ele sentiu seu pulso diminuindo a cada momento sem poder fazer nada. Ele viu as sirenes virem ao seu encontro e era como uma cena de filme onde ele era quem estava perdendo alguém e ela era a vítima do maníaco.

Ele nunca se permitiu ficar longe dela. Ela estava coberta de feridas, por causa das pedras que ela bateu.

— Precisamos do desfibrilador aqui. – Um dos paramédicos falou, enquanto outro afastou Derek. – Carregue em 360 e se afastem.

— Baby girl. – Derek caiu de joelhos não aguentando a cena a sua frente. – Baby girl não me deixe. Não agora que podemos finalmente começar a ser um casal.

As linhas planas não mudaram por dois minutos. Dois minutos que Derek se viu em um túnel de tristeza e dor. Ele podia sentir Hotch e Rossi ao seu lado assim como Spencer que estava coordenando alguma coisa por telefone, JJ e Emily consolando uma e a outra com um abraço.

Ele só tinha olhos para sua musa ali imóvel e – morta – na pior das hipóteses. Inconsciente de tudo ele se ajoelhou diante dela, diante de Hotch. De todos. Ele colocou seus lábios com os dela numa pausa do desfibrilador e então ele os tirou.

Quando o choque foi ouvido, os gráficos ficaram normais e ela pelo menos teria uma chance de lutar.

Eles finalmente puderam levar ela para o hospital. Kevin precisava ser punido, mas primeiro eles garantiriam sua vida. A vida de Penelope. Hotch e Derek entraram na ambulância e foram com suas armas caso Kevin ousasse atacar o transporte.

Derek não podia segurar sua mão, nem podia dar um beijo, deus, ele nem podia sussurrar besteiras apaixonadas durante a viagem para manter ela com ele.

— Já foi uma sorte ela ter sobrevivido a queda e ao atropelamento. – O paramédico disse. – Vai ser um milagre ela sobreviver a cirurgia.

— Ela não é médica. – Derek falou inconsciente de onde estava.

Hotch apenas sorriu. Esse era um dos melhores flertes dos dois. Além de Derek e Hotch, Rossi e Spencer faziam planos secretos de tortura contra Kevin e podiam jurar que Prentiss atiraria na virilha de Kevin e JJ na cabeça assim como fez com Battle na sede da BAU.

Battle.... Maldito seja também. Se não fosse por ele, ela nunca teria conhecido Kevin e eles nunca teriam namorado.

Quando eles chegaram ao hospital e ela foi levada diretamente para a cirurgia, Derek chamou sua mãe. Ele precisava dela agora. Hotch ofereceu um jatinho particular e Derek nem tentou negar. Talvez fosse hora de parar de agir com as regras e agir com o coração.

Quando Fran chegou ao hospital Derek parecia horrível. Ele não dormiu por dois dias antes de tudo isso e não parecia com vontade de dormir agora.

Quando o médico saiu da sala de cirurgia eles viram Derek sofrer mais um pouco. E agora ela estava em um quarto rosa especial do hospital, ligada a fios e máquinas.

Derek riu quando viu o quarto colorido com rosa, fazendo especulações sobre quem Hotch ou Rossi teriam subornado para pintar a parede de rosa em tempo recorde. Se Garcia acordasse se visse nesse quarto pelo menos ela iria ficar em ótimo humor.


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