Between Times escrita por bruna


Capítulo 3
Chapter 03




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O dia acordou meio nublado, não era como qualquer outro dia nublado, Ginny normalmente gostava dos dias nublados porque significam descanso do treino incansável, mas não aquele dia, os acontecimentos da madrugada ainda a abalavam e ela observava Harry em seu sono conturbado enquanto estava deitada ao seu lado. A noite não tinha sido das melhores, eles haviam discutido por muito tempo como seria a possível volta de Voldemort, não conseguiam acreditar que aquilo realmente poderia ser real, foram dormir tarde e Ginny não conseguiu pregar o olho com as milhões de hipóteses que criou em sua mente.

— Você sabe que eu acho um pouco bizarro você ficar me observando dormir, não sabe Weasley? – Harry tinha um sorriso no rosto e aquilo confortou a garota por um momento, como se aquele sorriso fizesse todos os problemas desaparecerem. Ah, como ela queria que eles desaparecessem.

— Eu daria tudo pra ficar te observando dormir todas as noites, Potter. Não me importo com a bizarrice. – Ginny ainda observava o garoto que ainda mantinha os olhos fechados, naquele momento seus olhos verdes abriram e a encararam com uma paixão que ela mesma sentia dentro de si, Ginny não sabia explicar mas só o olhar de Harry já fazia seu corpo todo ficar arrepiado, era algum feitiço que aquele garoto tinha colocado nela, ela tinha certeza disso, não conseguia se conformar em como se sentia.

Harry virou seu corpo e ficou de frente por um tempo apenas encarando Ginny com um meio sorriso no rosto, aquela com certeza seria sua imagem favorita, Ginny Weasley com os cabelos presos em um coque em cima da cabeça, seu rosto recém-descansado e um olhar apaixonado encarando-o. Ele sabe que também daria tudo para mantê-los nesse momento para toda a eternidade.

Os dois ouviram o barulho dos pratos no andar de baixo, Molly já estava de pé faz um tempo, Ginny sabia que sua mãe acordava antes de todos para conseguir aprontar todo o café da manhã e deixar tudo organizado para quando todos acordassem, mas o clima estava estranho, apesar de só Harry e Ginny saberem sobre o pergaminho que receberam na noite passada, ela conseguia sentir a tensão apenas pelo conhecimento do desaparecimento de Fleur.

— Acho melhor irmos ajudar sua mãe, não acho que ela esteja em condições de cuidar de tudo pensando sempre no que pode ter acontecido com Fleur. – Harry puxou Ginny para a realidade imediatamente quando comentou sobre Fleur, a garota, que até então estava perdida analisando o rosto dele, deu um suspiro e sentou na cama apenas para ver Ron com metade do corpo para fora da cama e a boca aberta enquanto roncava menos do que o normal.

— Que bom que algum de nós conseguiu dormir maravilhosamente não é mesmo? – a garota disse antes de pegar seu travesseiro e jogar no ruivo, sem fazer com que o mesmo tenha qualquer movimento.

— Às vezes, tudo que eu queria era ser o Ron. – Harry deu uma risada baixa e encarou Ginny, que de repente havia mudado seu ar divertido para uma expressão mais séria, ela estava encarando a janela e Harry sentou ao seu lado, encostando sua mão na dela. – Vamos descobrir o que está acontecendo, vai ficar tudo bem, eu prometo. – e deu um sorriso torto para a ruiva, olhando-a retribuir o sorriso.

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A manhã foi tranquila, ninguém comentou os acontecimentos da noite anterior, apenas Bill ficou calado na mesa, e quando qualquer um perguntava se estava tudo bem ele apenas consentia com a cabeça. George sentou ao lado do irmão mais velho, ele jamais tinha sido o mesmo depois da morte de Fred, não sorria tanto quanto antes, se animava de vez em quando ao planejar algo com Ginny, ou quando Ron dava alguma ideia para a loja, mas logo desanimava e voltava para seu quarto. Ron, como sempre, comia como se não houvesse amanhã, estava animado porque logo Hermione chegaria, e sabia também que a bruxa jamais o deixaria comer desse jeito se ela estivesse presente. Molly servia os filhos e ao marido com desanimo, o pensamento de que algo horrível poderia ter acontecido com Fleur não saia de sua cabeça em nenhum momento, e não havia nada que ela pudesse fazer para conseguir tira-lo.

Hermione chegou logo depois do almoço com uma mala não muito grande e sua famosa bolsa, a garota reuniu todos na sala e tirou vários recortes de jornais trouxas e bruxos com notícias de desaparecimentos de nascidos franceses pela Inglaterra. Fomos analisando cada uma das notícias, cada um com uma e sempre anotando ou sublinhando algo que achássemos que poderia ter a ver com Fleur. Ginny e Harry sempre olhavam algo a mais nos jornais para ver se viam algo que pudesse ter a ver com Voldemort, ou com qualquer pessoa que seja que possa estar de volta.

— Acho que achei algo! – A bruxa mais velha levantou da cadeira em que estava sentada e prendeu seu cabelo cacheado em um rabo antes de mostrar para todos a sua descoberta. – É algo sobre uma outra bruxa que desapareceu da noite pro dia. “Angelique Beaumont desapareceu na noite do dia 23 sem deixar nenhum rastro, a família diz que nada errado se passava com a garota e a mesma não tinha motivos para sair de casa. As investigações ainda não acabaram mas segundo o Ministério: ‘Nada pode ser dito sobre o caso, não podemos afirmar que qualquer crime foi cometido pois não temos nenhuma evidência de que seja um sequestro.’” – Hermione leu a matéria do Projeta Diário e depois olhou para Bill, com decepção na voz disse: – Achei que teria alguma pista, sinto muito.

— Mas nós temos! – Harry levantou como num raio e pegou o jornal da mão de Hermione. – Nós temos mais uma vítima, temos pessoas com quem conversar, precisamos ir atrás disso! – o garoto se sentia extasiado, era como se ele precisasse mais do que qualquer coisa desvendar esse mistério, a adrenalina tomou conta de seu corpo e, sem perceber, o garoto até acabou dando um sorriso.

— Harry... Não podemos ir atrás disso nós mesmos, temos que denunciar o desaparecimento, temos que deixar isso na mão dos aurores. – dessa vez foi Ron quem levantou e foi pra junto do amigo, colocando a mão no ombro do mesmo e tentando acalma-lo, até mesmo porque ele não queria que o resto da família percebesse o entusiasmo de seu amigo.

— Os aurores não conseguiram nenhuma pista sobre a garota que eles já tem o caso na mão, acha que se deixarmos na mão deles vai dar em alguma coisa? – Harry realmente queria ir atrás disso, ele não achava que o Ministério daria conta de mais uma notícia de desaparecimento em suas costas, ainda mais porque se mais uma notícia aparecesse, além da de Fleur e Angelique, isso poderia ser um padrão, fazendo com que todos caíssem em cima do Ministério. Harry queria resolver aquilo logo, queria ajudar os Weasley, queria tirar aquela preocupação de Ginny para que os dois pudessem focar no pergaminho que viram ontem.

Ginny levantou e se colocou do lado de Harry, dizendo:

— Vamos com calma, precisamos sim levar esse problema para os aurores, mas podemos também ajudar no que pudermos, vamos conseguir resolver isso logo, eu sei que conseguiremos. – o olhar dela para o garoto foi de ternura, ele sabia que ela o apoiava, mas ela precisava acalmar a família antes, e ele entendia, entendia que Ginny estava lá por ele e que eles iriam atrás de Fleur, e que não iriam desistir.


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