Seu rosto se aproximou do meu, e por mais que eu quisesse que ele não me tocasse, eu não conseguia afastá-lo, como imãs, eu não conseguia e não queria ficar longe dele, com esse pensamento ele grudou nossas testas deixando meus lábios muito, muito perto dos dele.

Eu não conseguia mais resistir.

No mesmo segundo, juntei nossos lábios num beijo abrasador, apaixonado.

Eu começava a sentir que estava necessitando dele de mais, mais do que eu queria, e mais do que eu posso.

Nos rápidos momentos em que afastamos nossos labios, ele sussurrou meu nome.

Novamente percebi que não podia mais ficar sem ele.

Ele me levou até sua cama, e eu estremeci, pensando no que ELE talvez estivesse pensando, mas ele simplesmente me abraçou forte, assim com a cabeça em seu peito me senti melhor, extremamente bem, reconfortada, e feliz, fechei meus olhos deliciando-me com a sensação.

Quando meus olhos se abriram novamente, olhei para a pequena janela, e percebi que o sol parecia já esta a pino, mas um doce voz me despertou de minha conjectura incerta.

-Bom dia Bela adormecida, está um bela manhã, ou uma bela tarde, por que não saímos para almoçar?

Logo que ele pronunciou a ultima palavra meu estomago roncou.

Ele abriu um sorriso perfeito.

-Só se você me esperar – eu disse olhando para minhas roupas amassadas, - vou tomar um banho e trocar de roupa, te encontro aqui.

Na verdade minhas roupas não eram o maior motivo de eu querer sair dali.

Me levantei da cama, ele me deu um beijo na testa e me deixou seguir para fora de lá com um sussurro:
-Estarei esperando.Sempre esperarei.

Embora minha mente quisesse ficar obriguei minhas pernas a seguirem em frente.

Tentei ser rápida o bastante e para que ninguém me percebesse, ia olhando para baixo quando...

Esbarro em alguém.

Levantei minha cabeça, e assim que vi a figura na minha frente quase tive uma parada cardíaca.

Era minha professora de Ballet clássico, Srt. Renata.

-Ah desculpe, - eu disse depois que ela me encarou – estava a caminho do meu dormitório e não prestei muita atenção...

Ela me interrompeu.

-Você parece cansada, suas roupas estão amassadas e creio que não sejam roupas do dia-a-dia.

Percebi que ainda estava com a roupa que fui para a festa.

-Eu acabei indo a uma festa com uns amigos meus, e acabei dormindo no dormitorio de um amigo, mas já estava indo para o meu...

-Percebe que horas são?

-Eu sei, mas acabei dormindo mais do que devia e se me der licença eu realmente preciso ir ao meu dormitório.

Ela apenas assentiu e continuou andando, e eu fui dessa vez o mais rápido que podia.

Renata não era um mulher chata, ou coisa do tipo, eu sei, professoras de Ballet clássico pegam pesado, e com ela não seria diferente, mas acho que ela gosta de forçar barreiras, destruir obstáculos e quebrar todas as dificuldades, mas se acha que é fácil está completamente enganado.

Ao chegar no meu dormitório, Ângela apenas me observava e não disse nada, escolhi um roupa e fui para o banheiro.

Meu banho foi rápido, e eu me vesti e caminhei até a porta, mas fui impedida por uma voz.

-Realmente não vai me falar o que está acontecendo?Sabe eu praticamente não dormi ontem, por que você não voltou, e só aparece agora...

-Vou sair agora, mais tarde eu venho e te explico TUDO direitinho ok?

Ela balançou a cabeça como quem diz sim.

Caminhei para fora do quarto, tentando pensar imparcialmente, o problema é que eu SÓ conseguia me concentrar em vê-lo.

PDV do Edward.

Caramba cadê aquela garota?

Suspirei imaginando que ela logo apareceria aqui, talvez estivesse a caminho nos corredores, ou talvez estivesse no banho...

Balancei a cabeça como se para expulsar a idéia da minha mente, não queria que as imagens tomassem minha mente.

Em alguns minutos ela entra no meu campo de visão e era impossível para de olhar, no jeito como seu cabelo balançava ao vento, nos seus olhos castanhos que me olhavam atentamente, suas pernas que se movimentavam mais rápido cada vez que chegava mais perto de mim.

Quando ela chegou passei meu braço por sua cintura.

NOSSA, como eu gosto de fazer isso!

-Vamos almoçar.

-Sim, vamos- ela concordou com entusiasmo.

Fomos para o meu carro.

-Onde vamos? – ela perguntou, seus olhos se enchendo de curiosidade.

-Um dos meus restaurantes preferidos.

Ao chegar lá, vi ela observando o restaurante.

La Bella Italia.

Logo fiquei preocupado.

-Você gosta de comida italiana? – ah que droga! Devia ter perguntado isso antes! – porque se não, a gente pode ir ao outro lugar...

-Não comida italiana é bom , eu estou...Hamm...Surpresa.

Peguei sua mão.

E percebi que era isso que eu queria, sentir que ela estava comigo, e que sempre estaria.