No Dia em que Te Encontrei escrita por BeLiza


Capítulo 16
Machucado


Notas iniciais do capítulo

Meninas, muito obrigada pelo carinho... adoro vocês!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/74395/chapter/16

Lena

 

 

 

- Parem vocês dois! - Sam mandou de um jeito diferente, não sei explicar. Eles obedeceram rapidamente. - Alguém pode me dizer o por que eles estavam brigando, dessa vez? - Sam perguntou depois que eles levantaram do chão. Seth estava com a camisa rasgada e Embry estava com um arranhão no braço. Jake já tinha me soltado.

 

- Foi minha culpa. - Seth se entregou. - Desculpa, exagerei.

 

- Não foi, não! - Jake o defendeu. - Ele exagerou sim, mas o Embry provocou. - Sam bufou.

 

- Da próxima vez que vocês quiserem se matar, façam isso la fora. E se possível, bem longe das garotas. - Sam avisou passando por eles como se isso fosse uma coisa normal. - Limpem essa bagunça! - ele mandou.

 

- Eu pensei que eles fossem se matar. - Tara disse ao se aproximar de mim. Isso também passou pela minha cabeça. Fui até o Seth, ele estava catando os cacos de vidro no chão com o Embry.

 

- Você esta bem? - perguntei entregando um pedaço do prato que eu achei perto do meu pé. Ele pegou e sorriu.

 

- Estou. Desculpa se eu te assustei. - ele se levantou do chão.

 

- Você não precisava ter feito isso.

 

- Eu sei, perdi a cabeça. É difícil isso acontecer, mas acontece. - olhei para a blusa rasgada dele.

 

- Acho que eu devia ter guardado uma das suas camisas aqui, agora você não tem nada para usar.

 

- Não tem problema, eu tiro. - ele disse tirando a camisa. Aí meus céus! Senti meu rosto esquenta e meu coração bater mais forte. O que esta acontecendo? Lena, para de olhar para ele! Tive que força os meus olhos a piscarem.

 

- Você esta bem? - ele encostou em mim.

 

-Nã... Sim! - respondi alto. - Er... acho que vou beber um pouco d'agua. - avisei me virando para ir até a cozinha. Senti um calor estranho, meu coração não parava de bater forte. Sera que eu estou passando mal? Não é a primeira vez que ele tira a camisa na minha frente, e eu já tinha visto outros rapazes sem camisa, eu nunca fiquei assim antes.

 

- Lena. - Embry chamou me "trazendo" de volta a realidade. - Foi mal pela brincadeira. Você não ficou chateada, não é? - já tinha até esquecido. Sorri para ele.

 

- Não, Embry. Eu estou bem. Só acho que vocês não precisavam brigar.

 

- Brigar? - Embry disse fazendo careta. - Não foi briga, Lena. A gente estava só brincando.

 

- Brincando? Você rasgou a blusa do Seth, e ele te arranhou. - eu disse e olhei para o braço arranhado dele. - Ué, Cadê o arranhado no seu braço? - ele colocou o braço para trás das costa.

 

- Você deve esta enganada, não tinha arranhado nenhum, Lena.

 

- Como não tinha? Eu vi, Embry! - tentei pegar o braço dele para ver, mas ele não deixou. - Deixa eu ver! Eu sei que tinha um arranhão no seu braço!

 

- Lena, acho que você precisa de óculos. - ele disse saindo da cozinha.

 

- Embry, minha vista esta muito boa, eu sei o que eu vi. - eu disse indo atrás dele.

 

- O que aconteceu? - Tara perguntou assim que chegamos na sala. Todos estava prestando atenção na gente. Embry foi até o Sam.

 

- Tara, você reparou no braço do Embry quando eles levantaram do chão? - perguntei.

 

- Acho que não, por que?

 

- Eu vi o braço dele arranhado.

 

- Não! Você acha que viu o meu braço arranhado. - Embry rebateu. Cruzei os braços.

 

- Não estou entendendo nada. - Tara disse nos olhando.

 

- Me mostra o braço de novo, Embry! - pedi. Ele olhou para o Sam, Sam balançou a cabeça como se tivesse concordando que o Embry mostrasse o braço. Essa eu não entendi. Embry tirou o braço de trás das costas, eu fui até ele para ver melhor, mas não tinha nada, estava como antes. - Como você fez isso?

 

- Isso o que? - Embry perguntou.

 

- Embry, você sabe que estava machucado.

 

- Esta bem, se estava machucado como você diz, então cadê o tal machucado? - Embry esticou o braço na minha direção para eu ver melhor.

 

- É isso que eu quero saber!

 

- Lena, talvez você tenha visto coisa demais. Não tem como ele se curar tão rápido assim. - Tara disse. Mas eu sabia o que tinha visto, só não sabia como não estava mais la. Eu ia tentar argumentar, mas ouvi meu telefone, que estava no meu bouço, tocar. Levei um susto, a sala estava silenciosa. Vi que os rapazes saíram de perto de mim assim que peguei o celular. Era a minha avó.

 

- Oi vó! - exclamei alegre, estava com saudades. Sam me olhou.

 

- Oi minha querida. - era a minha vó. - Como você esta?

 

- Muito bem. E a senhora?

 

- Bem, com muitas coisas para fazer, mas estou bem. E o Sam?

 

- Esta aqui perto, ele também esta bem. - eu respondi. Sam sorriu.

 

- Que bom minha querida. Estou com saudades de todos. - ela disse. - Minha linda, vovó esta ligando para avisar que aquela família que viria para cá... lembra que eu te falei sobre isso quando você ainda esta aqui?

 

- Sim, lembro sim. - minha avó me contou que uma família de La Push estava querendo se mudar, então minha avó resolveu ajudar. Minha avó já os conhecia a anos. Ela ofereceu a nossa casa para eles morarem. Isso ia ajudar os dois lados, eles iam ter aonde morar e nós não íamos precisar contratar alguém para cuidar da casa, já que não queríamos vende-la.

 

- Então minha querida, eles vão vir no fim dessa semana. E eu não vou poder ir enquanto eles não vierem.

 

- Ah, vó. - choraminguei. - Mas a senhora não pode resolver daqui?

 

- Não minha querida, preciso recebe-los e mostrar tudo a eles. - ela disse. Fiquei triste, nunca ficamos tanto tempo longe assim.

 

- A senhora quer ajuda? Quer que eu vá até aí para te ajudar?

 

- Não minha querida, não precisa. - ela disse. - Olha, vou tentar fazer o possível para poder ir no dia combinado, esta bem?

 

- 'Ta, esta bem, vó. - disse desanimada.

 

- Não fique assim, prometo que nos veremos logo. - ela garantiu. - Agora eu queria falar com o Sam, ele esta ocupado?

 

- Não, vou passar para ele. - eu disse, ele se levantou e veio até a mim. - Te amo vó.

 

- Eu também te amo muito querida. - ela disse, eu passei o telefone para o Sam.

 

- Oi vó, como a senhora 'ta? - ouvi Sam pergunta. Fui até aonde estava o Seth. Ele esticou os braços para me abraçar.

 

- O que foi? - ele perguntou assim que me abraçou.

 

- Minha avó, ela vai demorar para vir. - encostei a cabeça no ombro dele.

 

- Não fique assim, ela vai vir logo. - ele disse. Esperava que estivesse mesmo certo.

 

 

 

 

De madrugada...

 

Seth

 

 

 

Eu não estava conseguindo dormi direito aquela noite, não sabia o por que. Eu até estava cansado, mas nada do sono vir. Parecia que estava acontecendo alguma coisa. Comecei a pensar nas coisas que podiam me preocupar. Sera que é a floresta? Não, eu nunca me preocupei antes com isso, não seria mente ao ponte de não dormi. O que sera? Já sei! Lena! Claro, deve ser isso! Mas por que estou preocupado, ela esta dormindo. Nesse mesmo instante ouvi meu celular, que estava em baixo do meu travesseiro, tocar.

 

- Alô? - atendi, esqueci de ver quem era, sempre esquecia.

 

- Seth. - era a Lena. O que sera que aconteceu?

 

- Lena, aconteceu alguma coisa? Aonde você esta? - sentei na cama.

 

- Não, calma, estou bem. Eu estou na casa do Sam. - ela respondeu, mas não parecia bem.

 

- O que foi então?

 

- É que... - ela hesitou. - Eu queria ouvir a sua voz. - ela estava diferente.

 

- Sua voz esta estranha, você chorou?

 

- Eu tive um pesadelo. Mas estou um pouco melhor, só queria ouvir sua voz. - ela disse. Então era isso, foi por isso que eu não estava conseguindo dormi.

 

- Me espera, eu estou indo. - disse e desliguei o celular, eu sabia que ela ia argumentar se eu não desligasse.

 

Mas eu não podia deixar ela sozinha. Tirei meu shorts, coloquei a primeira bermuda que achei jogada no quarto e sai. Tentei calcular mais ou menos o tempo que eu levaria, como humano, para chegar na casa do Sam para não levantar mais suspeitas.

 

Já bastava aquela do braço do Embry. Sam não queria contar agora para ela, ele prefere esperar até a vó deles chegar. Me aproximei da janela do quarto dela e bati de leve. A luz estava apagada. Ela se levantando da cama para abrir a janela.

 

- Seth, não precisava vir. Eu estou bem. - ela disse assim que abriu a janela. Eu sorri para ela.

 

- Agora é tarde. Já estou aqui. - brinquei. - Posso entrar?

 

- Claro. - ela se afastou para eu entrar.

 

- Agora me conta direito, o que aconteceu? - perguntei quando entrei no quarto.

 

- Já disse, não aconteceu nada. Desculpa se te preocupei, se eu soubesse que você viria não teria ligado. Não queria te tirar de casa essa hora. - ela confessou.

 

- Lena, por favor, vê se você entende. Você é a pessoa mais importante para mim. Tudo que acontece com você é importante para mim. - eu disse me aproximando dela. Ela sorriu. - Você vai me contar por bem, ou vou ter que usar uma das minhas táticas para conseguir informações? - brinquei. Ela levantou uma das sobrancelhas.

 

- Você tem táticas para consegui informações? - ela colocou as mãos na cintura.

 

- Claro que eu tenho, uma delas é a minha famosa “carinha de cachorro abandonado”. - respondi. Ela riu. - O que foi? Acha que estou brincando? Ninguém resiste a essa tática, nem mesmo a Leah. - ela ainda estava rindo. - Esta duvidando? - fingi esta chateado. Ela tentou para de ri.

 

- Não estou duvidando, muito pelo contrário. Eu acredito em você. - ela disse. - Eu estava rindo por que imaginei você fazendo a “carinha de cachorrinho abandonado” para tirar alguma informação do Sam.

 

- Nunca tentei fazer isso com o Sam. Sera que vai funcionar? - ainda estava brincando. Ela voltou a rir.

 

- Duvido muito. - ela respondeu. Eu também duvidava, e nem pensava em fazer isso. Percebi que ela ficou seria de repente. - Obrigada, Seth. - ela agradeceu me olhando nos olhos. - Obrigada por ter vindo, eu precisava muito de você. - ela disse me abraçando. Eu retribui o abraço. Ela colocou o rosto em meu peito. Saí tão rápido de casa que esqueci a camisa. Senti alguma coisa molhada no meu peito.

 

- Lena,você esta chorando? - eu levantei o seu rosto para eu ver melhor, ela estava mesmo chorando. - O que aconteceu? Por favor, Lena. Me conte, estou ficando preocupado. - disse levando ela até a sua cama para ela se sentar.

 

- Deixa para la, Seth. Foi só um pesadelo. - ela disse limpando os olhos. Me aguachei no chão para poder olha-la nos olhos.

 

- Para de tentar me deixar de fora das suas coisas, nós estamos juntos, não estamos? - ela balançou a cabeça confirmando. - Então, eu quero poder te ajudar quando você precisar, por favor, não me afaste de você. Eu vou repeti, tudo, mas tudo mesmo que venha de você é importante para mim. Me conta o que você sonhou. - ela hesitou, mas falou.

 

- Eu sonhei com a minha avó, que a minha avó tinha... - ela não conseguiu terminar. Eu a abracei.

 

- Lena, não se preocupa, foi só um sonho ruim, ela esta bem. - eu garanti. Ela balançou a cabeça concordando.

 

- Eu sei, foi só um sonho idiota, mas é que eu fiquei com tanto medo. - ela disse com a voz embargada.

 

- Olha para mim. - eu levantei sua cabeça para ela me olhar. - Você quer ligar para ela para você ter certeza que ela esta bem?

 

- Não precisa, eu estou bem. - ela disse, mas ela ainda parecia esta nervosa.

 

- Lena, tenta voltar a dormi. Acho que isso vai ajudar. - eu disse.

 

- Fica comigo? Fica aqui até eu dormi? - ela pediu. - Por favor, Seth. Eu não vou consegui dormi sozinha. - acho que ela aprendeu a fazer a “carinha de cachorro abandonado”. Não estava conseguindo resisti.

 

- Esta bem, Lena. Vou ficar aqui até você dormi. - prometi. Ela deu um leve sorriso e se deitou. Me sentei em sua cama.

 

- Seth, deita comigo. - ela esticou a mão para mim e eu deitei. Ela me abraçou forte. - Eu te amo. - ela disse.

 

- Eu te amo muito mais. - eu disse.

 

 

 

De manhã...

 

 

 

Senti alguém me beijando, primeiro eu pensei que fosse um sonho, mas não. Me lembrei que eu estava com a minha Lena. Abri os olhos e a vi. Ela estava tão linda sentada na cama sorrindo para mim.

 

- Desculpa, não era para ter te acordado. - ela disse.

 

- Por mim pode me acordar assim quando quiser. - eu disse, ela sorriu.

 

- Acho que não consigo mais dormi sem você, foi só te senti ao meu lado que eu dormi bem. - ela disse voltando a deitar comigo.

 

- Ainda bem, por que eu também acho que não consigo mais dormi sem você. - eu a abracei. Era impressionante o quanto eu a amava.

 

- Acho que é melhor a gente levantar. - ela disse me olhando.

 

- Não. - eu a abracei forte. - Não vou mais sair daqui, nunca mais. - brinquei. Ela riu.

 

- Acho que o Sam não vai gostar muito disso. - ela disse depois que parou de ri. Eu bufei.

 

- Esqueci dele. - resmunguei. Ela sorriu e me beijou. - É melhor não fazer isso se não eu te amarro na cama e nunca mais deixo você sair daqui.

 

- Então é melhor eu levantar, não quero correr o risco do meu primo matar meu namorado. - ela brincou se levantando e parou.

 

- O que foi? - sentei na cama.

 

- É estranho eu dizer “meu namorado”. - ela confessou.

 

- Você não gosta? - me levantei. Ela sorriu.

 

- Eu adoro. Só não achei que eu fosse gosta de alguém tanto quanto eu gosto de você. - ela disse olhando nos meus olhos.

 

Não aguentei, eu a abracei e a beijei. Eu queria que ela sentisse a mesma coisa que eu estava sentindo em relação a ela, então demonstrei no beijo. Ela se esticou nas pontas dos pés, inutilmente, para tentar me alcançar. Eu a peguei no colo sem desgrudar nossos lábios.

 

Juntei ainda mais nossos corpos. Era tão bom senti-la em mim. Lena segurou minha nuca e me puxou para mais perto. Nosso beijo ficou mais urgente, ela apertou meus ombros. Eu a desci no chão e segurei sua cintura mais próxima a mim, ouvi a Lena gemer baixo. Nossa, foi o melhor ruido que ouvi. Me deu vontade de me deitar com ela de novo, mas me controlei. Não era o momento para isso.

 

Soltei ela de vagar, mesmo não querendo. Ela me olhou intensamente nos olhos. Sua respiração estava acelerada, a minha também.

 

- Eu te amo, Seth. - ela sussurrou ainda me olhando.

 

- Você é tudo para mim, Lena. - eu disse. Ela sorriu me abraçando.

 

 

 

 

 

 

Lena

 

 

 

 

Seth tinha acabado de sair do meu quarto. Se deixassem eu passaria o dia todo com ele, mas não posso. Tomei meu banho, me arrumei e fui até a sala. E como sempre, o pessoal estava por la. Menos Matt, Tara, Leah e o meu lindo Seth, é claro.

 

- Bom dia! - os cumprimentei sorrindo.

 

- O passarinho azul passou por aqui hoje cedo? - Jared brincou me olhando.

 

- Acho que o passarinha azul tem nome. Como é o nome dele mesmo, Lena? - Embry perguntou implicando comigo. Senti meu rosto esquentar.

 

- Não sei, não conheço nenhum passarinha azul. - disse indo até a cozinha.

 

- Bom dia, Lena. - Emily me cumprimentou me beijando no rosto. Eu sorri para ela. - Que bom que você acordou. Vou precisar sair para comprar algumas coisas. Você quer vir comigo? - ela perguntou. Eu queria passar o dia com o Seth. - Não vamos demorar, mas se você não quiser...

 

- Eu quero. - a interrompi. - Vai ser bom sairmos só nos duas.

 

- Não vai ser nada de mais, só vamos ao mescado comprar algumas coisas que estão faltando aqui para casa.

 

- Mesmo assim eu vou, vai ser a primeira vez que saímos juntas. - eu disse, ela sorriu.

 

- Então tome seu café, vamos sair daqui a pouco. - ela avisou.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

1º Foi por pouco a história do machucado, hein...
2º Lena esta começando a sentir coisas mais ousadas pelo Seth. rs
3º Vou quebrar a porcaria do celular da Lena... rsrs
4º Quem ta indo embora de La Push? *.*
5º O Seth é um fofo-lindo! [fato]
6º O que será que vai acontecer na saída da Emily com a Lena?

Por favor, só um review... rs