Amor Proibido escrita por Tales Of Castle


Capítulo 5
Sem ser premeditado


Notas iniciais do capítulo

Oi, amantes de caskett! ♥ Antes de mais começo por agradecer a Aline Freitas por ter favoritado e pelo vosso feedback ♥
Bem... fiquem por aqui ♥



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https://www.youtube.com/watch?v=SGW247mDa_U

No capítulo anterior:

Á medida que me aproximo, os gemidos vão ficando mais próximos e confirmo as minhas suspeitas. Gina estava me traindo. Na nossa casa. Na nossa cama.

Abro a porta do quarto com força e vejo eles dois. Nojento. Completamente nojento.

Gina estava por baixo nua e o cara estava por cima.

Eles me olham com pavor.

Parto para cima do cara moreno que foge, mas eu consigo alcança-lo e socar a sua cara com força, empurro-o e ele cai no chão.

—Rick, pará! – Gina, se veste rapidamente.

—CALA A BOCA! – Eu falo, furioso.

Pontapeio o homem com força na barriga e nas costas, até que vejo sangue e prefiro parar.

Gina me olha apavorada.

—É bom que você não esteja aqui amanhã! – Eu a olho com raiva e jogo o meu anel contra ela.

Saio de casa, completamente devastado com tudo aquilo que tinha assistido.

 

Pov Kate

Não sei o motivo para estar suspirando desta maneira.

Eu estava feliz e fazia tempo que não me sentia assim.

Talvez fosse por ter conseguido o emprego, mas um certo professor também tinha culpa disso. Eu sei que nunca teria uma chance com ele, mas ele era tão atencioso e charmoso. Era difícil conseguir manter os meus olhos longes dos dele. Tentaria disfarçar isso da melhor maneira, mas não sei por quanto tempo. Ainda por cima iria dormir no sítio onde ele costumava dormir. Era um pouco estranho, mas ao mesmo tempo não. Martha me disse que faria as remodelações necessárias e eu estava grata por tudo aquilo que me tinha acontecido hoje.

Agora vinha a parte difícil – contar para Lanie. Ela iria surtar e começar a fazer filmes na cabeça dela. Como se um homem como Castle que poderia ter qualquer mulher me fosse escolher a mim. Uma simples garota de 17 anos.

Já eram 21 horas da noite.

—O que andou a fazer? – Ela me arrasta para o quarto, mandando um beijo de despedida para os pais que estavam na sala assistindo TV. Nem sequer me deu tempo para me despedir deles. Eles apenas riram e me deram um “tchau”.

—Eu consegui um emprego! – Eu sorrio e ela me abraça.

—Ai, amiga! – Ela me aperta forte. – Eu fico feliz por você.

—Mas não te contei a melhor parte… - Nós nos sentamos na beira da cama.

—Fala logo! – Ela pede, impaciente.

—A gerente do café é a Martha Rodgers! – Eu falo de uma vez.

—Fala sério! – Lanie põe a mão na frente da boca, impressionada.

—E a melhor ou pior parte… ela é mãe do professor…

—Gostosão? – Ela completa o meu raciocínio.

—Sim. – Eu rio com a cara que ela faz.

—Isso é o destino amiga!

—Pará com isso, Lanie! – Eu rio ainda mais.

—Você duvida? – Ela me encara. Eu nem iria falar para ela que me tinha dado carona até aqui, porque senão ai é que ela iria surtar de vez.

Continuamos falando sobre banalidades e eu acabei contando que me mudaria na próxima semana para o loft de Martha. Ela ficou bem feliz por mim e isso me deixou satisfeita.

Decidimos ir dormir. Amanhã era um novo dia e eu queria estar bem preparada para as aulas e para começar no novo trabalho.

Pov Castle

Acabei no meio da cidade, observando os carros que passavam com rapidez. O frio fazia os vidros do carro ficarem baços.

Queria estar sentindo algum tipo de pena ou mesmo raiva por tudo o que aconteceu ainda há pouco, mas por um lado eu senti um alívio.

Meu casamento e de Gina sempre foi quase como uma conveniência. Nossos pais se adoravam e a gente acabou casando. Ela estava perdidamente apaixonada por mim e naquele momento pareceu-me o mais certo a fazer.

Naquela idade eu sonhava em ter uma mulher, uma carreira de sucesso e filhos e esqueci o mais importante: o amor, a paixão, a loucura. Não que eu não gostasse dela, mas não era aquela loucura insana que se sente quando se está apaixonado.

Hoje eu apenas senti nojo e desrespeito, mas a nossa separação iria acabar por acontecer. Algum dia ia cansar de viver dessa forma. Onde sexo é apenas sexo. Onde não há uma conversa interessante ou uma boa gargalhada em comum e quando eu vi Kate isso me deu vontade de antecipar a minha separação.

Não que eu soubesse explicar o motivo, mas Kate me fazia sentir uma admiração incrível por ela. Toda aquela força e garra. Ela demonstrava bem as suas emoções – chora quando tem que chorar, ri nos momentos certos e nos incertos, é grossa, mas pelo menos é transparente. E, Gina, é apenas um bloco de gelo. Eu detestava isso nela.

Já era quase uma da madrugada. Não sabia o que havia de fazer. Nessa altura senti saudade de estar na casa da minha mãe. Desde que me casei com Gina, nós dois ficamos distantes. Isso me deixou triste. Porque minha mãe sempre se mostrou disponível para mim.

Eu ainda tinha a chave do loft. Poderia ir lá dormir…. Não estava vendo mal nenhum nisso.

Era isso. Comecei dirigindo até lá e nesse espaço de tempo tinha meia dúzia de chamadas perdidas de Gina. Eu não queria nem olhar para a cara dela – me enojava. Eu esperava que ela não desse problemas, porque certamente eu iria querer o divórcio.

Continuei dirigindo, mas era como se estivesse vendo o olhar verde e doce de Kate. Pensei cometer uma loucura e ir ter com ela. Sei que parecia louco, ela deveria ter muitos garotos atrás dela, não sei porque haveria de querer um homem mais velho que ela 15 anos. Estava sendo bobo em achar que ela poderia querer alguma coisa comigo.

Chego no loft e para minha surpresa vejo as luzes acesas e bastante movimento.

Minha mãe estava fazendo obras ás tantas da madrugada?! Estaria a sonhar?

Estaciono o carro e acabo subindo sem mesmo ligar.

A porta da frente estava aberta e eu noto que ela está realmente fazendo obras. Os homens me cumprimentaram como se fosse normal fazer obras aquela hora.

—Oi, mãe…? – Eu me aproximo dela que estava na sala dando indicações aos homens.

—Richard….! – Ela fica feliz em me ver e eu beijo a sua testa.

—O que está havendo? – Eu pergunto.

—Estou remodelando o quarto de hóspedes… - Ela explica. – PARA ALI! – Ela continua dando indicações.

—Para quê? – Eu tenho que rir. Realmente eu estava com bastantes saudades das loucuras de minha mãe.

—Para Kate. – Ela fala como se fosse óbvio.

—Para Kate? – Eu franzo o sobrolho.

—Sim, ela está precisando de um sítio para viver e eu estava me sentindo tão sozinha aqui…

Por momentos meu coração acelerou. Fiquei feliz, eu admito. Acho que Kate seria uma ótima companhia para minha mãe e minha mãe para Kate com sua energia contagiante.

—Você não deveria estar em casa, criança? – Ela me olha, desconfiada.

—É complicado. – Eu sinto minha barriga embrulhar ao lembrar do que tinha acontecido.

—Aconteceu alguma coisa entre você e Gina? – Ela me olha, desviando agora as atenções das obras.

—Sim, ela me traiu. – Eu falo diretamente.

—PODEM IR EMBORA, AMANHÃ CONTINUAMOS! – Ela fala para os homens das obras e eles cumprimentam com boa noite e saem.

Por momentos agradeci o silêncio.

—Você não pode afirmar uma coisa assim… - Ela me entrega um copo com uma bebida e me pede para sentar.

—Eu vi, mãe. Estava chegando em casa e quando cheguei ela estava transando com outro cara… Na nossa cama. – Eu desabafo.

—Minha nossa… - Ela fica sem palavras.

—Eu sei que eu deveria estar com raiva, mas… - Eu tento perceber o que vai na minha cabeça ao falar com minha mãe.

—Mas você não está… - Ela sorri, dando um gole da sua bebida.

—Como posso não estar?! – Eu estava incomodado, por não me sentir incomodado.

—Porque você não a ama, Richard! – Ela fala me olhando nos olhos. – Você se casou por conveniência!

Ela não estava me contando nenhuma novidade. Só não sabia que ela já tinha reparado.

—Todo este tempo você sabia disso? – Eu pergunto.

—Richard, querido, as mães sabem tudo… – Ela sorri.

—O que eu devo fazer agora? – Eu pergunto, precisando urgentemente de conselhos.

—O que você quer fazer? – Ela me olha nos olhos, sempre com aquele brilho especial.

—Eu quero o divórcio. – Eu falo seguro.

—Então faça isso! Por uma vez na vida faça aquilo que você quer e não o que os outros querem!

Aquelas palavras penetram na minha cabeça como se fosse algo sagrado.

Era isso. Eu iria fazer o que o meu coração mandava. Eu iria viver a partir de agora. A sério. Viver sem limites, sem medos. Bebi a bebida de uma vez só, sentindo o calor aquecendo a minha garganta vagarosamente.

—Obrigada, mãe. Eu irei dormir aqui hoje, mas amanhã irei arranjar um apartamento para mim.

—Não precisa. – Ela fala.

—Preciso sim, mas isso não nos irá afastar. Não mais. – Eu seguro as suas mãos e beijo a sua testa. – Eu vou dormir, mãe.

—Boa noite, criança. – Ela sorri, feliz.

A minha noite foi maravilhosa. Pensava que não iria dormir nada, mas contrário ao que eu pensava dormi muito bem.

Acordei me sentindo feliz.

Tomei o pequeno-almoço com a minha mãe e fui para a escola mais cedo.

Assim que cheguei minha felicidade murchou. Gina estava me esperando á porta.

—O que você quer? – Eu a puxo para um canto pelo braço onde não nos pudessem ver.

—Falar com você. – Ela me olha.

—Eu não tenho a mínima vontade de olhar para você, imagina falar… - Eu evito olhar para ela.

—Então vim te devolver isso… - Ela me entrega a aliança dourada.

—Pode ficar com ela. – Eu não consigo arranjar outra resposta.

—Nós somos casados, Rick! – Ela começa a se enervar.

—Não por muito tempo. Ainda hoje irei falar com o advogado e avançar com o divórcio. Por isso, pode guardar essa merda. – Eu lhe devolvo a aliança. – Porque senão eu vou jogar no lixo mesmo.

—Você não vai pedir o divórcio… - Ela não se conforma.

—Estava esperando o quê? Você me trai na nossa cama e espera que eu aja como se nada fosse?! –Meu tom de voz sobe um pouco.

—Eu não irei desistir tão facilmente. – Ela me ameaça.

—Não cometa esse erro, Gina. Eu vou seguir a minha vida e irei para tribunal se for preciso. – Eu a olho nos olhos para que ela percebesse que eu não estava brincando. – Nós dois estamos acabados. Pode ficar com a casa e com tudo o que você quiser.

—Você não está fazendo isso… - Ela chora. Eu vejo o quanto falsas são aquelas lágrimas.

—Estou. Amanhã o meu advogado irá falar com você. Eu não quero mais ter contactos consigo. Você me mete nojo! – Eu olho com desdém e ela realmente percebe o quanto aquilo é sincero.

—Ok. A gente está acabada então. – Ela assente com a cabeça e vai-se embora, revoltada.

Eu realmente esperava que ela me desse o divórcio de forma amigável.

Volto para a escola e no meio do meu turbilhão de pensamentos choco contra alguém.

—Você está bem? – Reconheci a voz de imediato.

—Desculpe, Kate… Eu não reparei que você estava ai. – Eu falo a verdade e me perco nos seus olhos de novo. Eles me conseguiam seduzir de tal forma que eu ficava sem saber o que fazer.

—Deu para notar… - Ela ri.

—Você está bem engraçada hoje. – Eu rio também.

—Feliz, apenas. – Ela suspira e aquilo enche o meu coração.

—Bom em saber isso. – Eu sorrio.

—Eu te devo isso. Você me arranjou o emprego. – Ela continua me olhando. Com aquele brilho fantástico refletido no verde imenso de seus olhos.

—Eu não fiz nada de mais. – Eu respondo.

—Você fez. Acabou de tornar a minha vida um pouco melhor. – Eu sinto o quanto aquelas palavras são sinceras. Naquele exato momento deu-me vontade de a agarrar e a puxar para mim, mas sabia que ela acharia que eu era louco e provavelmente não iria dar certo – estávamos no meio da escola.

O toque bate e nos desperta para a realidade.

—Bem… - Eu falo. – A gente se vê na aula.

—Ok. – Ela sorri meia sem jeito. Pisco para ela e vou para a sala de professores pegar a minha pasta.

Pov Kate

O dia passou bem rápido e eu estava ansiosa por sair das aulas e começar no trabalho.

Quanto mais pensava nisso, mais o tempo demorava a passar.

Até que finalmente a última aula passa e eu me despeço dos garotos. Combino me encontrar com Lanie em casa e ela me deseja sorte.

Eu estava fazendo figas para que isso acontecesse.

Lá estava eu e lá estava Martha preparada para me receber. Ela me deu umas orientações antes que eu pudesse começar a trabalhar e depois tudo fluiu como se estivesse trabalhando por anos. Adorei meu primeiro dia. Foi uma experiência fantástica. Os colegas eram simpáticos, tanto como os clientes. Eles me receberam de braços abertos e isso me deixava mais á vontade.

Já eram 22 horas da noite. Estávamos arrumando tudo para pudermos ir embora.

Pov Castle

Lá estava eu de novo, esperando Kate.

Eu sei que o que estava fazendo era errado, mas eu sentia esta necessidade de a proteger. Sei que era bobeira, mas eu não podia fazer nada contra isso. Meu coração estava ganhando esta batalha contra a razão. No fundo, eu agradecia por isso. Não podia estar sempre usando a cabeça quando também podia ouvir o meu coração. Pelo menos uma vez na vida.

Depois das aulas acabei falando com o meu advogado e lhe dei uma nota bem choruda para que ele tratasse de tudo. Não queria mais pensar em tudo o que aconteceu com Gina. Queria esquecer. Só esperava que ela facilitasse. Em relação ao apartamento eu iria ficar o resto da semana com a minha mãe e depois me mudaria para um loft perto de lá. Estava precisando de um espaço só meu e iria aproveitar que tinha algum dinheiro de parte e comprar a minha própria casa.

E ali estava Beckett, saindo pela porta da frente com um sorriso lindo na face.

Buzino e ela se aproxima.

Abro o vidro e a encaro.

—Carona? – Eu sorrio.

—O que você está fazendo aqui?! – Eu vejo que ela prende o riso.

—Vim te dar carona… - Eu explico.

—Sério? Eu ainda nem tinha percebido isso… - Ela debocha e faz uma careta pondo a língua de fora. Eu acho aquilo atraente. Demais.

Ela entra no carro.

—Como correu? – Eu pergunto, curioso.

—Você não veio me dar carona… - Ela me olha, rindo. – Você veio cuscar!

—Eu? – Eu me faço de ofendido. – Nunca!

—Pois, sim, conte-me outra! – Ela ri e eu começo dirigindo. Ela falava animada sobre o seu primeiro dia e eu estava feliz por ela.

Tudo estava correndo bem até que o carro pará no meio da estrada.

—O que aconteceu? – Ela fica preocupada.

—Eu acho que fiquei sem gasolina… - Eu falo preocupado.

—Sério? – Ela arregala os olhos preocupada.

Rapidamente confirmo que estava certo. Era exatamente isso que faltava –eu ficar no meio da rua, no meio da noite, dentro do carro, com Kate. Fantástico!


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