Coincidências do destino escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
Conhecendo a filha




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P.O.V. Elijah.

Eu queria saber mais sobre ela.

—Quando você nasceu Nicole?

—Primeiro de janeiro de dois mil e dez.

—Onde você estuda?

—Na MacCartur.

—Tem um namorado?

—Não. Eu não tenho tempo pra ter namorado. Eu tenho que ajudar a minha mãe.

—E a sua mãe sabe que está aqui?

—A essa altura? Ela já deve estar no carro pegando a estrada pra vir me pegar. Ela vai chegar aqui chutando a porta e soltando fogo pelas ventas.

—Onde você está hospedada?

Quando ela falou o nome do hotel eu fiquei apavorado.

—Vamos lá pegar as suas coisas. Lá não é seguro.

—Eu sei cuidar de mim mesma. Tio Jas me ensinou a matar recém criados.

Chegando ao hotel ela rapidamente colocou suas poucas coisas numa mala.

—Isso é tudo o que você tem?

—É. Eu não preciso de muito pra viver. Eu aprendi a roubar sangue do hospital. Sei que não é muito certo, mas sangue animal faz eu vomitar.

—Faz?

—Isso é culpa sua. A sua raça não consegue viver de sangue animal, vocês dão tiuti.

—A minha raça?

—É. Vocês tem essa aparência humana, tem habilidades diferentes dos que são iguais aos meus avós, vocês queimam no sol e se te atravessarem uma estaca você morre. Ah, fato importante sobre mim eu não durmo.

—Como assim você não dorme?

—Eu não durmo. Não durmo nunca.

—Como isso é possível?

—Sou mais igual a eles do que igual a você.

Quando finalmente chegamos em casa encontramos uma Rebekah injuriada.

—Qual é o problema Rebekah?

—Esse maldito carro! Quebrou no meio da rua.

—Vocês tem uma caixa de ferramentas ai?

—Temos. Porque?

—Trás ai.

Ela abriu o capô. 

—Tenta dar a partida.

O carro nem fez barulho.

—Tenta ligar o rádio.

—O rádio?

—Tenta ligar o rádio.

—Não liga.

—É a bateria.

Ela se enfiou sob o capô e colocou a mão lá dentro.

—Nossa! Isso é fluído de bateria. Não dê a partida. Eu vou tirar essa bateria daqui e nós vamos sair pra comprar outra.

Ela tirou a bateria do carro e lavou o interior com uma mangueira. Depois foi até uma loja de auto peças com Rebekah, comprou a bateria e a instalou.

—Dá a partida agora.

O carro funcionou bonitinho.

—Como soube mexer no carro?

—Minha mãe e eu trabalhamos três anos na oficina do velho Bill, até a polícia dar uma batida e descobrir que ele vendia peças de carros roubados. Ai foi todo mundo pra delegacia para interrogatório.

—Você foi presa?!

—Não! Eu disse que fomos interrogadas e não presas.

—Vou matricular você na Winter.

—Você não pode fazer isso. Legalmente minha mãe é responsável por mim e eu sou filha de pai desconhecido.

—Filha de pai desconhecido?

—É. Ta até escrito na minha certidão de nascimento.

—Então vamos ao cartório concertar isso.

—Vamos precisar de um teste de DNA.

—Então faremos um teste de DNA.

Depois de feito o teste e comprovada a paternidade nós fomos até o cartório e eu registrei Nicole como minha filha.

—A minha mãe vai ter um ataque. Mas, é bom não ser mais filha de pai desconhecido.

Nós voltamos para casa e eu ouvi um grasnado.

—O que foi esse barulho?

—Você já viu um dragão?

—Um dragão?

—Pois agora você vai ver três.

Nicole saiu e eu vi as criaturas enormes aterrissarem perto dela.

—Nicole!

—Fique onde está. Não faça movimentos bruscos.

Uma duplicata desceu do dragão.

—Você tá bem querida? Ta machucada?

—Sim e não.

Elas se abraçaram.

—Vem, vamos pra casa.

—Não. Eu vou ficar.

—Como assim vai ficar? Isso não é uma discussão! Pegue suas coisas e vamos embora.

—Não! Será que alguma vez você já perguntou o que eu queria?!

—Nicole, isso não é uma família. É uma doença, uma praga! Eles se esfaqueiam pelas costas literalmente! Espalhe corpos daqui até o horizonte e não vai dar o tanto de gente que morreu pelas mãos deles! Eles estão nadando em sangue a mil anos! Suas almas estão manchadas pelo sangue dos inocentes! Pelo nosso sangue! O sangue das Petrova! Tatia, Katherine, Nadia, Elena! Eles falam de paz e matam porque acham graça!

—Toda a minha vida eu fui filha de pai desconhecido! Eu tinha essas habilidades loucas que não conseguia explicar, eu sempre odiei o dia dos pais. Via aquelas menininhas com aquelas roupinhas engomadinhas andando de mãos dadas com os pais delas. E quanto ao que eu quero?! Ninguém liga para o que eu quero!

—Tudo bem. Quer ficar? Fique. Mas, quando tudo começar a desabar sob a sua cabeça, eu vou estar bem aqui. Eu te amo querida.

—Também te amo mamãe.

—Mamãe?


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