I hate you, Potter! escrita por WeasleyGirl


Capítulo 16
Mudanças necessárias


Notas iniciais do capítulo

ME DESCULPEM! Sei que prometi postar antes mas além do Nyah não postar no dia programado, quando reli o capítulo decidi mudar algumas coisas. SIM, VAI TER SEGUNDA TEMPORADA! Refleti muito sobre isso e decidi que vou fazer uma temporada falando de como vai ser quando eles voltam pra Hogwarts e qual vai ser a influência de Voldemort na vida deles. Espero que gostem desse capítulo, ele é a porta de entrada pra 2 temporada.



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Cidade próxima à casa de Marlene, verão de 1975.

 

Lily Evans

Quando a Lene se sentou eu me virei pro James e o vi engolir em seco.

— O que você fez?

— Lily, eu conheço o meu amigo, sei que ele não iria fazer nada se ninguém o obrigasse a isso. - James disse segurando a minha mão.

—E como exatamente você o obrigou a isso? - Eu perguntei séria.

—Gente, enquanto vocês resolvem os detalhes nós vamos nos aproximar da praça pra ver se está tudo bem com o Sirius e a Lene. - Remus disse com um sorriso amarelo. Provavelmente pressentia a briga.

—Valeu, Rem, nós vamos indo pra casa. - James disse enquanto observamos Rem e Dorcas subirem a rua de mãos dadas.

—Achei que nós éramos uma dupla,  James. - Eu disse quando começamos o caminho para casa.

—Honestamente, Lily, eu acho que você está exagerando.

—Exagerando? Então porque não me conta logo o que você fez para que o Sirius aparecesse aqui do nada totalmente disposto a ter uma conversa com a Lene depois de fugir dela que nem um idiota? - Eu parei e cruzei os braços. Não conseguia andar e brigar ao mesmo tempo, e por mais que eu quisesse esperar até em casa para discutir isso, não conseguia. Achei que James e eu estávamos sendo aquele tipo de casal companheiro, que confia um no outro e tudo mais, e sei que se ele não me contou o que fez, foi algo ruim.

—Bem… digamos que eu tenha entrado no quarto de vocês e encontrado uma carta que a Lene escreveu pro Sirius… - Ele disse coçando a cabeça, envergonhado.

—Eu sei que carta é essa e não tem como você ter casualmente encontrado ela. A Lene esconde aquela carta numa caixinha que está escondida embaixo da cama.

—Se nós dois achamos não está tão bem escondida assim, né? - Ele disse e vi que ele não achava errado o que tinha feito.

—Você entrou no quarto da Lene, mexeu nas coisas dela e enviou sem a permissão uma carta de amor que ela escondia e acha que isso não é nada demais? - Eu perguntei sentindo o sangue subir nas minhas bochechas.

—Qual é, Lily! Deixa de fazer tempestade em copo d’água. Foi só uma carta.

—James, você não tem direito de manipular a vida das pessoas assim. Se a Lene quisesse enviar a carta, ela teria enviado. Você não pode invadir a privacidade de alguém e manipular as coisas desse jeito.

—Pelo amor de Merlin! - Ele disse começando a perder a paciência. - Para de fazer drama! Era só uma carta, Lily! E agora eles estão conversando e provavelmente vão se resolver!

—Mas e se eles não se resolverem? Você não é o rei do mundo para saber o melhor pra todos, James! As pessoas tem direito à privacidade e você não pode ficar decidindo as coisas por ninguém. Você não devia ter feito isso. Principalmente não pelas minhas costas.

—Eu não te contei porque sabia que você ia reagir desse jeito. - Ele disse como se fizesse todo o sentido do mundo.

—Então sempre que fizer algo que não me agrada você vai me esconder e agir como se nada tivesse acontecido?

—Se for para o bem do grupo, sim. - Ele responde sério e começo a me entristecer. James não me entende.

—E quem é você para dizer o que é melhor pro grupo? Você não é Merlin, James. Deixe as pessoas tomarem as próprias decisões.

—Um maroto sempre toma conta do outro. É a nossa lei.

—Pode funcionar para vocês quatro mas agora não são só os marotos que estão em jogo. Não vou deixar você manipular minha melhor amiga em nome dos marotos.

—Lily, eu só mandei a droga de uma carta…

Antes que ele pudesse terminar de falar minhas borboletas apareceram. O feitiço estava fraco então elas estavam sumindo e voltando. Olhar pra elas me lembrou como eu estou apaixonada por James e o quanto eu me importo com ele. Respirei fundo e tentei me acalmar, precisava ser racional.

—James, eu estou apaixonada por você. - Estava tentando achar as palavras certas para que ele entendesse porque eu fiquei magoada. - Sempre brigamos muito e tivemos um longo caminho até aqui.

—Eu sei disso, Lily. Odeio brigar com você. - Ele diz puxando uma das minhas mãos e entrelaçando nossos dedos.

—Eu também, James. E o motivo das nossas brigas sempre foi essa sua irresponsabilidade. Você não pensa nas consequências! Nós brigamos desde os 11 anos por isso. Eu quero muito que o nosso relacionamento dê certo mas para isso eu preciso confiar em você! E como eu posso confiar com você fazendo coisas assim pelas minhas costas?

—Eu… só queria ajudar Sirius, Lils. Ele é meu melhor amigo, ok?

—Eu sei, James, mas você não pode colocar as pessoas que você ama em um pedestal e fazer tudo por elas sem pensar nas consequências. E se Lene e Sirius só se magoarem? Na carta pode ter muitas coisas que ele não estava preparado pra ouvir ou que ela  não estava preparada pra expressar. Você pensou nisso?

—Não. - Ele disse abaixando a cabeça e soltando minha mão.

—Você às vezes age como se tivesse crescido e às vezes age como uma criança de 13 anos que precisa de atenção. Não quero namorar com o James que fazia aquelas coisas com o Snape…

—Lily, ali era diferente, ele também aprontava comigo. - Ele se sentou na beira da calçada e eu me sentei ao lado dele.

—Estão havendo cada vez mais rumores sobre um Lorde das Trevas… até Dumbledore está preocupado. Se esses rumores forem verdade nós precisamos crescer e fazer algo em relação a isso. Está tudo ótimo com a gente enquanto estamos aqui na Lene mas como vai ser quando voltarmos pra Hogwarts?

—As coisas mudaram, Lils. Eu sei que fiz muita besteira em Hogwarts mas eu mudei. Por você. - Ele me olhou e eu suspirei.

—Nunca quis que você mudasse por mim, James. Se você quer mudar que seja por você. Que seja porque você acha que o que você estava fazendo era errado. Que seja porque você quer crescer e se tornar um bom homem.

—Eu… vou tentar, Lily.

—Se nós voltarmos pra Hogwarts do mesmo jeito que saímos nós não vamos dar certo. E eu… quero muito que dê certo.

—Eu também, amor. Vamos tentar ser pacientes um com o outro, certo?

—Você força minha paciência, Potter. - Eu disse brincando e entrelaçando nossos dedos.

—Bom, é o mínimo que eu posso fazer já que você acabou minha audição com seus gritos. - Ele disse enquanto me puxava para irmos pra casa.

—Que audácia sua dizer isso, eu sempre falo baixo, sabe.

—Hanram. Se você diz. - Ele falou com cara de paisagem e dei um tapa no seu braço.

Ficamos rindo e implicando um com o outro por um tempo e eu percebi que James Potter vale o esforço. Vale cada briga, cada brincadeira, cada beijo, cada sorriso maroto.

—James… nós vamos fazer dar certo. - Eu disse interrompendo a fala dele e o beijando.

—Claro que vamos, Lil. Jajá você será a Sra. Potter e vamos ter um filho que vai ser igualzinho a você. Podemos chamar ele de James Potter Segundo.

—Merlin me livre de outro James Potter, um já é mais que suficiente. E aliás, já sei o nome do meu filho, decidi com Petúnia quando éramos crianças.

—E qual é esse nome que você acha mais bonito que James?

Estavamos na frente da casa de Marlene e olhei pra ele enquanto abria a porta.

—Harry.

 

Remus Lupin

 

Essa estava sendo a melhor noite desde que Sirius foi embora. Estávamos todos reunidos na sala da casa de Lene e James havia roubado um whisky de fogo do estoque secreto do pai dele.

—Amor, eu acho que estou bêbada. - Dorcas disse se jogando no meu colo.

—Doe deixa de ser fraca! Você só bebeu dois copos! - Lene estava sentada no colo de Sirius e eu já havia perdido as contas de quantos copos ela tinha tomado.

—Não é porque você bebe whisky de fogo como um kappa que passou um mês no deserto não quer dizer que as outras pessoas sejam assim sabe? - Lily disse enquanto bebericava o copo. James estava do lado dela preparando as doses que ele ia disputar com Sirius.

Me escorei no sofá e observei meus amigos. Nunca imaginei que eu poderia ter amigos, quem dirá uma namorada. Sorri satisfeito e dei um beijo na cabeça de Dorcas, que ja tinha adormecido.

—E esse sorrisinho, Aluado? - Sirius perguntou com um sorriso maroto.

—Me dê uma dose dessas, Jamie. - Eu estendi a mão pro James que me olhou bravo. - Você tem que superar essa agonia com seu apelido, Jamie. —Falei arrastado e o Sirius estendeu a mão pra um high five.

—Aluado bebe dois copos e já fica espertinho. Talvez devêssemos deixá-lo bêbado toda hora, Jamie. — Sirius disse rindo e brindamos as doses. Senti a ardência agradável do álcool e sorri.

—Só assim ele reclamaria menos com a gente. - James disse deitando no sofá.

—Ele não precisaria reclamar se vocês se comportassem. - Lily disse enchendo um copo com água.

—São os marotos, Lily. Coisa errada é o lema deles. - Lene disse virando o que restava no copo dela.

—Na verdade nosso lema é… - Olhei pros meninos e contamos até três pra falarmos na mesma hora. - JURO SOLENEMENTE NÃO FAZER NADA DE BOM.

Começamos a rir e acabei acordando Dorcas sem querer.

—Do que vocês estão rindo? - Ela perguntou se sentando. O cabelo estava todo bagunçado e ela parecia acabada, mas estava muito linda pra mim.

—Marotos, Doe… - Lene disse revirando os olhos.

—Nem tente entender. - Lily completou rindo enquanto James se jogava em cima dela e fechava os olhos.

—Rem, me leva pra cama. - Dorcas disse e sorri malicioso.

—Valeu, Remus! - Sirius gritou e levou um tapa de Marlene.

—Quer me deixar surda, Black? - Ela gritou enquanto ríamos da cara dele.

—Adoraríamos ficar e conversar, mas vocês ouviram não é mesmo? - Eu disse levantando e puxando Dorcas. A coloquei no colo e senti que ela estava rindo.

—Meninas arrumem outro lugar pra dormir porque o quarto vai ficar ocupado. - Ela disse piscando pra Lene que aplaudiu.

—Só vai, garota! - Lene gritou rindo e colocando mais bebida no copo.

Saímos da sala rindo e chegamos no corredor. Apertei mais o corpo da Dorcas e ouvi seu suspiro.

—O quarto vai estar ocupado é?

—A noite inteira.

—A cada vez você me surpreende mais, Meadowes.

—Vou levar como um elogio, Lupin.

Chegamos no quarto e a coloquei na cama. Fechei a porta com o pé e tirei a camisa, avançando pra cima dela. Beijei seu pescoço e quando senti que ela estava arrepiada sussurrei baixinho:

—Agora é minha hora de te surpreender.

 

Lily Evans

 

Assim que Dorcas e Remus subiram Marlene e Sirius começaram a se engolir e eu tentei acordar James.

—James… Levanta vai… - Eu disse baixinho.

—Hmm… - Ele gemeu baixo e vi que estava bem bêbado.

—Quantas doses você bebeu, Potter? - Perguntei séria imaginando como o levaria pra cama.

Ele não me respondeu e me inclinei pra ver quanto tinha na garrafa. Minha surpresa foi ver que não tinha apenas uma garrafa e sim quatro. Todas vazias.

—Ai, James…

Como Dorcas e Remus estavam no nosso quarto decidi que dormiria na sala com James e mandaria Sirius e Lene pra casa dos Potter.

—Vão pra casa dos Potter! - Eu disse gritando bem no ouvido deles, só assim pra eles me darem moral.

—Credo, Lily, tenha pena dos meus ouvidos. - Lene disse se levantando.

—Vocês não tiveram pena da minha visão. Agora vão embora. Xô! - Eu disse empurrando Sirius.

Eles dois saíram e eu subi para pegar cobertores no armário. James não ia se mexer nem tão cedo então peguei vários travesseiros e cobertas macias pra deixar ele confortável. Voltei pra sala e vi que ele não havia movido nem um músculo. Peguei um travesseiro e levantei a cabeça dele para colocar embaixo e ele abriu os olhos.

—Oi, dorminhoco. - Eu ajeitei o travesseiro e dei um selinho nele.

—Dorme aqui comigo. - Ele me puxou e ficamos apertados mas quando eu puxei a coberta percebi que nunca me senti tão bem.

—Amo você, Lily. - Ele sussurrou no meu ouvido.

—Também amo você, Potter. - Eu respondi e beijei o olho fechado dele.

 

Albus Dumbledore

 

Bebi mais um pouco de chá enquanto relia a carta que tinha acabado de chegar. Mais uma família trouxa havia sido assassinada. Peguei uma varinha de alcaçuz e mastiguei enquanto levantava pra jogar a carta no fogo da lareira. Ainda havia o resquício de mais duas cartas iguais a essa que eu tinha recebido essa semana, todas de um lugar diferente, porém todas com a mesma marca.

—O que você planeja, Tom? - Perguntei em voz alta mas minha única resposta foi o silêncio do meu escritório. Não havia mais ninguém em Hogwarts, ninguém poderia me responder. Mas sei mesmo que tivesse alguém, não conseguiria. Ninguém nunca realmente entendeu o jovem Tom Riddle.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? COMENTEM E ME ILUMINEM! Dumbledore finalmente apareceu aaaa
Espero que tenham gostado, até o próximo! ♥



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