Divide. escrita por Liids River


Capítulo 1
Hearts don't Break Around here


Notas iniciais do capítulo

Eu disse em FA que eu ia fazer isso aqui e fiz
ALIÁS OBRIGADA PADFOOTZ PELA RECOMENDAÇÃAAAAAAAAAAAO
E TU TAMBÉM NALOSS
meus dengos.

USHSUHSAUHSA
que saudades,depois de um mês eu apareci aqui ♥
tudo muito corrido na faculdade,peço perdão a vocês
nem responder os comentários eu consegui ;c
mas irei!
e aí,como que vcs estão? ô saudade da peste que eu tenho de vir aqui toda semana ;c
Então,como eu havia comentado essa página vai funcionar do jeito que eu havia dito mesmo : shots sem ligação com o tema do album do ed PORQUE EU NÃO SUPEREI ESTE ALBUM AINDA
esse primeiro capitulo eu já tinha pronto,eu só arrumei uma coisinha aqui,uma acolá
o segunda tá prontissimo
e eu estava o capitulo que vai como tema Dive,minha música. Esperem,e vcs vão ver ♥


vamos lá,eu indico hoje para vocês a história maravilhosa da minha menina Lí ( que eu irei conhecer pessoalmente em alguns meses/estou tremendo/ vou te apertar horrores/sua linda/ te amo osasco/) : http://my.w.tt/UiNb/7b3wyXBGiG e que eu amei,estou fazendo um arquivo em PDF pra dizer quais as minhas partes favoritas ( é sério). Corre lá!

e bem,é isso
até lá em baixo!



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Talvez, isso aqui fique bem clichê. Porque é um clichê.

 Bem meloso. Talvez você sinta vontade de vomitar arco-irís lendo essa parada aqui, viu? E talvez, você esboce aquele sorrisinho de canto. Talvez, alguém lhe cutuque e pergunte : “ei, por que esse sorriso?”.

Você não vai responder que é por causa de uma história de amor.

Isso é bobo. Clichê. Meloso. Colorido.

E tudo isso aí na sentença de cima... é o que falta no coração de muita gente.

Não no meu.

Vamos lá, essa é a história de duas pessoas apaixonadas – mas você já deve ter percebido, por conta desse começo.

She is the sweetest thing that I know

Ela é a coisa mais doce que eu já conheci.

E eu a conheci comendo doce, o que é mais...clichê ainda.

Eu estava cansado, triste e suado. Era mais um dia de verão na enorme e infernal Nova York. Você poderia quebrar um ovo no asfalto e ele provavelmente estaria frito em menos de dois minutos. As pessoas ao meu redor sorriam alegres em suas camisetinhas de verão e shorts. Todos eles usavam sandálias de dedo e a maioria tinha um sorvete com o logo do grande M na frente.

E eu estava lá : engravatado. De roupas dos pés à cabeça. Até de coletinho eu estava.

Trabalhando no escritório de advocacia do meu pai, eu não podia me dar ao luxo de aparecer de bermudão e sandálias.

Acredite, esse era o meu desejo diário preso naquele escritório.

Abri dois botões da minha camisa social, suspirando impaciente.

Como eu disse antes : cansado, triste e suado. Adicione impaciente a essas características.

Na fila da loja Fini, eu era o único engravatado. Meus pensamentos voaram para o que as pessoas estariam pensando de mim. O que meus colegas de escritório pensariam se me vissem ali. O que meu pai pensaria se me visse ali. O que meu porquinho da índia pensaria se me visse ali.

Não que eu seja um cara que se preocupa com o que os outros pensam...imagina.

Bufei mais alto chamando atenção de algumas crianças penduradas no braço de uma mulher mais velha.

Tinha alguém empacando a fila.

Alguém que simplesmente não conseguia pegar seu maldito saquinho de plástico, colocar as luvas descartáveis, pegar o pegador de doces e seguir adiante nas opções.

Peguei meu celular vendo que estava na fila há mais de dois minutos e já estava ficando irritado. Eu só queria voltar para o meu porquinho da índia.

No meio daquela conversação confusa, eu ouvi uma pequena confusão se formar na frente – ao caixa. Curiosamente, algumas pessoas saíram da fila, tentando ver o que acontecia e uma pequena aglomeração se formou.

Aproveitei a deixa e comecei a selecionar meus doces, não me preocupando muito com a dor de cabeça que seria para pagar depois por conta da aglomeração que se formou.

Precisamos falar sobre a bala Fini.

Eu sou fiel e crível de que existem apenas dois tipos de pessoas no universo : as que gostam de bala Fini e as que não conhecem bala Fini.

A vida deveria ser dividida entre Antes da Bala Fini e Depois da Bala Fini. Se você quer se viciar em alguma coisa, esqueça a famosa “verdinha”. Risque o pozinho. Abandone a pedra.

Vicie-se em bala fini.

Hn... não o suficiente para ter uma diabetes futuramente. Use com consciência!

Vamos trabalhar com possibilidades de novo, meu querido leitor : Talvez você nunca tenha lido algo como um parágrafo inteiro sobre os sabores, cores e texturas das balas finis.

Então lá vai...

Os canudos vermelhos sem o açúcar azedinho são os mais sem graça, porém os mais saborosos. Eu gosto de mordes e olhar o formato que fica por dentro depois. Pra que cannabis quando olhar para dentro do fini pós-mordida já é uma viagem?

As com formato de amora são as minhas favoritas. As escurinhas depois da mordida e aquele gostinho adocicado na boca me fazem revirar os olhos. Eu nunca saio com menos do que 15 balinhas fini formato amora. Jamais. Isso é um crime.

Os canudos verdes com açúcar azedinho são os meus menos favoritos, porém infelizmente eu não saio sem eles da loja. Parece que comer um verdinho depois de um formato de amora realça o sabor dos dois.

As com formato de beijo, dentadura e melancia me parecem ter o mesmo gosto. Assim como as de minhoca cítrica. As únicas que se diferem são as de minhoca sem açúcar azedinho. Infelizmente, pego todas.

Veja bem, não é como se eu comesse tudo em apenas um dia.

Duram dois, três no máximo. Sem reprovação, por favor.

Enquanto pegava o solitário e único tubinho verde para o meu saquinho, alguém esbarrou no meu braço direito, fazendo-me derrubá-lo no chão.

Olhei indignado para o mentecapto que me fez derrubar o tubinho no chão, pronto para xingar-lhe de maneiras terríveis e provavelmente +18 quando algo em sua mão, fez com que eu me calasse.

Ele segurava um cano na mão. Não um cano, mas um negócio que parecia um cano.

Só me dei conta do que estava acontecendo quando ele proferiu as seguintes palavras :

Todo mundo para o chão : isso é um assalto!

O meu primeiro pensamento foi : ferrou.

O meu segundo pensamento foi : o quão na merda uma pessoa está para ter que assaltar uma loja de doces?

Respirei fundo algumas vezes, revirando meus olhos enquanto algumas mulheres e crianças gritavam e começavam a se abaixar.

— Ei grandão! – alguém gritou.

Como eu era o único lerdo que ainda não havia se abaixado, eu presumi que ele estava falando comigo.

Levantei a sobrancelha para o cara com máscara de Trump.

— Abaixa.

— Ele tem dinheiro, olha o jeito que ele está vestido – o comparsa dele gritou do caixa. Ele colocava o dinheiro num dos saquinhos de pegar doce, desajeitadamente.

— Acredite, eu não tenho – revirei os olhos enquanto me abaixava.

— Ei, cala essa boca – alguém puxou a barra da minha calça, fazendo-me cair imediatamente no chão, na frente dos ladrões.

Obviamente, eles começaram a rir de mim. Assim como o resto das pessoas que estavam deitadas no chão. Até mesmo as crianças.

Eu estava sendo motivo de chacota por dois trombadinhas e mais 20 pessoas que eu nem conhecia, no meio de um assalto.

Esse sou eu.

Percy Piada Jackson.

Virei meu rosto para o imbecil que havia me feito cair, pronto para xingar-lhe com raiva, porém baixinho para não levar um tiro, porém minha boca só conseguiu se escancarar e observar.

Não era um imbecil.

Era uma imbecil.

E uma imbecil muito bonita, aliás.

Ela tinha os cabelos loiros penteados e presos perfeitamente em uma trança que caía no ombro. Estava com a testa franzida e um vínculo no meio delas, de irritação. Os olhos eram cinzentos como se uma breve, porém devastadora tempestade fosse cair em cima do resto do rosto. Nariz bem arrebitado e boca com rastro de açúcar no canto. Observei mais atentamente que ela vestia um shorts e um camisetão e fiquei com raiava maior ainda quando vi chinelos em seus pés.

— Obrigado por ter me feito de piada. – reclamei. Vi que em suas mãos, ela segurava o saquinho de doces que estava colhendo. Com uma irritação maior, notei que nem percebi onde enfiei meu saquinho de doces.

— Eu diria que salvei sua vida – ela sussurrou, observando nosso ladrão número 2 colocar o dinheiro em mais um saquinho dos doces.

— Ele não estava com a arma apontada para mim!

—Mas ele ia apontar!

— E daí? Eu já estava me abaixando.

— Você estava muito lento.

—Eu estava perdido em pensamentos, para o seu saber – gritei baixinho. Não sei se isso existe, mas é aquele grito que você não deveria fazer quando precisa ficar em silêncio.

— Você pode se perder em pensamento no chão.

—Eu já estava me abaixando! – gritei de novo.

Ela levantou os olhos para mim, cerrando-os.

— Que tal você só me agradecer por ter salvado sua vida?

— Ora, não seja tão pretenciosa!

Ela abriu a boca, parecendo surpresa.

—Ora, seu-

—Ei vocês dois! – o ladrão~Trump apontou sua arma para nós dois, fazendo-nos calar. – Que tal os dois calarem a maldita matraca?!

Fiquei quieto pensando no quão perdido eu estava. Eu deveria só ter ido para casa. Eu poderia muito bem reabastecer meu estoque na outra semana. Eu só queria um pouquinho de paz depois de ter que resolver um milhão de problemas idiotas.

Senti um cutucão delicado no meu braço direito. Suspirei e virei-me de volta para a minha agressora.

— O que? – perguntei petulante.

Ela suspirou, levando minimamente sua mão com o saquinho de doces.

—Quer um?

Franzi minha testa.

— Você não pagou por isso ainda.

— Mas vou pagar – ela reclamou. – Não vou fazer igual eles – ela apontou com cabeça para os assaltantes.

O ladrão~Trump olhou para ela e coçou o queixo.

— Quê que cê disse aí? – ele perguntou.

Ela arregalou os olhos e piscou algumas vezes.

— Eu disse que minha roupa não é da reener. – ela enrolou – Você sabe, a loja de roupa. – ela riu nervosa – Esse cara – ela apontou com a cabeça para mim – Está me passando um xaveco e eu estou tentando puxar assunto, sabe?

QUÊ

O ladrão riu mais uma vez, puxando o coro risonho do resto da loja.

Eu senti minha cara esquentar e minha vontade de sumir acompanhar.

— Ora sua-

— Tá tá. – o ladrão~Trump revirou os olhos – Pode paquerar. Mas paquera melhor e baixinho pra ninguém levar um buraco, ok?

A moça do meu lado – minha querida agressora – piscou um olho para o ladrão~Trump e virou-se de volta para mim.

— Salvei sua vida mais uma vez – ela sussurrou baixinho, encostando a bochecha no chão gelado e sorrindo.

Era um belo sorriso, eu admito.

Mas o pacote era irritante.

— Você é uma mulher estranha.

—Eu escuto muito isso.

— Você está roubando balas fini, sabia? – murmurei suspirando e encostando meus braços em baixo da minha cabeça, deitando minha cabeça ali. – As baças que você já comeu, não são pesadas.

—Ah para – ela riu baixinho. – Não é como se fosse um prejuízo maior do que o que eles terão com o Mister Trump e o Mister Roubão alí. – ela apontou com o queixo. O segundo ladrão colocava o dinheiro no quarto saquinho de doces. – Quer dizer... que tipo de ladrão não anda com uma mochila para colocar o roubo?

— Você é entendedora do assunto? – sussurrei brincando. Ela cerrou os olhos e mostrou o dedo do meio, fazendo-me rir.  – Porquê parece – apontei para seu saquinho de doces.

Ela pegou uma das amoras vermelhinhas na boca e mastigou mostrando os dentes.

Tive o prazer de ver a minha bala favorita ser dilacerada pelos seus dentinhos perfeitos.

— Não é como se tivesse algum policial aqui também – ela suspirou cansada. – E se tivesse, a ladra de balas seria mosquito comparado aos ladrões de dinheiro.

Dei de ombros, quase pegando no sono. Ela tinha uma voz boa para dormir.

— Então... –ela, lentamente, levantou a mão com o saquinho de doces para mim, com um sorriso sugestivo e uma sobrancelha arqueada – Vai. Uma só.

Revirei os olhos para ela. Observei o ladrão~Trump rodear a loja com a arma em punho, enquanto o ladrão 2 ainda colocava o dinheiro no saquinho de doces. Do meu lado direito,a ladra de doces. Agressora pessoal.

Do meu lado esquerdo, a moça com as duas crianças penduras no braço. As crianças também comiam os doces.

Eu pensei : dane-se.

Enfiei minha mão no saquinho da ladra de doces e roubei uma das amoras vermelhas. Estranhei em seu pacote não ter as roxas e não me contive em perguntar :

— Onde estão as escuras?

—Não gosto das escuras – ela sussurrou. – São mais azedinhas.

Foi como se ela tivesse me empalado bem no coração. Eu quase sentia o sangue escorrer pelo meu coletinho ridículo. Senti um frio na espinha ao ouvir suas palavras e claramente, fiquei verdadeiramente ofendido. Tentei não demonstrar o quão magoado havia ficado pela ofensa às minhas balas fini favorita :

— São as melhores.

Ela negou com a cabeça duas vezes.

— São azedinhas no final para que você coma mais atrás do adocicado de novo – sussurrei, pegando mais uma do seu saquinho.

Ela fingiu pensar por dois segundos e negou de novo.

— Você está tentando me machucar? – sussurrei com raiva. Ela riu de lado, voltando a encostar a bochecha no chão. Ela sorriu e deu de ombros – Porque agora, você está conseguindo.

— Eu já tenho espaço no seu coração para te machucar assim? – sussurrou, os olhos brincalhões.

— Não se gabe – sussurrei de volta, roubando mais fini de seu pacote com raiva.

— Você quem está flertando comigo – ela arrumou os cabelos no ombros. Colocou o cotovelo no chão e apoiou a cabeça na mão, sorrindo.

— Você que disse que estou xavecando você – reclamei vendo que o ladrão~Trump colocava o indicar em frente os lábios pedindo silêncio para as crianças.

—Bom, você estava – ela colocou uma balinha de dentadura na boca e sorriu – Pelo menos, parecia.

— Você é muito, muito esquisita – sussurrei revirando os olhos.

Ela deu de ombros enquanto comia seu doce. Notei que ela tinha duas pintinhas em baixo dos dois ossinhos da cravicula, perfeitamente alinhados. Parecia estar na praia ou em uma exposição de museu e não no meio de um assalto. Ela coçou o ombro com as unhas e voltou a morder seu doce.

Ela virou o rosto para mim e no mesmo momento eu encarei o chão, um tanto envergonhado. Senti seus olhos em mim por alguns momentos e me senti desconfortável, tentando alinhar meu cabelo ou a minha cara tentando parecer menos ridículo.

Mas eu estava de terno e gravata. Literalmente.

Não tinha como não parecer ridículo.

Virei meu rosto para ela, porém a moça fez o mesmo que eu virando o rosto para o chão. As bochechas um pouco vermelhas.

O ladrão~Trump foi ajudar o ladrão 2 a colocar o dinheiro nos saquinhos de doce enquanto as pessoas começavam a se mover querendo fugir logo. Vi que a moça do meu lado só deitou a bochecha de volta no chão e sorriu.

— Você não me parece preocupada com um cara armado no mesmo lugar que você – e por alguma razão, eu também não estava.

— É verão – ela sussurrou. – Tudo é tão radiante no verão. As plantas ficam mais verdinhas. As flores brilham mais. O arzinho fresco deixa tudo tão mais agradável – ela murmurou, enquanto comia mais balas roubadas – E eles não vão machucar ninguém.

—A não ser que você leve um tiro no coração – sussurrei, pegando uma bala da sua mão e colocando na boca. Ela sorriu para mim enquanto, comi as outras duas.

— Ninguém vai levar tiro em lugar nenhum – sussurrou, apoiando o cotovelo na mesma posição anterior.

— E como você sabe? – murmurei de volta, não evitando o sorriso idiota que se formou na minha boca enquanto observava o seu próprio sorriso. Imitei sua posição e ri quando ela abriu a boca, mostrando os dentes dilacerando mais uma balinha.

— Como que eu sei? – ela desviou os olhos para o chão e de volta para mim -Bem, eu sei porquê-

—Ei – o ladrão~Trump gritou para nós dois – Mais baixo, vocês dois.

Ela sorriu concordando e aproximando seu rosto do meu. Consegui sentir seu hálito da minha bala fini favorita. Consegui ver os pontinhos cinzentos em seus olhos e a tranquilidade deles, me tranquilizou automaticamente.

— Eu sei que corações não se partem por aqui.

— E nem levam tiros? – sussurrei de volta, tirando de seu rosto bonito, uma mecha que havia se soltado da trança, colocando-a de volta atrás da orelha.

Ela sorou um pouquinho e sorriu tímida :

— Também não.

Eu conheci Annabeth Chase no meio de um assalto à loja da bala Fini.

Furtamos – e com isso, eu quero dizer que comemos algumas sem pagar – enquanto a loja era assaltada.

E nos apaixonamos enquanto comíamos as nossas balinhas de amora sem pagar, no meio de um assalto.

Pelo menos, teríamos uma história interessante para contar aos nossos filhos.

De repente, eu me via desesperado para voltar para casa. Via-me pegando o trem o mais rápido que podia. As vezes, recebia uma mensagem de texto com os únicos dizeres : Ei,passe na loja Fini.

De repente, eu queria chegar logo em casa e não era mais só por causa do meu porquinho da índia. Não era mais tão incomodo usar terno e gravata. Não era mais tão estressante chegar no trabalho e muito menos, sair dele. Não era mais tudo tão cinza, mesmo o cinza ter se tornado uma das minhas cores favoritas. Tinha um ponte cheio de balas fini tanto na minha, quanto na casa dela. E nos encontrávamos tanto na minha, quanto na casa dela.

As minhas balas no formato de amora roxa, tomaram conta do potinho dela.

As balas no formato de amora vermelha, tomou conta do meu pote.

Toda vez que ela ia embora, eu me sentia um pouco aflito. Principalmente quando eu não conseguia acompanha-la até em casa – o que nem era longe, mas ela insistia que eu ficasse. Sentia como se meu coração fosse sair pela boca  e sentia quase que literalmente, ele se partindo.

Até receber o tranquilizante : Ei, estou comendo uma roxa. Continua horrível.

Mas não me sentia afrontado ou ofendido.

Não mais.

Não se comparava as noites em que ela ficava, obviamente. Eram as noites que eu podia cozinhar – a minha segunda coisa favorita. Podia fazer-lhe meu macarrão horrível com brócolis e molho branco. Podia fazer-lhe uma limonada suíça com folhas de hortelã. Podíamos nos sentar no sofá sem preça, ela me abraçava e eu me sentia quentinho. Quentinho no verão.

E no resto das estações também.

Ela deitava a cabeça em meu ombro e eu passava a minha mão em seus cabelos.

Comíamos as balas fini. Todas elas.

Deixando as nossas, para o final.

— Continua horrível. –ela cutucava minha barriga, a boca cheia de cores e açúcar no canto.

— Você só não quer aceitar que é a melhor – dei de ombros.

Ela se levantou, arrumando o shorts no lugar enquanto ia até sua bolsa, puxando o saquinho novo e reabastecendo o pote. Sorria boba enquanto eu contava o quão problemático era o caso no qual eu estava trabalhando –ela parecia gostar de ouvir sobre isso. Fazia careta todas as vezes em que eu falava de alguém que me estressava – mesmo quando a pessoa não me estressava. Ela sorria carinhosa quando eu falava do meu pai – que por alguma razão, ela adorava.

Eu levantei para ajuda-la a colocar as balas no pote, separando a parte que ela levaria para casa no outro dia. Ela passava os braços ao meu redor e eu me sentia em casa.

Ela sorria, e eu me sentia iluminado.

Ela sussurrava...

— Eu amo você.

... e eu a beijava.

E eu afirmo aqui que o assaltante pode até ter levado o dinheiro da loja Fini. E o dinheiro da minha carteira...

...mas fora Annabeth, quem havia roubado meu coração.

...

...

Ei,

Não faça essa cara.

Eu avisei que era um clichê.


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Notas finais do capítulo

Se não fosse Clichê,não era eu!

Eu espero que vocês gostem. Provavelmente eu irei postar na sexta ;

ps : estou devendo One pro Ivo,eu sei Ivo. Te amo. Vai sair. Eu quero que seja perfeita pra você. Você me cobra no wpp todo dia. Te amo de vdd. Por favor me perdoa ;

ps+1: estou vendo Lucifer. Eu indico. Não veja na sala. Sua mãe vai parar e dizer : EI,ISSO NÃO É SÉRIE PARA ESTA CASA
mas veja
eu quero comentar com alguém

amo vocês!



PISA MENOS BALA FINI FORMATO DE AMORA