Equinox escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 21
Capítulo 101


Notas iniciais do capítulo

fotos do capítulo 101:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1745313115503964&set=pcb.1745322262169716&type=3&theater



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/753346/chapter/21

24 de janeiro de 2008

Dream

[Era um dia ensolarado e eu estava nadando na praia da ilha com meus pais. Não apenas Esme estava comigo, mas também Carlisle estava conosco. O sol iluminava seus corpos e a luz se fragmentava nas peles deles como se eles fossem compostos por diversos prismas como pequenos cristais ou diamantes. Era um espetáculo fascinante!

Nos divertíamos, sorriamos e gargalhávamos. Era uma tarde tranquila e alegre a que desfrutávamos, quando de repente uma onda se formou perto de onde eu estava e me envolveu. Eu não tive nem tempo de fechar os olhos ao me deparar com a montanha de água atrás de mim, virei a cabeça rapidamente e a última imagem que eu vi foi de mamãe chocada por mim ao ver o medo estampado em meus olhos.

A onda quebrou e eu submergi, no entanto eu não consegui voltar à tona como eu pretendia. Eu era inexperiente e não sabia o que fazer numa situação dessas. Eu estava tão nervosa que não sabia se estava nadando para a superfície ou descendo mais ainda para as profundezas do oceano. Eu não consegui mais prender o fôlego e acabei me afogando por aspirar água para dentro de meus pulmões. Eu sempre detestei essa sensação quando eu acabava respirado a água durante o banho. A ardência era desconfortável.

Eu estava morrendo... Não havia sensação de pavor se eu apenas aceitasse que estava acontecendo. A morte não era ruim como eu temia. Meus pais poderiam me salvar... porque eles estão demorando para me encontrar?

Me pareceu muito tempo, uma eternidade, mas se passou apenas um minuto até Carlisle me tirar da água.

Na próxima cena eu estava como que me vendo de cima e lembro de ver meu pai me tirando do mar e me deitando na praia. Mamãe estava agoniada, eu vi o seu rosto num close up. Ela deve ter se lembrado do filho que também morreu por causa dos pulmões.

— Caroline! Ah Meu Deus! Carlisle, por favor, salve a nossa filha! – ela nem precisava pedir porque obviamente papai me salvaria.

Pensei que ele fosse me morder, mas ao invés disso ele me fez uma respiração boca à boca. Logo que ele fez o gesto eu acordei com os olhos ardendo e tossindo água. Assim que eu o vi sorrindo contente por ter me feito reviver, eu despertei de verdade ainda chamando por ele:]

— Papai! – acordei gritando nos braços de Esme.

— Filha, está tudo bem. Fique calma, foi só um sonho – ela me diz ao me ver tão aflita. – Seu pai está em nossa casa, sabe disso. Só nós duas estamos aqui na ilha. O que foi? – pede Esme.

— Eu tive um sonho estranho... Não foi um pesadelo, não exatamente. Você e papai estavam nadando comigo na praia...

— Sim filha, continue – ela me incentiva ao ver minha hesitação.

— Não fique brava, mãe.

— Por que eu ficaria? Foi só um sonho.

— Eu não podia ter feito isso foi muita ousadia da minha mente – digo estupefata comigo mesma.

— O que foi filha? Só posso saber se você me contar; prometo que não vou ficar zangada.

— Mãe, eu sonhei que uma onda me batia e eu me afogava. Carlisle me salvou fazendo uma respiração artificial.

— Ah querida, porque você pensou que eu iria ficar brava... – ela diz compreendendo ao olhar para mim. – Você pensou que eu ficaria com ciúmes. Oh meu bem! Eu estou orgulhosa de seu pai que até em seu sonho agiu como ele agiria realmente como um pai.

‘Carol, claro que eu não estou com ciúmes de você filha, ele fez o que qualquer pai faria de tudo para salvar um filho – ela olha para mim. – bem, deveria ser assim, mas nem todos fazem assim, infelizmente. Se fosse um bombeiro salva-vidas e não meu marido, eu iria ficar grata da mesma maneira. Mas Carlisle tinha ainda mais dever de fazer o que ele fez pois ele é seu pai e naturalmente deve zelar por seu bem-estar. Fico aliviada e feliz que ele tenha salvado você e que você pense assim dele.’

 - Você não está com raiva de mim? – olho para ela incrédula que ela seja tão compreensiva.

— Claro que não querida! Que boba eu seria se tivesse ciúmes de um sonho!

...XXX...

 

25 de janeiro de 2008

Acordo animada hoje porque faz um ano que eu vi minha mãe pela primeira vez. Não vejo Esme no quarto então ela já deve estar na cozinha preparando o meu café-da-manhã. Eu poderia fazer, mas ela insistiu em ao menos fazer as refeições para mim. Eu nunca tive folga em casa e desde que eu pude alcançar as panelas no fogão meus pais já me colocaram para cozinhar. Me queimei algumas vezes no começo e o pior era que eu tinha que lavar a louça com a mão machucada e o ferimento ardia como se fosse o inferno.

Me levanto e vou ao banheiro do quarto, faço o que preciso e depois vou em direção ao aroma de comida. Esme fez panqueca e estava divino! Sento em uma das cadeiras enquanto ela me serve um prato e coloca diante de mim. Claro que ela percebeu minha expressão:

— Você está contente hoje.

Image 1

— Sim – eu confirmo, mesmo que ela não tenha feito uma pergunta.

— Teve algum sonho bom, sweetie?

— Na verdade, não. Mas a minha vida é um sonho agora e eu não preciso mais sonhar dormindo, a realidade agora é muito boa para mim.

— Fico feliz em poder fazer parte da sua felicidade.

— Você e papai são maravilhosos, tudo que eu sempre desejei e esperava, mesmo que muitos dissessem que era impossível eu nunca deixei de ter esperança.

— ‘Quem acredita sempre alcança’ ouvi numa música.

— Exatamente, mãe.

— Mas eu posso saber qual o motivo desse sorriso?

— Claro mãe, você é a razão da minha alegria.

— Por que exatamente, posso saber?

— Hoje faz um ano que eu vi você pela primeira vez.

— Mas não foi na escola em fevereiro?

— Agora eu sei que era você, jamais confundiria a pessoa. Era exatamente assim, só podia ser você, mãe. E o carro confirma que era mesmo você.

— Não estou entendendo, filha. Eu não estava na escola dia 25 de janeiro do ano passado. Eu lembro  o que eu fiz aquele dia, fiz compras.

— Isso mesmo, eu vi você no supermercado. Agora eu sei que era você, jamais esqueci aquele dia. Eu estava saindo quando a vi entrando no carro de papai.

Image 2

— Eu me lembro, mas não vi você.

— Eu estava muito longe, mas acho que Carlisle me viu e ele sorriu quando vocês passaram por mim.

— Se soubéssemos que você morava perto da nossa casa poderíamos ter oferecido carona pra você.

— Obrigada,  mãe. Eu sempre fui ao mercado fazer compras sozinha desde que eu tinha doze anos. Tinha que levar as compras pesadas para casa e às vezes a sacola rasgava no caminho ou machucava minha mão - lembro de uma vez que caiu e quebrou o pote de maionese.

— Você realmente é uma boa garota e deveria ter tido mais reconhecimento. Você é muito valiosa! Meu tesouro! – Esme me abraça.

Image 3

— Também amo muito você, mãe – não tenho mais dificuldade em admitir isso. Eu sinto e digo a verdade. Ela é tão amável que me emociona.

Eu quase choro, quase. Não quero que ela interprete mal não estou sentindo dor, é  apenas tão maravilhoso. Jamais imaginei que teria uma vida assim embora claro que eu queria. Só não acreditava muito que aconteceria comigo. Eu pensava que merecia, mas mereço mesmo. é diferente nos julgarmos merecedores de algo e realmente merecermos.

Eu me sinto tão bem. Não consigo explicar tamanha felicidade!

...XXX...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Equinox" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.