Equinox escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 39
Capítulo 119


Notas iniciais do capítulo

fotos do capítulo 119:
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10 de agosto de 2008

  Eu havia acabado de tomar banho e me enrolei na toalha par ir buscar o que vestir no meu guarda-roupas. Jamais esperava encontrar meus pais ali no meu quarto, por isso eu não fiquei preocupada em estar semi nua, apenas com uma camiseta e a toalha enrolada na cintura.

 Me senti envergonhada assim que percebi a presença de Carlisle:

— Papai! – digo acanhada.

— Quer que eu saia? – diz ele com os olhos fechados, pois sabe que os adolescentes se sentem envergonhados que os pais os vejam sem roupas.

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No meu caso é um pouco diferente, é mais do que só isso. Eu fico preocupada que mamãe fique com ciúmes, eu não premeditei nada disso. Eu nem sabia ou esperava que eles estivessem me esperando no meu quarto. Eu não poderia saber mesmo, só se eu já fosse uma vampira.

— Desculpe, querida – Esme diz constrangida ao me ver tão assustada.

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— Mamãe, você não está com ciúme? – pergunto nervosa e tremendo tanto que seguro a toalha na cintura para que não caia.

— Não, querida. Você está com medo de que eu vou pensar? Não precisa. Nós viemos sem você saber eu sei que você é totalmente inocente. E você não gosta do meu marido dessa forma, se gostasse não ficaria assim. Mais uma prova de seu afeto puro por nós dois.

Carlisle abre os olhos ao ouvir a esposa falar de si:

— Não há do que se envergonhar, querida.

— Eu só não quero que vejam isso, é horrível.

— Seu corpo não é feio. Eu já vi você de maiô antes sweetie, lembra?

— Sim, mamãe.

— Não há nada de mais eu vejo corpos humanos de meus pacientes no hospital todos os dias. Já sabíamos o que esperar.

— Eu não deveria ter vindo por a roupa no meu quarto, mas eu esqueci de levar algumas peças ao banheiro comigo.

— O quarto é seu, nós que viemos sem pedir – diz papai. - A culpa não é sua.

Respiro e inspiro lentamente para relaxar e me sinto um pouco mais calma. Pego minha calcinha na gaveta do balcão e sento na cama. Solto a toalha e cruzo as pernas para cobrir minha vagina, não quero que eles vejam se bem que mesmo que esconda eu sei que eles já viram.

Coloco a calcinha e tenho que ficar em pé para vestir e isso me deixa absolutamente nervosa:

— Não se preocupe, querida – Esme me diz. – Não tem nada de mais.

—Mãe... Eu não queria ter de expor vocês a isso. Eu tenho estrias e não queria que vocês vissem.

— Isso significa que você passou pela puberdade... – mamãe complementa ao me ver perplexa. Não que significasse que eu não tinha entendido o que ela disse, mas mesmo assim ela traduziu. - Digo, adolescência.

Reviro os olhos discretamente e com cuidado para não ferir seus sentimentos.

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— Quer que a gente saia? – pergunta Carlisle.

Eu gostaria que eles tivessem saído antes sem eu ter de pedir, não queria ter de ser rude; agora não é mais necessário.

— Tudo bem, agora o pior já passou; só falta por a calça.

— Não se sinta envergonhada, criança. Não há nada errado em ter alguns pelos pubianos. Você é humana e isso é normal, você não é completamente mulher ainda, mas seu corpo está se preparado para ser.

Eu fico roxa de vergonha:

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— Papai! – minhas bochechas ficam quentes e ardem como chamas.

— Não se preocupe comigo eu já vi diversos pacientes, sabe, é parte do meu trabalho.

Carlisle não é ginecologista, mas talvez como clínico geral ele tenha de examinar pacientes às vezes dessa forma. Como pré-consulta ou triagem.

— Por isso eu não tenho tanto ciúme como você pensou, querida. Se eu fosse ficar assim todo dia que meu marido disse que examinou um paciente dessa forma eu iria ter que viver preocupada. Mesmo quando alguma mulher tenta se aproveitar da situação, Carlisle explica que é muito bem casado de forma a não magoá-la.

Visto as minhas calças e suspiro aliviada.

— Mamãe...

— Sim, querida?

— Posso fazer uma pergunta...

— Pode.

— Você depilou – meu olhar se volta para a cintura dela e eu fico vermelha.

— Há mais de cem anos.

— Depois você nunca mais precisa fazer isso, não é mãe?

— Não. Nem nas pernas.

— Você preferia não ter nenhum pelo como uma menininha? - pergunta papai.

— Gostaria, mas se eu corto hoje semana que vem cresce de novo.

— Porque você é humana, filha - explica Carlisle.

É claro que eu já sabia disso.

— Quando eu for vampira a primeira coisa que eu vou fazer vai ser me depilar todinha. Não quero ter nenhum pelo, a não ser o cabelo.

Um minuto de silêncio e eu termino de me arrumar escovando os cabelos pergunto para meus pais:

— Mas o que vocês queriam falar comigo para terem vindo até meu quarto?

— Eu queria conversar com você sobre algumas coisas que li no seu diário.

Eu permiti papai ler também, mas ele não leu logo porque tinha trabalho e outras coisas para fazer. Não queria incomodar e falei para ele só ver quando pudesse.

— Sobre...?

— Eu li algumas coisas que me chamaram atenção. Claro que tudo é interessante e muito triste, principalmente antes de você nos conhecer. Você lembra de quando escreveu sobre os filhos serem a encarnação do amor dos pais? Eu quase chorei e teria chorado se eu pudesse.

— Eu também me emocionei muito nessa parte, querida. Você escreve coisas tão bonitas!

— Eu sei porque eu sentia a falta disso. Eu escrevi o que eu sentia por isso é tão certo e preciso.

Lembro do que eu escrevi:

Os filhos deveriam ser como a encarnação do amor dos pais e se um dos pais bate no filho é como se estivesse batendo nesse amor. É como se tivesse raiva desse sentimento. Não posso entender de outra forma porque meu pai me bate. O que eu fiz? Meu erro foi ter nascido, quer dizer eu poderia ter nascido, mas nascido morta.’

— Oh, querida! Você nunca fez nada de errado – mamãe me abraça.

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— Em outra passagem você lembra que não era valorizada mesmo tendo sobrevivido por ter nascido prematura.

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‘Geralmente os pais são agradecidos pelo filho ter sobrevivido ao tempo que passou na incubadora, mas eu nunca me senti assim. Acho que meu pai principalmente não queria que eu tivesse nascido naquela hora, independente do que os médicos fizeram e conseguiram me salvar. Mas a culpa não foi minha eu não teria nascido se soubesse o que teria de viver. Eu sobrevivi, deveria ser tratada como um milagre; mas longe disso, eu era desprezada. Não precisava ter sido, como realmente não fui, mimada em demasia para ser uma metida, mas também não precisava ir para o outro extremo e me tratar pior do que um animal. Eu só queria ter sido tratada com dignidade. Não é pedir muito, é?’

— Querida, você é nossa benção. Nunca iremos machucá-la, nem fisicamente e nem principalmente psicologicamente – diz Carlisle e nos abraça.

— Obrigada por vocês serem tudo que eu sempre precisei – digo soluçando no peito de Esme e as lágrimas transbordam de meus olhos.

...XXX...


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