Eternamente escrita por LizCullen


Capítulo 19
Conversinha (P.O.V Nessie)


Notas iniciais do capítulo

Só pra explicar : a conversa entre Aro e Nessie ocorreu ANTES da Bella e os outros chegarem em Volterra



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     Eu já estava cansada de não fazer nada. Alec não tinha vindo mais aqui e eu preferi não chamá-lo em pensamento, seria dar  muita bandeira da nossa ‘’amizade proibida’’. Apesar que, num lugar cheio de vampiros nada é segredo e com certeza eles haviam escutado nossa conversa. Sem esquecer  Aro, que já devia saber que meu poder havia se desenvolvido. Decidi contar os números de frestas que haviam no meu quarto.

 -7,8,9...-fui interrompida por uma batida na porta –Pode entrar.

 -Sentiu minha falta? –Alec perguntou com a maior cara de pau

 -Ah sim, muita! –sorri enquanto me sentava  –O que traz de bom?

 -Aro quer te ver. –ele falou sério

 -Tava demorando. –suspirei  –Será que ele quer me matar ou algo do tipo? –perguntei com medo e ele me puxou para um abraço.

 -Não se preocupe, ele não vai te matar, só quer te conhecer melhor. Da última vez que ele te viu, você era um bebê.

 -Claro,  claro.

 -Coloque o manto, por favor.

 -Eu não brilho no sol igual à vocês. –brinquei; ele me olhou sério mais uma vez e percebi que ele não estava falando mais com um amigo, e sim, cumprindo ordens. –Tudo bem, desculpe. -Peguei o manto e coloquei ao redor do meu corpo.

    Saímos andando entre os becos e fomos para o outro lado do castelo. Entramos na recepção e senti a queimação arder em minha garganta. Olhei para mulher que estava atrás do balcão.

 -Humana? –olhei assustada para Alec que agora segurava minha mão. Era bom sentir seu toque frio, parecia que nos conhecíamos a bastante tempo.

 -Sim.

 -E-ela sabe? –ele concordou levemente com a cabeça. –E o que ela faz aqui? Vocês tão tipo, engordando ela para depois fazerem uma boa refeição? –ele riu com minha pergunta.

 -Ela quer ser um de nós.

 -E vai ser? Ela tem algum dom?

 - Não, não tem. Se ela não for um de nós vai com certeza ser nossa comida. –ele riu e senti um arrepio correr por meu corpo. –Você extremamente parecida com sua mãe.

 -Por que será que todo mundo diz isso? –revirei os olhos

 -Quando ela veio aqui fez a mesma pergunta. Parece que você é a parte humana dela. –ele soltou minha mão e empurrou a porta, que rangeu.

 -Minha querida Renesmee! –um homem moreno alto falou se levantando. Alec se afastou, indo para o outro lado da imensa sala, perto de onde sua irmã estava.

    Eu lhe olhei alarmada e ele apenas disse ‘’Calma’’ por meio de leitura labial. Haviam apenas três tronos na sala, o do que se levantou, ficava no meio; os outros estavam sendo ocupados por um outro homem moreno e outro de cabelos loiros, quase brancos.

 –É uma honra tê-la aqui. –ele continuou e  puxou minha mão para beijá-la –Oh, que falta de educação a minha. Eu sou Aro Volturi, estes são Caius e Marcus. –ele falou apontando para os outros dois. –É um prazer revê-la.

 -Devo dizer ‘’igualmente’’? –mordi meu lábio e vi Alec dar um leve sorriso.

 -Com o mesmo bom humor que sua mãe. Devo pedir desculpas pela forma que você foi intimada a vir aqui. Além do acidente que poderia ter sido evitado. –ele lançou um olhar para Jane que se aproximou de mim.

 -Minhas sinceras desculpas. –ela  me fez olhar fundo em seus olhos cor vermelho sangue. De repente  senti uma dor invadir meu corpo. Eu estava gritando. Parecia que em vez de sangue  havia fogo correndo por minhas veias. Tudo parou tão rápido como quando começou. Senti mãos frias me segurarem para que eu não caísse.

 -O que é isso? Você está ficando louca de vez é Jane? –ouvi Alec gritar

 -Desculpe, mas eu não pude me conter. A mãe dela é imune ao meu poder e simplesmente é fascinante ouvir a filha dela gritar de dor por minha causa. –ela falou calmamente sorrindo.

 -Renesmee, você pode me ouvir?  -ele perguntou e eu concordei com  cabeça. Ouvi ele suspirar. –Será que pode se levantar? –concordei mais uma vez e ele me ajudou a ficar de pé. Dessa vez  ele segurou forte minha cintura, como se estivesse me apoiando.

 -Sinto muito, não é sempre que eu consigo conter Jane. –Aro se desculpou e eu continuei séria

 -Já cansei da sua cordialidade, creio que não me trouxe aqui para termos essa conversinha.

 -Nossa! Não sabia que os Cullens tinham seu lado não-cordial. –ele falou como se estivesse surpreso  e eu revirei os olhos.

 -Engano seu, somos cordiais apenas com quem merece. –cuspi  –O que quer de mim?

 -Ok, já que é assim que você quer, vamos ao que realmente interessa. Bom, a sua família tem um grande número de vampiros com dons, o que interessa muito à nós. Entre eles, está você, minha querida.  –ele apontou para mim e voltou a andar de um lado para o outro. –Estamos muito interessados em você, que caso aceite juntar-se a  nós, vai provavelmente, trazer consigo seus pais. Que particularmente, têm poderes esplêndidos, e dará um ótimo acréscimo em nossa guarda.

 -Não, obrigada. Sou muito feliz com a família que tenho. Além do mais o que eu ganho com isso? -dei de ombros

 -Ah, ótima pergunta! Você poderá beber sangue humano. –senti minha garganta arder. –Deve ser horrível ter uma família que te obrigue a beber sangue animal. Não poder saciar completamente sua sede, ainda conviver com humanos e lhe dar com a ardência na garganta todos os dias...

 -Para sua informação nós sentimos orgulho de não tirar a vida de pessoas inocentes  igual vocês fazem! E eu acho um prazer extremo de poder conviver com eles sem sentir a necessidade de matá-los!

 -Personalidade forte a sua. Sinto tanto, por não querer juntar-se a nós. Eu estava crente que aceitaria, mas não. Agora teremos que pensar no que vamos fazer com você. –ele falou e eu ofeguei

 -Eu quero meus pais! –exigi

 -É uma pena. Porque eles não sabem que você está aqui. E pode demorar um pouco para eles descobrirem. –sentir lágrimas rolarem pelo meu rosto.

     Me tira daqui, por favor.-pedi para Alec

 -Não chore querida, não é ruim morar conosco. –ele ergueu a mão para secar minhas lágrimas, mas me afastei.

 -Eu juro, que se eu pudesse, te mataria com minhas próprias mãos e faria você pagar por todos seus pecados! –avancei e Alec apertou seus braços ao meu redor

 -Eu acho melhor levá-la, ela vai se acalmar e se quiser o senhor fala com ela mais tarde. –Alec falou

 -Está certo. –Aro respondeu  –Ah, mas a proposta ainda está de pé. –ele sorriu e eu grunhi.

    Alec me puxou para fora antes que eu fizesse alguma besteira.

 -Obrigada. – sussurrei contra seu peito ao abraça-lo.

 -Ei, ei. Não chore, eles vão te encontrar. Você precisa descansar. Posso? –sem esperar minha resposta, ele estendeu os braços e me colocou em seu colo. Me aconcheguei mais em seu peito e fechei meus olhos.

                                  


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Notas finais do capítulo

Ficou pequeno, mas espero que tenham gostado! =D
comentarios e estrelinhas.
bjos
#LizCullen



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