Hit And Run escrita por Any Sciuto


Capítulo 17
Bebê a bordo.




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Derek foi jogado em um mundo novo. Não só ele tinha conseguido encontrar sua Baby girl como ele descobriu que eles teriam um filho juntos.

Ele tinha toda a certeza que era dele. Pediu para Reid refazer as contas dez vezes e sabia. Se ele fosse de Kevin ele iria amar do mesmo jeito. Sua Baby Girl não teria culpa em nada. Porém, seu instinto dizia que era dele.

Hotchner estava preocupado com os dois agentes. Rossi não disse uma palavra até o momento e Derek parecia querer chorar ainda mais.

— Temos que ir. – Hotch falou abruptamente. – Temos um voo em 30 minutos.

— O que? – Derek voltou para a realidade. – Porque tão tarde? Eu preciso dela agora.

— Eu entendo Derek. – Hotch entendia a pressa. – O escritório do FBI em Ohio junto com a agente Blake está protegendo Penelope no hospital.

— Eles disseram como ela está? – Rossi se pronunciou.

— Ela passou o maior tempo sedada. – Hotch disse. – Ela tinha alguns momentos para se sentar no sofá e tomar banho e se alimentar.

— Quem a colocou lá? – Derek queria agredir alguém.

— Kevin. – Hotch falou. – E sobre o bebê, não acharam indícios de estupro o que quer dizer que só tem uma pessoa que pode ser o pai, Derek.

— Eu. – Derek sorria de orelha a orelha. – Eu vou ter um bebê.

— Quando pousarmos vamos direto para a clínica. – Hotch resumiu. – Ela ainda não sabe da gravidez. Você e Reid podem cuidar dela e contar. JJ está quase tendo o bebê, porém Will vai contar para ela. Só precisamos esperar Prentiss e Luke.

Quando o resto da equipe incluindo o novato Luke se reuniram e começaram a decolagem, Derek se sentou afastado do resto. Foram quatro meses infernais longe dela.

Quatro meses atrás...

Quando Derek abriu a fechadura da casa que era seu lar com Penelope as lembranças de tudo o atingiram de uma forma horrível. Ela desapareceu a quatro dias e ele já estava a ponto de surtar. Olhando para a poltrona colorida onde ele foi amarrado e para o sofá amarelo onde ela estava deitada inconsciente fizeram Derek chorar.

A mesa da cozinha ainda com a comida agora azeda e se decompondo, as cartas de parabéns e aquele envelope que ela mandou para Derek com a mudança de sobrenome.

Era demais para ele. Subindo as escadas, ele entrou no quarto da sua primeira noite com ela. Derek sabia que de onde ela estivesse ela estava bem. Algumas coisas não podiam simplesmente serem explicadas, porém, ela iria lutar com todas as forças.

Quando eles fizeram amor no chuveiro e onde eles estavam juntos sem proteção a primeira vez, ele desejava que ficasse na memória dela, em vez dos momentos de terror que ela estava passando com Kevin.

Ele deixou-se levar pelo sono. Talvez Hotch estivesse certo, afinal. Ele precisava se cuidar para a volta dela, mesmo que não soubesse quando seria.

Ele começou a comprar roupinhas de bebê no segundo mês. Nem sabia o porquê, mas algo dentro dele dizia que eles logo que ela voltasse pudessem tentar uma família.

Hotch chamou Luke Alvez no terceiro mês. JJ estava com uma gravidez complicada dessa vez e precisou tirar uma licença do trabalho.

Derek praticamente subia pelas paredes no quarto mês. Ele precisava dela. E ela provavelmente precisava dele. Onde quer que ela estivesse.

Agora...

— Então. – Reid se sentou ao lado de Derek. – Um bebê?

— Hã? – Morgan virou de repente.

— Eu soube por Hotchner que ela está grávida. – Reid completou. – As estatísticas dizem que a maioria dos recém-casados tem mais chances de ter um bebê nas primeiras vezes que ficam.

— Fizemos amor duas vezes, Spencer. – Morgan sorriu com a lembrança. – Talvez uma das melhores noites da minha vida.

— Eu não preciso saber isso. – Spencer fingiu tapar os ouvidos. – Eu vou ser o padrinho, certo?

— Você e Hotch vão ter que tirar no palitinho. – Derek brincou. – Ela ainda não sabe sobre o bebê.

— Sou ótimo com notícias. – Reid falou. – A gente vai trazer ela de volta dessa vez, Derek.

— Eu nem acredito que ela estava naquela clinica o tempo todo. – Derek estava chateado. – A única que a gente descartou.

— Ironia do destino. – Reid falou.

— Está parecendo mais como vingança do destino. – Derek corrigiu o agente.

O sinal sonoro foi aceso e todos se preparam para a descida. Era a hora de trazer Penelope Garcia e seu futuro bebê para casa.

Foram mais trinta minutos de estrada até a clínica e o coração de Derek poderia tocar bateria em uma escola de samba de tão rápido.

— Agente Hotchner. – Alex Blake os encontrou na entrada. – Bom ver você novamente.

— Igualmente Alex. – Hotch respondeu aflito. – Onde ela está?

— No quarto 365. – Blake respondeu. – Ela está com as memórias confusas desde que foi colocada aqui. Ela disse que se lembra do sequestro apenas antes de ele colocar um pano nela e depois as poucas vezes em que esteve acordada.

— Sabe como ela veio parar aqui? – Derek tomou a frente.

— O ex doutor Johnson foi quem a admitiu aqui. – Blake explicou. – Ele era um amigo de Kevin que foi quem a colocou aqui.

— Ex doutor? – Rossi perguntou.

— Foi preso pela minha unidade há algumas horas. – Ela respondeu.

Eles pararam em frente ao quarto onde ela dormia.

— Devo avisar que ela pode não reconhecer vocês por alguns segundos. – Blake advertiu. – Os remédios que ela recebeu fizeram com que ela esquecesse algumas partes.

Derek abriu a porta pronto para ver sua garotinha depois de meses. Ela estava deitada e parecia estar dormindo. A equipe seguiu Derek e se colocaram ao redor dela. Ninguém ousou abandonar Penelope.

Ela acordou depois de alguns minutos, nervosa sobre quem estava no quarto. Seus olhos se iluminaram quando viu Derek.

— Derek. – A voz carregada de dor. – Você não é um sonho?

— Não princesa. – Derek entrelaçou suas mãos com as dela. – Mas depende do tipo de sonho a que você se refere.

— Eu fiquei com medo, Derek. – Ela tinha lágrimas escorrendo. – Pensei que você tinha me esquecido.

— Nunca Baby Girl. – Derek a abraçou.

— Eu preciso de você, Derek. – Ela se aconchegou no abraço de Derek.

— Ela nunca iria esquecer de Derek. – Reid comentou com Rossi.

Ela parou assustada com as pessoas. Olhando cada um por um tempo ela tomou seu tempo para estudar as pessoas e depois sorriu.

— Ela lembrou de nós. – Rossi disse se aproximando. – Bom ter você de volta, Kitten.

— Rossi. – Ela deu um abraço nele. – Senti falta de você.

— Eu também. – Rossi deixou-se levar.

Ele não admitiria em voz alta, mas a falta dela o fez duvidar de sua volta. Se Derek sofria visivelmente ele deixava para os momentos sozinho. Cada sorriso dela valia muito essa vida de dor e sofrimento. Ele a via como a filha que ele sempre quis ter.

Cabelos malucos e roupas coloridas. Depois que ele descobriu sobre o jeito que ela perdeu seus pais e como ela foi contratada ele passou a admirar a garota ainda mais.

Reid foi o próximo a se aproximar. Normalmente o mais fechado a abraços ele a levou para seus braços sem pensar.

— Woa, Reid. – Ela deu um grito de surpresa. – Estou feliz em ver você também.

— Você está bem, Baby girl? – Derek se preocupou quando ela quase caiu na cama de uma vez só.

— Reid me pegou de surpresa que até deu tontura. – Ela riu.

— É a saudade, Penelope. – Reid estava feliz por sua volta. – Talvez considere nunca mais sumir assim.

Hotch deu um olhar feliz para ela, porém não se aproximou.

— Estou feliz em ver você senhor. – Ela falou irônica. – Mas eu não mordo.

Quando ela disse essas palavras Hotch tomou coragem e deu um abraço.

Ele nunca admitiria, mas ele sentiu muito a falta dela. Não tanto quanto Reid, Emily e Rossi e com certeza Derek, mas ele passou horas estudando o caso sem que ninguém soubesse.

— Bom ter você de volta. – Ele estava feliz. – Temos boas notícias.

— É bom estar de volta Boss Man. – Ela estava feliz também.

Emily se aproximou com uma caixa.

— Depois de quatro meses talvez você precise disso. – Emily entregou a embalagem. – É um presente de todos nós.

Ela abriu o pacote tremendo. Ela os olhou com muito amor.

— Adorei esse celular. – Penelope ligou o telefone e ficou contente. – Se eu tivesse tido o meu eu teria entrado em contato com você Emily.

— Eu sei. – Emily deu um sorriso gigante para a amiga.

— Ei. – Penelope olhou para todos, mas não viu JJ. – Onde JJ está?

— Essa é a boa notícia. – Reid falou. – Ela está de licença maternidade.

— JJ vai ter um bebê? - Penelope vibrou com a notícia. – Eu preciso ver ela.

— Ainda não Mama. – Derek falou de brincadeira.

— Derek. – Penelope falou de repente. – Algo se mexeu dentro de mim. Eu também estou...?

— Era uma surpresa, Baby girl. – Derek fingiu tristeza. – Ei. Não se preocupe. Esse filho é meu.

— Kevin? – Ela mencionou o nome proibido.

— Aguarda execução. – Derek respondeu. – Ele vai ter sua última audiência, porém não é um recurso.

— Então? – Ela não entendia.

— Longa história. – Derek deu um beijo na boca de Penelope. – Ah sim. Esse é o agente Alvez. Está substituindo JJ por enquanto.

Todos ficaram por um tempo conversando e falando das coisas que ela perdeu e de quanto todo mundo sentia falta dela.


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