Two Worlds - Dois Mundos escrita por HuannaSmith


Capítulo 13
Joseph


Notas iniciais do capítulo

No último capítulo tivemos uma melhora nos comentários, muito obrigada! ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/741115/chapter/13

— Meu nome é Diaval

Eu tentei relacionar aquele nome a qualquer coisa que minha mãe já tenha me dito, mas não lembrei de nada, não tinha nome mais estranho para mim. Passei a mão pela testa, tirando os cabelos que ali estavam, minha mãe estava prestes a fugir e eu estava a quilômetros de distância!

— Ok - disse pra mim mesma em quanto caminhava até a cômoda do quarto - a passagem de volta é pra amanhã as seis...

— Amanhã? - ele me interrompeu - Não ouviu o que eu te disse? Malévola pretende fugir esta noite

— O que você quer que eu faça? Não posso mobilizar um avião a decolar na hora que eu quero

— E quem falou em avião?

Fiquei o olhando por alguns segundos. O que ele quis dizer com aquilo?

— Olha, você pode se transformar nessa... coisa

— Pássaro - ele me corrigiu

— Mas eu não, ok? Eu não consigo fazer isso

Diaval levou as mãos ao rosto e soltou um riso abafado, como se estivesse incrédulo com alguma coisa, eu só não sabia o que era.

— Você é mesmo a Mal?

— É claro que sou

— Tem certeza? Porque a verdadeira Mal, filha de Malévola, é um dos seres mais poderosos que eu já conheci, ela pode fazer magia com as próprias mãos

— Eu não tenho mais o meu livro de feitiços! - tentei explicar - Minha mãe me deu, mas eu abdiquei dele porque...

— Pare de colocar palavras na minha boca! - ele me interrompeu - Em algum momento eu falei de livro? Você por acaso precisou desse livro no dia da coroação do Ben? Ou quando quis encontrar minha loja no centro? Você não precisa de objetos pequena, a magia está dentro de você

Passei a pensar na duas ocasiões que ele mencionou e cheguei a conclusão de que o mesmo tinha razão, na coroação eu disse um feitiço que não estava no livro: "Que a força do mal desapareça e apenas o bem aqui prevaleça" e fiz a mesma coisa no centro: "Para a porta abrir e o passado descobrir, sozinha, eu vim até aqui". Será que o que Diaval diz é verdade?

— Você não é a Malévola, Mal - ele me tirou de meus pensamentos - muito parecida com ela é verdade, mas não é ela. Você nasceu com magia, não precisa de um cajado para usa-la, ela está dentro de você - ele disse com ternura nos olhos - então, por favor, seja a Mal pelo menos uma vez

Meu coração acelerou naquele momento, um calor o aqueceu por dentro, uma coisa aconchegante e boa, diferente de tudo o que eu já senti na vida. Meu dedos começaram a formigar e sabia que podia fazer aquilo, sentia que estava preparada. Então eu fechei os olhos e disse:

Malévola vai fugir e eu tenho que impedir! Em Auradon devo estar, para a guerra acabar!

Senti meu cabelo balançar, como se tivesse sido atingida por uma forte tempestade. Cerrei os punhos e mantive os olhos fechados, minha mente concentrada em manter a magia circulando. Foi quando o meu corpo já estava quase sem carregado, que o vento parou de soprar e senti que já não precisa mais ficar de olhos fechados.

Quando os abri, fiquei boquiaberta. Meus pés tocavam a areia fina do litoral de Auradon, os coqueiros enormes e solitários pareciam me olhar com curiosidade e eu me olhava da mesma dessa maneira. Eu vim de GoldLand para Auradon em um piscar de olhos! E o melhor: com um feitiço criado por mim! O quão incrível é tudo isso?!

— A praia? - Diaval disse bem ao meu lado. Eu não tinha percebido sua presença até antes disso - Pelo menos estamos em Auradon, nada mau para uma primeira vez

— Eu também te trouxe? - perguntei animada

— Na verdade você esqueceu de me incluir, sei lá, podia ter dito algo como "Diaval vai me salvar" - ele respondeu fazendo graça - mas eu segurei no seu braço na hora e aqui estou eu!

— Meu Deus, isso é incrível - eu ainda sorria olhando para as minhas próprias mãos - eu fiz isso...

— Ok, mas agora temos que ir, você precisa impedir a sua mãe - ele disse com um olhar determinado - eu te encontro lá pequena 

Diaval deu um sorriso de canto e em seguida correu para na direção do calçadão, mas antes que chegasse lá se transformou no pássaro que a pouco invadira o meu quarto em GoldLand. O pássaro voou cada vez mais alto, até que eu não pude mais vê-lo. 

Olhei para a praia ao meu redor, o doce som da onda quebrando ao longe e a leve brisa com gosto de sal eram revigorantes. Eu não conseguia acreditar que tinha acabado de fazer aquilo, durante toda a minha vida na Ilha, jamais consegui fazer nada tão grande. 

Mexia algumas coisas, conseguia acender a lareira... mas criador e feitiço e fazê-lo funcionar? Nunca acreditei que conseguiria. Agora eu entendo o que minha mãe queria dizer quando se abaixava na minha altura, olhava nos meus olhos e falava: "Você é mais poderosa do que acredita minha menina. E, um dia, quando saírmos desse lugar horrível, vou lhe provar isso". 

Será que ela sabia? Será que desde o momento que eu nasci e me segurou pela primeira vez, será que sabia o poder eu tinha? Se sabia, por que nunca me disse? Respirei fundo a brisa fria, eu conseguia sentir o meu poder mais forte do que nunca, concentrada dentro de mim. E eu me sentia muito bem com aquilo. 

Fechei os olhos e me concentrei, visualizando o lugar para onde eu queria ir, foi ainda mais fácil do que da primeira vez. 

** Pensamentos do Ben **

Coloquei alguns papéis para o lado, tomei um bom gole de café e respirei fundo, deixando o corpo descansar no encosto da cadeira. Será que o rei de Costa Luna precisava mesmo me mandar uma carta para avisar que iria fazer uma reforma nas escolas? Fechei os olhos, queria descansar apenas alguns minutos, mas em bem menos tempo batidas foram dadas na porta, me acordando do cochilo mais rápido da história. 

— Sim? - perguntei 

Jane abriu um pouquinho da porta com um sorriso torto, como se já se desculpasse por ter batido. Em seguida ela entrou e caminhou até mim com uma prancheta na mão, eu apenas endireitei minha postura, arrumei meu paletó e a encorajei para que falasse o que queria. 

— Atualização do banco de dados - ela disse levantando uma folha de sua prancheta para ler o que estava escrito na de baixo - vejamos.... iniciativa Escola Para a Costa

— Diga a rainha Melody que aprovo o projeto e mandarei apoio financeiro da capital, mas ainda não tenho resposta para a minha presença - me virei na cadeira, olhando um antigo porta retrato do meu pai que não tinha tirado dali - me lembro de quando eu éramos pequenos e meus pais iam visitar a afilhada preferida, nós sempre brincávamos juntos - sorri com a lembrança - mas com o julgamento tão próximo, nem se eu quisesse poderia ir 

— Ela irá entender - Jane disse carinhosamente - Bem, passando para  o próximo item, temos a greve de trabalhadores nas fábricas de Prydain 

— Faremos um aumento de 10% no capital enviado e uma redução de 5% na jornada de trabalho fabril local 

— Ok... - Jane anotou - e por último, diretamente do UA*, a prefeita Regina convida você e Mal para um jantar de apresentação com a Salvadora e outros famosos locais

*Universo Alternativo

— Anote as informações, vou falar com a Mal quando ela voltar de viagem e depois respondo - eu disse com um sorriso - algo mais?

— Não, tudo feito. O seu almoço será servido dentro de alguns... 

— Peça para que tragam para cá quando estiver pronto, ok? - a interrompi - Estou atolado com todas essas cartas 

— Como quiser - ela disse - ah! Já ia me esquecendo... - ela olhou a prancheta novamente - um aluno novo chegou hoje, ele irá cursar o último ano e é único novato nessa série, minha mãe achou que você talvez pudesse conversar com ele

— Claro, eu vou na parte da tarde a escola, posso falar com ele lá 

Jane assentiu e saiu fechando a porta, eu deitei minha cabeça no encosto da cadeira e me dei a liberdade de dormir até a hora do almoço. Não foi um cochilo de horas, mas pelo menos foi mais do que dois minutos. 

** Pensamentos de Doug ** 

Estava saindo do banho quando ouvi meu celular tocar. Desliguei o chuveiro, me enrolei na toalha e fui até ele, era uma mensagem da Evie onde dizia: 

"Venha me encontrar no gramado leste da escola, 

vamos aproveitar enquanto ela ainda é nossa.

Beijos, Evie."

Dei um pequeno sorriso com aquela mensagem, mas logo o desfiz, ela não estava mesmo merecendo. Mas o que custava ir até lá? Afinal, da última vez que conversamos ela me prometeu que daria um jeito e faria tudo ficar bem de novo. Destravei o celular e respondi que logo estaria lá, depois fui até o quarto e me troquei. 

 

Quando cheguei no campus falei com algumas conhecidos e depois me dirigi para o gramado leste, como dizia na mensagem. O estranho foi que, quando cheguei lá, o local estava completamente vazio, não tinha uma alma viva sequer. 

Tirei o celular do bolço e chequei novamente a mensagem, me certificando de que não havia lido errado e estava fazendo papel de bobo. Mas, antes que eu abrisse a mensagem, uma menina veio correndo até mim e me entregou um pedaço de papel, ela sorria de orelha a orelha. Logo a reconheci, era a Dizzy. 

A pequena me deu um abraço apertado e depois saiu correndo, eu tentei chama-la, mas ela não voltou. 

Ela correu tão depressa que eu não tive a menor chance, não sou muito bom corrida ou... em qualquer outro esporte. Olhei para o papel que ela havia me dado, na verdade se tratava um cartão quadrado e laranja. Quando vi o que tinha escrito, logo reconheci que a letra da Evie. O que ela estava aprontando? 

"Eu sei que as coisas andam difíceis entre nós, então, por favor, me deixe concertar isso. 

Vá até a entrada agora, não reclame! Não vai se arrepender"

Sorri com suas instruções, guardei o papel no bolço e caminhei para a entrada animado. O que será que ela fez? 

Quando cheguei até lá, adivinha? Tudo vazio de novo. Ela tava expulsando os alunos ou o que? Mas, foi quando eu dei uma olhada melhor, que encontrei algo brilhante com o que acreditei ser o emblema da escola, perto de um arbusto. Fui até lá e encontrei outro bilhete, preso com um pouco de fita, o arranquei e tratei logo de ler. 

"Lembra da primeira vez que nos vimos? Você estava tocando essa trombeta porque fazia parte da banda da escola. Junto com seus amigos, você fez uma apresentação linda. Claro que na hora eu tava empolgada demais e não te dei bola, mas ainda bem que isso mudou, né?" 

Ri com suas palavras. Agora eu lembrava daquele dia, assim que Evie desceu do carro eu já a achei a mais bela de todas as garotas que já vi na vida, mas não disse nada porque, enfim, que tipo de chance um cara como eu teria com ela? 

Virei o cartão e acabei encontrando mais instruções, que dessa vez me mandavam para para o laboratório de ciências. Eu tinha uma ideia do que seria, mas não tinha certeza absoluta, então fui para lá o mais rápido que consegui. Adivinha? Vazio novamente. Mas o meu próximo bilhete estava em um lugar de destaque, escrito em letra cursiva no enorme quadro branco. 

"Aqui foi onde tivemos nossa primeira aula juntos. Eu só tinha olhos para o idiota do Chad, lembra? Acreditava que ele pudesse me tornar uma princesa de verdade, que tolice! Aqui também foi onde você me salvou de ser expulsa e mandada de volta para a ilha quando enfrentou o professor.  Meu cavalheiro! 

Agora, que tal você ir lá fora? Dica: arquibancada"

Eu sorri com aquelas palavras e antes de sair, olhei para a mesa que eu e Evie costumávamos sentar nas aulas de física e química. Tantas lembranças... de fato, se eu não tivesse implorado para que o professor desse a ela uma segunda chance, ela teria sido mandada de volta para a Ilha. 

Olhei para a porta que dava acesso ao grama oeste e fui por ela. Quando cheguei na quadra, caminhei até a parte de trás das arquibancadas e lá encontrei mais um bilhete, este era em formato de coração e estava preso por um barbante, rodopiado quando o vento lhe atingia. Fui até ele e o peguei, puxando-o com delicadeza para que não rasgasse. 

"Aqui foi onde você me convidou para o nosso primeiro encontro. Também foi onde demos nosso primeiro beijo... acho que já chega de bilhete, não acha? É melhor conversamos pessoalmente"

Franzi a testa e abaixei o cartão, dando de cara com Evie a minha frente, ela tinha um sorriso sereno nos lábios. Eu segurei seu rosto e a beijei, agradecendo por todos aqueles bilhetes, todas aquelas palavras carinhosas. 

— O que foi tudo isso? - perguntei a soltando 

— "Isso" é minha forma de dizer me desculpe - ela respondeu - eu sei que as coisas estão difíceis, ninguém nos disse como seria depois que terminássemos a escola, ninguém nunca fala das brigas que vem junto com uma relação - evie olhava dentro dos meus olhos - mas eu não vou deixar que nada atrapalhe a gente, tá? É uma promessa 

Eu fiquei completamente sem palavras. Evie fez muito mais do que eu esperava, um simples pedido de desculpas já teria sido suficiente, mas não, ela fez mais porque ela é muito mais. Divertida, alegre, positiva... e eu a amo, amo tanto que meu peito dói só de pensar em perde-la. 

— Me desculpe também Evie, é que... a gente não tá tendo muito tempo pra ficar junto, eu logo vou começar na faculdade e teremos menos tempo ainda - respirei fundo - olha, eu sei que eu não sou um príncipe e nem tenho um castelo enorme, mas eu te amo der verdade...

— Hey - ela me interrompeu - quem disse que você não é príncipe? 

— Você sabe, não sou como o Chad ou o Derek... não estou na linha de sucessão ao trono

— E quem disse que precisa estar na lista para ser príncipe? - ela disse enquanto segurava meu rosto com suas mãos - Você é o meu príncipe Doug, não é o suficiente? 

Eu sorri com aquelas palavras, sempre me preocupei que não estivesse sendo o suficiente para ela e agora a própria vem e diz que eu sou, que sou o seu "príncipe". Eu amo ela demais, tanto que nem cabe no peito, então a puxei delicadamente e lhe dei um beijo. 

— Eu te amo Evie, nunca se esqueça disso - eu disse enquanto passava meus dedos por seu rosto 

— Eu também te amo Doug, muito mesmo - ela disse sorrindo - e te prometo que vou dedicar mais tempo a nós dois, ok? Ficaremos juntos sempre 

— Ok - eu respondi sorrindo 

Nós nos beijamos mais uma vez em baixo da "nossa arquibancada", longe dos olhares de todos, apenas curtindo o nosso pequeno momento de amor naquela enxurrada de compromissos e obrigações. Naqueles breves momentos nós éramos apenas o Doug e a Evelyn, apaixonados um pelo outro da forma mais intensa possível. 

** Pensamentos da Mal **

Quando abri os olhos a claridade intensa da praia havia sumido, agora eu estava em um lugar parcialmente iluminado por uma pequena janela no topo da parede úmida. Essa coisa de viajar através de magia ainda é novidade e me deixa um pouco tonta, tenho que esperar alguns segundos até me acostumar com o novo local. 

Mas eu não tinha tempo pra isso, então forcei a visão para o restante do local e encontrei Malévola sentada em uma espécie de banco de concreto, ela olhava diretamente para mim, mas não consegui decifrar o que estava pensando, seu semblante era neutro. Olhei para o seu braço e percebi que o mesmo estava preso por uma algema a uma argola de ferro fixada na parede. 

— Por que te prenderam? - perguntei 

— Eles ficam um pouco nervosos quando não fazemos o que querem 

— Te machucaram? 

Malévola apenas olhou para o chão, não me dando uma resposta ou meio que já dando. Suspirei e fixei o olhar nas algemas, que deixavam uma marca vermelha em seus pulsos. 

Eles a prenderam e um erro cometeram, então solte-a agora, já está na hora

As algemas racharam e caíram no chão, fazendo o barulho ecoar por toda a cela. Malévola passou os dedos por seu pulso e em seguida me olhou, não do jeito que me olhava antes, havia algo diferente. 

— Esse feitiço não tá no livro - ela disse

— É, eu criei esse 

— Criou? - ela perguntou com um sorriso 

Antes que eu respondesse um pássaro enorme e preto apareceu na pequena janela, esgueirando-se entre as grades. Quando finalmente conseguiu passar caiu no chão e em pouco segundos revelou-se homem. 

Os olhos de Diaval estavam arregalados na direção de Malévola e ele mania ma certa distância, como se não quisesse se aproximar, como se sentisse medo. Mas, eles não eram amigos? 

— O que está fazendo aqui?! - ela perguntou em um tom grave, levantando-se do banco 

Diaval apenas deu mais um passo para trás, sem dizer uma só palavra. Malévola também estava visivelmente nervosa, ela olhou para mim e depois voltou-se novamente para Diaval, aproximando-se nada vez mais, como se fosse ataca-lo. 

— O que fez com ela?! Foi você quem a ensinou a criar os feitiços?!

— Mãe! - entrei no meio dos dois, pois ela já estava quase o atacando com as próprias mãos - Para mãe! Ele é amigo, tá? Não fez nada comigo, ele... meio que tá me ajudando 

— E você acreditou nas mentiras que ele disse não foi? É um mentiroso! - Malévola gritou 

— Mentiroso?! - Diaval finalmente se pronunciou - Não sou eu que escondo as coisas dela! - ele apontou para mim. Eu estava mais confusa do que nunca 

— Do que você tá falando? - minha mãe perguntou, seu semblante estava visivelmente nervoso 

— Conte a ela sobre aquele que Stefan chama de lazarento! Conte a ela! 

— Espera - eu disse levantando as mãos, pedindo calma - você tava lá? Sabe sobre ele?

— Eu não - Diaval apontou para Malévola - mas ela sim. Ou será que estou mentindo? - ele perguntou ironicamente - Conte a ela! Conte sobre o...

— Não se atreva a dizer o nome dele! - Malévola deu um grito estridente, que me arrepiou dos pés a cabeça, mas eu precisava saber quem era, precisava saber o que tanto ela escondia 

— Me conta mãe, por favor - eu implorei 

Malévola respirou fundo e passou as mãos pelo rosto, sentou novamente no banco de concreto e em pouco segundos ela estava se derramando em lágrimas. Eu nunca a vi chorar em toda a minha vida, a não ser uma vez, quando eu era pequena, mas até hoje não tenho a certeza se era um sonho ou não. 

Mas era agora era diferente, não era um sonho ou um pesadelo, era verdade, ela estava na minha frente visivelmente abalada e chorando muito. O que a machuca tanto que não consegue nem sequer falar sobre? Será que eu não conheço a pessoa que cuidou de mim a minha inteira?

Me ajoelhei no chão e coloquei minha mão sobre o seu joelho, fazendo um carinho para conforta-la. Ela olhou para mim com os olhos repletos de lágrimas, implorando, mas eu precisava saber, já chega de mentiras. 

— Quem era ele mãe? - perguntei, olhando no fundo de seus olhos 

Malévola suspirou e se acalmou um pouco, passou a mão pelos olhos, enxugando as lágrimas e finalmente me respondeu, com uma voz séria porém repleta de tristeza. 

— O nome dele era Joseph - ela disse por fim 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quem será o Joseph?! 0/
E quem é essa tal "aluno novo"? Dica: ele aprece brevemente no trailer da fanfic!
O quão lindo foi esse momento do Doug e da Evie? ♥
Espero que tenham gostado e não esqueçam de comentar, beijos ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Two Worlds - Dois Mundos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.