No início, Ela foi atrás daqueles que lhe fizeram mal, mas depois percebeu que isso não era suficiente. O mundo inteiro estava corrompido pela ganância e pelo poder. E precisava ser purificado.

Aqueles que deveriam curar, hoje intoxicam o povo. Nós já vimos isso acontecer, num país abandonado por um governo que vendeu sua gente como cobaia.

Eles envenenaram a água de uma região castigada pela seca, onde a sobrevivência de diversas famílias ainda dependem do líquido sagrado  que brota do chão.

Com uma equipe pequena, para não chamar atenção, os hospitais não passavam de centros de observações para a pesquisa,  pessoas eram números, como gado marcado. A população definhou até a morte sem saber o motivo da desgraça. Alguns acreditavam que era um castigo divino, outros perderam a fé em Deus.

Então, Ela nos enviou para acabar com aquele inferno. Punição adorou o barulho de vidro estilhaçado, junto aos gritos daqueles que agora imploravam por algo que nunca tiveram pelo próximo: misericórdia.

Os que sobreviveram, empurramos para dentro de um poço. Pelo menos não morrem de sede!

A Mãe nos envia como uma mortalha do tamanho certo de cada um dos corrompidos, só nos resta obedecer cegamente.