P.O.V. Lady Fraiser.

Estávamos assistindo o treino de arco e flecha dos Lordes e é claro, do Rei.

—Ele vai errar. O ângulo do arco tá errado.

E como Lucy disse que aconteceria, a flecha não atingiu o alvo.

—Eu já venho.

Quando ela voltou estava usando calças e tinha um enorme arco com uma aljava cheia de flechas prateadas.

—O que pretende fazer com isso serva?

—Acabar com seu sofrimento.

Ela pegou uma flecha e atirou atingindo o alvo, depois mais uma bem no centro do alvo e de novo.

—E é assim, que se atira.

Ela pegou as flechas de volta colocando-as de volta na aljava.

—Como você fez isso?

—Eu pratico desde que era criança, eu sou persistente. Tá vendo essas adagas aqui? Elas são muito difíceis de se manusear, levei anos pra aprender e ganhei essas cicatrizes nas mãos por causa delas. As minhas mãos sangravam e doíam, mas eu enfaixava elas e continuava atirando.

—Eu aposto que consigo.

—O que?

—Manusear as suas adagas.

—Eu não recomendaria senhor.

—Me dê as adagas!

—Eu empresto serve? Só pra você saber, isso não vai prestar. Mas, você é quem sabe.

P.O.V. Lucy.

Eu dei as facas na mão dele e como eu já previa as mãozinhas finas do Lorde sei lá de que acabaram todas cortadas.

—Eu avisei. 

Disse pegando as facas de volta.

—Coloca as mãos acima da cabeça.

P.O.V. Lady Fraiser.

O Lorde Carlton ficou com as mãos todas feridas. Por meses suas mãos ficaram enfaixadas.

—Pobre Lorde Carlton.

—Eu não tenho pena não. Eu avisei, mas ele invocou que conseguia então... quem sou eu para descordar.

—Eu queria possuir a sua coragem.

—A coragem não é ausência do medo, mas o que se decide fazer diante dele.

—Você é tão sábia.

—Vamos, você tem que ir ao baile.