Monochromatic escrita por Cihh


Capítulo 5
Capítulo 5 - Dollhouse


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda! Eu queria agradecer à Carina e e à sandrinha pelos comentários. Obrigada! Esse capítulo ficou grandinho, espero que vocês curtam. Beijinhos e boa leitura.



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Ei, garota, abra as paredes

Brinque com suas bonecas

Seremos uma família perfeita

    (Dollhouse, Melanie Martinez)

 

Miranda apertou o botão do elevador depois de sair do escritório do pai mais uma vez. Fora perguntar de Victor, já que não tinha notícias dele há semanas, e o pai se recusava a falar sobre o garoto. Naquele dia haveria mais uma reunião de sócios, e pelo que ela sabia, Victor não estava na lista de convidados. Ela odiava pensar que a simples ideia de que ela viajasse para outro estado por alguns dias fizesse com que o pai cortasse uma amizade de anos. Infelizmente, não tinha conseguido arrancar nada do pai, apenas um “volte para o seu quarto” mal-humorado. Miranda esperou impacientemente o elevador. Não iria para o quarto coisíssima nenhuma. Iria descer para a recepção perguntar se Victor ou alguém da família dele já tinha chego para a reunião à noite. E se desse sorte, talvez conseguisse o telefone dele para ter notícias e pedir desculpas pelos problemas que causava. Quando o elevador chegou, um garoto que ela não conhecia estava lá dentro. Ele era alto e muito bonito, do tipo que você não vê muitas vezes, só em capas de revista. Os cabelos eram castanhos e levemente encaracolados, e os olhos, incrivelmente verdes. Tão verdes que Miranda o achou parecido com alguém que conhecia. Entrou no elevador e apertou o andar do térreo. O garoto parecia estar perdido, como se fosse a primeira vez dele no hotel. Normalmente, Miranda era muito receptiva com os hóspedes novos. Gostava de conhecer novas pessoas, principalmente pessoas diferentes. Mas naquele momento, receptiva era a última coisa que ela queria ser. Estava uma pilha de nervos por causa do pai, da falta de notícias de Victor e do suposto noivado sobre o qual ela não tinha notícias.

—Qual é o seu nome? -Ela perguntou.  

O garoto a olhou de um jeito estranho. -Thomas.  

—Qual é seu nome inteiro? -Ela perguntou de novo, meio irritada. Assim que perguntou, censurou-se por soar tão brava. Ela não devia descontar a raiva que sentia no momento em desconhecidos. 

—Thomas Menezes Parker. -Ele disse na defensiva. Os olhos de Miranda brilharam por um momento. Ela sabia! Aquele era o famoso filho de Christopher Parker que ninguém sabia quem era e que ela sempre tivera muita curiosidade de conhecer. E agora ele estava ali, olhando-a como se ela fosse uma aberração, dentro de um elevador. 

—Eu sou Miranda. Prazer. -Ela disse estendendo sua mão para ele apertar. 

 

—Parece horrível. -Thomas disse, passando um camarão frito em um recipiente de vidro com uma mistura de maionese e ketchup. Os dois estavam na área da piscina do hotel, após Miranda tê-lo convidado para passarem a tarde por ali. Thomas pareceu um pouco desconfiado da atitude de Miranda, mas acabou aceitando o convite. 

—Eu já me acostumei. -Ela disse, empurrando a parede da piscina, fazendo a boia em formato de dinossauro deslizar pela água. Os dois estavam falando sobre a vida que Miranda levava no hotel. -Mas admito que não gosto. Queria poder sair às vezes. 

—Às vezes? Você é louca. Como consegue ficar aqui? -Ele perguntou colocando o camarão na boca. Ele estava sentado em baixo de um guarda sol, uma das pernas apoiada na outra, com uma bermuda verde-água com palmeiras pretas e óculos de sol escuros que cobriam os belos olhos.

—Bem, não tem muito como eu sair. -Ela disse bufando. -Existem câmeras e seguranças que me impediriam de sequer tentar. 

—Sinto muito. -Ele disse, mexendo no celular na mesa. Ele estava o tempo todo olhando para o celular. Não mexia muito nele, apenas o olhava continuamente. Miranda tinha perguntado antes a razão disso e ele dissera que estava esperando uma mensagem da ex-namorada, uma linda garota chamada Isa.

—Ela ainda não respondeu? –Ela perguntou, batendo os pés repetidas vezes, fazendo a boia deslizar na água novamente.

—Não. –Ele tirou os óculos escuros, irritado, e os deixou na mesa com força exagerada. Estava impaciente com a demora da mensagem. Thomas mandara diversas mensagens para a garota, mas ela não parecia muito interessada em respondê-las.

—Você devia ter paciência. –Miranda disse, pendendo a cabeça para trás, apoiando-a na cabeça do dinossauro.

—Eu estou sendo o cara mais paciente do mundo. Se eu não a amasse tanto, já teria desistido. Como ela é teimosa! –Ele exclamou, bufando. Levantou-se da cadeira em que estava sentado, espreguiçou-se uma vez e chegou mais perto da piscina, fazendo pose de mergulho. Miranda deu um grito.

—Espere! –Ela gritou, mas antes que ela terminasse de falar, Thomas pulou na piscina, criando uma onda forte que derrubou Miranda da boia verde de dinossauro. Assim que a cabeça dela saiu da água, ela ouviu a sonora risada de Thomas ao lado dela. Ela olhou irritada para ele e jogou água no rosto dele repetidas vezes. –Não acredito que você me derrubou!

Ele riu mais ainda. –Foi bem engraçado. Você é engraçada. –Ele disse, deitando-se de costas na água e boiando de um lado para o outro.

—Obrigada, acho.

—Nada.

Miranda nadou até a boia e passou os braços por ela, ficando com metade do corpo para fora da água. –Eu conheço seu pai.

—Ah é? –Ele perguntou, ainda boiando e olhando para o céu.

—É. Ele é super legal. Queria ter um pai como o seu.

—Para falar a verdade, não me dou muito bem com ele. É a primeira vez que passo tanto tempo com ele assim. Mas, pensando bem, quando comparado ao seu pai, ele realmente parece um ótimo pai.

—Bem, só o fato de ele viajar com você já é um ponto positivo.

—Não acredito que você nunca saiu da cidade.

—Quase nunca saí do hotel. –Miranda disse. De fato, podia contar nos dedos das mãos quantas vezes já tinha posto os pés para fora do terreno do pai.

—Isso não é vida, Miranda. –Thomas disse, olhando para ela. Ela deu de ombros. Ela queria mudar de assunto. 

—Por que você e Isa terminaram?  

Thomas pensou por um momento. -Escondi segredos dela. Foi muito errado. 

—E ela descobriu?  

—É. Não por mim. Ela descobriu e terminou comigo. E se mandou para os Estados Unidos pra não precisar mais olhar na minha cara, pelo menos por um tempo. 

—E você gosta muito dela?  

—Muito. Mais do que eu já gostei de qualquer outra pessoa. 

Miranda pensou em como seria se ela gostasse de alguém dessa maneira. Imaginava que ela nunca tinha sentido nem uma fração do que Thomas sentia por Isa, e ela nem o conhecia direito ainda. -Nunca gostei de alguém assim. 

—Não? 

—Na verdade nunca gostei de alguém antes.

—Sério? Não mesmo? -Ele parecia surpreso. 

—Não.  

—Você nunca ficou com ninguém?  

Miranda corou de leve. -Tipo, ficar como? 

—Ah, beijar sabe?  

—Não. -Ela disse rapidamente. Thomas levantou as sobrancelhas. 

—Uau. Que surpresa.  

—Espero que Isa mande notícias. -Miranda disse, saindo da piscina rapidamente. Ela estava com vergonha de falar daquilo com Thomas. 

—Ei, aonde você vai? -Ele perguntou, vendo-a se enrolar em uma toalha rosa macia. 

—Na recepção. Tenho que checar algo. -Por ter encontrado com Thomas no caminho, ela tinha se esquecido de perguntar sobre Victor. 

—Certo. Te vejo no jantar?  

—Sim, claro. -Ela disse, calçando seus chinelos brancos com brilhantes. Despediu-se de Thomas rapidamente e andou até a recepção, deixando pegadas molhadas pelo caminho. Seu cabelo estava ensopado e pingando, mas ela ignorou. 

—Olá senhorita. -Uma das recepcionistas disse, sorrindo. -Precisa de alguma coisa?

—Oi Tati. -Miranda disse, colocando o cabelo molhado todo para um lado. -Pode ver se um hóspede está aqui?  

—Posso tentar.  

—Victor Dmitriev.  

—Ah, o senhor Victor. -Ela digitou rapidamente algo e passou os olhos pela tela do computador. -Não há nada com o nome dele aqui, mas o pai dele deu entrada duas horas atrás. 

—Certo. Obrigada. Você pode mandar ligar no meu quarto caso ele chegue?  

—Sim senhora. Mas a senhorita não quer ligar para ele você mesma? Tenho o telefone dele aqui, no cadastro. 

—Ah é? Pode escrever o telefone dele para mim? Posso ligar para ele do meu quarto?  

—Creio que sim. -Tati escreveu rapidamente em um pedaço de papel. -Aqui.  

—Obrigada. -Miranda disse, olhando para os números do papel. 

—Foi um prazer ajudar. -Ela disse, sorrindo. Algo no sorriso dela dizia que ela achava que Miranda estava interessada em Victor. Miranda deixou para lá as preocupações da gentil recepcionista e entrou no elevador em direção ao seu quarto. 

 

Miranda, de banho tomado, cheirando a baunilha, e com uma toalha no cabelo, deitou-se na cama e rastejou em direção ao telefone. Discou os números escritos no papel e esperou. Um, dois, três toques. 

—Sim? -Ouviu a voz de Victor do outro lado. Ela suspirou, aliviada. -Quem é?  

—Miranda.  

—Miranda? Ah, oi. Como vai? -Ele parecia surpreso e feliz com a ligação. 

—Você não veio com seu pai?  

—Não pude ir dessa vez. Desculpe. Meu pai disse que tinha que ir para o jantar de hoje e deixou um monte de coisa pra eu terminar pra ele. Estava animado para revê-la, mas ele disse que eu não podia ir sem terminar de assinar todos esses papéis. Desculpe novamente.  

Então o pai de Victor não tinha contado para ele que ele não podia mais ir para o hotel, pelo menos por um tempo. -Tudo bem. Não foi culpa sua. 

—Novidades? -Ele perguntou, e Miranda ouviu barulho de papéis sendo amassados. 

—Conheci um garoto. Um hóspede. É o filho de Christopher Parker. 

—Ah, meu pai o conheceu também. Ele é… alto, né?  

Miranda riu. -É, ele é alto. Muito bonito também. 

—E seu casamento?  

—Papai não me disse nada ainda. Espero que ele tenha esquecido sobre isso. -Miranda disse, apesar de saber que o pai não deixava as coisas de lado dessa forma. Devia estar dando tempo à Miranda. 

—É. Daqui a pouco tenho que ir pra a faculdade. Aproveite o jantar por mim. Beba uma taça de vinho. 

—Certo. Até mais tarde. -Ela disse, desligando o aparelho. 

Miranda olhou ao redor, para o quarto perfeitamente arrumado, totalmente rosa e branco, do jeito que ela gostava, com cores suaves e texturas macias por todos os lugares. No entanto, ela não sentia como se pertencesse àquele lugar. Apesar de tudo ter sido pensado para agradá-la, a cama magnífica, a gigante colcha cor-de-rosa, aos quadros de jardins magnificamente emoldurados pendurados nas paredes, e todos os vestidos com camadas de tule e seda, de diversas cores, feitos sob medida para ela, nada daquilo a pertencia. Miranda estava sozinha, como sempre esteve. E a vida era a mesma, sem emoções. Sem novidades. Vazia. 

Ela discou o número to telefone do quarto de Thomas no seu próprio telefone. 

—Quem é? -Ele perguntou rabugento do outro lado. 

—Miranda. Já se arrumou para o jantar? 

—Tomei um banho. Só vou pentear o cabelo e passar um perfume. 

—Quer vir aqui?  

—Aqui aonde, exatamente?  

—Meu quarto.  

—Não estou muito interessado. 

—É um convite inédito. Quase ninguém sobe aqui. Estou entediada. Em vez de você ficar esperando Isa ligar no seu quarto, deixo você esperar por isso no meu. 

—Tudo bem. Último andar, certo? 

—É. É a porta dourada, com rubis incrustados. 

—Modesto. -Ele disse. -Passo aí em cinco minutos. –Ele desligou o telefone.

Miranda se levantou, tirou a toalha do cabelo e passou os dedos pelos cachos, desembaraçando-os e definindo-os. Colocou a toalha na cabeceira da cama e certificou-se de que eu vestido cinza, com rendas brancas e mangas curtas estava no lugar antes de ir até a porta esperar por Thomas. Era verdade que aquele era um convite inédito. Não que Miranda não pudesse convidar ninguém para entrar em seu quarto, ela só não conhecia quase ninguém para convidar para subir. Um tempo atrás ela havia subido com Victor, e eles ficaram conversando e rindo durante alguns minutos, até Alicia entrar e tomar um susto com a presença do garoto lá. Ela ficara transtornada e Victor tinha ido embora constrangido e pedindo desculpas para a governanta, mas Miranda não entendeu a razão de toda a comoção. Na época, Miranda tinha 14 anos, e Victor, 16, a idade dela atualmente, e Alicia tinha dito para ela avisar quando fosse trazer alguém para cima, principalmente se fosse um garoto. Por isso Miranda tocou a campainha na sala anexa, na parede, e esperou Alicia. A mulher chegou trinta segundos depois, segurando o avental branco e com o coque levemente bagunçado, como se o tivesse arrumado às pressas, o que provavelmente era verdade.

—Sim? –Alicia perguntou assim que pisou dentro do quarto de Miranda. –Precisa de algo?

—Só queria avisar que Thomas está vindo aqui. –Miranda disse parecendo entediada. Ela ainda não entendia por que trazer um garoto para seu quarto era tão importante a ponto de ela precisar comunicar o fato para Alicia.

—Thomas? –Ela perguntou, confusa.

—É. Filho de Christopher Parker. Você deve ter visto ele por aí.

—Não estou certa disso. Como ele é? Ele tem sua idade?

—Um pouco mais velho. Tem quase 18. Ele é bem alto. Cabelos encaracolados e olhos verdes.

—Ah! Sim, eu o vi na quadra de futebol. Vocês viraram amigos?

—Pode-se dizer que sim. Estou entediada. Vamos ficar um pouco aqui e descer juntos para o jantar de hoje à noite. Tudo bem?

—Sim, claro. –Ela disse. Alicia raramente recusava algum pedido de Miranda ou a confrontava. –Mas você está interessada nele?

Miranda revirou os olhos. Tudo se resumia a isso na vida de Miranda. ‘Você gostou dele, Miranda?’ ‘Acha que seria um bom marido?’ ‘Ele é muito bonito, não acha?’. Ela sempre tinha que ouvir esse tipo de coisa.

—Claro que não, Alicia. Ele é comprometido. –Miranda disse, sem paciência para explicar o caso ex-namorada-por-quem-Thomas-ainda-é-apaixonado para a governanta.

—Tudo bem. Estarei no meu quarto caso vocês precisem de alguma coisa.

—Certo. E nada de espionar! –Ela disse, antes que Alicia pudesse virar as costas para Miranda e voltar para seu pequeno quarto no corredor.

—Quem vai espionar o que? –Thomas perguntou, saindo do elevador que acabara de chegar. Ele estava bonito, com uma camisa branca e um colete cinza escuro por cima. Usava uma calça preta e sapatos também cinza. Tinha penteado o cabelo para trás com gel, e Miranda conseguia sentir o perfume forte da onde ela estava. –Ei, estamos combinando. –Ele disse, indicando seu colete e o vestido de Miranda, ambos da mesma cor.

—É verdade. –Ela falou com um sorriso. –Eu estava falando com minha governanta, Alicia.

—Falando sobre? –Ele disse, passando por Miranda e entrando no quarto olhando em volta. Ele deu um assobio. –Uau. Belo quarto.

—Eu estava comunicando a ela que você estava subindo. Obrigada.

—Por que você precisa falar para ela? –Ele perguntou sentando-se no braço do sofá da sala.

—Bem, uma vez eu trouxe um amigo para dentro e ela ficou meio louca, falando que eu tinha que avisá-la caso fosse trazer alguém para cá. Eu sinceramente não sei qual é o problema.

—Ela achou que vocês estavam transando. –Ele disse, ainda olhando em volta e tocando nos detalhes dourados em alto relevo da mesa de centro. Miranda corou.

—O que?

—É, tipo, dois jovens de sexos opostos dentro de um quarto.  Sabe? Hormônios. Não me olhe assim. Não é o meu caso. Eu sou comprometido. Quase.

—Sei disso. –Ela disse, ficando cada vez mais vermelha. Miranda não costumava falar com absolutamente ninguém sobre sexo.

—Por que você está corando tanto? Credo.

Miranda queria se esconder embaixo das almofadas macias do sofá. Mal podia esperar para dar oito horas e eles descerem para o jantar.

Daniel estava no salão quando eles desceram, tomando uma taça de vinho e comendo petiscos. Miranda cutucou Thomas. -Aquele é Daniel. 

—Seu pseudo-noivo? -Ele sussurrou. -O loiro?  

—É. E espero que esse noivado não se concretize. 

—Eu também. Você não serve pra casar. -Ele disse, zombando dela. -Opa. Eu gosto disso. -Thomas pegou um folheado recheado de um garçom que passava por eles carregando uma bandeja. -Não quer cumprimentá-lo?  

—Está brincando?  

Thomas riu. -Quer fazer algo legal?  

—O que? 

—Vamos falar com ele e fingir que estamos juntos. 

Um sorriso apareceu no rosto de Miranda com a ideia. Daniel não parecia muito adepto a brincadeiras. Seria engraçado. -Ele vai ficar constrangido. 

—Essa é a ideia. Só não podemos deixar Isa ficar sabendo dessa brincadeira. Falei pra você que ela me respondeu?  

Miranda deu alguns pulinhos de animação. -Ai meu Deus! O que ela disse?  

—Bem, semana que vem tem uma festa de uma garota aí. Ela basicamente me disse para ir na festa e aproveitar.  

Miranda franziu a testa. -Não parece muito promissor. 

—Não é. Mas, pense pelo lado bom: ela me respondeu! Depois de dias no escuro, finalmente vejo uma luz no fim do túnel. 

—Isso é ótimo. -Miranda disse, pegando uma taça de água em uma mesa próxima. -Como é uma festa?  

—Como assim? -Thomas perguntou distraído. 

—Uma festa, com pessoas da nossa idade. Eu só vou a bailes formais e jantares de negócios com adultos chatos. 

—Você nunca foi à uma festa? -Ele perguntou. -Mesmo?  

—Mesmo. Parecem ser divertidas. 

—São. Se você gosta de uma dessas três coisas: beber, dançar e pegar. 

—Acho que não gosto de nenhuma delas. Quer dizer, nunca “peguei” ninguém. 

Thomas riu. -Você é mesmo uma garota estranha. -Ele disse. -Mas eu gosto de você. Vou até fingir seu namorado hoje. 

Thomas pegou a mão de Miranda e se aproximou, encostando os ombros dos dois. Ela riu e eles chegaram mais perto de Daniel. 

—Daniel! -Miranda chamou. -Que bom te encontrar. -Ela disse, sorrindo.  


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