Between Times escrita por bruna


Capítulo 4
Chapter 04




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O plano era complicado demais, eles tinham que ir atrás do maior número de informações que pudessem, o primeiro passo seria ir até o Ministério, todos concordaram que o desaparecimento de Fleur tinha que ser arquivado, e mesmo que os aurores não fossem atrás dela, eles iriam, eles ajudariam, eles à achariam. Ginny estava encarregada de conversar com O Profeta Diário, porque mesmo que o Ministério não fosse atrás da francesa, o jornal definitivamente colocaria algo sobre, nem que fosse uma nota de rodapé, e assim alguém poderia ver.

Os dias passaram e nenhuma notícia chegou sobre qualquer desaparecimento, nada sobre Fleur. Bill havia voltado para casa e todos os dias Ginny o visitava, para saber se ele sabia algo ou apenas para fazer companhia para o irmão. Ninguém estava sofrendo mais do que Bill naquele momento, todos sabiam que era mais do que puro o que o garoto sentia pela esposa, e não saber o que fazer para ajudar estava fazendo com que Ginny se sentisse cada dia mais inútil e estressada.

— Cala a boca Ron! – A ruiva gritou depois do irmão perguntar como ela estava, o estresse havia tomado conta de Ginny como ela jamais havia percebido, e logo do grito ela olhou para o rosto do irmão e a surpresa que havia se estampado no mesmo. – Desculpa, eu estou sem nenhuma direção, eu não sei mais o que fazer. Bill está lá, sozinho, não sai de casa para mais nada e eu não tenho uma notícia boa para dá-lo.

— Eu sei Ginny, mas não precisa jogar todo seu estresse para cima de mim. – O irmão disse, fazendo com que a ruiva se estressar ainda mais e subisse para seu quarto batendo os pés enquanto subia os degraus.

O quarto de Ginny estava de cabeça pra baixo, roupas jogadas para todos os lados e jornais espalhados pelo chão, no meio de todos os jornais estava seu ponto de paz, estava a única das pessoas com que Ginny não conseguia se estressar não importa o que acontecesse. Lá estava Potter. Ginny fechou a porta devagar e encostou na mesma encarando Harry enquanto ele procurava alguma, qualquer notícia que fosse que pudesse dar alguma pista sobre Fleur, ou sobre o bilhete que eles receberam, e que foi a única coisa que ligava uma talvez volta de Voldemort. Os sonhos de Harry haviam parado, ele não sonhava mais com o Lorde das Trevas, ele não sonhava mais com nada. Os seus sonhos haviam desaparecido, até mesmo os bons sonhos.

— Eu não consigo achar nada, como pode não ter nenhuma notícia? – Um jornal voou para o outro lado do quarto fazendo com que Harry finalmente percebesse a presença da ruiva em seu próprio quarto. – Ah! A quanto tempo está parada ai?

Um sorriso se fez no rosto de Ginny, era sempre automático, quando aqueles olhos verdes à encaravam tudo ficava bem, podia ser o pior momento do mundo, mas tudo ficava bem. Ela deu dois passos pra frente e ficou mais próxima de Harry e disse:

— Já faz um tempo, Potter. Gosto de observar você fazendo algo, não importa o que seja. – a voz de Ginny saiu rouca, ela tentava falar mais baixo do que o normal, porque sabia que, pelo quarto ser pequeno, qualquer um poderia ouvir a conversa dos dois.

Harry ficou de pé em alguns segundos, seus dedos passaram pelos cabelos que já estavam bagunçados e ele deu um meio sorriso tímido, aqueles comentários sempre os deixavam meio sem jeito.

— Você sabe como me deixar sem graça, Weasley. – ele pulou alguns jornais que estavam no caminho e ficou de frente para Ginny, passando alguns dos seus dedos no braço da ruiva, fazendo com que a mesma se arrepiasse um pouco.

— É a minha maior qualidade, Potter. – Ginny puxou Harry para um beijo que eles definitivamente não davam a muito tempo, naquele momento eles sentiam como se fossem os únicos no mundo, o desaparecimento de Fleur não era prioridade, Voldemort nunca havia existido, eram só os dois, aqueles dois, dentro daquele quarto, o único momento que importava.

Dois toques na porta interromperam o beijo e puxaram os dois para o mundo real, foi um baque que Ginny não esperava sentir, fez a garota se contorcer um pouco ao se separar de Harry, ao sair de seus braços.

A voz que veio do outro lado da porta estava falha, quase como se fosse uma voz de choro:

— Vocês precisam descer, agora! Algo horrível aconteceu. – Ron disse do outro lado da porta, fazendo com que Ginny a abrisse com pressa e desse de cara com o rosto inchado e os olhos vermelhos do irmão. – É Fleur! Encontraram ela.

— Onde ela está Ron? E porque diabos você está chorando? – a voz veio de trás de Ginny, ela já havia entendido mas Harry queria ter certeza, não iria acreditar a não ser que as palavras fossem ditas.

— Ela está morta Harry, o corpo dela, deixaram o corpo dela aqui na frente da porta. – Ron colocou as duas mãos na cabeça sem saber exatamente como agir.

Ginny desceu correndo as escadas para encontrar Bill sentado, na mesma cadeira que estava na noite em que Fleur desapareceu, as duas mãos estavam cobrindo seu rosto e seus cotovelos estavam apoiados na mesa. Molly estava amparando o garoto mas seus olhos estavam tão vermelhos quanto os de Ron. Ginny olhou em volta da sala e viu algo deitado no sofá da sala, um cabelo loiro estava para fora. A garota se aproximou devagar sentindo as lágrimas já arderem em seus olhos, seu punho fechou e suas unhas cravaram fortemente nas suas mãos, ela sentiu a dor na hora, mas precisava saber que aquilo era verdade, que não era  apenas um sonho. Ao chegar perto do sofá ela pode ver a realidade, era ela. Fleur. Morta.


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