Sinbad & A Lenda do Reino de Salácia escrita por CeciTezuka


Capítulo 2
Capitulo 2 – Falsidade Incomensurável


Notas iniciais do capítulo

-Alô pessoaaaaal! *gritando para o mundo ouvir*
—Como vão vcs?
—Agradeço de coração por quem leu o primeiro capitulo.
—Fiquei feliz com o numero de visualizações que tive.
—E isso me fez ter animo para postar um novo capitulo!
—Vamos prosseguir com a historia?
—Espero que gostem!!



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Na noite seguinte as princesas a acompanharam até o cais onde o navio ainda estava parado.

E ele novamente estava cantando, mas desta vez parecia soar triste e melancólico.

Náiade sentiu novamente o coração pular dentro do peito ao ouvi-lo.

Até por que o som de sua voz cantando também era diferente da do príncipe de Salácia.  

Náiade não conseguia distinguir quão grande era a diferença das vozes, sentia se confusa.

“O príncipe cantava num tom afinado e doce como um canto de uma beluga, mas esse homem canta num tom mais grave e lírico. Parece ser outra criatura. Mas não sei qual é.” pensou ainda nervosa.

Mesmo assim, a salina percebe que adorou ouvir aquela canção e ficou a observá-lo sob o casco do barco.

Recostou-se na madeira e permaneceu atenta a canção e o jeito que cantava.

 Despertou em Náiade um sentimento que ela desconhecia totalmente.

Assim, quando pôs seus olhos nele começou a cantar a canção do Coração Honesto, que as salinas usavam para conquistar aqueles que mais cobiçavam.

Cantou com toda a honestidade que sentia em seu coração e com seus verdadeiros sentimentos que sentia por ele desde a primeira vez em que o vira, mas não se atrevia a abrir os olhos para olhar em seus olhos.

Sentia-se nervosa quando olhava nos olhos do marujo.

E não sabia o porquê.

“Ho pensato di non rivederti”  declara o marujo para ela, na qual a salina se aproximou do casco do barco e se segurou nele a fim de estar um pouco mais próxima dele.

Náiade abriu os olhos e viu o sorriso mais lindo que a fez sentir se tão especial e linda, como nunca antes sentira na vida.

As princesas, ainda escondidas debaixo de um caís, observaram que uma intensa troca de olhares estava a acontecer.

O marujo e a salina continuavam a olhar nos olhos de um do outro e naquele exato momento, a grande lua cheia que brilhava com intensidade, se escondeu por trás de umas nuvens.

Tudo ficou escuro, e a única iluminação fornecida eram as luzes dos lampiões da cidade e os que ficavam pendurados nas velas do grande navio.

Uma chuva fina que aos poucos foi aumentando com intensidade começou a cair, deixando o velho piso de madeira do navio molhado.

O marujo pegou em sua mão que ainda se segurava na beirada do casco. A salina sentiu um tremor invadindo seu corpo inteiro. O toque dele era suave e macio. E ao olhar novamente para dentro daqueles olhos, o encarou com certa timidez.

Sem saber o que fazer ou dizer a ele.

Naquele momento de um mais puro silencio, o marujo se aproximou e tocou em seu rosto. Coisa que fez Náiade sentir o coração aos pulos.

Até que tudo foi subitamente interrompido por um redemoinho, que se formou debaixo da salina e depois aumentou de tamanho, ganhando mais intensidade e força.

Náiade tentou em vão se segurar na beirada do casco, mas aquela estranha força parecia ser mil vezes maior.

As princesas viram o marujo assustado e desesperado que tentou segura-la pelos dois braços para retirá-la da água.

Porem, o redemoinho a puxou com força para o fundo do mar, e de imediato a levou para o palácio real do rei Saturno.

Que a encarou com um olhar raivoso e atento.

Mas a salina não estava desesperada enquanto o rei lhe dirigia um sermão por ter quebrado as regras do reino.

 Nem surpresa com os olhares das outras princesas e príncipes, que pareciam estar chocados, como o resto do reino inteiro de Salácia.

Estava preparada para a morte.

Já estava cansada de ser traída pelas falsas amizades das princesas que fingiam ser amigas e lembrou-se do quanto odiava cada uma delas. Mas não se deixou levar pelo sentimento de raiva e do desejo de querer matá-las por mais que merecessem. Afinal, um salino quando era traído, era capaz de se vingar de maneiras inesperadas e assustadoras.

Náiade apenas fechou os olhos e aguardou o momento em que sua alma fosse acordar próxima aos pais, como sempre acontecia em seus sonhos.

“Estou pronta para poder me encontrar com eles e viveremos juntos para sempre. Pronta para viver longe destas princesas que se aproveitaram de mim. Longe de todos estes fingidos desprezíveis.” pensou decidida.

 Assim, quando o rei apontou seu cetro, evocando outro redemoinho submarino que a fez subir para a superfície, a salina deixou uma lagrima solitária cair.

Náiade pensou ver as lembranças de sua vida inteira diante de seus olhos e a sensação de ser abraçada por seus pais novamente enquanto sentia o corpo ser jogado para cima, sendo empurrada pela correnteza forte do mar.

Uma grande onda a jogou para o alto e fez seu corpo cair em uma superfície para ela, completamente desconhecida

Uma batida muito forte na cabeça a fez ver uma luz branca e ofuscante diante de seus olhos.

 Depois tombou no chão, totalmente inconsciente.

 Um zumbido adentrou nos ouvidos enquanto tudo ficou escuro.

E mentalmente fez uma despedida a sua antiga vida.

Pensava estar morta, e livre do reino de Salácia para todo sempre.

Mas, mal sabia a salina que estava totalmente enganada.

Náiade continuou entregue a idéia de que estava morta ate que pensou ouvir vozes.

E sentiu um par de braços fortes a levantando do chão.

—De onde ela deve ter aparecido?- pergunta o que parecia ser uma voz de mulher.

—Talvez ela deve ter se perdido nesta tempestade. Uma sobrevivente em meio a tantos outros... -diz uma voz de homem ao longe.

Mais vozes distantes se misturaram e ela pode ouvir comentários de admiração a seu respeito.

A salina ouviu falarem sobre uma tempestade que causara um estrago em outro navio e quase deixara os serviçais de um rei quase naufragados em mar aberto, mas por sorte haviam sido resgatados.

Náiade ainda não conseguia abrir os olhos ou emitir um único movimento corporal mesmo que tentasse.

Por mais que obrigasse a si mesma a mexer um braço ou abrir os olhos para ver o que estaria acontecendo e quem estaria falando a seu respeito, nada adiantava.

Sentiu que era levada de um lugar para o outro, que tocavam em seu rosto e ate mesmo que a colocavam em um lugar iluminado pela luz do sol nascente.

—Vamos deixá-la aqui ate que acorde. -aconselha a mesma voz masculina que antes havia ouvido.

 Náiade deduz que poderia ser o líder daquela estranha população que a socorreu.

Foi então que sentiu um toque suave em seu braço e a voz que cantou novamente naquela linguagem humana enquanto segurava em sua mão.

Aquela canção a fez pensar novamente no marujo que vira nas noites anteriores.

Lembrou se dos belos olhos negros que ele tinha, pensou no quanto adorava o som da voz dele quando cantava e nas palavras estranhas que ele dissera naquelas duas noites em que haviam se encontrado.

Pensou no quanto ele era mais bonito do que o próprio príncipe de Salácia, filho do rei Saturno que a desprezou somente de não pertencer á uma classe da nobreza e por não ser perfeita como as outras princesas.

Desejou saber o que ele tentara dizer nas noites anteriores em que haviam se encontrado.

A salina começou sentir uma inquietação estranha em seu sistema nervoso, milhares de calafrios se espalhavam e depois, teve a impressão de ver seus pais sorrindo, como se encorajassem a acordar.

Quando os dois se aproximaram e a abraçaram uma luz forte e ofuscante a fez abrir os olhos e se levantar de onde estava. Percebeu que estava e uma cama e em um pequeno quarto com muitos tesouros espalhados.

Levou à mão a cabeça sentindo uma dor estranha. Sua nuca ardeu ao ser tocada pela palma da mão.

Felizmente não haviam vestígios de sangue. Aquilo era um sinal bem claro que nada de grave havia acontecido.

Foi então que percebeu a presença de um marujo que parecia estar preocupado.

Uma mão suave pousou sobre a sua, provocando mais uma vez aqueles arrepios que a fizeram direcionar o olhar para ele e ficou sem reação.

Reconheceu que era ele de fato.

 O mesmo marujo por quem estivera cantando naquelas noites de lua cheia no navio.

Aquele que invadia seus sonhos quando dormia a noite solitária em sua caverna e podia ser capaz de ouvir sua voz cantando suavemente sem cessar.

Aquela canção voltou a ecoar sem nunca terminar em sua mente, e a salina novamente sentiu o coração aos pulos quando ele sussurra com uma voz profundamente suave:

Sei tu.

“Não acredito nisso” pensa desesperada. ”Pela grande Deusa das Ondas! Aonde fui parar?


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Notas finais do capítulo

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