Cronicas de Skyrim- Raed o Redguard. escrita por Jonasdeth Santos Oliveira


Capítulo 5
Dias de Espera


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, mas não tirei sonho de continuar essa historia e outras de outros gêneros.



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Passaram se alguns dias ate que a chegasse retorno da mensagem de Riften ate lá aconteceram muitas coisas, além de se estabelecer mais com o local e cultura de Skyrim, coisa superficialmente arranhada em um povoado pequeno.

Liv como prometera os hospedou em uma casa que tinha no subúrbio e servia de deposito para suas mercadorias. Tinha camas, e utensílios para que pudessem se acomodar. Pela manha como programado Faendal partiu guiando os guardas que iram se alocar em Riverwood. Também pela manha teve o retorno da patrulha enviada para conferir a torre e com isso pode receber sua recompensa que encheu seus bolsos.

Com os bolsos cheios ele foi guiado ate uma ferreira que tinha sua loja na entrada da cidade. Raed entregou sua armadura para fazer um reforço com aço nos ombros e punho. Também trocou sua espada de ferro por uma longa e mais resistente de aço. Uma ótima espada e ele deixou transparecer sua satisfação fazendo alguns golpes no ar. Sua duvida porem era se devia usar ela presa as costas ou em sua cintura. Por fim comprou também uma adaga media e algumas facas de arremessar.

Liv o mostrou a cidade que agora no inicio da manha parecia mais viva do que nunca.

—A localização de Whiterun facilita muito o comercio. Eventualmente, todos acabam passando por aqui. –Indicou Liv em quando caminhavam ate os portões.

—Para onde esta me levando Liv?

—Ora, Ora. Achei que você quisesse um cavalo. –Respondeu ele sorrindo e acariciando sua grande barriga como de costume.

Atravessaram o portão e o pátio que separa o principal de outro portão, servindo de um corredor de proteção. Pessoas iam e vinham com carroças ou só transitando. Whiterun era uma cidade muito viva.

Seguiram para fora, mas não para muito longe, pois os estábulos ficam logo na entrada da cidade. Pegaram uma pequena fila para vê os cavalos. Alguns estavam fechando compras. Raed olhou sua bolsa que estava recheada, mas que podia muito bem balançar ao vento dependendo da barganha na qual se meter. Para sua sorte estava acompanhado de um comerciante.

Quando chegou sua vez o comerciante saudou Liv com um aperto de mão e sorriu para Raed. Foi possível notar a ausência de alguns dentes. Raed ficou imaginando divertidamente se alguns deles foram perdidos devido a coice de algum cavalo.

—Ora, ora. Veio atrás de um novo cavalo Liv?- perguntou o vendedor de cavalos, antes de dar uma cuspida no chão que saiu com enorme volume, talvez devido ha falta dos dentes.

—Sim e não. O meu amigo aqui. –Disse ele mostrando Raed. – Precisa de um cavalo. Precisa ser um cavalo forte que aquente longas distancias, e também que não seja medroso. E por favor, caro colega, poupe o trabalho e nos leve aos de qualidade. Sei que precisa vender todos e sua demanda esta elevada. Então nos poupe dos cavalos inferiores.

Ele os direcionou ate um ponto mais afastado do seu campo mostrando alguns cavalos que qualquer leigo notaria ser de qualidade. Seus pelos brilhavam e era possível ver os músculos da sua pele. O vendedor notou o olhar de Raed para um garanhão Negro.

—Este aqui é o Bucefalus, um dos mais fortes que tenho.

—Ele parece ser um bom cavalo, mas estamos procurando algo mais acessível- Falou Liv intervindo. Raed ficou em silencio, afinal o comerciante era ele.

O vendedor levou um cavalo de pelagem mista, branco com manchas pretas.

—Que tal o Pegaso? Ele é mais Jovem, mas é muito resistente e tem um bom preço.

—Parece uma boa escolha. Podemos da uma olhada? – Dessa vez foi Raed que tomou a frente.

—Claro, Claro fiquem á vontade. Ele é um cavalo muito bom, tenho certeza que irão gostar.

Liv se aproximou coçando a barba e então a barriga, deu voltas avaliando o animal. Raed o seguia atento.

— Quanto custa? – Perguntou

—Dois Mil septins.

—Loucura. Não vale isso. Nem em tempos de guerra.

O vendedor entrou em defesa do seu cavalo.

—Ah Pegaso! Ele é realmente um cavalo especial. Ele é forte, muito forte. Olhe esses músculos são bem desenvolvidos, o que permite carregar muito peso por longas distancias sem se cansar. È um cavalo resistente vai manter um ritmo por horas a fio, o que é ideal para viagens longas.

Liv ficou alisando seu cinto na protuberante barriga.

—Pago Mil septins.

—Não, não. Dois mil ou sem negocio.

—Mil e levo agora.

Liv já enfiava uma bolsa pesada na mão do vendedor de cavalos. Raed tentou falar algo, mas Liv o silenciou.

—Considere como um investimento para minha proteção nessa viagem.

Raed permaneceu em silencio observando a armadilha em que tinha caído. Agora ele tinha uma divida com Liv que teria que pagar. Raed o considerava um amigo, mas não deixava de ser uma comerciante filha da mãe por causa disso.

O vendedor de cavalos teve que aceitar. Raed passou a acompanhar Liv no mercado como uma espécie de guarda costas. Foi em um desses encontros que conhecem Nazeem um Redguard que nem ele, mas que estava claro que não viveu ou cresceu em Hammerfell, vestia-se pomposamente e com nariz empinado. Julgou Raed de cima a baixo quando viu.

—Não sabia que estava contratando Ratos do deserto para rondar suas mercadorias Liv

Nazeem falou com desdém, Raed ignorou. Liv sorriu, mas sepodia ver o sorriso amarelo.

—Conheça meu amigo Raed. Um conterrâneo seu. - Nazeem levantou a mão interrompendo Liv.

—Aquela terra nunca foi meu lar.  E também não tenho interesse em conhecer ninguém de lá. O que tem hoje mais de umas de suas porcarias acredito.

—Nazeem. Se não gosta das minhas mercadorias pode seguir adiante. – Falou Liv calmamente.

—É assim que trata seus clientes?

—Você não é cliente Nazeem. È só um arrombado de merda que se acha melhor que os outros.

Jogando uma taça que estava não mão de volta a bancada saiu bufando, Liv riu e Raed o acompanhou vendo o pomposo Redguard se afastar.

Outro passatempo que adquiriu em seus dias de Whiterun era de visitar a sede dos Companios. Eram guerreiros mercenários de Elite que tinham sua sede na parte elevada da cidade, construída ao redor da lendária forja Skyforge. Seu interior era destinado a convidados. Mas ao fundo havia bonecos de treinos e alvos e ele podia sempre acompanhar seus treinos. Foi ali também que descobriu um jovem nórdico que se recuperava apesar de treinar também, que mais tarde descobriu que sobreviveu ao ataque de Helgen. O mesmo que viu passando naquela noite para Riverwood.

Não sabe se foi o jeito dele, mas algo o incomoda, talvez fosse apenas um sentimento sem sentido de antagonismo por ele esta fazendo parte daquele grupo seleto, mas não sabia explicar. O grupo era composto em maioria por nórdicos. Existiam os irmãos gêmeos Farkas e Vilkas. Raed nunca tinha visto irmãos tão grandes e tão rápidos como eles. Vilkas parecia estar sempre irritado, em quanto Farkas tentava manter uma calma aparente, mas era possível ver uma brutalidade em seus gestos, e da maneira como lutava deviam ser adversários excepcionais. Existia Skjor um dos membros mais velhos, só talvez menos velho do que o líder deles ou Vignar outro nórdico, também tinha a característica de possuir apenas um olho, o que não devia o impedir em nada pela sua postura. Havia outros membros, com destaque para Ria que era uma Imperial e Athis que era um Dunmer. Esses dois últimos sempre o estimulavam a conversar e ver os treinos e o cumprimentava sempre que chegava e ate dava dicas sobre a vida em Whiterun e Skyrim.

Mas quem mais chamou sua atenção foi Aela, uma nórdica. Ela era uma arqueira habilidosa e uma guerreira tão boa quanto. Tinha uma beleza selvagem com aqueles cabelos ruivos. E parece que ele havia chamado sua atenção também, pois um dia ela o procurou.

Voltando no escuro pelas ruelas de barro, pois só a rua principal era calçada a estilo do império. Raed que se dirigia a casa onde Liv o havia lhe acomodado, se surpreendeu ao escutar um silvo.

Seu instinto fez o pular para lado direito, pois escutou vindo pelo seu lado esquerdo, e se abaixou girando sacando a adaga.

—Esse não é reflexo de um mero caçador. Você é um guerreiro. – Falou uma voz nas sombras.

Primeira coisa que reparou foi em seus olhos amarelos. Depois com atenção pode notar que alguns deles não todos tinham olhos amarelos, o que fez desconfiar que houvesse algo magico neles. Raed olhou por cima do ombro e viu a flecha na madeira, notou de imediato a distancia que passou dele, nunca houve um perigo real.

—Você faz jus ao seu nome. Conseguiu colocar efeito na flecha para confundir os sentidos.

—Estava interessado em saber quem seria você. Agora me despertou ainda mais o interesse era um guerreiro do exercito?

Ela o circulava ele notou que ela fungava parecendo que estava analisando seu cheiro. Ele guardou a adaga ficando imóvel. Ela parecia uma predadora circulando sua presa.

—Mercenário e depois um pequeno momento como Alik’r. – Ele a olhava pacientemente.

Ela se aproximou dele, tal ponto que corpos se colaram. Ele pode sentir seus pequenos seios pressionando contra seus músculos e ela sorriu com malicia.

—Você pode me ser útil. – E então se afastou. - Apareça no treino amanha. Eu tenho um contrato em suas terras, seria bom eu obter algumas dicas sobre o território. – E  então foi embora, arrancando a flecha da madeira antes de desaparecer em um pego.

E ele foi. Aela era divertida, provocativa e profissional. Ela conversou com ele no dia seguinte por horas, mas apesar de haver certo flerte ela perguntou muito sobre os terrenos e perigos do deserto. Apesar de ter demonstrar um ar de desinteresse ela prestava atenção em cada detalhe fazendo perguntas pontuais. Depois prometeu dar dicas a ele e deixar treinar com alguns deles.

As dicas foram valiosas, mas o treino só durou 3 dias, pois um belo dia um empregado Liv veio o chamar após o anoitecer para dizer que um mensageiro voltou de Riften.

Eles foram à taberna do Caçador Bebado. Que ficava próxima a entrada da cidade e era menos movimentada que a estalagem na praça principal. Liv constantemente o convidava para beber ou para comer ali sempre que estava na cidade. A taverna estava quase sem ninguém devido a estar próximo ao horário em que o taberneiro encerrava suas atividades. Em um canto como sempre, estava a mercenária Dunmer que voltara de mais um dos seus trabalhos. Periodicamente ela sumia escoltando mercadores ou viajantes ate certos pontos. A Dunmer fez uma cara feia para Raed .O taberneiro uma vez o confidenciou que ele ter eliminado os bandidos da torre, facilitou seu trabalho, diminuindo assim sua remuneração. 

Liv estava no fundo bebendo em quanto era acompanhado por um jovem com roupa suja do pó da estrada e que comia uma tigela de maneira desesperada, o que levou  Raed a imaginar que ele devia ter acabado de chegar de viagem.

—Me convidou mais uma vez para beber Liv? – Raed escolheu a cadeira disponível bem em frente ao faminto homem.

—Claro meu amigo. Mas acredito que gostaria de ouvir o que rapaz tenha dizer. Engula sua comida e repita o que me disse Jovem. –Ordenou Liv com aquela voz autoritária de um mercador para com seus empregados.

O jovem engasgou. Deram pancadas com seu punho fechado no peito ate que por fim conseguiu engolir com dificuldade, bebendo logo em seguida para ajudar a terminar o serviço.

—Achei o Redguard que me ordenou em Riften. Não foi fácil. – Raed nada disse, mas se inclinou para frente prestando atenção no Jovem. – Encontrei mais facilmente foi o rapaz de Rorikstead. O Eryk. Ele esta no castelo da Dawnguard, depois da saída de Riften entre as montanhas.


—Foco jovem. – Pediu Liv.

O jovem bebeu mais um gole de bebida.

—Então ouvi o boato de que um Redguard foi visto com Brynjolf. Todos de Riften conhecem os boatos sobre ele a fictícia Guilda de Ladroes. Eu tentei segui-los pelo esgoto durante dias ate ver eles certa vez saindo deles. Seja como for ele esta sobre proteção desse nórdico e aparenta estar bem.

—Muito Obrigado Jovem, seu pagamento esta na mesa. Raed venha comigo.

Saíram para as ruas quase deserta da cidade. Ha essa hora portões estavam fechados, mas a rua principal estava quase vazia então podiam conversar aos cochichos.

—Isso é uma ótima noticia Raed.

—Como poderia ser? –Questionou ele olhando a meia lua no céu e depois voltando a sua atenção ao comerciante.

—Todo grande comerciante e com negócios expandidos – Pigarreou – Já teve algum serviço com a Guilda. Claro que não estão na sua melhor fase, mas ainda assim são eficientes. Se ele esta sobre a proteção de Brynjolf não tem o que se preocupar. Podemos ir para Windhelm e depois pode ir para Riften. Irei mandar carta para alguns amigos, e garantir que seja recebido ao chegar à cidade.

—E eu tenho escolha? Firmamos um compromisso tenho que te escoltar.

—Perfeitamente. – batendo em sua barriga gorda Liv sorriu. - Agora vá descansar, teremos um longo dia amanha. Vou dormir  na estalagem da praça hoje. Já mandei meus empregados empacotarem as mercadorias. Partimos assim que possível.

E então o velho comerciante se despediu, deixando Raed pensativo, imaginando sobre seu irmão antes de partir para casa que estava hospedado.


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Notas finais do capítulo

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