Sempiternum — A Maiêutica das Estrelas escrita por Cervello


Capítulo 10
Werther


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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I

Caro amigo,

Por vezes, eu gostaria de morrer. É, eu sei, você não deve estar surpreso. Das vezes em que eu não queria estar de pé, na frente de todos; das vezes em que eu sabia que me encaravam, mas não sabia como reagir; de todas as vezes que a simples ideia de falar com alguém me assombrava... eu sempre pensei que estar morto resolveria tudo isso. Que a vida não foi feita para comportar alguém como eu... ou eu não fui feito para comportar a vida. Tal ideia jamais me assustou. Flerto com ela com certa frequência, quando tudo ao meu redor se dilui, como quando a maquiagem de uma linda bailarina borra em seu pranto, e os seus ossos quebram em uma queda fatal.

Acontece que todos que já pensaram em se matar tiveram um bom motivo para não o fazer. Gosto de pensar que não são só os remédios, que fazem a vida ficar um pouco mais colorida, mesmo que forçosamente, mas que seja algo a mais: o fato de eu ainda me importar com as pessoas que se esforçam por mim.

Jeong. Luanna. Rebeca. Manibus. Eu não me perdoaria em fazê-los sofrer... não quero abandonar a vida deixando um rastro de dor para essas pessoas. É isso que me prende a ela - e que me prende a você.

Esse é o clichê do suicida, e como todo clichê, um dia ele estará datado. Um dia, talvez, eu deixe de me importar com essas pessoas. Quiçá tudo fique amargo... e eu não mais consiga sentir empatia.

Eu preferiria nunca ter existido; estaria poupado; não me sentiria... encurralado entre não querer viver, e não morrer para não causar mais sofrimento. Era melhor não ter nascido.

Já estou prolongando demais essa carta. Sim, é uma carta, espero que cuide bem dela. Não costumo escrever coisas assim. Ah, e não se preocupe (se é que você se preocupa) ...

Creio eu que ainda não estou morto.

Do seu frágil e pobre
           Vince.

II

Finalmente vi o rosto aturdido de Manibus e suas mãos tremendo enquanto seguram o meu rosto; eu nada ouço, mas vejo a sua face se deformar em desespero e a sua boca exigir explicações.

Só que ele não precisa de explicações. As outras pessoas talvez sim; Jodi e outros funcionários do instituto, confusos, porém precisos em desamarrar e socorrer meus dois amigos, que estão mais pálidos do que costumam ser. Essas pessoas devem perguntar o que aconteceu, mas eu não posso ouvir, e não consigo responder.

Não demora que eu seja levado à enfermaria, ou pelo menos é onde penso que ele pretende me levar. Sua voz deixa de ser uma massa disforme e começa a cortar minha mente, tamanha a dor que sentia, dizendo coisas como:

— Por que não me consultou?!

— Por que não me avisou sobre o que estava acontecendo?!

— Por quê?! Por que, Vince, por quê?!

Mas aquilo não me afetou de começo. Eu havia feito algo triunfal, e um dia ele talvez compreendesse isso. Bem, eu já entendia... é um avanço. Rebeca se orgulharia, se eu pudesse confessar a ela.

As pessoas no caminho me encaram, atônitas, deixam cair suas coisas, ficam boquiabertas, pálidas... em parte porque estou sangrando, a outra parte porque estou fora do meu dormitório. Elas não são mais borrões; por alguns segundos elas não o são. Eu vejo seus rostos, e isso não me assusta... vejo que sorriem antes de me ver. Vejo que os olhos se arregalam, as sobrancelhas levantam, a cor muda... e isso é tão ou mais surpreendente que descobrir que eu consigo soltar fogo pelas mãos.

Tudo é um retrospecto; e as árvores, os paralelepípedos, as paredes, os pilares, os quadros com os antigos docentes de Sempiternum se diluem na minha mente quando adentro a enfermaria, e desmaio em cima daquela maca fina e desconfortável.

III

Sim. Eu tenho desmaiado muito. Mas o que você esperava de uma história cujo protagonista sequer consegue sair de seu dormitório, e ainda assim é levado a matar caninos extraterrestres? Não cobre tanto de mim.

IV

Tudo está completamente escuro quando ouço as primeiras palavras cortarem meu sono. Antes disso, sinto parte da minha audição parcialmente interrompida, não cessando-a de pronto, mas dificultando-a significativamente.

Até que me lembro... parte de minha cabeça está enfaixada, cobrindo o buraco pelo qual agora eu ouço. Um frescor envolve minha orelha fantasma, mas não sinto tanta dor, apesar disso.

Agora... ao que realmente te interessa:

Ambas as vozes são inconfundíveis: Manibus e Anistia conversam naquele exato momento; o segundo é incisivo, rígido. O primeiro demonstra uma espécie de docilidade, como se tivesse acabado de cometer um crime. É, de certa forma, Bernardo não tem sido um mentor de se dar inveja.

— Não — branda Anistia, quase tirano — não consigo crer que isso tenha sido um surto qualquer. E me surpreende que você queira me convencer disso.

Um breve silêncio. O velho professor prossegue.

— Eu sabia que havia algo estranho. Ele tinha me desafiado mais cedo — e depois, quase que à parte — isso não pode estar acontecendo...

— Não exagere — Manibus interrompe — a qualquer momento Vince iria se lembrar dos seus dons. E isso poderia fazê-lo criar coragem para sair de casa e...

— E pilhar o depósito da biblioteca? — Não consigo ver, mas tenho a nítida impressão que o professor mais velho se aproxima do outro — o que ele estava fazendo lá?! O que de fato aconteceu?!

O quê? Ele não viu o cadáver do Lobo?

— Por que pergunta para mim? Quando cheguei lá, já estava tudo destruído.

— A orelha dele... o que aconteceu com a orelha dele?!

— É trágico — reconhece Bernardo — mas uma hora ou outra seus surtos iriam ocasionar em algo assim, que nem Rebeca pôde prever...

Ouço um respirar profundo e quase que violento (na medida que um respirar consegue sê-lo) da parte de Anistia. Sinto eles se afastarem.

— Eu falarei com ele, tentarei convencê-lo a falar alguma coisa — diz o professor de ética, com um pouco mais de dignidade na voz — Jeong e Luana também não sabem o que aconteceu, e se sentem péssimos com isso tudo.

— Vince não devia se lembrar da Luana.

— Eu não disse que ele se lembra.

— Bem, ele disse o contrário.

Silêncio sepulcral.

— Bernardo, Vince não poderá ficar nesse instituto. É inviável. Mas discutiremos isso melhor no conselho... eu espero que dessa vez você compareça.

Sinto a obediência de Bernardo emergir novamente.

— É claro. Mas, Anistia... me permita dizer que, ao meu ver, isso não foi mesmo nada. Não no sentido que o senhor está pensando. Claro que Vince terá que restituir os estragos que fez, mas isso não é nenhum sinal de que ele se lembra de alguma coisa. Por favor, considere isso.

Ouço passos em minha direção; logo em seguida, o som de folhas de papel se movendo, e é difícil não distinguir o som leve e familiar: a Agenda.

— Encontrou alguma novidade? — Diz a voz velha e afônica.

— Nada além de citações dos livros que ele anda lendo. O último foi Werther. Posso ler a citação para você, se quiser...

— Não é necessário. Minha palavra se mantém.

Ouço os passos estabelecerem distância entre os corpos, para logo em seguida cessarem.

— Bernardo, se por algum acaso você quiser me falar alguma coisa que tenha, por acaso, esquecido... serei todo ouvidos.

Enfim, os passos persistem até evanescerem no horizonte da minha audição. Anistia não está mais lá, sinto isso na mudança de aroma no ambiente. Tenho a estranha sensação que o professor remanescente me fita.

— É — uma terceira voz. O quê? E ainda assim é uma voz familiar — parece que a gente tem pouco tempo. Ou nenhum.

Ivre! O que ela faz aqui?

— A culpa não foi minha — o professor responde depois de alguns segundos em silêncio — eu fiz tudo como planejado. Não revelei demais, fiz de tudo para acalma-lo! Mas ele decidiu fazer tudo por conta própria...

— Você não conseguiu matar o Lobo. Vince, sim. Ele conseguiu fazer isso, não acha que está na hora dele despertar por completo?

— Não — a frustração crescente em sua voz — não devemos nos iludir assim. O Lobo não poderia estar com toda sua força depois de ter fugido do meu feitiço. Ele morreria mais cedo ou mais tarde...

— Não tire o mérito do rapaz!

— E você pare de achar que ele está completo só porque matou uma criatura! Isso... isso não é nada.

— Ainda assim, o que vamos fazer? Anistia quer adiantar o conselho. Quando isso acontecer, Vince será expulso do Instituto... ou ele desperta, ou...

— Pare de pressionar! Você só deveria cuidar dele, afinal de contas.

— Não. Esse não é um serviço só meu, Bernardo. Se você não consegue lidar com o seu trabalho...

Neste momento, me vi obrigado a acordar — ou melhor, parar de fingir que estava dormindo — não para apaziguar ambos os lados, mas para pelo menos não assistir aquela troca de farpas naquele momento. Quando me sento na cama, com dificuldades, sinto uma ardência no peito e no abdômen, junto a um frescor, que são as ervas presas as minhas feridas. Minha cabeça também lateja quando vejo a enfermaria, tal como Manibus e Ivre... é de fato ela, seu cabelo lilás inconfundível forma um belo contraste na paisagem acinzentada no lugar.

— Bom dia, garoto. Ou melhor, boa tarde. Que coisa, nós dois aqui novamente...

— Por que você está aqui? — Corto-a, com a paciência extorquida pelo latejar em minha cabeça.

— Eu trabalho aqui, moleque — ela vocifera, no mesmo tom cortante — você não se lembra do rosto nem da sua enfermeira, certo? Pois bem. Memorize bem esse rosto — nisso, ela se aproxima de mim, e eu vejo...

Vejo que seu rosto está repleto de sardas que de longe não consigo ver; que seus olhos são grandes, amendoados, profundamente negros, hipnóticos; ela tem uma espécie de piercing no nariz, e sua boca, a essa altura, parece enorme... senão pela Rebeca, nunca estive tão próximo da boca de uma mulher...

Todos esses pensamentos cruéis se esvaem quando Manibus a puxa de volta. Impaciência impera no lugar.

— Vince — o professor se aproxima, mas não agressivo, e sim empático — por que fez isso?

Só que não cairei nessa tática de novo.

— Porque você não deu conta de fazê-lo — digo isso, logo antes de sorrir.

Consigo ver seus punhos cerrarem enquanto Ivre esconde uma risada. Ele dá as costas para mim, coçando a cabeça. A enfermeira faz um sinal de aprovação. Dessa vez, sou eu quem corto o silêncio:

— Por que Anistia não sabe do Lobo?

— Ah, então você ouviu tudo? Muito esperto da sua parte...

— Me responda. Eu tenho direito de saber.

— Os corpos dos var’croz apodrecem numa velocidade absurda comparada a nossa. Bem, ou isso, ou magia, como sempre. Tive tempo apenas de vê-lo se tornar pó. Ninguém mais o viu. Claro, ninguém menos seus dois camaradas. 

— Onde eles estão?

— Eles não disseram nada ao Anistia. Disseram que foram te ajudar, não que tinham sido sequestrados... pedi para que Jodi e os outros não falassem nada também...

Onde eles estão?

— Eles estão bem.

— Por que está desviando? Você disse que quer me despertar, mas agora tem medo de me responder uma simples pergunta. Qual o problema, professor?

Novamente, ele vem até mim, e Ivre vem logo em seguida, agarrando-o pelo sobretudo, impedindo que chegue mais perto e pedindo para que ele pare. Mas ele continua:

— Se você quer saber de tudo, me peça mais uma vez, que eu lhe respondo. Mas saiba que não será nada recompensador para você... se você pensa que nós não nos angustiamos em manter segredo, se pensa que nossas línguas não coçam para te revelar tudo, se pensa que não pensamos também que seria muito mais fácil apenas revelar tudo de uma vez... sim, nós pensamos! Todos os dias, nos entreolhamos, sabendo que você continua entorpecido, e não podemos fazer nada... nada! E agora que fazemos alguma coisa, você nos frustra dessa forma, achando que é melhor que eu... achando que pode resolver tudo sozinho! Então... vamos, Vince, me peça para que eu te conte tudo de uma vez!

Fico em silêncio. Consigo sentir gotas de sua saliva em meu rosto.

— Pare, Bernardo... ele já entendeu o recado...

— Apesar de aconchegante, sua caverna deve ser muito claustrofóbica. Eu entendo isso — se livrando do sobretudo, Manibus puxa meu cabelo para trás com força, e com meu corpo imóvel de dor, não consigo reagir — mas se você pensa que encontrará lucidez aqui fora, está enganado. Não encontrará nada senão uma cegueira definitiva.

A enfermeira consegue tirá-lo dali. “Já é demais, Bernardo, você precisa descansar. Vamos, saia!” Dito e feito. O veemente e feroz Bernardo Manibus recolhe-se, sem ao menos se despedir.

— Eu continuo não sabendo onde meus amigos estão.

Ivre não consegue contar sua risada agora.

— Não se preocupe. Eles foram dispensados da aula, mas amanhã irão normalmente... já você ficará aqui por um tempo.

— Por quanto tempo...?

— Daqui um dia poderá sair. O Lobo fez muitos ferimentos em você, mas nenhum muito grave... exceto que tivemos que conter algumas infecções na ferida de antes — o comentário faz minha mente projetar a sensação da bola de fogo em minha barriga. Sou tomado por um arrepio — infelizmente, também será dia do conselho quando tiver sua alta.

Quando ouço a palavra conselho, meus olhos se umidificam mais que o normal. Com a voz trêmula, indago finalmente:

— Por que ele me quer fora do instituto? O que... o que eu fiz de ruim?

A moça dos cabelos lilases me olha, num misto de piedade e surpresa. Ela senta-se na cama, tentando me confortar.

— Desculpe. Eu também não posso te dizer muita coisa. É só que... você fez coisas importantes. Coisas que você não se lembra — quando eu desvio o olhar, ela insiste, se aproximando mais — Bernardo exagerou, mas ele tem certa razão. Se você se lembrar de tudo agora, vai entrar em colapso.

Luana já me disse o mesmo.

— Eu não consigo acreditar nisso. Quer dizer... ele nos ensinou sobre o mito da caverna de Platão. Disse que a experiência de sair da caverna seria dolorosa de começo..., mas seria recompensadora no final das contas. A verdade é sempre preferível, segundo ele. Então... por quê?

— Filósofos se contradizem o tempo todo, Vince. Essa é a única coisa que Manibus não menciona em sala de aula — nisso, ela me fita por mais tempo. Tempo que, aliás, me desconforta. Tento desviar o olhar novamente, mas ela se aproxima, agora tocando o meu rosto.

Amigo, não me pergunte. Eu também não sei o que isso significa.

— Se tudo der certo, você voltará para me agradecer. Tenha certeza disso. Mas... se por acaso, nosso plano der errado, e você acabar sendo expulso... bem, eu preciso deixar alguma memória forte o suficiente para que você se lembre. Então, não estranhe... isso é puramente científico.

Ivre me beija logo em seguida. Não posso descrever as sensações que vieram junto a isso, porque... bem, porque eu não sei. Não sei o que está acontecendo... meu corpo todo paralisa quando sinto seus lábios prenderem os meus e sua língua lutar para adentrar a minha boca, rígida e trêmula. Ela não tem muita sorte. Não sei quantos segundos eu fico sem poder fazer nada..., mas ela é misericordiosa e me solta quando percebe que estou sem fôlego.

Ela devia se arrepender disso... devia ter um pingo de remorso e entender o que acabara de acontecer..., mas ela sorri para mim. Ela sorri!

— Bem... eu te visitarei uma hora ou outra. Agora preciso voltar ao trabalho — eu continuo petrificado assistindo-a sair da pequena sala e, diante da porta entreaberta, olhar para mim — fique bem, Vince.

V

A citação que Manibus leria para Anistia, do livro Sofrimentos do Jovem Werther, provavelmente é aquela em que Werther pondera sobre uma dada raça de cavalos, que quando são terrivelmente perseguidos e encurralados, arrebentam neles mesmos, por instinto, uma veia para facilitar a respiração.

Werther, assim como eu, queria que isso fosse possível na raça humana. Uma válvula de escape no nosso corpo... que a nossa anatomia suporte que apenas queiramos fugir desse cansaço eterno. Essa exasperação violenta. Uma veia que desse a liberdade eterna.

A glória pouco a pouco quase que pede perdão por ter existido. Eu não sei se você ainda me ouve, mas... eu espero que essas nuances em minha alma não te irritem. Rebeca ainda não veio me visitar. Ela devia ser a primeira..., só que, depois do que a Ivre fez... me sinto bem em não ter que falar com mais ninguém enquanto anoitece.

A hipocrisia desses dois, eu não conseguir ver o rosto dos amigos que me sacrifiquei para salvar, a tirania de Anistia em querer me tirar do instituto... o mundo novamente parece querer reagir aos meus passos.

E agora eu já não sei se tenho reflexos para reagir de volta.

VI

Creio que fiquei um bom tempo sentado, na mesma posição em que Ivre me beijara, só que folheando a Agenda em vão, sabendo que não conseguiria ler nada sob a fraca luz da lua; mas também não quis acender o abajur. Eu queria que aquelas folhas de papel me confortassem apenas.

Quando considero dormir, não é pelo sono em si, senão pelo cansaço que acomete o meu corpo. No entanto, assim que repouso a Agenda próximo a luminária, ouço passos no corredor.

Coloco os pés no chão, tateando-o em busca dos meus calçados. Me levanto dolorosamente. Os passos começam a ficar mais sonoros... algo se aproxima.

Tento produzir fogo, mas uma dor imensa surge, como se uma agulha surgisse de dentro para fora em minhas veias. Estou enferrujado... isso não é algo que eu possa fazer com naturalidade.

A única coisa que posso fazer é correr, mas quando vou em direção à porta, uma presença masculina surge por lá. Seu braço adentra a sala, e tateia o interruptor.

As luzes se acendem... o homem na porta é Manibus. E sua expressão denota uma recepção que, em verdade, me assusta.

— Vamos, arrume suas coisas — diz ele, em tom audível apenas por mim — vamos para a resistência.


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Notas finais do capítulo

Obrigado pela leitura! Arrivederci!



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