Divide. escrita por Liids River


Capítulo 2
How Would you feel


Notas iniciais do capítulo

oin site
acá estou eu, no meio dessa correria de trabalho e prova e ead e tudo tão corrido e canseira
VAMOS LÁ
esta musica,ESTA MUSICA GENTE
eu passei a semana inteira ouvindo essa música E QUE MUSICÃO
eu estive ouvindo o album do ed sheeran e reparei que é um album bem triste
UASHUSAHASUHSA tem 3 músicas que eu vou escrever bem tristes
save myself (QUE MÚSICA GENTEEEEE)
supermarket floreessssss ( que música gente!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!)
E DIVE QUE É A MINHA MÚSICA E É LINDA mas triste MAS LINDA DEMAIS CARAAAAA
vou tentar fazer os capítulos mais animados que as músicas,porquê né...
e quem ficou esperando o clipe de perfect ontem? eu mesma.

esse capitulo tem muita coisa que eu queria muito fazer há MUITO TEMPO : varias formas (nem tantas) as quais o Percy se apaixonou pela Annie. E essa música,pra mim, tem muita a ver com isso
eu amei
e vcs precisam ver como ficou nhaw

enfim,vejo vcs lá embaixo visse



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/742781/chapter/2

— Isso faz coquinha – ela sussurrou.

Passava meus dedos delicadamente pela curva de sua cintura enquanto ela descansava a cabeça no travesseiro e escondia o rosto sorridente .

Essa, são todas as vezes que eu me apaixonei pela mesma pessoa.

Faziam seis meses que Annabeth e eu namorávamos. Metade de um ano. Metade de uma dúzia de ovos.

Fora uma caminhada longa até conseguirmos nos abrir um para o outro e finalmente dizer que nos gostávamos. Fora uma caminhada ainda maior,conhecer seus pais e ganhar a confiança de sua mãe – que por alguma razão, não fora com a minha cara logo de primeira.

E bem, se todas essas são as vezes em que eu me apaixonei...

... todas elas são verdadeiras.

Você escolhe a que você preferir, meu caro leitor.

Em uma das muitas vezes a qual eu me apaixonei.

Havia conhecido Annabeth Chase no quintal da casa de seus avós. Era fim de tarde,por volta de umas seis horas e o céu já escurecia vagorosamente. Ela varria as folhas de outono do gramada enquanto eu colocava o lixo para fora.

A figura loira havia me chamado atenção por conta de sua cabeleira longa e o balançar de suas pernas. Ela usava fones nos ouvidos e não parecia ouvir ninguém ao seu redor. A vassoura de aço ia e vinha de um lado para o ouro enquanto ela varria e cantava baixinho junto com a música.

Coloquei o saco de lixo dentro da lata e tentei não fazer barulho enquanto a observava. Em alguns momentos ela fazia a vassoura de microfone e apontava com o indicador para lugar nenhum enquanto repetia as palavras do cantor em seus ouvidos.

Em algum momento, ela virou-se de repente para mim, arregalando os olhos e deixando a vassoura cair ao seus pés gritando assustada. Em minha defesa, eu havia acabado de acordar e minha cara deveria estar bem...amassada e confusa. Os meus cabelos deveriam estar do demônio então..

— Ei! – levantei as mãos em rendição enquanto ela tirava os fones dos ouvidos – Eu tô tão feio assim?

— Você me assustou – ela apontou redundante – Ninguém nunca lhe disse que é feio espiar os outros enquanto eles estão.. er..

—Fazendo um show particular enquanto varrem o quintal? – completei, colocando os sacos de lixo na lixeira e me virara de volta para ela – É, não me vejo nessa situação muito frequentemente.

Ela deu um sorrisinho sarcástico, pegando a vassoura de volta e coçando a nuca, constrangida. A garota levantou seus olhos para mim, encarando por alguns segundos e logo depois encarando seus pés de volta.

Eu fiz o mesmo.

Encarei seus olhos e voltei a encarar o lixo.

—Então..

—Então..

Dissemos ao mesmo tempo. Ela me encarou rindo um pouquinho,dando-me a visão do sorriso que poderia facilmente parar o coreano que queria destruir a américa. Ajeitou o cabelo atrás da orelha, dando-me uma visão de sua mão pequena e suas bochechas vermelhas. Ela tinha um brinco pequeno na orelha e uma pintinha na lateral do pescoço.

E não é possível que eu tenha me apaixonado por isso naquele momento....

.. mas de alguma forma,eu já me via apaixonado.

Pela primeira vez,eu estava apaixonado por Annabeth Chase.

—  Você vai pegar sorvete pra mim – ela sussurrou, a cabeça encostada em meu peito enquanto ela brincava com nossos dedos, entrelaçando-os e depois desentrelaçando-os.

—Não posso sair do quarto se estou dormindo – sussurrei de olhos fechados.

— Não pode estar conversando comigo,se está dormindo – ela riu.

— Você não pode estar apaixonado por alguém que nem conhece! – Nico murmurou,socando-me no braço.

Dei de ombros pegando minha bebida na Starbucks e agradecendo o atendente enquanto Nico reclamava do preço e do café superfaturado. Observei enquanto ela se sentava na calçada e esperava o ônibus,por mais que tivesse lugar no banco do ponto. Ela arrumava seus cabelos em um rabo de cavalo e pegava pacotinhos de amostra grátis de ração para cães e sempre que ela se sentava ali,os mesmo cachorros de sempre se aproximavam sabendo que ela traria comida.

Sentei-me na mesa com Nico,enquanto ele arrumava seu notebook para que começássemos a fazer nossos trabalhos.

—Você tem que admitir que ele é bem bonita – sussurrei com medo que ela (mesmo do outro lado da rua) ouvisse.

Nico levantou a cabeça,revelando seu rosto pálido e entediado. Olhou diretamente para a garota do outro lado da rua,sentada na calçada e rodeada de cachorros. Senti seus olhos em mim e depois desviando-os para ela novamente,ele sussurrou :

—Ela é bem estranha.

— É gentil, eu acho – murmurei, descansando o cotovelo na mesa e apoiando a cabeça na mão – E tem um tênis legal.

— Ela é muito estranha –Nico murmurou rindo, colocando a senha de seu notebook e suspirando – Muito muito estranha.

— Eu diria... peculiar – murmurei. Ela tirou mais um pacotinho de dentro de sua bolsa.

Biscoitos.

Abriu-o e começou a saboreá-los, enquanto ( ainda rodeada de cachorros de rua), esperava o ônibus.

Nico deu um risinho de lado.

—E eu acho que vocês combinam.

Ela levantou a cabeça, olhando diretamente para mim, do outro lado da rua. No canto de sua boca,tinha farelo de biscoito e as suas bochechas vermelhas lhe davam um ar totalmente inocente por conta do calor. Ela desviou os olhos para o chão e depois de alguns segundos,olhou de volta para mim.

Com uma grande batalha interna e mil pensamentos do que ela poderia achar, eu levantei minha mão e passei no canto da boca, indicando-lhe que estava sujo ali.

Ela olhou para trás duas vezes, até se dar conta de que era com ela, e passar a própria mão no canto da boca. Olhou para baixo – constrangida ,talvez – e depois voltou a me encarar.

Ela sorriu timidamente e acenou,agradecendo.

E eu me apaixonei, pela segunda vez, pela mesma Annabeth.

— Você deveria ver o quão nervosa eu estava – ela sussurrou enquanto puxava meu cabelo devagar – Eu fiquei foi muito brava quando aquele menino inventou de se sentar no meu lugar.

— Você sabe que os lugares nos ônibus são públicos,não é? – sussurrei enquanto tentava ( sem sucesso) cochilar um pouco mais.

—Mas eu sempre me sento lá – ela emburrou – E ele sabe disso. Foi só para me provocar!

— Talvez ele queira conversar com você – murmurei,abrindo os olhos – É difícil chegar na garota em que gostamos se não somos bons nisso...

Empurrei suas costas,fazendo-a balançar mais alto no velho balanço de ferro do parquinho. Ela ria alto e contente por – só na sua cabeça mesmo – alcançar um ponto mais alto. Os nossos sapatos estavam cheios de areia. A minha blusa ao seu redor,protegendo-a do friozinho de final de tarde.

Empurrei-a novamente.

Ela riu mais.

— E se eu cair? – ela gritou contra o vento.

— Bem,então vou ter que pegá-la – gritei de volta,voltando a empurrar suas costas.

Ela riu de novo.

— A ideia era você dizer que não me deixaria cair,Cabeça de Algas.

Sorri um pouco,empurrando-a novamente...mas isso,eu não poderia prometer, poderia?

Vou te contar uma história,leitor. Talvez você já tenha lido umas mil com o mesmo tema ou talvez você nunca tenha lido nada assim (o que eu duvido). Você pode sair se quiser. Pegue seu banquinho e saia de fininho.

Sim. É mais uma dessas histórias de melhor amigo e melhor amiga. O bom e velho clichê. Confesso que eu nunca fui fã de clichês. Na verdade,nunca fui fã de ler livros e essas coisas.

Ao contrário dela : Annabeth Chase.

Ela sempre fora dessas de estar com a cara enfiada nos livros de romance. Sempre idealizava seu príncipe encantado que segundo ela,não viria em cima de um cavalo,mas sim dentro de um chevrolet Corvette 84. Segurando uma caixa cheia de pedrinhas,o que ela gostava de colecionar.

Eu avisei que esse tipo de coisa só acontece nos livros. Ou series. Ou nos filmes como “A Nova Cinderela” e “ A Filha do Presidente!.

Ela só revirava os olhos e dizia acreditar. E bem,quem sou eu para dizer no que ela deve ou não acreditar,certo?

Annabeth era minha amiga desde...bem,desde sempre? Eu não saberia dizer. Um dia eu estava lá no pátio do colégio comendo meu lanche e ela se sentou ao meu lado e desde então,estamos sempre juntos. Não era há muito tempo,mas isso não significava muito. Annabeth fora a melhor coisa que havia me acontecido há muito,e eu não estava disposta a perde-la.

E até então,era uma amizade muito boa.

Ate aquilo acontecer.

Eu sempre fui o cara que dizia que amizades entre garotos e garotas não existem. Muito facilmente,uma das partes vai perceber o quão boa é a companhia um do outro e ter um confidente e logo...alguém se apaixonará.

Não que eu seja um grande perito em...se apaixonar.

Eu sempre tive inveja das pessoas que se apaixonavam fácil. Alguns colegas de escola sempre se diziam apaixonados por algum ou alguma garota a ada semana. Eu nunca entendi.

Para mim,apaixonar-se era algo raro. Algo único.

Você não se apaixona pelo primeiro sorriso que vê?

Não,querido leitor. Isso me faz menos sensível?

Porque para mim,apaixonar-se era como encontrar o valor de x.

 Isso mesmo,sabe aquela equação maldita de terceiro grau? Ou mais raro ainda : a inequação? Quando Pedrinho emprestou 450 bananas para o feirante e de repente você se viu preso no problema dele. Pedrinho emprestou 450 bananas para o feirante. Na feira, o padre da paróquia da cidade comprou um valor x² do número de bananas de Pedrinho. Porém,Maria Antonieta,a vizinha chata de Pedrinho,pediu emprestado o número x² de bananas que o Padre tinha pegado,vezes o número de telefone de André,o padrinho de Pedrinho.

Qual o valor de x?

Exato.

Para mim,apaixonar-se era um grande : mas que diabos...?

Então quando aconteceu,eu não havia ficado tão surpreso. Ela sempre estava ao redor,era normal que acontecesse.

E aqui entre nós : você que já se apaixonou pelo melhor amigo,sabe o sentimento. É uma grande surpresa, seguida de um grande “estou ferrado”.  Era mais uma segunda-feira chuvosa para um caramba. Estava sentado na minha parte do muro da escola enquanto esperava Annabeth chegar no carro de seu pai para entrar. Segurava meu guarda-chuva na mão direita e na outra mão,meu café. Eu sabia que não deveria tomar aquele café da escola,visto que sabe-se-lá de quando era.

Visto que ela só chegava depois do primeiro sinal,me senti um tanto idiota por correr aquela manhã. Havia ficado até tarde jogando e tinha até me esquecido do teste surpresa de hoje. Meus pais não eram de cobrar tanto desempenho na escola,contanto que eu não chegasse em casa cheio de bilhetes dos professores...

Etnão eu os jogava fora no caminho.

Ah,não me olha assim. Eu vou fazer mais tarde, prometo.

Thalia passou se empurrando debaixo do guarda-chuva de Nico. Os dois trocaram um beijo rápido e ele passou um dos braços ao redor dos ombros dela,fazendo careta para Luke,que fazia gracinhas para os dois. Apertei o guarda-chuva assim que a chuva começou a se engrossar. O porteiro empurrava um rodo pelo piso,impedindo que alguns dos estudantes apressados caíssem.

Não gostava de dias chuvosos tanto quanto não gostava de azeitona.

Elas só serviam para molhar as meias e ficar fazendo barulho de borracha enquanto você anda. E para molhar a lente dos óculos.

Vi mais ao longe o carro do Sr.Frederick estacionar e uma Annabeth apressada saindo de dentro. Ela vestia o uniforme da escola,o capuz do moletom sobre a cabeça para n]ao molhar os cabelos. A mochila na parte de frente do corpo,como se aquilo fosse mais eficiente em proteger da chuva.

Acenei com a mão esquerda,fazendo um pouco do café cair aos meus pés.

Um ponto para o desastrado.

Annabeth sorriu,correndo até mim. As mãos apertando a mochila.

Pulei do muro,fazendo o resto do meu café encharcar minha blusa.

Dois pontos para o desastrado.

Ela riu,fazendo-me corar um pouco,até ser a minha vez de rir.

Na sua corridinha cuidadosa,Annabeth se desequilibrou e se espatifou no chão molhado. Eu passei a correr até ela,vendo-a rir enquanto os outros estudantes passavam por ela,apressados. Alguns riam da sua cara e outros nem sequer se davam o trabalho de olhar.

Na minha corridinha,acabei caindo em frente ela.

— Você é um péssimo melhor amigo! – ela riu,puxando minha mão. Ajudei-a a se levantar enquanto eu me equilibrava para não cair de novo.

Já percebeu o quão constrangedor é cair em público? Experimente cair em público no meio da chuva e só cair vai parecer brincadeira de criança.

Eu dei de ombros,recebendo seu beijo na bochecha,passando meu braço ao redor de seu ombro e me direcionando para dentro da escola.

— Você tá atrasada – murmurei fechando o guarda-chuva quando entramos no pátio – Ficou até tarde lendo sobre os astronautas de novo?

—Não são astronautas – ela se balançou feito um cachorro molhado e me ajudou a torcer a blusa da escola – São comandantes do espaço,e se você quer saber...eu acredito verdadeiramente nisso!

—Você viaja cada dia mais, Annabeth – murmurei revirando os olhos.                        

— Você quer uma prova de que eles existem? – ela murmurou convencida. Os cabelos grudando na testa que por conta da queda,se molhou. Os olhos cinzentos sempre ficavam mais brilhantes quando ela falava dessa baboseira do espaço e eu deixava que ela falasse só para poder vê-la sorrir toda radiante.

Revirei os olhos,puxando minha blusa sobre os braços.

—Você pode tagarelar sobre isso depois – puxei-a pela mão,correndo pelo corredor que tinha em cada centímetro das paredes, anúncios para que não corrêssemos – Temos um teste para fazer.

..

—... e o nome dele é Ahstar Sheran,ele seria o comandante das frotas do espaço e protetor da terra – ela murmurava. Eu estava com a minha cabeça apoiada em seu ombro enquanto ela tagarelava sobre...seja lá o que ela estava falando. Os cabelos de Annabeth naquela manhã,tinham cheiro de morango e churros. As suas mãos gesticulavam alegres enquanto ela explicar para Nico sobre os protetores da terra e seus...deveres.

A verdade é que Annabeth não tinha medo de ser ela mesma. E isso,chavama muita atenção.

— E você acredita nisso?- Thalia indagou enquanto comia seu hambúrguer – Você sabe que..talvez você esteja muito viciada em Star Trek,Annie.

—Não é nada disso – ela deu de ombros irritada,fazendo-me rir e levantar a cabeça. – O pai do Ashtar Sheran é o Kruashtron Tra e ele seria o comandante máster de todas as frotas. Algumas famílias fazendo um evento em homenagem ao Kruashtron Tra,chama-se Churras Tra....mas eu acho que é só uma desculpa para comer mais carne – ela colocou a mão no queixo enquanto pensava. - ...sendo assim o Ashtar Sheran é como se fosse o príncipe herdeiro.

—E tudo isso saiu de...?

— Dos livros de ufologia – ela empinou o nariz – Eu admito que nem mesmo eu teria tanta criatividade.

— Então...você acha que o Ashtar Sherando-

—Sheran!

— Esse mesmo – Nico pigarreou – Você acha que esse cara tem a forma humana?

Os olhos dela começaram a brilhar ainda mais. Eu sabia que o interesse repentino de Nico era só para poder tirar sarro de Annabeth depois,mas agradeci por isso. O sorriso de Annabeth ampliou um pouco enquanto ela continuava a falar das suas coisas sobre o espaço, fazendo meu coração palpitar algumas vezes.

— Eu acho – ela se aproximou como se fosse falar de um plano secreto do FBI – Acho de verdade, que ele tem a forma de um cacto.

E foi quando eu percebi que estava apaixonado por ela.

Naquela segunda-feira,depois de cairmos no chão molhado. Na hora do intervalo quando seus olhos brilhavam como nunca e ela falava sobre as bobagens do espaço.

— Você acha que pode sair mais tarde hoje? – ela perguntou.

Uma semana depois de ter deliberadamente aceitado que eu estava apaixonado por Annabeth,eu comecei a me sentir estranho. De todas os bilhões de pessoas do mundo,eu tinha que cair justamente por Annabeth Chase?

Ela me conhecia melhor que qualquer um. Ela sabia de todas as minhas manias e todos os meus jeitos. Então,não fora surpresa que ela descobrisse que eu estava escondendo alguma coisa dela.

Alguma coisa que ela não podia nem ter ideia de que eu tinha. O sentimento de amar Annabeth da outra forma a qual não a de amizade,me assustava. E eu sabia que se contasse para ela,também a assustaria.

— Eu preciso ver.. –pigarreei,puxando alguns livros da sua estante. Estavamos na sua casa,enquanto a sua mãe fazia o jantar. As minhas mãos suavam e eu sentia um calorzinho gelado no estomago.

Se é que isso existe.

— Eu posso falar com a sua mãe – ela sugeriu enquanto arrumava a mesinha de estudos – Eu sei que ela vai deixar.

—Não é esse o problema – murmurei ainda de costas para ela – Minha mãe não vê problemas há muito tempo de eu ficar por aqui até o anoitecer.

—Então qual é o problema? – ela perguntou confusa. -  Se for mais dever de casa acumulado nós podemos agilizar.

—Hn... – engoli minha saliva que mais parecia uma pedra. Eu estava ficando sem desculpas para não estar ao lado de Annabeth. Eu me sentia pisoteado todas as vezes que ela segurava minha mão. Ou quanto ela deitava a cabeça no meu peito enquanto assistíamos mais alguns episódios da sua série do espaço e pedia-me por um cafuné. Sentia como se a qualquer momento,eu pudesse cuspir que estava apaixonado por ela.

E não queríamos isso...

...queríamos?

— Sabe – ela suspirou,fazendo-me virar. Ela estava com os cabelos presos em um coque bagunçado no alto da cabeça. As mãos repletas de papeis enquanto ela me olhava – Eu estou começando a achar que você não quer estar aqui.

—Eu não disse isso – murmurei.. Mas não precisava dizer,precisava?

— Você está bravo comigo? Alguma coisa que eu disse? – ela perguntou – Estou começando a achar que você quer me evitar mas...

—Não ponha palavras na minha boca- sussurrei. – Não é nada disso,Annabeth. Eu só...

— Você nem consegue dizer o porque de eu estar errada.  –ela riu com sarcasmo. – É melhor você ir para casa mesmo.

—Annie-

—Melhores amigos não guardam segredos um do outro – ela pontuo. – E se você esta guardando um segredo, isso quer dizer que não somos mais amigos...

—Annabeth eu-

—Sai – ela derrubou os papeis no chão,apontando para a porta – Quando você começar a ser sincero comigo, talvez a  gente consiga manter a amizade.

E eu havia me apaixonado pela terceira vez.

E pela mesma pessoa.

— Eu sei que não é isso – ela reclamou,enquanto passava o indicador carinhosamente pela minha sobrancelha – Ele só quer me irritar,isso sim!

— Você é facilmente irritável – puxei sua mão,beijando-lhe a palma.

— Eu sou facilmente “vou-socar-a-sua-fuça”, isso sim – ela sorriu de lado,enquanto beija-me no queixo.

Annabeth Chase ajeitou sua saia enquanto levantava-se e saia em direção a porta da lanchonete. Eu encarei a figura de Nico enquanto ele revirava os olhos e apenas com um movimento de cabeça ele me mandava segui-la.

— Você precisa dizer logo, Percy!

Cocei a nuca, fazendo-me de vitima.

— Eu não sei se estou pronto para amar alguém!

— Ótimo! – ele murmurou, batendo o punho na mesa. – Mas quando uma garota diz que te ama você precisa organizar os pensamento-

—Mas eu também disse que amo!

—Você disse que ama bolo! – ele quase gritava comigo. Via pela vitrine da lanchonete que Annabeth se dirigia para o ponto de ônibus mais próximo. – Ou você acha que ela não ouviu?

—Eu disse claramente : eu amo.. –tentei me explicar.

—...bolo! – ele gritou, chamando atenção de boa parte da lanchonete – Todo mundo ama bolo!

Passei as mãos com raiava pelo meu rosto. Eu sabia que tinha pisado na bola e sabia que provavelmente tinha magoado Annabeth. É só que... as vezes você está realmente apaixonado. Você quer o bem e pensa na pessoa em praticamente todas as horas. Você precisa saber que está tudo nos eixos com a pessoa e sabe que faria de tudo por ela.

Mas dizer isso.

É um milhão de vezes mais difícil!

 Senti a mão de Nico puxar a minha para baixo, fazendo-me encará-lo.

— Todo mundo ama bolo,Percy!

— Eu sei cara,eu sei! – levante-me com raiava, saindo para a escuridão da rua e correndo atrás de Annabeth no ponto de ônibus.

Todo mundo ama bolo.

Mas só eu amava Annabeth.

Ela revirou os olhos enquanto colocava água em seu cacto que estava apoiado no aparador da janela.

— Eu acho que você deveria ter só um pouquinho de ciúme quanto a isso,sabia?

— Tem alguma chance de você esquecer de... bem,isso – apontei para o meu rosto enquanto deixava os potinhos de sorvete em cima da cômoda – E se apaixonar por qualquer outra pessoa?

Annabeth virou-se de volta para mim,um sorrisinho tímido nos lábios.

— Eu acho que vou sempre me apaixonar por você.

Abri meus braços enquanto ela colocava os seus ao redor da minha barriga e sorri alegre. Beijei-lhe na testa e sussurrei:

— Parece que eu também.

 

 

I'll be taking my time spending my life

falling deeper in love with you


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

eu espero que vcs gostem
e até semana que vemmm
(ainda essa semana,eu vou atualizar its time hehe)
—---------------------------------------------------------------------
e semana que vem eu venho com capitulo aqui
—-------------------------------------------------------------------
e semana que vem eu venho com one nova com a menina Nina e o menino Tonhão visse
—----------------------------------------------
venho mais uma vez pedindo pra vcs lerem a história da Lí no wattpad!