Arena Mortal escrita por Nyna Mota


Capítulo 19
Capítulo 18 - Nova Fase


Notas iniciais do capítulo

Olá, como vão?

Vejo vocês nas notas finais.



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Meu corpo se recuperava lentamente, mas se recuperava, Tracy fazia questão de me verificar sempre, de tentar me fazer sentir melhor. O oposto dos policiais, que a cada rodada de depoimento me deixavam exausto.

Eu não podia ver Bella, ou qualquer pessoa de fora, os únicos que eu via eram Emmett e Jasper, e isso raramente, mas ainda sim eles vinham em suas personas profissionais, não eram os amigos que eu havia conhecido, eles não eram tão cruéis quanto os outros, mas ainda sim, eles cumpriam sua função. Eram o policial e o promotor.

Cansado daquela cama, daquela inércia a única coisa que me dava paz era saber que Bella estava bem, descansada, protegida. Havia enfim acabado.

— Vejo que você acordou cedo hoje. – Tracy entrou com o café da manhã.

— É hoje o grande dia, não?

Ela abaixou a cabeça. Hoje eu recebia alta, e iria pra prisão.

O acordo estava em questionamento devido aos últimos acontecimentos e a morte de Charlie.

Eu entendia. Eles queriam prender o cara, ele morto não era de muita valia. Apesar de Henry e Liam terem caído, o Swan era o prato principal do esquema criminoso, e eu havia acabado com a vida do filho da puta.

Meu único arrependimento era que realmente não fosse eu o autor do disparo. Não queria que Bella carregasse essa culpa, e eu realmente queria ter tirado a vida dele, por tudo que ele havia feito, por cada lágrima que ela derramou.

Senti a mão de Tracy apertando a minha.

— Seja forte garoto.

— Eu serei. – prometi.

Ela se virou e saiu pra atender os demais pacientes.

Comi a comida sem graça do hospital toda, pelo que diziam da prisão, a comida não era uma das melhores coisas, não que tivesse algo realmente bom.

Novamente a porta se abriu, eu esperei que fosse alguém pra recolher a bandeja do café da manhã, mas era Emmett.

— E ai cara. – Ele puxou a cadeira e se sentou.

— E ai.

Ficamos calados alguns segundos.

— Hoje você vai ser transferido pra prisão.

— Isso eu já sabia. – Resmunguei.

— As coisas lá fora estão se mexendo muito rápido, eles querem um julgamento logo, querem finalizar tudo de forma muito rápida por causa do Henry. Por ora você vai ficar na cadeia municipal enquanto aguarda o desenrolar das coisas, depois...

— Depois eu devo ir pra um prisão federal, ou de segurança máxima. Eu sei, mas não deveria ser Jasper a me dizer essas coisas?

— Para de tentar achar um motivo oculto pra tudo. – Ele bufou. – Jasper está reunido com os chefões pra tentar manter seu acordo, mesmo com você indo a julgamento.

Assenti resignado, as chances não eram boas.

— Obrigada por tentarem.

— Que isso Edward!? Você fala como se já tivesse condenado a morte e andando em direção ao cumprimento da sentença.

Sorri amargurado. Eu sabia que não havia muito o que fazer,e sabia também como seriam meus dias na prisão, se eu sobrevivesse.

— Como estão as garotas? – Emmett fez uma careta com minha pergunta.

— A gente pode não falar sobre isso?

— Não. Não pode. Desembucha Emmett.

— Bem cara, Alice está bem, está sendo acusada de cumplice, mas Jasper garante que não vai dar em nada. Antes da bomba estourar ela também havia assinado um acordo de delação e tem todo o histórico de violência e coação. Ela vai sair dessa bem, e vai poder recomeçar.

— Bom, ela merece ter um pouco de paz, e ter uma vida normal.

— Sabe, acho que a implicância de Jasper por ela é uma queda, e eu acho que é recíproco, ela é mais dura com ele que com qualquer um que eu tenha visto. – Eu ri.

— É bem capaz. Ela não sabe como lidar com os sentimentos, e deve estar assustada por ele ser quem é e ela ser quem é. – Fiquei pensando nisso alguns minutos.

— Como você...já pensou em fazer psicologia? – Eu ri.

— Não cara, eu só conheço Alice bem. – Parei um minuto. – E então?

— Rose está bem, ainda quer minha cabeça, acrescente isso com Carlisle furioso e bem, eu não estou em boas graças.

— Você vai desistir?

— Sinceramente? Não sei mais. Eu não podia contar pra ela, era minha profissão, um caso, eram vidas em jogo. Se eu amo aquela mulher? Amo. Se eu queria mentir? Claro que não. Mas eu não podia contar. Eu só queria que ela me compreendesse.

— Ela compreende. Só está magoada, se sentindo usada, acha que você ficou com ela apenas pra se aproximar de Bella e eu, que seus sentimentos não são verdadeiros.

— Isso é fodido cara, eu realmente amo ela, é loucura, mas eu imaginei casar com aquela mulher, imaginei chegar em casa e ela estar me esperando e termos filhos, mas porra, ela não me escuta.

— E como fica o FBI agora?

— Por ora ainda estamos fechando esse caso, tentando não deixar nenhuma ponta solta, mas pode ser que amanhã eu esteja em qualquer lugar do mundo em missão. Eu sempre sonhei com isso, com ser um agente, salvar vidas, desbancar os vilões, mas por um instante eu realmente pensei em largar isso pra viver uma vida calma com Rosalie, quer dizer, tão calma como poderia ser com aquela louca.

Eu ri do discurso apaixonado.

— Ela vai te perdoar Emmett, logo. E ai vocês vão poder definir como vai ser então.

Ele assentiu e me olhou com cuidado.

— Ainda não descartaram Bella ter atirado em Charlie.

Eu congelei no lugar.

— A pericia chegou á conclusão que a altura de quem atirou não bate com a sua, que a forma de atirar não foi precisa, o tempo não bate, nenhuma evidência além das declarações suas e de Bella, e a arma.

— Como ela foi nos depoimentos? – Perguntei temeroso.

— Assustada. Chora muito, não sabe dizer com precisão como as coisas aconteceram. Ela...ela vai superar Edward porque ela é forte, mas tudo isso teve um impacto muito grande nela, a mídia está atacando ela ferozmente, e além de tudo, ela perdeu você.

Um nó se formou em meu estômago. Bella iria ficar bem. Tinha que ficar.

— Dê um recado meu pra ela? – Ele concordou. – Diga pra ela ser forte, que é só uma fase ruim, que logo logo poderemos nos ver, e que vai ficar tudo bem. Pede ela pra ser forte por mim, que eu preciso da força dela. Ela é meu único motivo pra viver, então ela precisa dormir bem, se alimentar bem, precisa estudar, e viver.

Senti meus olhos arderem. Eu precisava de Bella além de viva, precisava dela bem.

— Tem algo mais que eu possa fazer? – perguntei a ele.

— Não. Você já fez tudo, agora temos que aguardar.

— Ela precisa de ajuda Emm. Precisa de apoio, amigos, e terapia. Ela precisa falar com alguém, pra continuar.

— Vou cuidar disso.

Eu sorri triste.

— Obrigada cara.

Ele sorriu de volta.

— Você vai fazer minha escolta não é? – Entendi então.

Ele ficou acanhado.

— Sim. Estou apenas aguardando autorização.

— Eu nunca imaginei me tornar seu amigo, mas você é o mais próximo que tenho disso. – Confessei inseguro com a perspectiva da prisão.

— Nem eu. Você precisa se cuidar lá dentro, pelas meninas.

Concordei e ficamos em silêncio, apenas pensando.

Uma nova fase se iniciava naquele momento, tudo novo e diferente da vida que até então eu conhecia, eu tinha medo, medo de não chegar ao fim daquela etapa, medo do que aconteceria se chegasse ao fim. E descobri naquele instante que era muito melhor temer, sentir, do que viver da forma que eu vivia antes.

O barulho do celular de Emmett nos tirou do silêncio.

Ele atendeu enquanto me olhava.

— Você precisa se trocar. – Ele gesticulou pra sacola aos pés da cama assim que desligou.

Me troquei da forma prática de sempre, sem me olhar muito no pequeno espelho.

Sai de lá Emmett se encontrava de pé.

— Sinto muito cara, mas preciso te algemar.

Engoli em seco estendi as mãos. As frias algemas cercando meus pulsos fizeram meu coração acelerar.

Emmett me guiou pelos corredores estreitos do hospital. Vi Tracy de longe, ela me olhou firme e sorriu me encorajando. Segui de cabeça erguida, pronto pra enfrentar o que viesse pela frente.

A frente do hospital estava abarrotada de jornalistas, vários policiais nos rodearam pra evitar que se aproximassem de mim, vinham perguntas de todos os tipos, de porque matei Charlie, quem eu era, se eu estava envolvido com drogas, e diversas outras que fiz questão de esquecer.

Fui colocado dentro do SUV do FBI, Emmett de um lado, outro policial do outro, o motorista e mais um. Eu tinha uma grande escolta, pude ver ao menos mais dois SUVs na frente, com certeza tinha mais dois atrás, e eu ouvia o barulho de um helicóptero. Eu era um assassino de alta periculosidade.

Chegando na prisão que eu ficaria até o julgamento colheram minhas digitais, tiraram minha foto, e pediram meus pertences, mas eu não tinha nada.

Me guiaram por um corredor mal iluminado, onde tinha uma grade, com um policial de cada lado, olhei por sobre o ombro enquanto atravessava, Emmett acenou, se virou e foi, eu continuei, fui deixado na minha sela, que estava vazia. Deitei no catre sujo e com mau cheiro, fechei os olhos e tentei me acostumar com minha nova realidade.

***

Alguns dias haviam se passado, eu ficava trancado o tempo todo, ninguém falava comigo, ninguém mexia comigo.

Eu não recebia visitas, e por ora não tinha dado mais depoimentos, eu estava inquieto com o silêncio de todos. Não podia significar boa coisa.

Da pequena janela eu sabia quando era dia, ou quando era noite, era a escassa fonte de luz que havia ali. Mas ali ainda era o paraíso perto do que eu iria enfrentar.

As vezes eu sentia como se meu coração fosse parar e o teto me engolir, outras vezes eu apenas não sentia nada. E em todos os momentos eu revia minha vida, todas as decisões que me levaram até ali.

 Estava deitado no catre, olhando pro teto, quando ouvi um barulho.

— Se aproxima devagar e coloque as mãos aqui pra colocar as algemas.

Era primeira vez que alguém se dirigia a mim em mais de dez dias. Levantei lentamente e obedeci todas as ordens. Levado pra uma pequena sala, sentei na cadeira e coloquei as mãos algemadas na mesa.

Passados alguns minutos Jasper e um homem mais velho entraram.

— Olá Edward, como vai?

— Estou bem. – Respondi olhando pro velho.

— Esse é Cass Davis, o defensor público que vai cuidar do seu caso.

Assenti e encarei Cass esperando que ele falasse.

— Bem, é, o caso vai ser complicado, não espere muita coisa.

Sorri amargo pra ele.

— Animador Sr. Davis.

Jasper fazia careta.

— Edward, conseguimos reatar o acordo, com uma diferença. Você vai precisar pegar mais dois anos pelas mortes ocorridas no galpão, e o tiro em Tyler. Conseguimos 10 anos de prisão.

Engoli em seco. Dez anos. Durante esse período o que aconteceria com minha vida?

— Edward? – Olhei pra Jasper.

— Claro. Onde tenho que assinar.

Ele tirou os documentos da pasta, me explicou os detalhes, assinei tudo, inclusive a procuração para Davis me representar. Eu não tinha dinheiro pra pagar um advogado, e como havia delatado, eu estaria no julgamento mais pra apresentar provas que pra receber minha sentença, essa, eu já tinha.

Jasper falou mais algum tempo comigo, explicando os próximos passos que seriam tomados, que o julgamento era mera formalidade pra mim, mas essencial para manter os outros presos, que lá também seria dada minha sentença, apenas pra cumprir os procedimentos.

Quando Jasper começou a fazer menção de sair, Davis se despediu e saiu primeiro.

— Não tinha um menos pior não?

Jasper riu.

— Desculpe cara, ele foi o único que aceitou seu caso. Ele é...um pouco lento, mas só.

Assenti.

— Bella está bem?

 – Tão bem quanto poderia estar. Fique bem cara. Preciso ir.

Jasper se foi, e fui levado novamente pra minha cela. Deitei novamente no catre e aguardei o início da minha pena.

***

O primeiro mês foi o mais difícil, é quando você vê que realmente está preso, sente desespero, pensa em tudo pra fugir, pra sair dali.

O segundo mês passou de forma lenta, mas eu já não estava surtando tanto, só a vezes.

No terceiro mês eu só queria que aquele inferno acabasse de uma vez, aquele isolamento estava fodendo minha mente.

O quarto mês chegou, e com ele o início dos julgamentos.

Seria mais de um mês de audiências, de depoimentos, de apresentação de provas. Tudo porque eram mais de 30 acusados, contendo duas delações premiadas, e o prefeito de Detroit no meio de toda a confusão.

No meio do segundo mês decidiram não seguir com a investigação sobre Bella, ela era inocente, a morte de Charlie foi imputada a mim. Foi a primeira noite que dormi tranquilo.

Davis se mostrou um advogado tão fraco quanto havia achado no início, eu tinha sorte de ter feito o acordo, pois se dependesse de Davis eu andaria para o corredor da more se em Michigan houvesse previsão para tal.

Davis aparecia uma vez na semana pra me informar como estava o andamento pro julgamento.

Jasper apareceu só mais uma vez. E Emmett vinha uma vez por mês. Eram as únicas pessoas que eu vi durante aqueles 4 meses preso.

No primeiro dia de julgamento me levaram pra tomar banho e me barbear, cortaram meu cabelo e me arrumaram um terno mais ou menos apresentável. Emmett apareceu novamente para ser minha escolta. O esquema de proteção não havia afrouxado.

Não falamos muito, eu sentia o estômago revirar. A porta da prisão estava cheia de jornalistas, a porta do Tribunal tinha o quádruplo de pessoas pedindo justiça, cartazes, gritos de assassino. Ninguém podia chegar perto de mim.

Adentrei o tribunal, pelos corredores via poucas pessoas, muitos advogados, reconheci por sua postura.

De longe vi Bella, mas antes que passássemos por ela viramos num corredor e fui deixado numa sala, com um aviso de que daqui a pouco viriam me buscar.

Bella estava ali, tão perto. Suspirei nervoso e tentei manter a calma.

Sentei e esperei me chamarem.

Quando vieram, não era mais Emmett minha escolta.

Entramos numa sala grande, onde muita gente já se encontrava. Me levaram para um local de destaque, ao lado do que imaginei ser o juiz. Sentado la, soltaram as algemas, um policial ficava do meu lado.

Trouxeram uma bíblia e pediram que eu jurasse dizer a verdade, eu jurei, e intimamente pedi perdão por mentir pra proteger ela. Eu queimaria no inferno de todo jeito, um dia a mais, um dia a menos, não faria diferença.

Quando olhei pra frente, e encarei as pessoas, vi Bella, Rose, junto de seus pais. Todos vieram. A garganta se fechou, o coração acelerou. Queria abraça-lá, beijá-la, mas só pude olhar.

— A promotoria tem a palavra. – Disse o juiz.

Todos se mantiveram calados, menos Jasper, que levantou e se dirigiu mais pra perto.

— De ante mão já gostaria de deixar claro, que o Sr Masen está fazendo delação e tem um acordo com esta corte, que está aqui pra prestar esclarecimentos sobre a operação criminosa que ocorria sob o comando de Charlie Swan e demais pessoas. – Jasper parou um segundo então se virou pra mim. – Olá Sr. Masen. Gostaria de começar perguntando da sua infância.

— Objeção meritíssimo, isso não tem nada haver com o caso. – Um homem de cara fechada reclamou.

— Tem Senhor Juiz, eu prometo.

— Negado. Continue Senhor Whitclock.

— Obrigada. Sr. Masen?

Lembrar minha infância era desagradável, mas obedeci.

— Eu vivia com minha mãe, Elizabeth, ela era uma prostituta, faltava um pouco de tudo, ela saia e me deixava só, então ela não estava mais.

— Como assim?

— Ela foi morta, e eu fiquei nas ruas. Não fui pra abrigo, até que os Swan me encontraram.

— Você se lembra quantos anos tinha?

— Acho que uns oito.

— Entendo. Edward, enquanto esteve com os Swan você foi a escola?

— Não.

— Porque não?

— Charlie não deixava.

— Você teve acesso á saúde?

— Enquanto Renée esteve viva sim.

— Depois que ela morreu então você não ia ao médico quando passava mal?

— Não. Normalmente a cozinheira de Charlie me dava algum remédio ou fazia algum chá.

— Você tinha contato com crianças da sua idade enquanto ia crescendo?

— Não. Tinha um contato muito escasso com Isabella, filha de Charlie, e com o filho de Sue, a cozinheira, antes dele ser morto.

— Quem iniciou você no mundo dos crimes?

— Charlie e Liam.

— Você tinha quantos anos?

— Acho que 11.

— Onde você quer chegar  Dr.? – O advogado carrancudo questionou.

— Como fica claro, Edward, desde pequeno foi obrigado por Charlie a viver sem contato com o mundo lá fora, sem acesso a saúde ou educação, sendo forçado a seguir o que mandava, sem nenhuma possibilidade de mudança em sua vida. Isso também é coerção e cárcere Excelência.


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Notas finais do capítulo

Eu voltei! Um pouco mais tarde do que previa e com um capítulo menor do que queria, mas voltei.
Estamos começando uma nova fase, com Edward preso e o início dos julgamentos. O que achara, até agora? E o que pensam sobre dez anos de prisão?
Desculpem ter demorado pra postar, esse isolamento social, apesar de nos dar tempo, tem uma certa pressão sobre nossa mente, ao menos na minha, tudo isso que vem acontecendo me faz pensar bastante e me deixa um pouco mal.
Sobre isso, fiquem em casa, cuidem da sua família e dos seus, esse vírus não é uma brincadeira, caso você chegue a pegar e não sentir nada que maravilha, mas quantas pessoas você pode infectar que não vai resistir, pense nisso.
Obrigada por estarem aqui, vou lá responder os comentários.
Desculpem os erros de português, até breve, beijinhos.
28/03/2020.



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