Hit And Run escrita por Any Sciuto


Capítulo 15
Vingança.


Notas iniciais do capítulo

Contém cenas de tentativa de estupro indicada por um asterisco e uma chave. *[



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Walter foi o primeiro a entrar no prédio do FBI. Toda a tecnologia presente por lá era assustadora de um jeito lindo.

— Se está impressionado com isso. – Hotch começou. – Espere para ver o sistema do computador de Garcia.

— É especial? – Walter e Sly perguntaram juntos.

— Ela projetou cada código dele. – Derek falou com orgulho. – É como eu disse. A melhor Hacker do mundo.

— Agente Morgan. – Paige colocou uma mão em Derek para conforta-lo. – Eu gostaria de conversar.

— É sobre o aborto que ela teve? – Derek sabia sobre o que ela queria conversar. – Você leu o relato dela, não é?

— Eu nem imagino como isso foi ruim para ela. – Paige falou. – Eu sei porque tenho um filho e nem sei o que seria se eu perdesse.

— Obrigado Senhorita. – Derek agradeceu.

Ele levou a equipe para a sala de Penelope, porém hesitou em entrar por alguns segundos. Abrindo a porta, brinquedos coloridos, quadros e fotos do casal o inundaram.

Walter não era um perfilador, entretanto sabia que ela era muito mais que uma paixão ocasional para Derek.

— Eu acredito que ela decorou a sala assim por causa de uma perda. – Toby falou. – A falta de fotos recentes com os pais mostra que ela os perdeu muito cedo.

Derek balançou a cabeça em aprovação.

— Ela perdeu seus pais quando tinha dezoito anos. – Derek começou a contar a história. – Então logo depois ela saiu da CalTech e começou a hackear. Basicamente ela causava apenas dano financeiro em companhias de cosméticos.

Derek começou a sorrir.

— Porque está rindo? – Cabe estava espantado.

— Quando Hotch e eu a prendemos, Hotch a chamou para trabalhar aqui. Ele disse que ela iria ajudar a pegar psicopatas. – Derek tinha um sorriso gigante agora. – Ela disse que era uma psicopata.

— E porque ela não seria? – Walter não entendeu.

Derek pegou uma foto de Garcia com uma tiara de Pompom sorrindo com Derek.

— Você diria que essa garota é uma psicopata? – Derek deixou a foto com Walter.

Ele que não tinha visto fotos dela ainda, ficou encantado pela forma que ela sorria.

— A mente humana quando quer expressar tendências homicidas faz isso de forma irracional. – Nem Walter acreditava no que ele dizia.

— Eu não a classificaria como uma pessoa com tendências homicidas, Walt. – Toby pegou a foto nas mãos. – O jeito que ela sorri para ele, o olhando no fundo dos olhos sem hesitar, diz que ela abandonaria tudo para seguir você agente Morgan.

Walter se apossou da cadeira de Penelope e clicou no teclado acionando os computadores da sala. Ele ficou boquiaberto com a velocidade e com o sistema operacional.

— Tenho que concordar Agente Morgan sobre o sistema dela. – Walter começou a ver o que esse sistema poderia fazer.

— É uma garota especial. – Sly concordou. – E um sistema feito especialmente para ela.

Derek precisou sair da sala. Ele começou a sentir náuseas quando outras lembranças o atingiram.

Esvaziando o estômago ele se lembrou do caso no Alasca. Haviam detalhes nunca ditos sobre aquela noite. E agora eles vinham como ondas.

Dois anos atrás...

Depois que Derek voltou para o hotel depois de conversar com Hotch e Rossi sobre o homem morto que por uma armadilha do destino sua menina havia presenciado e ficado abalada, ele subiu para o quarto para um banho rápido.

Ela havia finalmente dormido depois que JJ a acalmou e dividiu um dos remédios que Rossi sempre tinha com ele durante os casos. Sua expressão mesmo dormindo era de dor. Ele esqueceu o banho e se sentou na beira da cama.

Ele queria entrar nas cobertas e apenas abraça-la como ela sempre mereceu. Mas ele não fez. Quando ela começou a se agitar provavelmente no meio de um pesadelo, ele pegou a mão dela.

— Não. – Ela começou a se debater. – Eu não quero morrer.

Ela começou a jogar as pernas e braços em todas as direções e foi quando Derek agiu. Sabendo que provavelmente ela iria repelir ele no primeiro momento ele segurou as mãos dela com suas próprias e as pernas com as dele.

Por algum motivo ela não o repeliu. Em vez disso, ela se acalmou e ele a soltou.

Se ele pegasse esse assassino ele provavelmente teria que se controlar para não matar apenas por fazer sua Baby Girl estar desse jeito.

Hoje...

Derek tomou um tempo lavando o rosto na pia. Cabe entrou de repente.

— Eu provavelmente não sou a melhor pessoa para falar sobre relacionamentos amorosos. – Cabe começou. – Mas com certeza sei reconhecer um amor verdadeiro.

— Eu levei anos para dizer o que eu sentia por ela. – Derek mentalmente se punia. – Até que um dia ela apareceu na minha porta machucada. – Derek parou por um momento. – Ela foi baleada há alguns anos. Foi quando eu quase a perdi.

— Ela foi baleada? – Cabe ficou surpreso. – Foi aleatório ou algo do tipo?

— Não havia nada de aleatório naquilo. – Derek resolveu se abrir. – Ele a chamou para sair. Ele disse que queria agradecer ela por ter consertado seu notebook e então ele a ganhou.

Ele deveria contar que foi culpa dele? Sim. Ele deveria.

— E foi minha culpa ela ter sido baleada. – Derek completou ao ver que o homem a sua frente não respondeu nada. – Eu a provoquei porque eu estava com ciúmes. Ela saiu com ele e ele queria todo o tempo matar ela.

Eles caminharam até o bullpen. A foto de Penelope colocada no topo de uma tabela de vitimologia fez Derek chorar.

— Vamos encontra ela. – Cabe colocou uma mão no ombro de Derek.

Embora ele soubesse que as chances de ela ainda estar viva eram cada vez menores.

Reserva Florestal Little Creek.

* [Kevin escondeu sua vítima em um local isolado. Ela ainda vestia o vestido de quando ele a levou um dia antes, mas ele havia comprado roupas novas para ela. Ele não deveria ver ela sem nada antes do casamento.

Sim. Ele queria casar com ela, mesmo ela já estando com Derek. Ele a tomaria como esposa e teria sua primeira noite e depois a mataria para compensar sua raiva contra Derek.

Com uma calma assustadora ele tirou a aliança que ela tinha, a atirando pela mata em um local que nem ele saberia onde ela estava e a jogou na cama, derramando um balde de água gelada.

Ainda sob o efeito do sedativo aplicado duas horas antes ela pouco se mexeu, apenas respirou fundo pela água atirada sobre ela de repente.

Ele pegou a toalha e começou a secar, ficando completamente excitado. Ela parecia mais deliciosa do que quando eles estiveram juntos pela última vez.

Ele a vestiu com o vestido simples, o melhor que dinheiro vivo pode pagar ele apenas a deixou lá.

Ele a queria acordada para sua parte "favorita". Tirando uma lata de cerveja do isopor, ele ficou olhando para ela, deitada. Ele alcançou as calças e tirou a ereção e começou a mexer com ela apenas imaginando quanto "prazer" ele sentiria entrando e saindo dela.

Ele tirou uma foto e mandou para um amigo.

A resposta veio logo em seguida.

Guarde um pouco para mim. Com risadas no final.

Ela começou a acordar horas depois e tentou ver Derek ou algo conhecido apenas para ver Kevin a sua frente sorrindo friamente para ela.

Suas mãos estavam livres, mas seus pés presos fortemente com correntes a cama.

— Seu filho da puta. – Ela gritou. – Derek vai te encontrar.

— Eu realmente espero. – Kevin riu jogando suas roupas para fora dele.

— Saía daqui. – Ela tentou arrancar as correntes mesmo que isso significasse quebrar as próprias pernas.

Ela parou. Se ela por ventura conseguisse fugir ela não conseguiria correr. Ela queria Derek por aqui, mas o medo de ele estar morto a fez chorar mais ainda.

— O que você fez com Derek? – Ela gritou quando deu um empurrão em Kevin. – Eu te mato se ele estiver morto.

— Acha que eu matar aquele merda? – Kevin segurou as mãos dela apertadas na cama. – Eu queria que ele vivesse para ver você morrer.

Ela tinha que lutar antes de tudo. Ela não poderia parar agora. Ela não deixaria Kevin entrar nela sem uma boa luta antes.

— Essa gatinha precisa relaxar. – Kevin falou alcançando a agulha.

Penelope jogou a seringa longe antes que ele conseguisse aplicar nela. Como ela disse, ela não se renderia fácil.

Ela conseguiu acertar o nariz de Kevin e ele se afastou de dor.

— Vadia. – Ele a atingiu no rosto com força. – Você quebrou meu nariz.

— Espero que sim. – Ela falou áspera para ele.

Ela se sentiu poderosa. As aulas que Derek deu a ela antes de tudo ocorrer finalmente foram úteis, embora ela ainda estava presa a cama.

Kevin a deixou sozinha. Ele precisava se certificar que era apenas algo passageiro. Embora ele tivesse tomado cuidado em não ser rastreado ele não tinha a menor idéia que uma equipe de gênios foi chamada. ] *

B.A.U...

Walter fez uma coisa desesperada para encontrar Penelope. Nem ele tinha noção de o porquê ele fez, mas algo dentro dele sabia que se ajudasse a encontrar ela, Paige ficaria mais feliz. Elas poderiam ser amigas e como mulher Paige poderia dar conselhos.

Walter poderia ter uma desculpa para conversar sempre com Reid. Ele se identificou com o gênio da equipe e queria manter contato com ele. Com a inteligência somada eles poderiam fazer coisas maravilhosas para o bem.

Então ele viu que Hackear um satélite de monitoramento florestal era um pequeno preço a pagar.

A verdade é que ele nem se importava com consequências.

Ele pegou uma imagem de Kevin saindo da cabana onde ele imaginou que ele estava mantendo Penelope e avisou a equipe.

A equipe Scorpion ficou no comando da sala tecnológica de Garcia prontos para qualquer coisa.

Enquanto eles estavam no helicóptero solicitado por Hotchner algumas horas antes e deixado de prontidão caso a equipe precisasse, Derek tocou uma medalhinha que ele tinha no bolso.

Ele não era exatamente o cara mais religioso, mas as duas vezes que ele precisou a força estava por perto e aquela medalhinha de nossa senhora de Fátima o manteria são para qualquer visão.

Não aguentando a pressão de ficar no escritório a equipe Scorpion resolveu ir de carro até o lugar. Sempre de olho no satélite. Cabe tinha uma arma e era o suficiente numa situação de necessidade.

Walter fez uma oração silenciosa para qualquer coisa que pudesse ajudar, enquanto Happy e Toby estavam de mãos juntas. Sly parecia nervoso talvez pela situação que isso poderia virar. Paige apenas queria ter se despedido de Ralph antes de sair. Ela sabia que as coisas ficariam feias antes de melhorar.

Cabe apenas continuou olhando para a estrada a sua frente com as sirenes ligadas. Ele tomou um tempo para avisar que eles estavam indo para o local.

Duas equipes, algumas armas, um ex-namorado violento e possesivo, uma garota que havia se casado há pouco tempo e uma cabana no meio do nada.

Realmente, um cenário encantador.


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