Ginny nunca gostava de levar os convidados até a porta, mas quando se tratava de Harry, ela fazia questão.

Hermione, convenientemente, decidiu ficar um pouco mais com Rony e sua família, enquanto que Harry insistia em ir embora.

— Vai então, Rony me leva depois — ela disse.

E ele não viu como negar. Para não deixá-lo caminhar sozinho até a porta, Ginny o seguiu, quando mais ninguém prestava atenção ou despedia-se dele.

Esteve observando-o em silêncio, notando o quanto não parecia acostumado a muita companhia, o quanto comia pouco, parecia pensar mais de uma vez quanto ao que deveria falar ou fazer.

Ele era diferente, mas tinha algo que a incomodava e não sabia dizer o que era.

— É estranho vir para Ottery St Catchpole — disse Harry.

— Acostumado a cidade grandes? — perguntou Ginny.

— Pode-se dizer que sim.

Ela apoiou-se ao batente plúmbeo da porta, querendo que ele ficasse, mas ao mesmo tempo sem saber o que dizer. Não queria ser invasiva.

— Quando você quiser falar qualquer coisa para mim, fique à vontade — ela não sabia como dizer — Você pode confiar em mim.

Harry sorriu levemente, antes de dar um beijo em sua testa.

— Eu sei, obrigado.

Então afastou-se.

— Preciso ir.