City of Angels escrita por May Prince


Capítulo 3
Capítulo 2




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— Oi, mãe – falei no telefone

— Oi, meu amor! – sorri ao ouvir a voz da minha mãe do outro lado da linha

— Preciso de um favor

— Eu estou bem, filha. – bufou – Obrigada por perguntar.

— Desculpe, estou nervosa – mordi o lábio

— O que aconteceu, bebê?

— Ray me pediu em casamento – olhei para a aliança em meu dedo e afastei o telefone ao escutar os gritos da minha mãe

— Isso é maravilhoso, meu bebê! – gritou de novo – Já marcaram a data? Porque está nervosa?

— Mãe eu não posso me casar – suspirei , com certeza ela iria perguntar “Porque?”, então fui direta – Já sou casada! – olhei para a porta do meu escritório para ver se ninguém entrava

— Puta que pariu!

— Mãe! – exclamei

— Desculpa querida, e agora? – alterou a voz para preocupação. – Conte a verdade ao Ray

— Nem pensar! – Ao Ray eu havia dito apenas o necessário, que o pai da minha filha não acreditou na gravidez e então cortamos laços, mas nunca contei de um casamento de papael passado e tudo - Eu já enviei centenas de vezes o divórcio para aquele ogro assinar, e em todas essas centenas de vezes ele devolveu para a minha advogada em branco. Sem contar as vezes em que ele devolveu rasgado. – girei a minha cadeira

— Você tem que vir aqui e o fazer assinar, eu não posso fazer isso, eu já tentei e ele rasgou a papelada na minha frente. – suspirou

— Eu não sei o que eu faço mãe, não posso levar Melanie comigo para Starling, mas também não posso deixar ela aqui sozinha.

— Meu amor, vai dar tudo certo – tenta me acalmar – Sara...?

— Sara está em Central com Laurel visitando os pais, vai passar o verão lá – bati com a caneta na mesa em sinal de nervosismo - Laurel disse que eu posso entrar com um processo em cima dele, mas isso chamaria muita atenção, teríamos que ter audiências e com certeza a juíza tocaria no nome de Melanie, então isso está fora de cogitação. – olhei para a foto da minha filha na mesa, levar Melanie para Starling City era assinar minha morte.

— Vou falar com ele de novo...

— Por favor, não diga a ele nada sobre Ray.

— Tudo bem, bebê... – ela mudou o tom de voz para animação – Me conta como foi esse pedido...

— Flash Back on

Estava olhando as luzes de Ivy Town da janela do carro de Ray - a cidade era moderna e muito bem iluminada, tipo New York - quando ele me despertou dizendo que já havíamos chegado ao restaurante.

Sai do carro sem esperar que ele abrisse a porta e fui em direção ao banco de trás para soltar Melanie que estava dormindo.

— Filha, acorda – beijei sua testa – Chegamos! – ela se remexeu mas não abriu os olhos.

— Ela teve um dia cansativo na praia, amor – Ray falou tocando minha cintura – Não é melhor irmos embora e remarcamos esse jantar?

— Não Ray, ela já está acordada – falei segurando a mão dela e fazendo movimentos para que ela abrisse os olhos. Mas nada adiantava, então usei o golpe mais baixo do planeta – Desculpa, Ray – ele me olhou em entender e então e disparei – Melanie Smoak, se você não abrir esses olhos agora pedirei para Ray te carregar no colo – e como em um passe de mágicas a menina estava sorrindo em pé ao meu lado segundo a minha mão. Meneei a cabeça em reprovação.

— Vamos, mamãe! – sorriu e olhou feio para Ray que nos encarava com divertimento nos olhos. Minha filha o odiava e ele achava graça. Esse homem veio dos céus para mim!

— Ela me odeia – falou quando sentamos na mesa reservada e Melanie saiu correndo para os brinquedos

— E você acha graça? – questiono olhando o cardápio

— Ela é só uma criança, amor – passa os olhos no cardápio também – E só tem você na vida dela, e você divide a atenção comigo. É normal, Lissy. – para de falar quando o garçom vem recolher nossos pedidos.

— Obrigada, Ray – peguei sua mão que estava posta em cima da mesa – Obrigada por compreender e ser paciente com ela – sorri

— Ela é uma parte sua, e eu amo todas as suas partes – ele se remexe nervoso. É agora, pensei. – Felicity...

— Sim? – olhei em seus olhos

— Eu não sei como fazer isso – dei meu melhor sorriso inocente – Amor, desde quando eu bati os olhos em você com aquela barriguinha de 4 meses de gravidez eu soube que era você quem eu queria para a minha vida. Seu jeito doce, humilde trouxe luz... Sei que Melanie me odeia – sorriu nervoso – Sei que não sou o pai dela, mas se um dia ela me deixar ser, serei um homem feliz por isso. Quero construir uma família ao seu lado e dar irmãos a Mel. Quero te ter sempre ao meu lado, olhei ao redor e as pessoas nos encaravam sorridentes – e então ele se levanta e ajoelha ao meu lado tirando uma caixinha do bolso. Quando foi que ele a pegou lá em casa mesmo? – Felicity Megan Smoak, você me daria a honra de se casar comigo? – sorri feito boba e coloquei as mãos na boca emocionada com seu breve discurso

— Não – a voz de saiu chorosa. Respirei fundo e a encarei – Mamãe, você prometeu – Melanie correu e se sentou no meu colo.

Ray suspirou e levantou – Prometeu a ela que não se casaria comigo?

— Não Ray, - abracei minha filha – prometi que não daria irmãos a ela. – suspirei  - Ela provavelmente escutou o que você disse. – acariciei os cabelinhos loiros – Ray, sei que ela já vai fazer 6 anos, que ela pode estar grande pra entender certos assuntos. Mas é como você disse, ela só tem a mim.

— Eu tenho a vovó Donna também – ela murmurou brincando com o fio do meu cabelo

— Sim amor, vovó Donna também – beijei sua testa – Assumir um casamento comigo é entender que a minha filha vem em primeiro lugar... Em tudo.

— Eu não esperava menos que isso – suspirou pesado, não gostei desse suspiro mas ignorei. Ele voltou a abrir a caixinha na minha direção – Aceita de casar comigo, meu amor?

— Mas é claro que sim! – falei sorrindo e ele se inclinou para me beijar. Melanie me apertou mais forte como se precisasse de socorro e isso partiu meu coração.

— Flash Back off

Contei para a minha mãe como foi e ela se preocupou com a neta. Eu também estava preocupada. Melanie vinha sentindo saudade de um pai em sua vida e não deixava Ray ser, por mais que meu namorado, agora noivo, tentasse.

Suspirei pesadamente e deitei minha cabeça no mesa. Como Mel estava de férias da escola, ela estava na “Sessão Kids” da empresa, onde os funcionários deixavam seus filhos para trabalhar, ou seja, sem desculpas para faltar.

Me levantei, preguei minhas coisas e fui buscar a minha filha, estava sentindo um vazio em mim e só ela podia preencher.

— Olá, Srta Smoak – Shayera a babá da Sessão Kids me cumprimentou – Veio buscar Mel?

— Oi, Shay, vim sim.

Ela assentiu e saiu a procura da minha filha, minutos depois um furação loiro vem correndo na minha direção.

— Mãe! – e pula no meu colo

— Que história é essa de mãe? – penduro sua mochilinha no meu ombro e saio em direção ao elevador

— Você não é a minha mãe?

— Não  - sorrio – Sou a sua mamãe. – pisquei e ela revirou os olhos

— Eu já sou grande – falou como se fosse o óbvio.

— Quando você pagar as suas próprias contas, você me chama de mãe. – a apertei contra mim – Até lá é mamãe, gatinha – pisquei de novo

— Ta bom – soltou o ar – Mamãe – falou pesadamente e eu gargalhei.

Cheguei em casa e me deitei na cama, puxei Melanie junto a mim e ficamos em silêncio por um tempo.

— Mamãe? – falou

— Hmm?

— Podemos ver filme e comer pipoca? – pediu se ajoelhando na cama – Sei que hoje não é dia de comer isso. Hoje é segunda, eu sei... Mas eu queria fazer uma segunda diferente – olhou para o nada e continuou falando – Sei que nunca fazemos nada de diferente na segunda e eu queria fazer hoje. Vi em um filme que...

— Hey – sorri – Tudo bem!

— EBA! – grito e saiu correndo em direção a sala. Minutos depois voltou com uns DVDs na mão – Podemos ver Moana?

— O que você quiser – me levantei – Mas antes vamos tomar um banho que estamos duas porquinhas

— Você não me pega – falou e saiu correndo pela casa. Corri atrás dela

— Aaaaaa eu pego sim – parei de correr e me escondi no quanto dela, sei que ela correria pra lá para se esconder. Dito e feito. Ela vem correndo em direção a porta do quarto e eu a enlaço pela cintura.

— Me pegou de novo, mãe – a encarei fingindo cara feia – Mamãe – se corrigiu fingindo inocência

— Eu sempre pego, meu amor.

Tomamos banho e vestimos aquele pijama de unicórnio tal mãe, tal filha. Liguei para Ray dizendo que queria ficar com Melanie e, pois ela estava um tanto tristonha desde o pedido. Eles não gostou muito, senti isso na voz dele, mas aceitou sem questionar.

—  Essa luz que do mar bate em mim me invade – cantei em cima do sofá  fazendo o controle de microfone  - Será que eu vou? – imitei a expressão da Moana na TV - Ninguém tentou. E parece que a luz chama por mim e já sabe – olhei para a Melanie para ela continuar

— Que um dia eu vou – começou e pegou o outro controle - Vou atravessar para além do mar – subiu na poltrona - O horizonte me pede pra ir tão longe – se ajoelhou - Será que eu vou? Ninguém tentou... – e então o barulho estridente do telefone começa a estragar nossa performance

Melanie é mais rápida que eu e corre para atender meu celular.

— Alô! – falou colocando a mãozinha livre, sorri olhando boba para a minha pequena adulta – Ela ta. – esperou a pessoa do outro lado responder – Mamãe é pra você. – estendeu o telefone

— Quem é Melanie?

— Thea Quim


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Notas finais do capítulo

Voltei rápido porque eu não me aguentei. Ficou pronto e eu tava me coçando pra postar. Aí... Postei rsrs

Mas no próximo eu só coloco quando esse aqui chegar a uns 15 comentário.
Vou responder todos do Capítulo 1.

Desculpem qualquer erro de português, eu não tive tempo de revisar.
Revisarei amanhã de manhã e corrigirei os erros de português.

Agora me digam... O que será que Thea quer? Como ela conseguiu o número da Felicity? Me falem.

Digam também o que esperam ver na história. Posso adiantar que terá Laurel e Tommy juntos sim!

Mas me digam o que vocês querem ver mais?

Comentem! Nem que seja um "Continua que ta bom" ou um " Para que ta ruim".

Beijos, Babys!



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