Sua escrita por Writer fan, Nailinha Santos


Capítulo 52
Capitulo


Notas iniciais do capítulo

Então vamos a mais um...



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Não queria que acontecesse isso, mas quando percebeu Isabella já tomava conta de sua alma, cansado de tantas indagações ligou para seu chefe de segurança, precisava resolver todas suas questões antes de dizer aquilo a Isabella, não queria mais que o ódio e vingança fizessem parte de sua vida com ela.
— Alguma novidade Frank?
— Estou subindo senhor e creio que vai gostar do que lhe trouxe.
Edward então foi para seu escritório encontrando Frank com um envelope grande nas mãos.
— O dossiê senhor, encontrei muitas coisas sobre o atirador e uma delas é que ele foi funcionário da esposa de Collin Hunt. A informação não surpreendeu a Edward , ele esperava que depois do encontro desagradável, então ele se serviu de um copo de uísque e ofereceu a Frank que se negou, ele não bebia em serviço.
— Ele agora vende noticias de freelancer para o jornal dela, assim como a namorada morta. Frank mostrou algumas das reportagens que encontrou no apartamento.
— Hunt seria tão idiota em mandar alguém inexperiente assim? Quando ele tem dinheiro suficiente ou ele mesmo poderia fazer esse trabalho
— Ele poderia querer apenas amedrontar, avisar que também pode fazer algo contra o senhor ou a srta. Swan.
— Investiguei os vizinhos e me disseram que o casal tem recebido visitas constantes de uma bela ruiva, tentei as câmeras de segurança, mas o prédio é tão velho que elas não funcionam.
— Terei uma conversa com Hunt. Edward diz e Frank espera pelas ordens. – Prepare as armas Frank, temos que ser prudentes nos dias que vem a seguir.
— Já tenho um plano proteção armado senhor, precisamos apenas que a Srta, Swan coopere. Frank diz e Edward quase ri daquilo, como sempre sua gata selvagem não ajudava, só que dessa vez precisava conversar com ela e explicar que dessa vez ela precisava obedecer.
— Ela vai cooperar Frank. Edward respondeu e Frank saiu da sala, iria atrás de mais pistas.
Edward então se serve de mais uma bebida e se lembra de Ângela, esses tempos estão fazendo-o lembrar dela cada vez mais, se ele bem soubesse que o fim dela seria aquele, não teria tentado ajuda-la, não teria interferido e quem sabe ela estivesse viva. Hunt tinha razão por odiá-lo afinal fira a irmã dele que morreu depois de ter sido torturada. No entanto ele havia tentado contra a vida de Isabella e isso ele nunca permitiria, não deixaria nunca que Bella se ferisse por causa dele. E motivado a resolver a situação, foi deitar-se ao lado do seu lindo cisne, amanhã tomaria uma atitude para com Hunt..
Isabella ainda estava sonolenta quando dedos quentes e deliciosamente macios tocavam suas costas nuas, parecia que o dono daquelas mãos estava imaginando que sua coluna era um violão em que ele podia dedilhar notas musicais, que sua coluna era perfeita para traçar linhas e consequentemente leva-la a loucura.
Bella não evitou o sorriso ao reconhecer que aquelas mãos pertenciam a Edward , seu corpo sabia reconhecê-lo em qualquer situação, toda sua pele esquentava como brasa, e arrepiava-se, mas ela sabia que esses arrepios eram causados pela excitação e pelo amor que sentia por aquele homem.
— Você fica ainda mais linda quando sorri assim. - A voz rouca e sedutora de Edward faz aumentar ainda mais o seu sorriso.
— Eu tenho um grande motivo para sorrir assim, afinal nem todas as mulheres tem a mesma sorte que eu tenho, em ser acordada por um lindo homem. - Bella diz e ganha um beijo lento de Edward que sorri com as palavras dela, sentia-se feliz enfim ao lado de seu cisne.
— E ainda mais sorte por ganhar beijos tão deliciosos, mesmo estando descabelada e com certeza horrível, esqueci de tirar a maquiagem ontem. - Bella faz questão de mostrar a ele toda a sua felicidade por estar ganhando um carinho como aquele, parecia mesmo que a conversa da noite passada havia surtido um efeito ainda melhor do que ela esperava.
— Você parece não se enxergar com tanta clareza meu doce cisne, nada se compara a você Isabella, nada é tão lindo como você. - Ele acaricia o rosto dela de uma forma totalmente desconhecida por ela, algo estava mesmo diferente.
— Algo está diferente. – Isabella o toca no rosto, e encara os orbes verdes que pareciam querer lhe dizer alguma coisa. – Você parece mudado.
— Nada pode permanecer igual quando você está envolvida Isabella. Novamente ele a beija. – Você é como um anjo capaz de trazer luz onde quer que esteja, até mesmo em alguém com a alma tão negra como a minha.
— Edward , nenhum homem pode ser mais perfeito que você. - Ela toca os cabelos dele, aquela faceta era de seu pequeno menino perdido e não da figura dominadora, Edward era constituído de muitas facetas. – Todos nós temos nossos momentos de ogro, você principalmente. - Bella ri na última parte, não queria que ele ficasse chateado com ela.
— Mas você tem o melhor coração que tive o prazer de conhecer, apesar de negar que possua um, você Edward Cullen é um grande homem. - Bella toca o peito forte.
— Talvez eu realmente tenha, e este coração com certeza é você. - Ele diz, e Bella já estava prestes a perguntar o porquê daquela mudança, quando ele lhe ataca os lábios num beijo cheio de urgência, e lhe leva no colo para um delicioso banho onde ele a toma daquela forma selvagem, porem diferente de qualquer outra vez.
Depois de tomarem café juntos Edward pede licença para que possa fazer algumas ligações em seu escritório e Bella aproveitando os minutos que ficaria longe dele liga para sua amiga Emma, que preocupada atende ao telefone, mas Bella a tranquiliza, então Emma decide falar sobre a viagem que faria com Tom para um desfile de moda, era algo que sua amiga adorava então Bella deu ainda mais forca para a amiga ir ate Vancouver com Tom. Ligou então para Adam e Nina que estavam ótimos no Brasil 3 graças aos céus não ficaram sabendo do incidente da noite passada
Bella começou a pensar em seu passado em como tudo havia mudado completamente depois que seu mundo começou a girar em torno de Edward Cullen, estava muito feliz após tantas turbulências pelas quais havia passado, parecia que a tempestade tinha mesmo passado e que a bonança enfim havia chegado a sua vida.
Sorrindo ela foi ajudar Sue a preparar um bolo de chocolate, os dois tinham combinado de assistirem filmes na sala de cinema que a cobertura possuía, Bella havia dito a ele que amava guloseimas como aquela que estavam fazendo e havia convencido Edward come-las junto com ela. Depois de prepararem vários doces Bella olha no relógio notando que Edward estava demorando demais no escritório, e torce para que não sejam problema, que possam atrapalhar aos dois no programa que haviam combinado de fazer.
Ela vai até o escritório parando na porta e contemplando o homem vestido em roupas casuais e negras, como ela gostava, virado de costas contemplando a paisagem que Seattle lhe dava enquanto falava em outra língua ao telefone com quem quer que fosse, logo Bella sente o velho e bem vindo frio da excitação e da paixão, por isso em vez de entrar e abraçar ao homem como gostaria, retira-se indo até seu quarto escolhendo uma lingerie sexy para vestir, sabia que Edward era um dominador, que ele tinha suas necessidades assim como ela de submissa, estava resolvida a fazer um deliciosa surpresa a ele, afinal aquele era um fim de semana e os dois ainda mantinham uma relação D/S mesmo que diferente de outros casais.
Dentre muitas peças ela escolheu a branca com ligas, ele adorava chama-la de cisne, então não via o porquê de não fantasiar-se fazendo jus ao seu apelido.
Bella vestiu-se com a lingerie, passou uma maquiagem leve e colocou um batom rosa nos lábios, olhando-se no espelho notou o quão virginal parecia, esperava que ele aprovasse.
Ela vestiu um robe de seda também branco e se dirigiu a passos largos ao escritório de Edward onde ele ainda continuava a falar ao telefone.
Devagar Bella trancou a porta, e foi de encontro a Edward , abraçando-o pelas costas e dando beijos leves ainda por cima da camisa.
Edward por sua vez não se assustou ao sentir os braços de sua amada ao seu redor, havia sentido o cheiro dela desde a primeira vez em que ela foi até seu escritório, Isabella nunca poderia se esconder dele, pois ele sempre a acharia, ele podia senti-la a qualquer distancia, seu coração e seu corpo a reconheceriam em qualquer lugar.
Edward pegou uma das mãos dela entre as suas e as beijou, desligando o telefone sem nem ao menos despedir-se de um de seus assessores, falaria com ele depois, afinal ninguém questionava suas ações, todos o temiam e isso era bom, ele só não gostaria que sua Isabella o temesse, queria que ela o amasse.
— Você estava demorando, e eu senti demais a sua falta para esperar tanto. - Ela diz fazendo-o sorrir, Isabella era mesmo sua cura, era a sua felicidade, aquelas palavras o faziam sentir-se novamente vivo e importante para alguém.
— Desculpe anjo, mas tive que fazer muitas ligações. - Ele vira-se para poder ver seu cisne que lhe faz tão bem deparando-se com a perfeição a sua frente, sua Isabella estava linda com os cabelos soltos em suaves cachos, assim como os olhos brilhantes e um grande sorriso em sua boca pintada de rosa, ela estava em uma mistura perfeita entre um anjo de candura e a própria Lilith tentando aos homens desavisados, ela sabia exatamente como agrada-lo.
Bella vendo que Edward não conseguia tirar os olhos dela abre o robe mostrando a ele a lingerie que vestia, atraindo ainda mais a atenção de Edward para o seu corpo parcialmente vestido.
— Isabella. - Ele a chama com a excitação no seu auge, não imaginava que sua Isabella lhe faria uma surpresa como aquela, ela estava mesmo vestida como um lindo anjo sedutor, como seu cisne branco, gracioso, doce e ao mesmo tempo tentador demais para um pecador como ele, ela parecia seu fruto proibido e o seu paraíso.
— Eu estou sendo o que você deseja Edward , o seu cisne, o seu anjo, e o mais importante estou sendo a sua mulher, aquela que é capaz de lhe dar colo quando você precisa e aquela que lhe dá o prazer que você necessita, eu sempre serei o que você quiser.
— Sim você é só minha Isabella, apenas minha e sempre será. Edward a coloca sentada sobre a mesa de seu escritório e mais uma vez a toma de forma selvagem e possessiva mostrando a ela e a si mesmo que ela pertencia somente a ele.
Os dois estavam entrelaçados na cama, pernas e braços confundiam-se em um emaranhado, respirações ofegantes misturavam-se e o cheiro de sexo estava por todo o quarto. Pela primeira vez Edward havia feito sexo usando de carinhos, e tinha aproveitado cada minuto.
Na outra vez em que fez sexo convencional não sentiu nada, na verdade não conseguiu nem mesmo ter uma ereção, era por isso que Beatrice o perseguia ela insistia em terminar o que haviam começado.
Mas, agora com Isabella estava totalmente realizado, nunca pensou que poderia ser assim, toda esta entrega de corpos e almas, sim! Sua alma também estava envolvida, olhou para seu lindo cisne, ela dormia tranquilamente totalmente entrelaçada nele.
Edward retirou alguns fios de cabelo que estavam grudados em sua testa e ficou a observando, jamais poderia imaginar que um dia sentiria o que sentia agora, essa emoção que tomava conta do seu corpo e que lhe aquecia a alma, acariciou o rosto de seu lindo cisne e não se contendo mais deixou suas emoções tomarem conta e sussurrou
— Mia amata Isabella tu sei il mio cuore, la mia anima la luce che illuminava la mia vita (minha amada Isabella você é meu coração, minha alma a luz que iluminou a minha vida)
Sentiu Isabella remexer-se em seus braços e abrir os olhos encarando-o
— O que significa isto que você acabou de dizer? – pergunta ela
— É italiano minha segunda língua, minha mãe era italiana. Pelas histórias que me contava minha mãe e sua família vieram para os Estados Unidos quando ela não passava de uma criança, mas na sua casa sempre falavam em italiano e quando aprendi a falar ela me ensinou sua língua materna. – disse Edward abraçando-a com mais força como se tivesse medo de perdê-la, Isabella estava sentindo-se no céu, seu cavaleiro negro estava dividindo coisas do seu passado, coisas que ela sabia serem importantes para ele.
— Mas você não me respondeu o que significa o que acabou de falar – Isabella esperava que ele dissesse que estava se declarando a ela este era seu sonho
—Você não vai desistir enquanto eu não lhe falar não é? – perguntou Edward com um tom brincalhão em sua voz
— Não Senhor Cullen é da minha natureza ser curiosa, quando criança a madre do orfanato onde fui criada, estava sempre me chamando atenção – Isabella falou sorrindo ao se lembrar daqueles momentos da infância
— Nunca lhe disseram que a curiosidade matou o gato? – falou Edward com um sorriso, Isabella prendeu o fôlego, este homem com o rosto sério já era uma perdição, agora ele sorrindo era totalmente letal, tomou uma respiração profunda e insistiu estava realmente curiosa.
— Por favor, me diga – pediu novamente.
— Está bem Isabella, não era nada demais eu só disse que você fica linda dormindo – Edward mentiu, porque não estava preparado ainda para falar sobre sentimentos, ele falou aquilo, pois pensava que Isabella estava dormindo não queria que ela escutasse, foi mais um desabafo da sua alma não era algo que queria dizer em voz alta.
— Ah! – disse Isabela, parecia estar um pouco decepcionada mas logo sorriu e perguntou
— Então Senhor Cullen o que faremos pelo resto do dia? - Perguntou, se inclinando sobre ele.
— Tenho algumas ideias – falou Edward – E todas envolvem nós dois neste quarto – disse Edward ,
— Gostei desta ideia Senhor Cullen – Ela ficou ali, observando-o, os olhos dele escureceram enquanto a olhava, Edward estava muito afetado por Isabella, seu corpo junto ao seu lhe tirava a consciência só conseguia pensar em fazer amor com seu lindo cisne, ficou tão alheio a todo o resto que esqueceu-se de suas cicatrizes, Isabella já tinha visto algumas e as tocado mas, nunca a luz do dia como agora.
Isabella passou os lábios nas marcas arredondadas que pontilhavam um antebraço pareciam, ela estremeceu, queimaduras. Devia haver pelo menos vinte delas. Uma cicatriz longa e nítida ia do ombro direito ao quadril, desigual e vermelha. E havia outras, de diferentes comprimentos e espessuras, todas lembranças vívidas de que aquele homem possuía tantos segredos, vira tanta dor. Não era surpresa ele ser tão cínico.
Passou as mãos pelas costas de Edward , acariciando a pele, o puxando para mais perto. Ele se afastou e a encarou, a expressão era feroz e ao mesmo tempo gentil. Um homem de contradições, de segredos, de tristezas. Isabella o tocou no rosto, e Edward a beijou, profundamente desta vez. Bella retribuiu o beijo, se rendendo ao contato da boca e das mãos dele, ao prazer e à pressão crescentes dentro de si. Fechou os olhos quando ele baixou a cabeça rumo ao corpo dela, fazendo-a se sentir mais estimada do que nunca. Edward a beijou em todos os lugares, os lábios se prolongando nos pontos, saboreando enquanto ele movimentava a boca por sobre os seios, pela barriga, pelas coxas. Sentia como se ele estivesse conhecendo seu corpo, memorizando-o e venerando-o ao mesmo tempo. E quando não conseguiu aguentar mais, o empurrou para que ficasse de costas, e começou a conhecer o corpo dele, deixando as mãos deslizarem pela pele macia, pelos músculos rijos. Mesmo com as cicatrizes, ele era um homem belo, o corpo talhado à perfeição.
O quanto queria conhecê-lo. Pousou os lábios no corpo dele, conhecendo-o então do jeito que podia. Edward resistiu ao toque dela, tirando-lhe a mão quando os dedos roçaram a cicatriz. Bella o impediu. Uma necessidade instintiva e profunda a fazia querer tocá-lo, não apenas uma carícia de amantes, mas um bálsamo curativo. Gentilmente, ela correu o dedo pela saliência da cicatriz no torso. Ele tremeu.
— Não…
— Isso dói...?
Edward a encarou, a expressão honesta, mais franca do que ela já vira. Ele a olhava com fervor e esperança.
— Não.
Deixou os lábios na cicatriz, beijou por todo o corpo dele, gentilmente, como em uma reverência, como se o toque pudesse curá-lo. E parou por um instante, os lábios pairando acima dele, a percepção indesejada pulsando dentro dela. Queria que fosse mais do que algo simplesmente físico. Não com um homem como Edward , um homem endurecido, cínico, reservado... Edward deve ter notado a hesitação dela, sentido algo do conflito que ela estava passando, ou talvez ele deve ter sentido a mesma coisa. De repente rolou, deitando-a de costas, e depois de colocar um preservativo rapidamente, mergulhou para dentro de Isabella em uma única e suave investida. Bella arfou em voz alta diante do prazer intenso e maravilhoso que lhe invadiu quando o corpo dela aceitou e envolveu o dele. Todos os pensamentos e temores foram eliminados pela sensação enquanto Edward se movimentava dentro dela, e pela transformação do ato de amor em sexo: simples, básico e natural, ambos correspondendo ao prazer que crescia a cada investida, até que Isabella finalmente gritou de prazer, agarrando-o conforme sentia-se dissolver e então se recompor nos braços dele.
Edward deitou-se de costas, o coração pulsando e os olhos explorando as consequências do que havia acabado de acontecer entre eles. As lembranças dos lábios de Isabella sobre suas cicatrizes faziam seu âmago queimar e contrair, não era uma sensação agradável. Tivera muitas reações à pilhagem que o corpo tolerou, desde as queimaduras feitas por diversos instrumentos de tortura pela tia quando ele a irritava, até o ferimento a faca, conseguida quando um cliente de Lizbeth achou divertido vê-lo sangrar.
Isabella saiu de seus braços, e o encarou em seu olhos podia ver a tristeza, o choque e a dor.
— Você está chocada — ele falou baixinho. Sem emoção. Como se já tivesse encontrado tal choque, e talvez até mesmo repulsão.
Isabella balançou a cabeça. Estava chocada, mas mais do que isto.
— Triste — ela sussurrou. — Por você. — Ela não perguntou o que tinha acontecido, ou como Edward ganhara tantas cicatrizes diferentes no corpo, mas ele queria contar, queria que Isabella conhecesse esta parte dele.
— Quando meus pais morreram, tinha 6 anos eu não tinha avós, então uma tia irmã da minha mãe, foi me buscar na casa de acolhida onde eu estava, fui morar com ela. Nos primeiros dias enquanto a assistente social nos visitava para ver se minha tia me tratava bem, ela cuidou de mim, não era a mesma coisa que eu tinha com meus pais mas eu estava feliz por ainda ter alguém que se importasse comigo. – Isabella não disse nada, sabia que havia mais, deixaria que Edward desabafasse ele continuou.
— Chegou o dia em que a assistente social não veio mais, eu lembro que neste dia estava brincando no jardim quando minha tia chegou, ela me puxou pelo braço e levou-me para dentro de casa, mandou que eu colocasse todas as minhas coisas em um saco e me fez subir até um quartinho que tinha no porão, era um lugar úmido e cheio de ratos então eu perguntei o que nós fazíamos ali, eu não gostava daquele lugar queria voltar para o meu quarto, minha tia falou que a partir daquele dia o meu quarto era aquele e me empurrou para dentro, eu chorei, gritei, implorei que ela me tirasse dali, eu estava com muito medo nunca havia ficado no escuro lembro que os ratos subiam nos meu pés e quanto mais eu tentava me desvencilhar deles mais eles se grudavam em mim. – Edward quase conseguia sentir aqueles animais subindo nele, por isso não gostava de falar sobre este assunto, pois sempre que relembrava era como se sofresse tudo outra vez.
— Algumas horas depois minha tia apareceu para me dar comida, que consistia em um pão velho e água, eu não quis comer e joguei longe o pão e a água, ela ficou furiosa e foi esta a primeira vez que queimou-me com um cigarro e a partir deste dia sempre que eu desobedecia ou fazia algo que desgostasse Lizbeth eu era castigado brutalmente, ela tinha prazer em ver o meu sofrimento, estas cicatrizes que você beijou com tanto carinho são efeitos da minha infância, quando Esme me encontrou, ela e Carlisle me ofereceram uma cirurgia plástica para pelo menos amenizar um pouco das cicatrizes, mas eu não aceitei, estas cicatrizes são parte de quem sou, elas fazem parte de mim, assim como agora você meu lindo cisne também faz – dizendo isso Edward se inclinou para beija-la e secou com os lábios as lágrimas que Isabella derramava por ele, aquela demonstração de amor era como um bálsamo que curava uma por uma todas as suas feridas.
— Precisamos conversar sobre o que aconteceu ontem Isabella.
— Descobriu mais alguma coisa sobre o repórter? Isabella sente seu corpo gelar, havia protelado demais para falar sobre o incidente, eles estavam em uma bolha desde o casamento de Adam, porem sabia que em breve teriam que voltar ao mundo real.
— Diana Jonhson era noiva dele. Edward diz e Isabella abre a boca chocada.
— Então os dois estavam juntos? Mas porque fariam isso? Porque me neguei a entrevista? Não faz sentido. Ela pergunta pensativa, era estranho como Dianna havia chegado com toda aquela historia, mas não tinha logica o noivo dela aparecer e atirar neles. – Mas espera ela sabia sobre suas relações de dominação, ate te acusou de ser um torturador de mulheres.
— Interessante. Edward então pensa mais um pouco, e ainda desconfia que seja coisa de Collin.
— O que verdadeiramente esta acontecendo Edward ?
— Frank procurou por mais provas e encontrou Dianna morta no apartamento onde eles moravam. Ele conta e Isabella coloca a mão na boca em forma de desespero, aquilo era bem pior do que pensava.
— Oh meu Deus. Bella diz e continua com interrogações em sua cabeça.
— Isso ainda não faz nenhum sentido anjo e é por isso que voce tem que cooperar comigo e os seguranças, é claro que avisei a Tom para tomar cuidado com Emma.
— Então quer dizer que você sabe quem fez aquilo?
— Connor se matou usando um veneno muito raro no implante dentário, então desconfio que Collin Hunt tenha armado tudo.
— O irmão da Ângela? É claro afinal ele ameaçou você naquela festa. Bella treme por dentro.
— Já recebi muitas ameaças vindas dele Isabella, mas nenhuma se concretizou, então o julguei covarde, ou apenas o subestimei. Coisa que Edward não faria nunca mais, precisava conversar com algumas pessoas.
— Talvez, mas então qual o plano? Ela pergunta e pensa que ele não dirá, porem ele a surpreende.
— Vou confronta-lo.
— O que? Claro que não Edward , voce iria se expor demais ao perigo e eu não suportaria se algo te acontecesse. Ela toma o rosto dele em suas mãos e Edward a beija, estava completamente apaixonado e entregue a Isabella Swan.
— Ele não fara nada em público anjo, acalme-se, tudo ficará bem, eu só quero que ele saiba que posso jogar o jogo dele, ainda mais pesado se precisar, eu nunca vou deixar que você se machuque.
— Então se mantenha vivo. Ela praticamente implora por aquilo.
— Eu sempre vou voltar por você e para você Isabella. Ela sente seus olhos verterem lagrimas, parecia que ele estava indo a guerra, e na verdade estava, ele não tinha medo de sujar suas mãos para fazer o que fosse necessário.
— Então peça a Frank para fazer isso, mas não se coloque em risco.
— Venha comigo para a Florida, não posso te deixar aqui.
— Tudo bem, vou com você. Ela responde e ele abre um grande sorriso deixando-a encantada.
— Que tal um daqueles seus filmes bobos e o os doces que me prometeu? Não quero que o nosso domingo seja de preocupações.
— Tudo bem. Então Isabella mesmo preocupada com o que aconteceria, ela o divertiu a tarde inteira e a noite se entregaram ao desejo da carne.
Depois de saciado Edward deitou-se e a puxou para seus braços, aconchegou-se nela e dormiu. Isabella ainda ficou mais alguns momentos acordada olhando para seu Mestre, seu cavaleiro negro ele era tão lindo e tão cheio de mágoas, ela só queria poder voltar no tempo e defender o menino que Edward foi, não deixar que aquelas pessoas fizessem tanto mal ao seu Cavaleiro, mas então ele não seria o seu Edward e como ele mesmo disse todas as suas cicatrizes, todo o seu sofrimento faziam parte dele, com esses pensamentos Isabella acabou por adormecer
“Parecia que estava em mundo paralelo onde à realidade e fantasia se confundiam. Estava descalça na cobertura de Edward , mais precisamente no corredor onde dava para o quarto de jogos.
Estava vestida numa camisola de seda negra assim como Edward havia solicitado, aquela noite tinha sido desgastante para os dois, mas ao mesmo tempo tinha sido a conversa mais franca que tiveram durante o período em que estavam juntos. Sentia-se pela primeira vez confiante na relação que estava mantendo com ele, por isso acelerou seus passos e parou em frente a porta de madeira negra, estava prestes a mais uma vez submeter-se a ele, as suas vontades, e receber em troca um prazer sem limites. Amava o modo como os corpos se conectavam em qualquer lugar em que estivessem, porem aquele quarto parecia ser ainda mais afrodisíaco.
Sorriu consigo mesma até que ouviu gemidos vindos de dentro do cômodo, eram gemidos femininos e não lhe pareciam ser de dor, pelo contrário alguém estava sendo muito bem servida sexualmente para estar gemendo e gritando tanto.
Bella sentiu o sangue gelar quando ouviu o nome de Edward ser chamado por gritos de prazer, e então teve a certeza de que seu pior medo estava se tornando realidade, sentiu as lágrimas verterem de seus olhos e a dor em seu peito lhe dilacerar o coração assim como o estraçalhar de suas esperanças de ter seu amor correspondido por aquele que agora se divertia com outra mulher.
Pensou em voltar para o quarto de onde tinha vindo e rasgar aquela roupa, assim como todas as outras que estavam em seu armário, e em seguida ir embora daquela casa e da vida de Edward Cullen para sempre.
Porem seu desejo de interromper aquele momento íntimo e de exigir explicações falou mais alto.
Ela queria saber quem era aquela mulher por quem ele havia lhe trocado, Bella abre a porta do quarto de jogos e depara-se com a pior cena que poderia imaginar, era Edward ali com Beatrice, os dois ainda estavam conectados, e no momento em que eles a viram lhe lançaram sorrisos de deboche.
Bella deixa que as lágrimas venham com força total enquanto seu coração despedaça-se, ela fecha os olhos buscando controle e por palavras que os façam sentir o que ela estava sentindo, ela queria causar a mesma dor em Edward , queria que ele sentisse como se seu peito estivesse sendo oprimido por toneladas.
Porem ao abrir os olhos e pronta para enfrenta-los ela vê uma cena diferente, aquele ali fodendo uma mulher que permanece de quatro em cima da cama de lençóis de seda não era Edward , era um outro homem, um ao qual não conhecia, e Beatrice transformara-se numa loira totalmente diferente, esta era um pouco mais velha e se parecia com a mãe de Edward , e do outro lado do quarto estava um menino franzino de cabelos cobre que assistia a cena com um chicote na mão e com o rosto repleto de marcas vermelhas, não haviam lagrimas em seu rosto, porem a tristeza podia ser sentida e vista.
Bella imediatamente teve um instinto de proteção para com o garoto por isso tentou aproximar-se e protegê-lo daquela cena.
Ao chegar mais perto ela percebe que o conhece, aquele menino era o seu Edward , o seu garoto assustado, por isso ela corre para alcança-lo e tomá-lo em seus braços, mas uma sombra toma conta da cena tirando-a de lá, Bella grita por Edward na esperança de que ele escute sua voz e que a siga nas sombras, mas nada acontece, ela se sente engolida mais uma vez pelas sombras e reza para que nada tenha acontecido ao seu menino.”
Ela acorda desorientada em consequência do sonho, tantas eram as perguntas que se fazia agora, quem eram aquelas pessoas? E que tipo de sonho era aquele? Mas o que mais lhe importava agora era saber onde estava Edward por isso tateia pela cama tentando encontra-lo, precisava saber se ele estava mesmo bem, e certificar-se de que aquilo era somente um sonho ruim.
Bella acalma seu coração ao sentir o corpo quente dele junto ao seu, o seu menino estava bem, e ao contrario dela ele parecia estar tendo um sonho bom se levasse em consideração o pequeno sorriso que ele tinha nos lábios.
— Eu nunca deixarei que alguém te machuque. - Bella resolve deixar seu pesadelo de lado, e apenas pensar na felicidade de Edward , ela sabia que aquilo tinha a ver com o passado dele, porém o que importava era o futuro e este ela garantiria que não haveria mais dor, ninguém o machucaria mais, ela o beijou de leve nos lábios e se deixou cair num sono profundo nos braços de quem amava tanto e que protegeria com sua vida se preciso fosse.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Gente gostaria de saber se alguém aqui vai acompanhar a gente no lançamento do primeiro livro da? Quem puder comenta ai se vai ok? Bjs