City of Angels escrita por May Prince


Capítulo 18
Capítulo 17




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Aquele par de olhos azuis iguais aos meus me encaravam intensamente, eu podia ver medo ali, apreensão... Eu não a culpava, eu também ficaria apreensivo se eu visse meu pai espancando alguém, alguém que praticamente me criou. Mas ela tinha que entender que eu nunca faria nada contra ela, nunca.

                ⁃             Melanie... - Felicity falou e a pequena se encolheu e olhou para o chão, a mãe me olhou amedrontada, mas seu olhar não era medo e sim culpa. Eu entendia porque Felicity gritou com a menina, ela tinha acabado de ser abusada e Melanie não parava de falar. Felicity se irritou e ela já estava uma pilha. Eu não a culpava.

                ⁃             Vocês vão me bater? - a menina disse ainda encarando o chão e eu suspirei

                ⁃             Eu já fiz isso com você alguma vez, meu amor? - Felicity falou calma

                ⁃             Não - Melanie sussurrou

                ⁃             Então, querida, não precisa ficar assim. - a mãe riu, mas a filha não retribuiu o sorriso - Eu gritei com você porque a mamãe estava nervosa, sabe que nunca fiz isso. Me perdoa ok?

                ⁃             Papai bateu muito em Ray - me olhou - Porque ele fez isso? - olhou para a Felicity

                ⁃             Melanie eu ... - estique a mão para toca-la, mas ela se arrastou no sofá para longe de mim. Aquilo doeu, doeu mais que as facadas que já tomei nas lutas clandestinas. Mas eu a entendia.

                ⁃             Ray estava me machucando, Melanie - Felicity falou trêmula ao lembrar - Se seu pai não tivesse aparecido Ray teria... - fechou os olhos com força - Querida, lembra aquele noticiário que vimos uns dias antes de viajarmos pra cá? - Melanie negou com a cabeça - Aquele que o homem morreu na prisão porque ele fez mal para a esposa dele, ele bateu nela e tentou beijar ela a força.

                ⁃             Você disse que era errado beijar à força, que era crime, não é?

A situação não pedia um sorriso, mas mesmo assim eu dei. Eu estava abobalhado demais com as duas a minha frente. Melanie entendia conceitos que uma criança de 6 anos não precisava saber. Ela entendia que não resolvíamos nada com violência, entendia que não podia ser tocada a força... Ela era inteligente demais e isso me deixava cada vez mais apaixonado pela minha filha. E pela mulher que ensinou isso tudo a ela.

                ⁃             Sim, princesa - Felicity sorriu orgulhosa, mas seu sorriu se desfez quando disse as palavras a seguir - Ray fez comigo algo um pouco parecido com o que aquele homem fez com a esposa dele. - falou esperando a reação da filha, que apenas arregalou os olhos - Meu amor, seu pai apenas me ajudou. Se Oliver não tivesse aparecido lá, Ray teria feito coisas muito ruins com a mamãe. Não fique com medo dele ok?

                ⁃             Eu nunca vou fazer nada pra machucar você, ou a sua mãe. - falei passando as mãos no cabelo - Eu sempre farei de tudo pra proteger vocês duas. Mas se você não quiser mais falar comigo, eu vou entender, princesinha. - me levantei - E quando você quiser falar comigo, eu vou estar aqui pra você ok? - tentei toca-lá novamente e ela se encolheu pro colo da mãe. Novamente aquela dor tomou conta de mim. Mas eu apenas suspirei e fui para cozinha, eu não podia forçar a barra com ela. Ela era uma criança presenciando problemas de adulto, era muito pra ela. Melanie precisava de tempo.

Ouvi sussurros vindo da sala e não me importei em ficar ouvindo. Era uma momento mãe e filha, eu não podia atrapalhar.

Me sentei na mesa e olhei o nada - eu estava fazendo muito isso ultimamente - eu não conseguia pensar em muita coisa, só em Felicity jogada no chão com a roupa rasgada, o rosto vermelho de um tapa que graças a Deus não ficou marca e a cara de desespero. Eu queria matar Ray Palmer. Ele não podia ter feito isso com a minha mulher, não podia mesmo.

Eu precisava espairecer essa raiva que estava acumulada em mim. Eu precisava socar algo, precisava socar alguém... E era isso que eu ia fazer.

Peguei meu celular e digitei uma mensagem para Ra’s, ele ia me dar o que eu queria.

Oliver: Alguma luta para hoje? Agora?

Larguei o celular na mesa e fui beber uma água, sei que ele responderia em alguns minutos. Ainda era de tarde, Felicity não quis contar as meninas sobre o ocorrido. Melanie ficou com Laurel mais cedo com a desculpa de que eu e ela teríamos uma conversa séria, o que não era uma total mentira.

Eu fiquei revoltado em saber que Felicity estava com planos de ir embora com a minha filha de novo, mas eu não consegui ficar com raiva por muito tempo. Ver ela chorando e conversando com Connor me quebrou totalmente. Ela sentia o peso das escolhas dela, ela ainda sente a mesma dor que eu também sinto. A dor da perda. Connor foi amado desde o primeiro momento em que Felicity me falou “Amor, por favor, não me abandona ok? Eu sei que vai ser difícil no começo, mas depois a gente se acerta. A gente sempre dá um jeito. - tomou um grande suspiro - Eu to grávida!” Ali, naquele momento, eu senti um amor puro crescer um mim. Senti que meus sonhos estavam virando realidade... Ter uma família ao lado da mulher da minha vida. E nós damos um jeito, sempre damos, tudo entrou nos trilhos e tudo ia perfeitamente bem. E então, Connor se foi tão rápido quanto veio, meu sonho tinha ido embora. Mas eu não podia ficar mal, eu não podia quebrar. Felicity precisava de mim e eu fiz de tudo pra reerguê-la novamente. Se Connor estivesse aqui hoje, tudo seria diferente. E ver que ela sentia isso, ver que ela reconhecia isso me quebrou. Eu não podia sentir raiva dela, ela precisava de mim naquele momento, ela precisava de mim de novo. E eu estaria aqui para todas as vezes que ela precisasse de mim.

Sai dos meus devaneios com meu celular apitando ao mesmo tempo que em Melanie entrou na cozinha com carinha de mumuxo.

                ⁃             Papai? - falou baixinho olhando para os pés

Meu coração se aqueceu ao ouvi-la me chamar de papai, eu nunca me acostumaria. Melanie me trazia uma paz...

                ⁃             Sim, princesa? - me abaixei na sua frente e Felicity entrou na cozinha ignorando nós dois indo para a geladeira. Olhei-a de rabo e olho e ela riu. Estava linda com uma blusa rosa e um short jeans que Laurel havia trazido quando deixou Melanie aqui.

                ⁃             Mamãe disse que você a salvou, e que vai me salvar quando eu precisar - falou Melanie chamando a minha atenção e tomando coragem de me olhar nos olhos

                ⁃             A mamãe estava certa - mesmo receoso, estiquei minha mão para toca-lá e abri um sorriso quando ela permitiu, acariciei seu rostinho - Eu nunca vou deixar nada e nem ninguém ferir você e nem a sua mãe - ela assentiu - Me desculpe por você ter presenciado o que fiz com o Ray, meu amor, mas entenda que eu estava com muita raiva dele por ele ter machucado a sua mãe - ela assentiu de novo - Sei que eu não devia ter batido nele mas...

                ⁃             Ele mereceu, não é ? - ela falou em entendimento

                ⁃             Sim, filha - falei e ela me abraçou

                ⁃             Obrigado por ter salvo a mamãe - beijou meu rosto e eu abri o meu melhor sorriso abobalhado

                ⁃             Estarei sempre à disposição - beijei sua testa e ela saiu correndo para a sala,  me levantei indo em direção ao meu celular que Felicity tinha em mãos, mesmo a tela bloqueada dava pra ver a mensagem que havia chego. Ela me olhou com decepção no olhar e suspirou.

                ⁃             Eu só vou falar uma coisa sobre isso, Oliver... - me estendeu o celular e eu peguei - Já foi um sacrifício tirar o receio que Melanie ficou por ter visto o que fez com o Ray, se você for... Que Deus me perdoe, mas eu conto a ela o que o pai dela faz nas horas vagas.

                ⁃             Felicity, por favor... - falei em súplica

Ela não entendia que eu precisava daquilo? Eu precisava descontar essa raiva em algum filho da puta por aí.

                ⁃             Não vai - ela falou de olhos manejados - Por favor. - falou olhando em meus olhos. Mas que merda! Ela some por anos e volta querendo por moral em alguma coisa? Mudar a minha vida, mudar os meus costumes. - Se acontecer algo com você, o que falo para ela Oliver? - apontou para o caminho que dava pra sala onde Melanie estava - Eu morria de medo de acontecer algo comigo e Melanie não ter mais ninguém. Conheço pais que não pegam o mesmo voo com medo de deixar os filhos órfãos. - suspirou - E você está querendo ir pra um lugar que você pode sair morto?

                ⁃             Para de ser dramática, eu sei me cuidar e você sabe disso. - falei me aproximando dela - Eu só preciso de uma distração pra essa tensão toda

                ⁃             Você já tem uma distração aqui - ela falou e depois arregalou os olhos e eu ri - Não que eu esteja insinuando algo entre nós dois, ou me oferecendo como uma distração. Mas... tem coisas que podemos fazer aqui na sala, não exatamente em cima do sofá. Quer dizer, a Melanie tá aqui. Não que ia acontecer alguma coisa caso ela não estivesse, só que...

                ⁃             Eu entendi, Felicity - ri - Melanie e você podem me distrair, eu entendi

                ⁃             Que bom - falou ruborizada e sorrindo

Era bom ver aquele sorriso, era bom ver ela sendo ela mesma.

Olhei pro meu celular e vi a mensagem.

Ra’s: Tem! Daqui a uma hora, 15mil. Tem que ganhar de nocaute.

Oliver: Eu não vou.

Ra’s: Vai se arrepender!

Sei que ele não iria gostar nada nada de eu ter negado a luta, mas eu tinha minhas obrigações como pai agora. Felicity estava certa. Eu tinha que pensar em Melanie primeiro e eu estava sendo egoísta em querer me enfunar na toca dos leões.

                ⁃             Aí, juro que não irei mais lá. - apontei para o caminho que dava para a sala - Por ela.

                ⁃             Papai do ano! - sorriu de deboche

                ⁃             Você está debochando de mim? - indaguei me aproximando ainda mais

                ⁃             Eu ? - assenti dando mais um passo - Jamais, Queen! - riu

Não percebi o quanto ficarei tão perto dela, nossos corpos a um palmo de distância. Eu conseguia sentir o calor que o corpo dela emanava, conseguia ouvir sua respiração descompassada.

Com cuidado e com calma eu estiquei minha mão até seu rosto, eu precisava toca-la. Felicity fechou os olhos ao meu toque e suspirou entreabrindo os lábios.

Eu devia ter cuidado, horas atrás ela estava sendo abusada pelo homem que era seu noivo, eu não podia forçar nada com ela. Ela devia ser tratada com carinho, amor... Eu tinha que ser cauteloso.

Aos poucos eu fui aproximando meu rosto do seu, eu estava vendo até onde eu podia ir... Até onde eu podia avançar. E Felicity não parecia incomodada pela minha aproximação.

Com cuidado eu depositei um selinho em seus lábios e me afastei olhando sua reação e ela apenas riu de olhos fechados. Sorri também e continuei o beijo. No início foi apenas mais um selinho demorado, depois pedi passagem com a língua e ela ardeu prontamente. O beijo começou calmo e cheio de carinho, mas aos poucos foi ficando voraz. O mesmo sentimento que tônicos conta de mim na academia da outra vez, aflorou agora... A vontade de tê-la como minha novamente, e ser dela como antigamente.

                ⁃             Mamãe? Papai? - a voz de Melanie tomou conta da cozinha e nós dois nos assustamos, como suas crianças pegas no flagra fazendo travessuras.

Felicity corou como um pimentão e disse: - Oi, amorzinho - sorriu encabulada - Pode falar.

                ⁃             Você e o papai estão namorando? - colocou a mão na boca em surpresa

                ⁃             Não - Felicity e eu falamos ao mesmo tempo e nós entreolhamos

                ⁃             Mas só adultos namorados se beijam! - exclamou e eu ri. Felicity continuou séria

                ⁃             Adultos de 30 anos ok? Continue com essa linha de pensamento... Gostei disso - falei

                ⁃             Os pais das minhas amigas namoram, vocês também podem namorar.

                ⁃             Melanie... - Felicity começou

                ⁃             Não... Ela tá certa! - falei

                ⁃             Oliver... O que? - ela franziu o cenho

Fui até Melanie e a peguei no colo - antes eu estudei o terreno, abri meus braços e ela mesma veio se pendurar neles -, sentei com ela na cadeira e bati na cadeira ao nosso lado para Felicity sentar. Ela obedeceu desconfiada.

                ⁃             O que você está aprontando, Queen? - perguntou cruzando os braços já sentada

                ⁃             Mamãe tá fazendo a mesma cara de quando eu faço besteira

                ⁃             Não sabia que princesas faziam besteira - falei me fingindo de surpreso

                ⁃             Acredite - Felicity falou - Essa daí faz! - apertou o nariz da filha que riu

                ⁃             Mas o que você ia falar, papai?

Não adianta, eu nunca ia me acostumar com a voz da Melanie me chamando de papai. Eu instantaneamente abria um sorriso toda vez que escutava. Eu me sentia aquecido e pronto pra encarar o mundo por ela, brigar com qualquer um que interferisse na vida dela.

                ⁃             Mamãe e eu não podemos namorar queria - falei calmo

                ⁃             Não podemos mesmo! - Felicity falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo e por um momento isso doeu em mim, me incomodou, mas ignorei a sensação.

                ⁃             Não podemos porque já somos casados, amorzinho - ri olhando unicamente pra Felicity que me encarava incrédula, olhei para Melanie e ri mais alto, essa tinha a boquinha aberta em um perfeito “O” de surpresa.

                ⁃             Porque você contou isso pra ela? - ralhou a mãe

                ⁃             Ué, amor, ela precisa saber que os pais dela são casados.

                ⁃             Então como a mamãe ia casar se já era casada?

                ⁃             Hora da soneca da tarde! - Felicity falou se apressando em levantar e pegar Melanie consigo no colo.

                ⁃             Mas eu não estou com sono, mamãe - a pequena falou coçando os olhos e eu ri

Era incrível a ligação das duas, Felicity conhecia Melanie como ninguém. E eu podia conhecer também, poderia conhecer se tivesse tido a oportunidade para isso.

Antes de descobrir sobre Melanie, eu costumava ter sonhos nos quais eu abria a porta da minha casa - não essa casa, uma casa maior com espaço de sobra pros meus filhos correrem - e eles viam rápido em minha direção gritando papai. E logo em seguida Felicity aparecia sorridente vindo me cumprimentar também. Ver as duas ali na minha frente, mostrava que nem tudo estava perdido, aquele beijo dado a minutos atrás também.

                ⁃             Mas eu sim – mentiu e beijou a testa da filha - Dorme com a mamãe?

                ⁃             Durmo mamãe - deitou a cabeça no ombro da mãe e falou: - Vou dormir tá papai? Depois continuamos nossa conversa.

                ⁃             Ok - ri - Bons sonhos, princesa

POV Felicity

Dois dias haviam se passado desde que Ray me violentou, dois dias que eu tinha medo de pisar no loft e encontrar ele lá. Eu não havia contado nada pra ninguém, minha mãe achava que eu estava ficando doida em dormir na casa do Oliver, Sara deu graças a Deus que meu noivado fora rompido e Laurel... Bom, era a Laurel, ela dava os conselhos mas via que eu estava bem. Eu estava me sentindo bem e ela via isso, ela também estava bem e isso me deixava feliz.

Dois dias sem notícias do Ray, liguei para meu secretário na Palmer Tech e ele disse que Raymond aparecera lá no dia em que me violentou, apareceu lá a noite enfurecido, e depois não deu mais as caras no trabalho. Eu sabia que eu tinha que voltar, sabia que eu tinha uma vida lá. Mas eu estava com medo. Muito medo.

Dois dias brincando de gato e rato com Oliver dentro daquela casa... Depois daquele beijo na cozinha o clima entre nós dois ficou mais leve e espontâneo. Não ficávamos nos beijando, mas Oliver gostava de roubar um selinho ou dois quando eu estava desprevenida, e isso me deixava encabulada como a garotinha que eu era quando demos o primeiro beijo.

Oliver tinha saído com Melanie para a academia, ainda estava tendo o programa de férias de balé e a baixinha queria mesmo fazer. Ela estava muito animada. Oliver não quis me deixar sozinha, mas menti dizendo que iria passar o dia com a minha mãe e então ele foi.

Ontem levamos as papeladas em um cartório, incrível como o dinheiro faz as coisas andarem rápido, Oliver molhou a mão do juiz e ele rapidamente transformou Melanie em uma Queen. Eu não tinha mais pra onde correr. Mudei meu nome na certidão dela também. Laurel disse que eu podia ser presa por farsa, mas acho que era mentira.

Felicity Megan Smoak Queen

Oliver Jonas Queen

Melanie Anne Smoak Queen

Família do comercial de margarina.

Eu vim para Starling City pedir um divórcio e olha a reviravolta que a minha vida deu.

Estava deitada na atual cama do Oliver - o sofá - assistindo Supernatural, quando a campainha começou a tocar insistente. Pensei em fingir que eu não estava em casa, mas e se fosse algo importante?

Suspirei e fui atender me arrependendo quando abri a porta.

                ⁃             Ray - falei trêmula tentando fechar a porta, ele foi mais rápido dando um sorriso sínico e colocando o pé me impedindo de fechar - Vai embora! - gritei

                ⁃             Não sem antes batermos um papo, amor - falou ríspido abrindo a porta por completo. Dei passos para trás e ele entrou fechando a porta atrás de si.

Eu nunca senti tanto medo. Meu coração batia freneticamente... Oliver estava certo, eu não devia ter ficado sozinha.

                ⁃             O que você quer? - falei tentando ser altiva

                ⁃             Sei que está com medo, não precisa usar esse tom comigo – avançou passos até mim – Te conheço como ninguém.

                ⁃             O que você quer? – falei

                ⁃             Já disse – riu. Um sorriso psicopata que me arrepiou, dei mais uns passos pra trás e encostei no sofá – Quero conversas suas opções.

                ⁃             Minhas opções? – franzi o cenho

                ⁃             Sim – riu abertamente – Se você não comparecer na cerimônia do nosso casamento  semana que vem, você vai ser presa por estelionato.

                ⁃             O que? – falei sem acreditar.

Do que aquele cara estava falando?

                ⁃             Tenho aqui – esticou uma pasta que nem percebi que ele carregava – Provas de que você estava furtando lucros da Palmer Tech durante todos esses anos que esteve como VP da empresa, e da conta que abriu no nome da sua filha e desde então tem desviado dinheiro pra lá.

                ⁃             Eu não fiz essas coisas Ray, você sabe que eu não fiz! – falei com a voz embargada.

Como eu nunca percebi o monstro que ele era? Melanie sempre ficava acuada perto dele, eu estava cega demais pra perceber que a minha filha sempre teve razão. Crianças conseguiam ver através das pessoas, crianças e animais. Talvez se eu tivesse escutado Melanie antes, eu não estaria aqui ouvindo que se eu não me casasse com Ray eu seria presa por roubo, roubo que eu não cometi.

Se você me falasse a duas semanas atrás que eu estaria em Starling City novamente, que Ray seria meu maior pesadelo e Oliver a minha salvação, eu teria te mandado pro inferno.

Mas o mundo da voltas e a minha vida deu a pior delas. O homem que eu acreditava ser o certo para mim, que eu pensava construir uma família se tornou um mostro. Ou melhor, ele já era um monstro e eu quem não quis enxergar.

Ray ainda tinha hematomas da surra que levou de Oliver, e eu queria do fundo do meu coração que Oliver aparecesse de novo e terminasse de quebrar a cara dele.

                ⁃             Não é o que essas provas dizem – sacudiu a pasta para mim e eu a puxei com uma força exagerada.

Abri a pasta e vi uma foto minha ali – era uma ficha criminal – tinham também extratos de bancos e papeis com minhas assinaturas, papeis que confirmavam transferências de milhões para uma conta na Suíça no nome de Melanie Smoak. Eu tremia em cada parágrafo que eu lia, estávamos falando de milhões ali.

                ⁃             Ray, como você conseguiu falsificar minhas assinaturas? – falei com lágrimas nos olhos

                ⁃             Ah, amor... Isso é pra você aprender a não assinar nada sem ler. Um flash de memórias passou na minha frente, Ray já havia me pedido para assinar diversos papéis dizendo ser autorizações de projetos para a Palmer Tech e eu nunca me dei o trabalho de ler, nunca me importei porque confiava nele.

                ⁃             VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO! – gritei alterada

                ⁃             Eu já fiz, meu amor. – falou rindo e esticando a mão para tocar meu rosto, me desvencilhei dele as pressas e ele fez uma falsa carranca – Pode relutar o quanto quiser, mas no final você será minha como sempre deveria ter sido.

                ⁃             Você é um doente! – falei chorando

                ⁃             Talvez – riu de novo – Mas sou o doente que consegue o que quer. – esticou a mão e acariciou meu braço, eu me encolhi no lugar com nojo dele – Esteja linda, de noiva, no nosso casamento daqui a duas semanas. Te mandarei o convite.

                ⁃             O inferno que eu vou em algum lugar! – ralhei

                ⁃             E então essas provas serão dadas a policia de Starling City, e colocarei todos para caçar a ladra que Felicity Smoak é.

                ⁃             Ray – apelei para a suplica – Por favor – chorei

                ⁃             Fique com esses papeis, são cópias, tenho os originais – me deu as costas em direção a porta – Te mandarei o convite do nosso casamento. O vestido de noiva e uma equipe para te maquiar estará no seu loft na manhã do grande dia, amor! – e então ele saiu pela porta e eu sai correndo para fechá-la e trancá-la, só abriria se fosse algum dos meus amigos.

Encostei na porta e escorreguei me sentando no chão. Que rumo a minha vida tinha tomado?

Minha vida estava uma grande merda! Ou eu ficava presa a Ray, ou eu ficava atrás das grades.

(...)

                ⁃             O inferno que você vai ceder a esse imbecil. – Oliver ralhou depois que eu contei tudo a ele. Estávamos eu, Laurel, Tommy e Sara no loft, era noite e Melanie havia me pedido para dormir lá. Por mais que entrar naquele flat me lembre às piores horas da minha vida, minha filha sentia falta do quarto que equipei pra ela onde seria um escritório, era bem melhor do que dividir uma cama comigo na casa de Oliver e ela não gostava de ver o pai dormindo no sofá. – Primeiro que você vai voltar pra nossa casa, não vai ficar aqui sozinha.

                ⁃             Calma, cara – Tommy falou tentando tranqüilizá-lo e recebeu um olhar fuzilante do amigo

Ainda bem que Moira e Thea passaram aqui mais cedo para levar Melanie ao shopping, eu estava com medo do que ela iam fazer com a mais nova Barbie delas.

                ⁃             Felicity não fez nada de errado, ela não deve agir como quem tivesse feito – Laurel falou com o tom profissional – Vou provar que isso é falso, eu mesma já presenciei ela assinando papeis que Ray trazia.

                ⁃             Vai falar o “eu te avisei” agora? – falei pra ela

                ⁃             Acho que não preciso – retrucou

                ⁃             Eu nunca gostei desse cara – Sara bufou – Aquela cara de bom moço nunca desceu.

                ⁃             Vai falar o “eu te avisei” também?

                ⁃             A questão não é essa Lissy – Sara falou com calma – A questão é que do nada ele decide fazer isso com você? Quer dizer... Você estava na casa do Oliver pra Melanie conhecer melhor o pai, não tem justificativa pra essa atitude dele. – olhei pra Oliver que sustentou meu olhar, essa era a hora de contar a verdade para os meus amigos.

                ⁃             A minha cunhada mais linda tem razão – Tommy disse

                ⁃             A mais linda? – Laurel olhou feio pra ele – Por acaso você tem outra cunhada, Senhor Merda?

                ⁃             Oh não, amor da minha vida – beijou a namorada e Sara revirou os olhos

                ⁃             Você não fala nada? – a gêmea mais nova retrucou – Tem algum motivo?

                ⁃             Era pra você ser a irmã advogada – bufei me acomodando no sofá e Oliver veio para o meu lado recebendo olhares maliciosos de Thomas Merda. – Tem um motivo.

                ⁃             Sabia! – os três falaram juntos e Oliver suspirou. Achou que ele não gostava de tocar naquele assunto tanto quanto eu.

                ⁃             Um dia antes de Melanie ser internada, eu e Oliver...

                ⁃             Quase transaram na academia? Novidade! – Tommy falou e Oliver jogou uma almofada nele com força – Ai cara!

                ⁃             O assunto é sério. – Oliver falou e Tommy fez uma cara séria, eu teria rido se não tivesse tão nervosa.

                ⁃             Então... Eu contei ao Ray e ele se revoltou – olhei para as minhas mãos – Ele... Ele tentou me violentar e se Oliver não tivesse aparecido eu não sei o que teria acontecido.

                ⁃             Ele fez o que? – a voz da minha mãe soou pelo apartamento e eu gelei. Todos ficaram de olhos arregalados com a minha revelação, menos Oliver, esse ficava puto toda vez que tocávamos nesse assunto.

                ⁃             Mamãe... – me levantei indo até ela

                ⁃             Aquele desgraçado abusou da minha garotinha? – Donna se aproximou me abraçando – Meu amor... – chorou – Por isso que você sumiu daqui, eu vou matar aquele canalha Felicity.

                ⁃             Você não vai fazer nada contra ele – falei me afastando do abraço dela e olhando em seus olhos – Ele é perigoso.

                ⁃             Oliver – ela falou e ele a olhou – Obrigada por ter salvo a minha garotinha!

                ⁃             É o meu dever, Donna, não precisa agradecer. – ela assentiu e se sentou no sofá ao lado de Sara, colocamos mamãe a par de tudo que estava acontecendo e ela ficou mais revoltada ainda a cada palavra dita.

                ⁃             Agora que Felicity falou sobre o atentado, podemos usar isso contra ele. É só você fazer uma denuncia e...

                ⁃             Eu não vou denunciar, não quero tornar isso publico, quanto mais eu falo mais dói, mais real se torna – murmurei e Oliver me abraçou

                ⁃             Não precisa fazer nada que não queria – ele disse e eu assenti.

                ⁃             Esse é o único jeito que vejo de tirar Felicity dessa, posso arrumar um advogado melhor que eu, o promotor de Central City é um conhecido meu e me deve uns favores. Eu posso depor a favor de Felicity, Oliver pode dizer que pegou ele tentando violá-la. – Laurel falou andando de um lado para o outro.

Eu estava extremamente grata em ver que eu tinha pessoas por mim, pessoas que me amavam e fariam de tudo para me defender. Mas eu não podia expor Oliver, por mais que ele estivesse disposto.

                ⁃             Oliver não pode fazer nada – falei e ele abriu a boca pra revidar, mas fui mais rápida – Ele espancou o Ray, Ray pode usar isso contra a gente também e Oliver vai preso. A minha filha já vai ficar sem mãe, eu não vou querer ela comigo enquanto eu estiver em Ivy Town, ela não precisa ficar sem pai também. – ralhei

Oliver simplesmente levantou e saiu porta a fora, eu sabia que ele estava com muita raiva. Sua respiração estava rápida e suas mãos fechadas em punho. Eu sabia como ele gostava de descontar a raiva, e eu sabia o que ele ia fazer se ficasse sozinho.

                ⁃             Vou falar com ele – Tommy levantou, mas eu fui mais rápida

                ⁃             Eu vou – eu disse pegando um casaco e as chaves do meu carro.

Sai correndo pelo hall do corredor e encontrei duas órbitas azuis me encarando dentro do elevador, tentei ser rápida mas quando me aproximei as portas já haviam se fechado.

Teria que esperar o elevador voltar, mas eu estava impaciente demais pra isso... Sai correndo pelas escadas tropeçando em alguns degraus e deixando minhas coisas caírem duas vezes. Cheguei na rua escura pela noite a tempo de ver o carro dele virando a esquina que dava para o centro, ou seja, ele não estava indo para a clandestinagem de Ra’s.

Suspirei aliviada e entrei no meu carro, não sei porque eu estava indo atrás dele, mas quando eu percebi já estava no meio do caminho dirigindo até a academia.

Quando eu e Oliver ainda estávamos juntos, eu nunca deixava ele participar dessas lutas que Ra’s promovia, então ele ia para a academia e socava uns sacos de areia toda vez que ficava com raiva por algo.

Estacionei na vaga de Dig e sai apressada, a luz da sala dele estava acesa e por sorte minha a porta lateral da academia estava destrancada. Certas coisas não mudam com o tempo.

Andei até sua sala e ela estava fazia, andei até o sala de Box e não tinha ninguém lá.

                ⁃             Onde esse homem se meteu? – falei socando um dos sacos que balançou em direção a um porta retrato na parede de Oliver ensinando uns adolescentes a usar arco e flecha... Eu já sabia onde achar ele.

Olhei o mapa da academia que indicava cada setor, e no subsolo tinha um porão totalmente equipado para aulas com arco, desci correndo as escadas e no final do corredor vi a luz acesa e barulho de algo sendo arremessado. 

Abri a porta devagar e quase cai pra trás com a visão a minha frente. Oliver apenas de short preto, com aquelas costas musculosas desnudas que tiravam o ar de qualquer pessoa, e comigo não foi diferente. Ele acertava com a flecha as bolas que uma maquina de jogar tênis arremessava para o alto. Era extremamente sexy ver meu marido naquela posição.

Dei um suspiro de satisfação, suspiro totalmente audível para ele que rapidamente se virou e sorriu sarcástico ao me ver. Pegou do bolso um pequeno controle e desligou  maquina que parou de lançar bolas.

                ⁃             Ora se não é a futura Senhora Palmer babando no ex – falou colocando o arco e as flechas, que estavam em suas costas, em cima da mesa.

                ⁃             Oliver, para com isso – falei tirando minha jaqueta e me aproximando... Estava calor demais ali.

                ⁃             Você decidiu o que vai fazer pelo visto – disse seco passando uma toalha pelo pescoço. Movimento esse que realçou seus músculos e me fez hiper ventilar. O que esse homem estava fazendo comigo?

                ⁃             Eu não posso simplesmente ir presa, ou fazer você depor e te prejudicar também, Oliver – cruzei os braços

                ⁃             E o único jeito é ceder a ele?

                ⁃             Eu não sei – falei lacrimejando – Eu acho que Ray eles...

                ⁃             Isso não é mais só sobre o Ray, isso é sobre nós. Nós – fez o movimento com o dedo indicando nós dois – Nós estamos sendo afetados com isso. Você percebeu que está cogitando deixar Melanie por causa desse cara? Eu só fico mais puto. – frizou o puto – Deve ter outra coisa que possamos fazer em relação a isso tudo.

                ⁃             Eu não sei o que eu tenho que fazer Oliver, eu não sei. – aumentei meu tom de voz – Eu só sei o que eu quero.

                ⁃             E o que você quer?

                ⁃                  Você – disse alto por fim me sentindo liberta em pronuncia o meu desejo. Era como se eu tivesse trazido meu maior segredo a público e ficado aliviada por isso. – Eu já falei... To perdendo a minha sanidade Oliver, eu não consigo parar de pensar em você.

                ⁃             Posso dizer o mesmo – falou apressado se aproximando de minha e selando nossos lábios.

O beijo começou exatamente do modo em que paramos da outra vez. Não da outra vez na cozinha, mas na outra vez aqui na academia. Eu estava sedenta por Oliver e parecia que esse sentimento era totalmente recíproco.

Ele me suspendeu em seu colo e eu passei minha pernas em volta da sua cintura. Logo senti a parede ser pressionada contra as minhas contas e soltei um pequeno gemido quando seu membro mostrou que estava presente na brincadeira. Minha saia já estava completamente embolada até o alto da minha coxa, as mãos de Oliver apertavam a minha bunda me pressionando a encontro do seu volume. E que volume! 

Deus! Como eu fiquei tanto tempo sem esse homem?

Nosso beijo se tornava cara vez mais urgente. Ora ele desdia sua boca até meu pescoço marcando seu território, ora mordia meus lábios com certa voracidade que me deixava arrepiada. E eu? Bom... Fazia o mesmo com ele.

                ⁃             Oliver... Por favor! - falei ofegante quando ele desceu a boca para o meu pescoço novamente, dessa vez ele não voltou para os meus lábios.

Ele fez o caminho que antes sempre dizia gostar fazer. Ele desabotoou os botões do meu vestido - não! Ele estourou os botões, essa era a palavra certa! - e sem demoras abocanhou meu seio esquerdo me fazer arfar quando passou os dentes no bico.

Deus! Te pergunto de novo... Como eu fiquei tanto tempo sem esse homem?

                ⁃             O que você quer, meu amor? - ele falou ainda com a boca em meu seio 

                ⁃             Eu quero você - murmurei em seu ouvido e logo depois soltei um gemido porque ele apertou com força a minha intimidade enquanto sua boca estava ocupada no meu outro seio.

                ⁃             Mas você já me tem! - disse e voltou a me beijar.

Rodeei meus braços por seu pescoço fazendo de tudo para te-lo mais próximo possível de mim.

Eu queria senti-lo, queria senti-lo muito!

Ele me desgrudou da parede e andou comigo em seu colo e me sentou em uma mesa de metal que tinha ali. Oliver se afastou de mim e ficou me olhando com uma expressão indecifrável para mim. Paixão? Desejo? Amor? Todos juntos? Eu não sabia.

                ⁃             O que foi? - perguntei rindo. A essa altura eu já estava completamente bagunçada, o pano do meu vestido completamente amassado. Passei as mãos no meu cabelo ainda rindo, estavam totalmente alvoroçados. 

                ⁃             Eu gosto da visão que eu tenho - riu fazendo os gominhos do seu abdômen  ficarem ainda mais definidos me fazendo hiper ventilar novamente 

                ⁃             É porque você não vê a minha - falei me esticando e o puxando pelo cós do short de volta para mim. Ele veio sem pestanejar e voltamos a nos beijar. 

O beijo dessa vez foi lento, calmo... Como se estivéssemos nos conhecendo ainda. Meu coração palpitava e eu ficava arrepiada a cada toque dele acariciando a minha perna, minha nuca, meus braços.

E então as mãos dele foram para a barra do meu vestido preto tirando-o de mim e voltando a me observar. Ele riu malicioso quando viu que eu e estava sem sutiã. 

                ⁃             Eu senti falta disso - passou a mão por minha barriga, passando por entre meus seios e parando nos meus cabelos - Senti falta de te tocar a hora que eu quisesse - se aproximou e me deu um selinho - De te beijar a hora que eu quisesse, e de te fazer minha a hora que eu quiser.

                ⁃             Então faça, Oliver - falei olhando em seus olhos . Ele colocou as mãos no cós da minha calcinha de renda e a arrancou para longe, passou a mão na minha intimidade já encharcada e me penetrou com dois dedos. Gemi alto agarrando suas costas e cravando minhas unhas ali. Por mais que a sensação fosse maravilhosa, não era isso que eu queria. - Anda logo. - falei entre gemidos enquanto ele estocava seus dedos fundo em mim.

                ⁃             Me pede e farei - falou sexy em meu ouvido me penetrando com mais um dedo.

                ⁃             Eu quero você dentro de mim, amor - falei gemendo, pois ele continuava com as estocadas com o dedo.

                ⁃             Mas eu já estou, amor - retrucou enfiando o dedo mais fundo - O que você quer de mim? - mordeu o lóbulo da minha orelha.

                ⁃             Eu quero seu pau dentro de mim Oliver - arranhei suas costas - A-g-o-r-a.

                ⁃             Seu desejo é uma ordem - ele tirou seu dedo de mim e rapidamente tirou o short e a cueca junto. Seu membro grande e rijo pulou para fora da roupa me fazendo arfar. 

Deus! Como eu fiquei tanto tempo sem esse homem?

Ele me puxou para a ponta da mesa e posicionou seu membro na minha entrada, capturou a minha boca junto e sua e selando um beijo Oliver me penetrou firme e forte e eu gemi alto. E ele transformou as estocadas calmas em firmes, em rápidas e desesperadas.

Nossos gemidos se tornavam um só, nossos corpos de completavam e nosso amor era consumado ali. 

Tudo que eu mais queria estava ali comigo. O tempo não da pra gente o que queremos e sim o que precisamos. Oliver era o que eu precisava, e o tempo se encarregou de fazer isso acontecer. 

Oliver já estava suado, não muito diferente de mim. 

               ⁃             Oliver, eu vou... - falei a medida que ele estocara cada vez mais forte. Eu conseguia ouvir a mesa rangendo os pés no chão.

                ⁃            Eu também... - ele urrou em meu ouvido e então eu senti seu prazer ser liberado dentro de mim ao mesmo tempo em que o meu jorrava.

Sem sair de dentro de mim, Oliver me pegou no colo e me deitou em um tatame que havia ali perto. 

Que fetiche nós tínhamos com academia afinal?

                ⁃             Não sei como consegui ficar tanto tempo sem você - ele falou se deitando ao meu lado e me puxando para seu peito.

            ⁃             Eu estava me fazendo a mesma pergunta nesse momento. - estiquei a cabeça olhando em seus olhos e ele me deu um selinho

                ⁃             Eu te amo, Felicity! 


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Notas finais do capítulo

Não me matem. PFV kkkkkkk Não me matem pq me empolguei e fiz esse lindo cap grande pra vocês!

O que será que eles vão fazer mediante a ameça que o Ray fez?

Me digam nos comentários!

Eu escrevi esse cap nas notas do meu celular, por isso que os parágrafos das falas estão diferentes. Normalmente escrevo no word.

Seeeeeeeeeeeeeei que eu combinei de postar Dinastia no sábado, porém me empolguei com City of Angels.
Prometo recompensar com um cap bem longo no decorrer da semana.

Tem estado muito ruim para mim escrever, porque (quando da) eu sempre finalizo os capítulos no meu trabalho e no inicio do ano é a época que aqui fica uma coisa de doido que da até vontade de chorar... Mas como a gente precisa do emprego né kkkkkkkkk Enfim, estou me esforçando. JURO!

Estou triste pq a fic está com poucos comentários... Chegando a 20 eu finalizo o cap 18.

Aos desesperados por UPA 2: Só iniciarei a fic quando City of Angels acabar e quando eu colocar Sicret Vices pra andar rsrs

Comenteeeeem, meus amores ♥

Beijos!



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